Sign of the times. escrita por Jones


Capítulo 2
When you Gonna Realize it was just that the time was Wrong?


Notas iniciais do capítulo

OLÁ!
Venho já pedir desculpas pela demora para postar :(
Tive umas crises nas últimas semanas, daí meu computador quebrou e a ladainha toda pra quem acompanha meus ódios no twittter. ANYWAYS
EU ESTOU MUITO FELIZ COM TODA A RECEPÇÃO DE SofT ♥ VOCÊS ME DEIXARAM FELIZES A CADA COMENTÁRIO.
E eu to respondendo lentamente, mas estou! Não deixem de me contar o que vocês estão achando ♥

NO GROUPCHAT:
CadyHeron - Rose
JanisIan - Isobel
GretchenWieners - Abbie

Abbie e Izzie são OCs que quase tem vida própria desde Resistance, a primeira Scorose que já postei na vida com a Lu ♥
Capítulo inspirado por Love Story - Taylor's Version | Romeo and Juliet - Dire Straits (mas eu só escuto a versão do The Killers ♥ e o título do capítulo vem daí) | Romeo & Juliet - Kasey Chambers, Foy Vance



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/801554/chapter/2

Sábado, 15 de julho de 2020. 3:00 p.m. (GMT +1)

Rose não sabia que sentia tanta falta dos primos até vê-los pela primeira vez desde o natal anterior há mais ou menos seis meses. Al estava pelo menos uma cabeça inteira mais alto que ela, o que Rose não gostava nada. Principalmente quando ele a olhava de cima para baixo. James estava na vibe de dizer que era quase um adulto por já ter feito dezesseis anos no início de maio, já que Rose fez quinze em março e Al ainda faria no final de agosto.

— Eu estou dizendo, lá nos States a festança mesmo é quando a gente faz dezesseis. – Rose murmurou alto, tentando chamar a atenção dos pais para seu próximo aniversário a meses de distância.

— Toda yankee falando States para lá e para cá. – Al girou os olhos.

— Aposto que a ideia de passatempo dela é um dia no shopping com as amigas falando de garotos enquanto checam as calorias de uma coca diet. – James completou, espremendo-a no sofá.

— Eu não sei quantas vezes eu preciso dizer isso, mas: vida nos Estados Unidos não é um filme de 2004. – Rose girou os olhos como o primo.

— Então você não é a Regina George de Ilvermony? – James desafiou, erguendo a sobrancelha.

— Eu sou ruiva, a aluna de outro país com pais esquisitos... Obviamente eu sou a Cady Heron. – ela girou os olhos e jogou os cabelos ruivos para o lado, arrancando uma risada de Al e um barulho discreto de vômito de James.

 - O que você quis dizer com pais esquisitos, mocinha? – Ron perguntou da cozinha, onde abria uma cerveja.

— Ronald, ainda nem escureceu. – Hermione ralhou.

— São seis e meia em algum lugar! – quem respondeu foi Gina, batendo a long neck de cerveja trouxa na do irmão.

— Como eu estava dizendo, quando a gente faz dezesseis anos, Dada. Nos Estados Unidos a gente ganha uma super festa. – ela disse deixando claro suas intenções. – E um carro.

— Como se eu fosse te deixar dirigir uma daquelas máquinas da morte. – ele murmurou para sua garrafa.

— Eu me lembro de uma história que eu ouvi do vô Arthur em que papai com doze anos de idade dirigiu o velho Ford voador pelos céus da Inglaterra com tio Harry a tiracolo a caminho de Hogwarts sem autorização ou supervisão de nenhum adulto, você já ouviu essa história, Roro? – Hugo quem perguntou em tom desafiador.

— Eles estão se juntando contra mim, Hermione! – Ronald arregalou os olhos exasperado. – Faça alguma coisa!

— Você falou na viagem para cá que eles precisavam parar de brigar e serem mais amigos. – Hermione encolheu os ombros. – Sem contar que se Rose ganhar um carro, Hugo vai querer um no aniversário dele e a conspiração já foi formada.

