Is It Possible? escrita por Kit Kat


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi Gente!
Desculpa não ter postado semana passada. Tive uma perda na família e zero vontade de escrever, mas recompensarei nos próximos fins de semana.
Está ai mais um capítulo, espero que gostem!



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A Segunda Guerra Bruxa. – Hermione.

— Ele o matou, nós confiamos nele e ele nos traiu. – Harry disse cabisbaixo. – Snape matou Dumbledore sem nem pensar duas vezes.

— Sempre soube que não poderíamos confiar nele. – Rony disse com raiva. – Ele sempre teve um pé do lado das trevas, só um cego não conseguia ver.

Nós três havíamos acabo de sair do enterro do nosso diretor e estávamos na Torre de Astronomia tentando fugir da tristeza crescente de todos alunos e professores, porém não conseguíamos fugir da nossa própria tristeza. Na noite anterior, Dumbledore fora assassinado durante a invasão de Comensais da morte no castelo e Harry presenciara tudo.

— Era para Malfoy tê-lo matado, mas ele não conseguiu, então, Snape o fez. – Harry continuou o relato melancólico relembrando a cena. Segurei sua mão para demonstrar apoio e ele sorriu tristemente para mim quando Rony bufou.

— Malfoy sempre foi covarde, era de se esperar que ele não conseguiria matar Dumbledore. – o ruivo parou do meu outro lado e se debruçou na grade da torre, assim como eu e Harry, e contemplou o pôr do sol.

— Bom, isso deve ser um ponto a seu favor. – eu disse lembrando de Draco me contando que tinha missões a cumprir e que não as queria fazer. Toda vez que ele tocava no assunto ficava triste e estressado. – Quer dizer, isso prova que ele não é tão ruim.

— Claro que não! – Rony se revoltou. – Harry nos disse que ele tem a marca negra, ele é uma cópia barata de Lucius Malfoy. Provavelmente só não saiu se gabando de tê-la porque é algo proibido.

— Não sei, Rony. – Harry disse pensativo e quase o beijei, finalmente alguém que via que o meu loiro não era um monstro. - Draco não parecia nem um pouco feliz em ter a marca, quando a mostrou para Dumbledore, e vocês viram como ele deu uma boa decaída desde o começo do ano? Ele terminou esse ano parecendo doente.

— Essa eu duvido! – Rony riu sarcástico. – Espere para ver ano que vem, ele vai passar o ano se vangloriando de ter a marca para seus amiguinhos.

Revirei os olhos me segurando para não socar aquela fuça ruiva e para não despejar tudo o que eu queria dizer sobre Draco. Harry apenas o ignorou e disse:

— Falando nisso, acho que não poderemos voltar à Hogwarts no ano que vem. – ele suspirou e tirou um medalhão do bolso da blusa de frio. – Temos que achar horcruxes. Eu consegui essa com Dumbledore em nossa última viagem, mas ela é falsa. Precisamos achar a verdadeira e além dela mais quatro.

— O que é uma horcruxe? – Rony perguntou quando Harry me passou o medalhão.

— É a pior magia das trevas que existe. – respondi relembrando o que eu havia lido na sessão proibida da biblioteca. Passei o medalhão ao ruivo que me olhava curioso. – Horcruxes são objetos utilizados para guardar fragmentos de alma e isso torna o bruxo que realizou essa magia imortal mesmo depois de perder seu corpo físico. – Harry me olhou pasmo, mas concordou.

— Perder o corpo físico? – Ron me olhou sem entender.

— Morrer, Rony. – Harry disse. – Lembra quando eu contei que Voldemort era uma espécie de mini cadáver antes de ter sua forma física novamente?

— Então ele fragmentou sua alma. – Ron concluiu o óbvio e pareceu muito orgulhoso.

— Sim, em seis. – Harry completou. – Uma dessas partes eu destruí no segundo ano.

