Expandir escrita por tainatwd


Capítulo 2
Parte Dois


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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— ... Pelos Deuses, o que será que esses anciões fizeram para merecer tal destino? — Jaskier indaga boquiaberto enquanto prestava atenção no que o homem alto e careca falava.

Era de noite, os dois amigos estavam a um dia de viagem de Brugge quando resolveram levantar acampamento em uma clareira um pouco afastada da Estrada Antiga que dava acesso ao reino. Foi nesse momento que encontraram dois jovens viajantes que faziam o caminho inverso ao deles, Geralt de início não estava muito favorável a aceitar tais companhias, mas repensou ao ver que poderia tirar algumas informações do possível trabalho que teria.

— Não demorou muito para surgir os falatórios dizendo que esse espírito em vida era uma elfa herbalista muito conhecida naquele vilarejo, era sabido que todos finais de semana sua casa enchia de aldeões da vila com os mais variados problemas, diziam até que muitos não tinham como pagar, mas ela os ajudavam mesmo assim. — o segundo viajante de cabelos castanhos na altura dos ombros continua a contar. — ... Só que os aldeões que tinham um poder um pouco maior não gostavam dela, a acusavam até de feitiçaria.

— Chegaram a prende-la uma vez, mas tiveram que soltar por falta de prova. — acrescenta o careca.

—  Isso mesmo — o outro concordo com um balançar de cabeça. — Então num certo dia um grupo de crianças desapareceram ao se aventurarem em uma parte da floresta que poucas pessoas se arriscavam a ir, na verdade apenas uma pessoa era vista indo para aquelas redondezas coletar ervas.

— E essa pessoa era a herbalista? – Jaskier pergunta e o outro mais uma vez balança a cabeça positivamente.

— ... Dias depois o grupo que procurava as crianças as encontrou todas mortas... Não conseguiram descobrir o que tinha ocorrido, as mortes não pareciam ter sido causadas por nenhum tipo de animal, monstro ou planta venenosa conhecida... Os pais como é de se esperar ficaram furiosos e acabaram por procurar pela primeira pessoa que poderiam culpar... A herbalista que antes já era acusada por feitiçaria por aqueles aldeões que não a tinha com muito apreço parecia ser a culpada mais óbvia.

— Uma dessas crianças era filha de um dos anciões mais influentes na vila então dá para imaginar que não deram a ela muita chance de se defender.

Então o viajante olha para a fogueira logo a sua frente, observando as chamas crepitarem por alguns instantes antes de completar o final da história.

— Ela foi condenada e morta como uma feiticeira... Queimada numa enorme fogueira em praça pública.

Jaskier nessa hora sente um arrepio subir a espinha e em seguida guarda seu caderninho de poesia de volta na bolsa, de repente mudou de ideia sobre o pensamento de que aquela história poderia lhe render mais uma boa canção.

— ... Que história mais mal contada. — enfim Geral se pronuncia depois de ter deixado os viajantes contarem tudo.

— Que isso, Geralt, está a chamar nossos companheiros de mentirosos? — Jaskier pergunta voltando sua atenção para o amigo.

— Não é isso... É que se os aldeões acham que essa elfa era uma feiticeira assassina de crianças e tudo mais então como conseguiram chegar a conclusão de que ela voltou como esse espírito em específico? — se explica melhor. A vila acreditava que ela fosse a culpada, mas era de conhecimento das pessoas que aquele espírito voltava com apenas um intuito de que é fazer justiça contra os que o acusaram injustamente, não fazia sentido.

O careca dá de ombros, a verdadeira natureza daquele espírito não lhe importava nem um pouco, não era atrás dele que o ser estava então ele pouco se fodia.

— Foi o que o um dos sábios contratado por um dos anciões restante falou, agora como ele chegou a essa conclusão eu não faço a menor das ideias...

 

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Faltava poucas horas para o sol se pôr no dia seguinte quando os dois companheiros de viagem apareceram no horizonte da estrada de terra cercada pela floresta em ambos lados, avistando assim um casebre no topo da clareira ou pelo menos um deles viu já que o outro estava distraído demais cantando sem prestar muita atenção no caminho.

Quando estavam chegando no casebre Geralt avista um senhor bem de idade carregando um palanque de madeira nas costas — que aparentava estar bem pesado — indo quase que parando na direção da cerca de madeira que estava por terminar de consertar.

— O senhor vai quebrar a coluna desse jeito. — gritou Jaskier parando de tocar e colocando seu alaúde nas costas ao finalmente ter notado o velho.

— Então por que não o ajuda? — repreende Geralt entregando a ele a rédea de sua égua, descendo em seguida e indo ajudar o senhor.

Jaskier amarra os dois cavalos dando corda o suficiente para eles pastarem e então se aproxima dos dois no momento em que Geralt havia colocado o ultimo palanque.

