Is It Possible? escrita por Kit Kat


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi gente!
Aí está mais um capítulo, eu irei postar um por semana e será toda sexta.
Desculpem qualquer erro.
Espero que gostem!



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Apresentações – Draco.

Oi, sou Draco Malfoy tenho 11 anos, sou bruxo, sangue-puro e blá blá blá... Hoje é o dia mais aguardado por mim desde que eu me entendo por gente, o dia em que eu talvez receba minha carta de Hogwarts, uma das escolas mais famosas, senão a mais famosa do mundo bruxo. Digo talvez porque minha mãe sempre me disse que há uma possibilidade de isso não acontecer, pois nem todos os bruxos vão para lá. Porém, sou um Malfoy, meu pai e minha mãe estudaram lá, então já é fato que as chances de eu não estudar lá são mínimas, quase zero.

Com toda a ansiedade acordei bem cedo esta manhã e, depois de ir ao banheiro, tomar banho e me trocar, desci apressadamente para o café da manhã esperando que minha carta já tenha chegado. Assim que entrei na sala correndo vi minha mãe sentada à mesa sozinha lendo o Profeta Diário. Meu pai provavelmente estava no escritório onde ele fica trancado a maior parte do tempo e até é melhor que ele fique lá, amo meu pai, mas ele é bem chato e seco.

Minha mãe me olhou, rindo da minha euforia, me deu bom dia e me entregou o que eu tanto esperava. Peguei a carta e já ia correndo para o meu quarto quando ela me puxou pela camisa, quase me fazendo cair, e me mandou sentar e tomar café da manhã com ela. Tão delicada quanto um ogro.

Abri a carta e me servi das diversas comidas que tinha na mesa. Se tem uma coisa que minha mãe sempre amou é a mesa farta e é claro que eu não reclamava. Enquanto me deliciava com um pedaço de bolo comecei a ler a carta que dizia que eu havia uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, como já era de se esperar. Junto à carta vinha a lista de materiais e tudo sobre os horários e matérias da escola. As aulas começariam daqui a um mês, 1° de setembro, então não poderia perder tempo.

— Mãe, vamos! Temos que comprar os materiais, tem muita coisa para vermos. – disse me levantando e a puxando de sua cadeira.

— Ficou louco, menino? – me olhou irritada. – Estou comendo! – exclamou e voltou a se sentar.

— A senhora está sempre comendo. – resmunguei. Ela bateu com o Profeta Diário na minha cabeça e eu comecei a rir. – Vamos, vamos, vamos, vamos. Se a senhora não vir eu vou continuar. – me aproximei e comecei a falar bem perto de seu ouvido. – Vamos, vamos, vamos, vamos...

— Oh, Merlin! Por que eu fui inventar de ter filho? – ela bufou e se levantou me olhando irritada. – Anda, vamos.

— Espera eu só vou escovar os dentes e...

— Ah, mas não vai mesmo! – ela me puxou pela camisa me arrastando para fora de casa. – Já atrapalhou meu café da manhã agora quer que eu espere o príncipe fazer o que quer?

— Sim. – respondi segurando o riso, meu passatempo favorito era irrita-la, ela me lançou um olhar mortal e aparatamos em seguida.

Chegamos no Beco Diagonal e a primeira coisa que eu fiz foi correr para a loja de corujas, meu pai não havia me permitido ter uma coruja própria até que fosse "aceito" em Hogwarts. Entrei na loja e comecei a olhar as diversas corujas que tinham ali, minha mãe demorou um pouco para chegar e quando ela me viu caminhou até mim calmamente e me deu beliscão no braço disfarçadamente.

— Ai mãe! – reclamei esfregando o local que doía.

— Saia correndo novamente, me deixando para trás com esses saltos e eu juro que eu bato com eles em você. – ela disse calmamente entre dentes e então avistou uma de suas amigas, Stephanie Zabini.

Tenho que lembrar de repetir a dose quando formos para outra loja. Sorri para a mulher que vinha em nossa direção sorrindo.

— Stephanie, querida, como está?