— O diário de Tom Riddle. – eu disse e ele concordou.

— E agora temos que destruir o verdadeiro medalhão e mais quatro partes. – Rony afirmou pensativo e nós assentimos. – E quais as outras quatro partes?

— Não tenho ideia, por isso precisamos sair em uma missão atrás das horcruxes e creio que pegará nosso último ano. – Harry disse suspirando cansado. – Mas vocês não precisam ir se não quiserem.

— Você está brincando? – Rony disse sorrindo confiante. - Não perderia a chance de acabar com Voldemort por nada nesse mundo.

Eu e Harry rimos do ruivo todo animado para ir atrás das partes da alma de Voldemort. Era engraçado ver a mudança de Rony. Quando o conheci ele não passava de um garoto medroso e inseguro que se escondia atrás de mim e Harry, mas agora ele era uma das pessoas mais confiantes e corajosas que eu conhecia. Eu sempre soube que no fundo Rony era tudo o que demonstra ser hoje e me orgulha ver que ele também conseguiu enxergar isso.

— Acho melhor irmos. – Ron disse me tirando de meus devaneios. – Partiremos para casa amanhã.

— Vai na frente Ron, nós vamos logo depois. – Harry disse sorrindo para o ruivo, que concordou e saiu da Torre de Astronomia. Olhei para ele curiosa sobre o que ele queria falar. – Como soube das horcruxes? Precisei tirar essa informação do professor Slughorn.

— Eu achei um livro na sessão proibida da biblioteca que falava mais a fundo sobre as artes das trevas e nele tinha um capítulo que estava enfeitiçado para não aparecer. – respondi lembrando do livro grande de capa negra e sem título que me deixou curiosa. – Demorei um pouco, mas consegui um feitiço que liberou o capítulo e ele falava das horcruxes.

— Esse livro, como ele é? – Harry indagou curioso.

— Ele é todo preto, sem título e a capa já está bem desgastada. – respondi sem entender onde ele queria chegar. – Por que, Harry?

— Porque todos os livros que que falavam sobre as horcruxes foram queimados, pois ninguém deveria conhecer essa magia. – ele respondeu e eu o olhei preocupada.

Então esse livro não deveria existir e muito menos estar em Hogwarts, onde os alunos podem facilmente ter acesso. Digamos que a segurança da sessão reservada não é das melhores, eu, por exemplo, entro facilmente.

— Temos que tirar esse livro do castelo. – eu disse me lembrando dos feitiços horrendos que eu havia lido. – Aquele não é um bom livro.

Harry concordou e corremos para a biblioteca, que por sorte estava vazia com exceção de madame Pince que chorava baixinho em sua mesa. A cumprimentamos e demos nossas condolências rapidamente antes de partimos para a sessão reservada.

— Você sabe como abrir? – Harry perguntou em um sussurro e eu assenti.

— Achei que você também sabia. – eu sussurrei de volta.

— Eu entrei aqui apenas no primeiro ano, eles descobriram e aumentaram a segurança. – respondeu.

Contive minha irritação de meu melhor amigo ter sido o motivo de eu ter demorado um mês para descobrir como entrar na sessão, quando eu estava no segundo ano. Me virei e apontei minha varinha para o grande cadeado que trancava a sessão, mentalizando o feitiço que o abria.

Nós entramos correndo e fui direto ao livro que se encontrava na última estante. Harry o pegou de minha mão e o examinou atentamente.

— Não é um livro que chame atenção. – ele disse.

— Para você. – eu disse. – Mas me deixou intrigada o fato de não ter título.

— Você que é muito curiosa. – Harry disse rindo.

— Crianças? – ouvimos Madame Pince chamando e nos olhamos aflitos.

O moreno enfiou o livro embaixo da blusa e me segurei para não protestar, meu instinto de boa aluna estava gritando vendo-o roubar o livro. Nós corremos para fora da sessão e eu a tranquei rapidamente, mas a voz da bibliotecária estava muito perto então nos enfiamos em uma das estantes fingindo ver um livro.