— Não tinha mais ninguém para fazer esse serviço no lugar do senhor? — pergunta se sentando na parte já feita da cerca, ele poderia muito bem ajudar, mas preferiu deixar Geralt cuidar disso.

— Não... Minha esposa é muito doente... E meu neto é muito novo. — o velho responde entrecortando as palavras devido ao cansaço, nisso Jaskier se compadece e dá um salto da cerca em que estava, indo até seus pertences e pegando um pouco de água para o outro.

— Deveria ter deixado para terminar no dia seguinte, não ficou sabendo do espírito que anda vagando por essas terras? — pergunta aceitando o cantil de volta e o guardando depois que o velho prontamente aceitou a gentileza e bebeu bons goles da água.

— ... Han, qualquer um que mora nesse vilarejo sabe, mas tenho que terminar essa cerca hoje, já perdi animais demais que fugiram para essa floresta. — responde e Geralt pode sentir um certo desconforto vindo do velho ao falar do espirito.

— Então deixa que eu e meu companheiro termina para o senhor, descansa um pouco. — Jaskier lança um olhar nada agradável para o amigo que prontamente ignorou e mandou que o mesmo se mexesse logo para terminar o conserto de uma vez só.

Por faltar poucas horas para escurecer Geralt não viu problema em ajudar o senhor a terminar de fazer a cerca, havia sentido pena do velho que mal se aguentava de pé.

Com o reparo da cerca concluído, os três homens seguiram para o casebre, Geralt ia na frente com o senhor que havia se apresentado pelo nome de Oliver enquanto Jaskier ia logo atrás puxando os dois cavalos pela rédea.

— ... Eu não tenho dinheiro para pagar o serviço dos cavaleiros, mas posso lhes oferecer um pouco de comida quente e um lugar para dormirem esta noite. — diz o senhor ao chegarem no casebre, o lugar não era muito grande, mas tinha um celeiro logo atrás que dava de frente para a floresta.

 

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Os dois amigos ficaram esperando do lado de fora enquanto Oliver entra no casebre e volta minutos depois acompanhado por um garoto de cabelos negros, pele extremamente clara e olhos azuis, o menino era muito belo e os dois amigos até pensariam que ele poderia ser uma criança élfica se não fosse pela falta das orelhas pontudas.

— Esse é o meu neto, Zarry... Zarry, esses são os dois cavalheiros que me ajudaram, Geralt de Rivia e Jaskier.

— É um prazer conhece-lo. — Jaskier cumprimenta fazendo uma sutil reverência enquanto Geralt apenas acena com a cabeça, recebendo do menino o mesmo cumprimento só que de forma mais tímida.

— Vou dar água e um pouco de feno para seus cavalos... Zarry, mostra a eles o lugar em que tomamos banho e depois volta a ajudar sua avó com o jantar. — diz indo até Jaskier que lhe entrega os dois cavalos e o senhor vai em direção do celeiro com os dois animais.

Zarry olha para Geralt com nítido interesse no bruxo, mas não era surpresa para ele que sua aparência incomum chamasse a atenção do mais jovem.

— Por aqui, senhores. — fala dando meia volta e indo em direção do casebre.

Depois de um banho bem demorado — ainda mais quando chegou a vez de Jaskier — os cinco se reuniram em uma mesa simples de madeira que servia como divisão entre a cozinha e a sala daquele pequeno casebre.

O cheiro do ensopado de coelho que Mirian, esposa de Oliver, colocou sobre a mesa fez o estomago dos dois amigos roncar, seria a primeira refeição descente em dias. O jantar seguiu tranquilo e Geralt havia aproveitado a oportunidade para saber um pouco mais sobre o vilarejo e as pessoas que moravam lá, mais especificamente sobre os anciões e logo o assunto que antes era mais casual passou a ser sobre o espírito e as mortes.

— ... Não pude deixar de notar que o senhor é um bruxo. — foi Mirian quem começou a falar e Geralt concorda com um balançar de cabeça, percebendo que esse assunto chamou a atenção do pequeno Zarry que até então estava alheio a conversa dos adultos, apenas comia seu ensopado sem muito interesse.

— Fiquei sabendo do possível trabalho no vilarejo e por isso estou aqui... Vocês sabem de alguma coisa relevante que poderiam me contar?

Oliver e Mirian trocam olhares desconfortáveis e Geralt não deixou de reparar na mudança de humor em Zarry que antes era de uma estranha tristeza e passou para uma certa raiva que era surpreendente vindo de um garoto que não passava dos dez anos de idade.

— ... Zarry, é melhor ir se deitar, esse assunto não é para crianças. — Oliver diz para o neto que se levanta sem dizer nada e sai a passos firmes em direção do corredor que dava aos quartos.