— Cissa, meu bem, estou bem e você? – respondeu a mulher. Atrás dela avistei meu amigo Blásio, seu filho, olhando uma das corujas.

— Oi Blás! – cumprimentei.

— Eai Draco, animado para ir a Hogwarts? – perguntou ele sorrindo. Blás era um dos poucos amigos que eu considerava realmente juntamente com Theodore Nott e Pansy Parkinson. O resto eu sabia que andavam comigo por puro interesse, afinal eu era um Malfoy e quem não queria ser amigo de um Malfoy?

— Sim, a primeira coisa que fiz quando recebi a carta foi fazer minha mãe me trazer aqui e quase apanhei porque atrapalhei o café da manhã dela. – Blás riu.

— Eu já vim arrastado. Minha mãe está mais ansiosa e animada por eu ir para Hogwarts do que eu. – ele olhou em direção as nossas mães que conversavam distraidamente e sussurrou: - Ela é louca cara, nem consegui ler a carta de Hogwarts, porque assim que ela recebeu a carta me jogou pra fora da cama e me arrastou pra cá.

Eu ri.

— Já decidiu qual vai comprar? – perguntei.

— Ainda não. - ele respondeu e voltou a olhar as corujas. – Para falar a verdade eu nem sei se vou querer uma coruja mesmo. Estou em dúvida entre coruja e um rato.

— Blásio! – a mãe dele chamou. – Já decidiu o que vai querer?

— Não mãe, ainda não. – ele respondeu.

— Então vamos atrás de outras coisas depois você decide o que quer da vida. – ela saiu o arrastando e se despedindo de nós. Eu ri da cena.

A Sra. Zabini era a pessoa mais ansiosa que eu havia conhecido e Blás era a pessoa mais calma que eu conhecia. Com isso, a relação deles era cômica.

— E você, senhor Draco Mlafoy? – minha mãe se virou pra mim. – Já se decidiu? – eu neguei com a cabeça ainda rindo. – Então vamos dar uma olhada.

Eu estava observando as corujas, queria uma elegante e bonita para jogar na cara de todos em Hogwarts. Já estava olhando a um tempo, mas nenhuma delas gritava "sou um Malfoy", até que avistei uma coruja grande e preta com olhos azuis que estava empoleirada em uma viga de madeira em cima da loja. Era ela que eu levaria.

Quando eu estava indo até o vendedor minha mãe me puxou:

— Draquinho, achei a coruja perfeita. – ela disse empolgada me arrastando para o fundo da loja.

— Mas, mãe, já achei uma.

— Mas não é melhor que essa! – exclamou apontando para uma coruja pequena, estranha e com olhos enormes.

— Mãe, ela é estranha. – eu disse olhando minha mãe encantada pela coruja.

— Ah Draco, mas ela está tão sozinha, tadinha. – ela pegou a coruja. – Olha essa carinha de quem quer um lar. – completou fazendo uma cara de dó.

Engraçado, minha mãe disse a mesma coisa para as três outras corujas que meu pai deu para ela. Olhei para a minha coruja perfeita e para minha mãe que insistia em apelar usando aquela cara.

— Está bem, vamos levar ela. – eu disse bufando e minha mãe comemorou.

Chegamos no caixa com a coruja e o vendedor nos olhou surpreso.

— Vão levar essa mesmo? – perguntou.

— Sim, por que? – minha mãe indagou.

— Todos a evitam, por ser da raça anã. – ele disse. – Mas fico feliz que tenha encontrado um lar. – sorriu carinhoso para a coruja, o que fez minha mãe sorrir mais ainda para o animal.

Eles começaram a conversar sobre as corujas e então tive uma ideia.

— Mãe ela precisa de uma gaiola. – eu disse.

— Tem razão, meu docinho! – por que na frente dos outros? – Vou atrás de uma bem bonita. – ela sorriu e foi em direção às gaiolas.

— Eu quero aquela. – me virei para o vendedor e apontei para a coruja preta de olhos azuis.

— Mas não vai levar essa, senhor? – ele perguntou confuso apontando para a coruja que minha mãe escolheu.