— Aí estão vocês. – disse ela nos olhando desconfiada. – Eu irei fechar a biblioteca mais cedo.

Nós concordamos e saímos o mais rápido possível, mas provavelmente ela sabia que escondíamos algo.

****

Eu estava sentada do lado de fora da nossa barraca olhando a floresta densa e escura, não era minha vez de ficar de guarda, mas as coisas se complicaram entre mim, Harry e Ron graças ao medalhão, a horcruxe, que havíamos finalmente achado e que aparentemente mexia com o humor da pessoa que o usasse por muito tempo.

Minha mente trabalhava a mil por hora relembrando tudo o que tinha acontecido até aquele momento.

Voltei para casa para as férias depois o ultimato de Harry sobre a busca pelas horcruxes e claro que eu não deixaria meu amigo na mão, mas não podia deixar meus pais correrem risco. A única opção que me veio foi apagar a memória deles, o que eu fiz com muita dor no coração.

Depois tivemos que levar Harry até A Toca, pois Vldemort sabia onde era a casa de seus tios e ele precisava ficar em um local seguro. A ideia era que metade de nós nos transformássemos em Harry, com a poção polissuco, para despistar Voldemort e seus comensais, mas fomos traídos e durante o transporte perdemos Olho-Tonto e Edwiges e Jorge perdeu uma orelha.

Ficamos na Toca até o casamento de Gui e Fleur, quando fomos atacados pelos comensais e tivemos que partir atrás das horcruxes mais cedo. Roubamos o medalhão daquele duende rosa da Umbridge e estávamos fugindo feito loucos desde então.

Agora estávamos em uma cabana no meio da floresta ocultos por feitiços de invisibilidade e que barram sons. Descobrimos um pouco tarde que o medalhão mexia com as emoções da pessoa que o usasse por muito tempo e por isso Rony havia nos deixado, extremamente irritado, depois de uma briga com Harry, e desde então estou sentada aqui esperando ele voltar.

— Ele não vai voltar. – Harry disse se sentando ao meu lado. Ele me conhecia muito bem. – Ron é muito cabeça dura.

— Você fala como se fosse só culpa dele. – respondi grosseiramente. – Como se você também não tivesse falado merda.

Ron só ficou daquele jeito por causa dele, se ele não tivesse aberto o bico o irritado mais, ele não teria ido embora e agora ele queria vir aqui e falar do Rony como se ele fosse o errado?

— Talvez fosse melhor se você tivesse ido no lugar dele. – disse irritada. Harry suspirou ao meu lado e estendeu a mão para mim.

— Me dá ele. Está na hora de trocarmos. – ele olhou para o colar pendurado no meu pescoço e aí eu me dei conta de que ainda usava o medalhão. O retirei rapidamente e foi como se uma montanha saísse de meus ombros.

— Desculpa. – disse me sentindo culpada. Agora eu me envergonhava do que havia dito, da mentira que havia dito.

— Tudo bem! – Harry sorriu sincero e colocou o medalhão em cima do livro que havíamos roubado de Hogwarts.

— Você não vai largar esse livro nunca? – perguntei preocupada.

— Eu não consigo descobrir quem o escreveu. – respondeu.

O livro era mais como um diário cheio de feitiços e poções das trevas. E os feitiços que ele continha eram um pior que o outro, eram feitiços que nenhum professor de DCAT havia sequer mencionado para nós.

— Me dê ele. – estendi a mão. – Posso tentar descobrir.

— Não sei, Mi. – ele me olhou preocupado. – O conteúdo é horrível.

— Eu sei. – respondi sorrindo, tentando amenizar sua preocupação. – Eu já li um pouco lembra?