Quando o neto já não estava mais na cozinha, Mirian começa a responder a pergunta do bruxo.

— Sim... Existia cinco anciões, agora só restam dois, esse espírito aparece a cada sete dias, marca um dos anciões e aquele que é marcado... Bem, ele enlouquece e se não cometem suicídio durante esses próximos dias, o espirito aparece para mata-lo e marcar o próximo...

Depois que Oliver e sua esposa contaram o sabiam sobre a entidade — ou ao menos o que eles queriam contar já que a todo momento Geralt teve a sensação de que eles escondiam alguma coisa — o senhor levou os dois amigos até o celeiro onde iriam passar a noite.

Segurando um lençol velho o qual havia ganhado da senhora, Jaskier suspira olhando para o pequeno celeiro. Foi impossível não se lembrar do que passou na última vez em que decidiu que era uma boa ideia dormir num lugar como aquele, chega subir um arrepio na espinha, jurará nunca mais dormir em um celeiro e não esperava quebrar tal promessa tão cedo. Ao menos estava grato por ter Geralt como companhia.

Olhando-o viu que o mesmo estava tão pensativo quanto ele, mas o mesmo pensava no que o casal e a dupla de viajantes o contará, toda aquela história estava muito mal contada, a primeira coisa que iria fazer quando o dia amanhecesse é ir atrás daquele sábio e dos anciões, se eles estiverem mesmo afim de permanecerem vivos até a próxima lua cheia, seria melhor contar a verdadeira história.

Entrando no celeiro olhou rapidamente o interior que era maior do que aparentava, de um lado existia o cercado com três cavalos presos, além dos próprios cavalos deles que Oliver havia colocado, e do outro lado uma grande quantidade de feno que lhes serviriam como cama naquela noite.

— É obvio que aquela elfa foi morta injustamente. — diz Jaskier enquanto ajeitava sua “cama”. — ... Acusar a herbalista de envenenar as crianças só por que alguns pirralhos acharam que era uma boa ideia se aventurar num lugar desconhecido? ... É ridículo! ... Ela não foi condenada por ser acostumada a colher ervas naquele lado da floresta e sim por que era uma elfa... Puro preconceito.

— Hm — resmunga em resposta, não prestando muito atenção no que o outro falava.

— ... Não acha que os anciões estão recebendo apenas o que merecem? — perguntou olhando para o lobo branco que ao terminar de arrumar suas coisas, se deitou virado de costas para ele. — Talvez devêssemos ir para outra cidade, procurar serviço em outro lugar.

Jaskier se senta ficando de costas para ele também, mas com o rosto virado para Geralt que parecia tentar dormir.

— ... Eu entendo você ter esse tipo de pensamento. — fala olhando para o amigo por cima dos ombros. — Mas não é o melhor, é bem provável que o espírito comece a atacar pessoas inocentes.

Jaskier pondera sobre isso e então suspira longamente, ele ajeita sua posição, encolhendo as pernas e escorando as costas no outro, Geralt olha aquilo mas nada fala, estava preocupado com outras coisas para se incomodar com a falta de respeito ao espaço pessoal que o poeta tinha.

Teria um longo dia pela frente, queria ouvir o lado dos anciões para ver se tinham alguma defesa, mas não teria muito tempo para julgamento já que segundo os acontecimentos, iria acontecer o quarto ataque amanhã quando a lua cheia estiver no ápice.

— ... E você também percebeu como aquele casal parecia esconder algo? — pergunta, mas não dando tempo do outro responder, Jaskier continua a falar. — O mais estranho era o garotinho... Deu para ver como ele ficou irado só com sua menção ao espírito... Por que será, eim?

— Hm... Eu não sei. — responde ao ponderar um pouco sobre aquele assunto, mas logo aquilo fez com que sua mente se dirigisse para outra criança, a sua criança surpresa, e amaldiçoou Jaskier mentalmente por ter feito ele se relembrar disso já que havia custado tanto tirá-la da mente.

 

<><><><><> 

 

Era uma noite bonita, quase não tinha nuvens e por isso dava para ver bem as estrelas e a lua lá no alto do céu, Jaskier sobe no segundo andar daquele nem tão grande celeiro e se senta na janela que mais parecia uma porta já que o batente era rente ao piso.

Estava uma noite quente e depois de alguns minutos que tentou dormir, desistiu ao perceber que não só o calor, mas o cheiro daquele lugar junto com os mosquitos o perturbando não iria deixá-lo fazer isso.

Se sentando no beiral e deixando suas pernas livres no ar, Jaskier olha para frente e respira fundo quando um vento meramente fresco ali de cima bateu em seu rosto, logo depois da cerca de madeira se iniciava novamente a floresta e da lá vinha uma agradável brisa.

O bardo pega seu alaúde e assim que afinou as cordas começou a dedilhar os primeiros acordes de uma de suas composições favoritas.