— Vou... quer dizer, minha mãe vai. – respondi. – Quero que você entregue aquela na mansão dos Malfoy sem que ela saiba. – lhe entreguei vinte galeões que eu tinha ganho de mesada.

— O senhor está me dando a mais. – disse ele.

— Pode ficar com tudo pelo favor de não deixar minha mãe saber. – sorri educadamente e com um sorriso ele agradeceu. Minha mãe chegou logo em seguida com uma gaiola enorme, o que não condizia nem um pouco com o tamanho do animal.

Ela pagou tudo e saímos da loja com a ave em um carrinho. Na hora eu lembrei o que tinha que fazer, mas quando me preparei para correr ela me puxou pela orelha me lançando um olhar que dizia "não ouse" e me fez levar o carrinho. Compramos o resto das coisas e voltamos para casa, corri para o corujal e fiquei admirando minha nova coruja. Minha mãe não perceberia já que tinha muitas outras corujas lá.

****

Um mês se passou e finalmente chegou o dia de ir para Hogwarts, Blás havia dormido em casa na noite anterior então ficamos acordados até tarde. Iríamos acordar cedo e arrumar nossas coisas para irmos a Hogwarts, porém não foi o que aconteceu. Minha mãe entrou gritando no meu quarto dizendo que estávamos atrasados e perderíamos o trem se não corrêssemos.

Eu estava ferrado, não tinha arrumado quase nada. Comecei a correr e enfiar as coisas dentro da mala, mas parei e lembrei do feitiço que havia aprendido para arrumar a mala e foi que eu fiz. As coisas começaram a flutuar para a mala e Blás riu dizendo que eu era muito preguiçoso

— Pra você é fácil falar, suas coisas estão arrumadas na sua casa. Você só tem que arrumar as poucas coisas que trouxe. – resmunguei enquanto ele continuava deitado na cama que minha mãe havia multiplicado para ele.

Tomei banho primeiro e fui me trocar enquanto Blás entrava no banheiro. Desci para o café da manhã e encontrei minha mãe e meu pai conversando na sala de jantar, ela tinha a coruja esquisita empoleirada em seu ombro. Sim, aquela coruja era dela agora.

Petisco era seu nome, minha mãe quis chamá-la assim porque ela comia demais e era exatamente o que ela estava fazendo naquele momento. Minha mãe estava dividindo um pedaço de bolo com a ave. Até onde eu sei corujas não podem comer essas coisas não era nem para elas gostarem disso, o que prova ainda mais que Petisco é uma coruja estranha, mas não iria contra a minha mãe.

— Você não vai me devolver essa coruja, né? – perguntei rindo depois de lhe dar um beijo na bochecha de bom dia.

— Ah, querido, ela já se acostumou comigo não acho uma boa ideia leva-la para Hogwarts, melhor levar uma das nossas. – eu fingi ficar triste por ter de deixa-la para a minha mãe, mas por dentro estava bem feliz. – Depois te dou outra, meu bebê. – ela apertou minhas bochechas.

— Não precisa, mãe. Não me importo de ficar com uma das nossas.

— Você o mima demais – meu pai disse para minha mãe. – e a essa coruja também. – ele apontou para o animal em seu ombro. – Desde quando corujas comem bolo?

Leu meus pensamentos.

— Desde quando eu quis dar bolo para ela. – minha mãe retrucou rispidamente. Por isso eu não ia contra minha mãe, principalmente ao se tratar de suas corujas. – Ela me olhou com esses olhinhos lindos me pedindo um pedacinho, né meu bebê? – ela disse fazendo voz de criança e acariciando a cabeça da coruja.

— Você vai acabar matando esse bicho. – meu pai disse e puxou o Profeta Diário a frente do rosto. Um ato que ela fazia para esconder um sorriso de divertimento escapava por seus lábios, afinal um Malfoy não expressa sentimentos ou emoções.

Depois de um tempo Blás se juntou a nós para tomar o café da manhã e quando já estávamos prontos aparatamos para a estação. Quando chegamos à plataforma meu amigo foi encontrar seus pais e minha mãe ficou me agarrando e me enchendo de beijos.