Ele sorriu de volta e me entregou o livro. Um vento gelado soprou em nós e eu me agarrei em Harry, o cobertor que eu usava não estava adiantando. Ele me abraçou de volta e eu comecei a passar os olhos pelo livro, afim de descobrir algo sobre o autor.

— Ele gosta de você. – Harry disse depois de um longo tempo. Eu o olhei sem entender e ele completou olhando pensativo para a floresta. – Ron. Devia dar uma chance à ele.

Aquilo veio como um tapa na minha cara. Não que eu fosse uma idiota e não tivesse percebido, mas eu tentava me enganar dizendo para mim mesma que ele só me via como uma irmã.

Eu e Rony sempre tivemos uma relação diferente da que eu tenho com Harry. Nunca tivemos tanta intimidade e eu sempre fiquei meio sem graça de abraça-lo ou ficar sozinha com ele. Confesso que isso acontecia por eu ter tido uma quedinha por ele durante o primeiro e o segundo ano, mas depois que eu Draco começamos a ficar o ruivo voltou a ser só um dos meus melhores amigos.

— Não é verdade, Harry. – respondi sem graça. – Ele gosta da Lilá.

— Então, por que ele chamou seu nome quando estava desmaiado por causa do hidromel envenenado?

Fiquei quieta, para isso eu não tinha resposta. Dentre tantos nomes foi o meu que ele chamou. Por que não o da namorada dele ou o da mãe dele?

— Ai Harry, - suspirei. – por que você é tão lerdo para algumas coisas, mas pega outras tão rápido?

— Nossa. – ele riu. – Eu amo quando meus amigos me apoiam.

— Desculpa. – eu ri, percebendo que eu acabei de chamar ele de lerdo na cara dura.

— Relaxa, mas eu não sou tão lerdo assim. – ele disse fazendo uma cara fingida de ofendido.

— Só não percebeu que a Gina é caidinha por você desde que colocou os olhos em você pela primeira vez. – respondi rindo e ele ficou mais vermelho que um pimentão.

— Eu já a beijei, então, compensei minha lerdeza.

— Dar um beijo nela não compensa quatro anos de lerdeza. – respondi e ele soltou uma gargalhada.

— Eu vou recompensa-la, prometo. – ele disse ainda rindo.

Eu estava adorando esse nosso momento de descontração, não riamos desse jeito e nem conversávamos de outra coisa que não fossem as horcruxes há muito tempo.

— Sabe, eu não fui lerdo para descobrir sobre você e o Malfoy. – Harry soltou a bomba e lá se foi nosso momento. O olhei em choque, eu não sabia o que falar. Ele soltou uma risada nasal e voltou a olhar para a floresta. – Eu vi vocês dois quando eu estava o seguindo.

— E por que você não está gritando comigo ou me julgando?

— Eu já fiz isso, – ele riu. – já te julguei bastante, acredite. E, também, já quis gritar com você, mas acho que não tenho esse direito.

— Desculpe não ter contado.

— Você sabia que ele era um comensal? – ele me perguntou me olhando nos olhos, mas não consegui sustentar seu olhar e olhei para baixo.

— Soube uma semana antes da morte de Dumbledore. – respondi relembrando a última vez que eu fiquei com meu loiro e meu coração se apertou com saudade.

— Por que não me disse? – ele perguntou me olhando com um olhar traído.

— O que você teria feito? – perguntei agora sustentando seu olhar. Não queria que ele pensasse que eu o tinha traído, mas não podia ferrar Draco. – Teria o poupado se eu tivesse te pedido?

— Não. – ele respondeu voltando a olhar a floresta.

— Ele não queria aquilo, ele estava acabado quando me mostrou a marca, mas era algo que ele já sabia que teria e até tentou me afastar. – respondi. – Eu não sabia que uma das missões dele era matar Dumbledore.

— Mas estava óbvio. – ele respondeu seco e me olhou irritado. – Ele tinha enfeitiçado Katie, eu te falei isso.