— Pelo amor dos Deuses, essa música não. — Jaskier interrompe seu canto para ver o amigo chegar até ele e se sentar ao seu lado.

— É uma música bonita... Carregada de emoção, destino e romance. — defende sua poesia mesmo sabendo que a beleza ou não da música não era o motivo pelo qual Geralt queria que ele parasse de cantar.

— ... É a parte do destino que eu quero esquecer. — resmunga olhando para um ponto qualquer na floresta, ficar ali era bem mais agradável do que deitar num monte de feno quente, o vento fresco batendo em seu rosto fazia com que ele desejasse dormi ali mesmo.

— Nós dois somos testemunhas de que não se pode ignorar o destino... Quer que eu refresque sua memória? — pergunta, mas antes que Jaskier ameaçasse em voltar a tocar seu alaúde para continuar a canção na parte em que conta o que aconteceu quando a rainha Calanthe tentou matar Duny, Geralt segura seu braço e só volta a soltar quando o mesmo deu sinal de que não iria tocar mais.

Ouve-se um silêncio entre os dois e por alguns minutos Jaskier não diz nada, embora soubesse muito bem o que estava passando na mente do amigo naquele momento ele iria esperar o mesmo se pronunciar.

Suspirando de forma cansada, o bruxo escora as costas no batente da janela, ficando assim de frente para o amigo.

— ... Jaskier... Eu... Bem...

— ... Eu sei. — o interrompeu quando viu que o outro não sabia muito bem por onde começar a falar. — Pelos meses que passaram a sua criança deve estar com poucos dias de nascida.

— Ela não é minha criança.

— Ela é sim, dês do dia em que você reivindicou a lei da surpresa como pagamento por ter salvo a vida de Duny.

— ... Eu só falei aquilo por que ele insistiu... Nem um motivo a mais... Provavelmente nem irei reivindicá-la.

— ... O seu destino está ligado ao dela, meu amigo, e eu não preciso repetir o fato de que não se deve ignorar o destino... O futuro dela é sua responsabilidade.

— Hm... — resmunga cruzando os braços enquanto refletia sobre isso, sabia que Jaskier estava certo, mas mesmo assim não deixava de desejar o contrário. — ... Não sei o que eu poderia dar a essa criança... Ela seria muito mais feliz no castelo, além de estar mais segura.

—... Eu não teria tanta certeza se ela estará em segurança... A Leoa de Cintra pode ser amada pelo seu povo, mas você sabe muito bem que devido as tradições o reino só pode ser governado por um homem... Ela travou várias batalhas devido a isso, Geralt, e pode chegar o dia em que ela venha a perder... E você sabe o que acontece com os nobres da família quando o reino cai.

— E acha que comigo ela estaria segura?

— Sim. — responde sem ter que pensar muito. — ... Bem mais do que se depender de soldados pagos onde a fidelidade acaba quando a mina de ouro cessa... Além do mais, você vive reclamando que os bruxos estão cada vez mais em um menor número, poderia treiná-la para ser sua substituta.

— Não sei se é esse tipo de vida que eu iria querer para a criança.

— É um trabalho digno, Geralt, você já ajudou muita gente e acredito que monstros não deixaram de existir, então o mundo sempre precisará de um bruxo... Vai por mim, você fará um bom trabalho... Assim como Vesemir fez.

Geralt não respondeu nada, apenas ficou pensando em seu professor o qual era a pessoa mais próxima que ele tinha como pai e tentou pesar os prós e contras de tudo que o amigo havia dito, mas no momento sabia que não seria capaz de chegar a qualquer conclusão e só queria não ter que se preocupar com aquilo no momento.

— E eu também farei um bom papel de tio. — continuou a falar com um sorriso sonhador. — ... Ensinarei tudo que sei... Só espero que ela tenha um dom melhor para o canto do que você... Que pelo amor dos deuses, sua voz é horrível. — diz fazendo careta o que faz Geralt soltar uma risada alta.

Não demora muito e logo a risada sessa e Geralt solta mais um longo suspiro, se ajeitando sentado novamente, encostando a cabeça no batente da janela e ficou ouvindo o amigo que logo tinha voltado a cantar.

Sabendo que amanhã teria um dia longo pela frente, depois de algum tempo, o bruxo se levanta e vai em direção da pequena escadaria que dá acesso ao primeiro andar do celeiro, mas antes de descer o primeiro degrau ele para e se volta para o amigo.

— Boa noite, Jaskier.

Jaskier olha para ele também e sorri gentilmente.

— Boa noite, Geralt! — e então volta a dedilhar seu alaúde enquanto cantava suavemente uma de suas baladas favoritas e foi ao embalo de sua voz que o bruxo acabou adormecendo.


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Notas finais do capítulo

O q acharam???
Até o próximo cap :)



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