— Chega, mãe! – me afastei olhando ao redor para ver se alguém estava olhando, mas todos estavam preocupados em se despedir de suas famílias. – Já vou embarcar, antes que não sobre cabine. – avisei.

— Okay, querido. Divirta-se e mande notícias. – ela beijou minha testa e eu assenti.

— Tchau, pai. – disse mais seco. Meu pai detestava demonstrações de afeto em público, não que ele demonstrasse alguma coisa quando estávamos a sós, minha mãe ignorava isso completamente e onde podia me agarrava.

— Tchau. – ele disse sério.

Meu pai me irritava, eu olhava os outros pais amorosos com seus filhos e eu só queria um pouco disso. Até o pai do Blás, que era basicamente da mesma cria que o meu, era mais amoroso e o abraçava desejando boa sorte enquanto sua mãe se debulhava em lágrimas. Esperei Blás se livrar dos braços da mãe que o havia agarrado e, então, entramos.

Estávamos procurando uma cabine vazia para ficarmos e esperarmos Pans e Theo, quando uma garota baixinha com cabelos volumosos e sobrancelhas grossas esbarrou em mim.

— Olha por onde anda! – reclamei irritado e continuei andando com Blás.

— Que mau-humor todo é esse, cara? – questionou meu amigo.

— Meu pai como sempre. – dei de ombros e entramos na primeira cabine que encontramos.

— Conseguiu se decidir qual animal levar? – perguntei me lembrando do que ele havia me dito na loja de corujas.

— Nossa, demorou um mês para me perguntar isso. – ele gargalhou. Eu o olhei irritado. – Mas não, não consegui decidir, então, comprei os dois.

Eu ri. Blás era a pessoa mais indecisa do mundo.

— Depois eu te mostro o Gato e a Batata.

— Gato? Não era um rato ou uma coruja?

— Sim, mas meu rato se chama Gato. Irônico, não? – respondeu rindo.

— Blás, você é estranho. – eu ri. – Mas por que Batata?

— A bichinha é amarelada e tem umas partes pretas, aí me lembrou uma batata.

Nós rimos e ficamos conversando. Quando estávamos em uma calorosa discussão sobre Quadribol, eu torcia para o time nacional da Bulgária e ele para o da Irlanda do Norte e eu estava quase socando a cara de Blás, que se gabava por terem vencido o jogo passado, Theo e Pans entraram na cabine conversando animadamente.

— Estão conversando sobre o que, para o Draco estar com essa cara de quem comeu e não gostou? – Pans perguntou rindo da minha cara.

— Estava apenas comentando que o melhor time do mudo ganhou de lavada do dele. – Blás riu dando de ombros.

— Você vai se lascar. – eu disse indo pra cima dele, Theo correu para me segurar. – Melhor time o caramba!

— Ai ai, meninos e seus esportes. – Pans suspirou revirando os olhos enquanto Blás ria da minha cara e eu tentava bater nele. Ela se levantou e me empurrou para o banco. – Você para de ser criança – disse irritada apontando o dedo na minha cara e se virou para Blás. – e você para de provocar a criança. – a olhei irritado, enquanto Blás ria, mas ela me ignorou. – Agora calem a boca que o Theo tem que contar da viagem dele.

Theo e os pais fizeram uma longa viagem ao redor do mundo, visitaram diversos países e cidades, por isso ele não dormiu em casa com a gente. Ele começou a contar sobre as cidades que ele mais tinha gostado e foi assim o caminho todo para Hogwarts, ficamos conversando e discutindo sobre várias coisas. 

 


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Notas finais do capítulo

Oi Oi, de novo!
Eai gente, o que estão achando? Prometo que os próximos capítulos serão melhores kkkkkkkk
Só queria deixar bem claro aqui que eu não entendo nada de corujas eu apenas inventei a corujinha da Narcisa. Se existe raça anã ou não eu não tenho ideia e nem fui atrás de pesquisar kkkkkkkkkkk
Espero que tenham gostado do capítulo. Os próximos capítulos tem Dramione!
Até semana que vem!



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