— Eu sei, mas eu não queria acreditar. – respondi baixando os olhos, novamente, para esconder as lágrimas que juntavam neles. Harry suspirou e segurou meu queixo, erguendo meu rosto.

— Desculpe por ser grosso, não vou te culpar por isso. Já passou. – ele enxugou uma lágrima que insistiu em cair. – Acho que faria o mesmo se fosse Gina. – eu sorri para ele e ele retribuiu abaixando a mão para segurar a minha. – Só não sei o que você viu nele. – eu ri.

— Ele foi meu primeiro amigo. – Harry me olhou surpreso. – Eu conheço um Draco completamente diferente do que todos conhecem. Eu conheci o verdadeiro Draco.

Relatei toda minha relação com Draco para Harry e ele ouviu tudo e duvidou de tudo. Eu ria toda vez que relatava um momento fofo entre nós e Harry dizia: “Não, esse não é o Malfoy!” ou perguntava: “Tem certeza que não era outra pessoa fingindo ser o Malfoy?”.

— Olha, mesmo com tudo o que está me dizendo não muda o fato de ele ter sido um imbecil durante todos esses anos. Então, não concordo com esse relacionamento de vocês. - ele disse me olhando sério. - Mas se está feliz com ele, só posso dizer que eu vou mata-lo se ele te magoar.

Eu ri concordando e o abracei. Resolvi entrar, pois não estava aguentando o frio e Harry ficou de guarda. Me joguei na pequena cama improvisada e comecei a reler o livro negro.

Aquele livro me dava calafrios, era um feitiço mais doentio que o outro e o pior é que a caligrafia era elegante e suave como se alguém o escrevera com calma e dedicação. Só depois de olhar o livro três vezes que eu percebi que a última página dele na verdade eram duas que estavam grudadas.

Peguei um abridor de cartas que eu tinha em minha bolsa, por algum motivo que eu não sabia, e passei ele pelas páginas as separando. A continuação da que eu pensava ser a última página era a continuação do último feitiço, o feitiço das horcruxes, e a verdadeira última página estava toda em branco na frente e no verso.

Já estava ficando impaciente por aquilo não ter dado em nada, quando lembrei do capítulo das hórcruxes que estava oculto por um feitiço.

— Revelio. – proferi o feitiço esperançosa de que algo fosse aparecer, mas nada apareceu.

Bufei irritada olhando a página que continuou em branco e joguei o livro no pé da cama nervosa com aquela coisa, mas rapidamente me levantei para pegá-lo com dor no coração por ter feito o que fiz. Eu o peguei pela capa traseira e foi aí que eu vi, no canto inferior direito do verso da última página, havia um escrito minúsculo que eu precisei aproximar bem o livro para ler direito e quase caí para trás ao ler as palavras: Escrito por Lord Voldemort.

****

— O que faremos agora? – perguntei sentindo meu coração palpitando enquanto eu olhava as luzes saindo das varinhas de professores e membros da Ordem e formando uma cúpula de proteção ao redor de Hogwarts.

O clima estava extremamente tenso, a escola havia se tornado um amontoado de alunos correndo para lá e para cá tentando se esconder. Os professores e os membros da Ordem já se posicionavam em por toda Hogwarts esperando o confronto que estava cada vez mais perto.

Não havia visto Draco entre os alunos da sonserina que foram levados às masmorras depois de alguns tentarem entregar Harry à Voldemort. Eu estava preocupada com o meu loiro, a última vez que eu o vira foi em sua mansão quando os comensais conseguiram nos capturar durante nossa busca pelas horcruxes.

Não é um momento que eu gosto de lembrar, apesar de eu ter ficado aliviada em saber que Draco estava bem, na medida do possível. Eu tinha uma cicatriz em meu braço, com os dizeres “sangue-ruim”, que me lembraria aquela noite pelo resto da minha vida.

— Eu preciso ir atrás da Luna, para saber se ela sabe onde posso achar o Diadema de Rowena. – Harry respondeu procurando a loira entre os alunos que corriam desesperados.

— Vai lá e nós vamos atrás de destruir isso. – concordei com ele erguendo o cálice que pegamos do cofre de Bellatrix e que também era uma horcruxe. Harry assentiu e saiu correndo, enquanto Rony correu na direção contrária me puxando pela mão. – Onde vamos?

— No banheiro da Murta. – ele respondeu como se fosse obvio e eu o olhei tentando entender, e, então, me veio um click na cabeça.

— A câmara secreta. – conclui e ele assentiu.

— Podemos usar o dente do basilisco para destruir o cálice, assim como Harry fez no segundo ano com o diário de Tom Riddle. – ele respondeu e eu me surpreendi com a rapidez com que Ron pensou nisso.

Não que eu achasse que ele era burro, mas Ron sempre demorou mais que o normal para entender algo. Nós entramos no banheiro e corremos em direção à entrada da Câmara. Murta estava chorando mais que o normal até que nos viu e abriu um enorme sorriso.

— Vocês vieram morrer aqui para ficar comigo? – ela não fez questão de esconder a animação em sua voz.

— Quem sabe uma próxima vez. – Rony disse calmamente tentando não ser muito grosseiro, mas me olhou com os olhos arregalados assim que ela voltou a chorar e entrou na privada inundando o banheiro.

— Bom, - resolvi ignorar aquilo. – como vamos entrar?

— Eu já disse que Harry fala muito enquanto dorme? – ele perguntou sorrindo confiante e eu resolvi não responder, pois as reclamações vinham de mão dupla.

Rony sempre reclamava que Harry falava muito a noite e ele não conseguia dormir, já Harry sempre reclamava que Ron roncava demais e não o deixava dormir.

Ron sibilou alguma coisa na língua das cobras e a câmara se abriu revelando o duto enorme.

— Damas na frente. – o ruivo me deu um sorriso amarelo e eu revirei os olhos, pulando logo em seguida. Algumas coisas nunca mudam. Caí em um monte de ossos e Ron veio em seguida. – Esse lugar ainda me dá medo.

Nos levantamos tirando os ossos das vestes e partimos para dentro da câmara. Ron precisou sibilar mais coisas em uma outra entrada, que se abriu revelando um corredor cercado por água e estátuas de cobras. No fim do corredor havia um esqueleto gigante de cobra.

— Quer fazer as honras? – Rony perguntou estendendo o dente que ele arrancou do esqueleto.

— É o mínimo depois de eu ter me jogado em um poço na sua frente. – respondi bufando e ele riu.

Me virei para que ele não visse meu sorrisinho e enfiei o dente no cálice o mais forte que consegui. Uma fumaça preta densa saiu dele me derrubando e se transformou em um rosto que gritava, o rosto de Voldemort.

As águas em torno do corredor subiram em uma onda enorme e avançaram contra nós junto com o rosto. Ron novamente me surpreendeu e agiu rápido atingindo o cálice com o dente novamente e me puxando para a saída. Mais um grito foi ouvido da alma de Voldemort, então, ele sumiu e a onda se quebrou em nós.

Olhei assustada para o lugar que havia se normalizado depois do nosso banho involuntário. Senti os olhos de Ron em mim e quando fui perguntar o que ele tanto olhava ele avançou e me beijou. E a única coisa que veio em minha mente foi Draco.

— Ron, - murmurei empurrando-o devagar. – acho melhor não fazermos isso.

— Desculpe eu não... – Ron foi cortado por um barulho que veio da entrada da câmara e em seguida barulhos de explosão vieram do andar de cima.  


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Notas finais do capítulo

Oi Oi de novo!
Eai gente, o que estão achando?
Espero de coração que tenham gostado.
Desculpem qualquer erro!
Beijos!!



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