— James também quer um! – James murmurou.

— Cada um com seus costumes, amigão. – Harry riu bagunçando o cabelo do filho. – Aqui você só pode aprender a dirigir ano que vem.

— Nossa, o adulto James não sabe dirigir? – Rose caçoou. – A criança Rose já tem uma habilitação provisória... Em março a criança Rose vai ter uma habilitação oficial e um carro.

— Ninguém confirmou que a criança Rose vai ter um carro em março. – Ronald franziu o cenho. – O que tem de errado em dar uma volta com a vassoura como todo jovem bruxo desse mundo?

— Você acha a vassoura mais segura que um carro? – Gin perguntou de olhos arregalados. – Não tem uma proteção em volta! Fica suspensa no ar!

— Ronald tem mais medo é de saber para quem ela daria carona no carro dela, isso sim. – Harry se meteu, insinuando algo com o olhar.

— Ele vai te perguntar dos namoradinhos em três, dois, um... – James cochichou.

— E como estão os garotos lá em Ilvermony, hein Rose?

— Eu disse... – James cantou.

— Bem, eu imagino. – Rose respondeu em seu tom de adolescente, mas com as bochechas da cor de seu cabelo.

— Nossa, você já está velho. – Gin girou os olhos. – Eu imaginava uma pergunta dessa vinda de Ronald, não de você, meu bem.

— Nós temos a mesma idade! – Ronald fez o meme do John Travolta.

— Ele me fez a mesma pergunta na frente do Scorpius semana passada. – Al disse.

— Que vergonha, Harry Potter. – Gina ralhou. – Ele já te disse milhares de vezes que ele e Scorpius são apenas amigos, você não pode ficar envergonhando nossos filhos na frente das visitas e melhores amigos dele.

— Scorpius é o filho dos Malfoy? – Hermione perguntou interessada.

— É sim, ele passou a primeira semana das férias aqui com a gente, foi para a França hoje de manhã cedo. – Gina respondeu, encostada na ilha da cozinha. – Ele frequenta essa casa desde os doze anos de idade e Harry continua tendo zero tato.

— Ele está acostumado. – James respondeu rindo. – Eu expliquei para ele que quanto mais a idade vai chegando, mais gagás vão ficando os coroas, não é Rose?

Rose parou de prestar atenção na conversa quando ouviu o nome Scorpius. Não sabia o que esse nome tinha de especial, mas pensou ser importante o suficiente para anotar em um lugar no seu cérebro e mandar uma mensagem de texto para suas melhores amigas.

Groupchat: “Nem todo mundo pode ser Regina George” - Abbie

CadyHeron: vocês acham que o garoto dos meus sonhos pode ter um nome exótico tipo Scorpius?

JanisIan: Por que não? Você tem um primo chamado ALBUS kkk

GretchenWieners: Rose, você está na Inglaterra. Vai pegar um povo de sotaque engraçado e esquece esse ser místico que você inventou no seu subconsciente

CadyHeron: hey, o sotaque daqui não é engraçado!

JanisIan: ela vai voltar da Inglaterra chamando biscoito de bolacha de novo e tomando chá as três. Mas eu sou obrigada a concordar com Abbie nessa.

JanisIan: você nunca nem viu o cara! Não pode fazer um voto de castidade até encontrar o cara dos seus sonhos.

GretchenWieners: OBRIGADA IZZIE! É O QUE EU VENHO DIZENDO HÁ DOIS ANOS!

CadyHeron: eu não estou fazendo um voto de castidade, suas tolas.

GretchenWieners: “Tolas?” Isso é invasão britânica? A gente tem que fazer outra Boston Tea Party?

GretchenWieners: Tá pior que a Izzie que volta o sotaque quando atende o telefone.

GretchenWieners: HOWDY! WHAT’S UP Y’ALL?

CadyHeron: você está dizendo que meu sotaque sexy britânico é pior que a bagunça de New Albuquerque Isobel Abuelita Dawson?

JanisIan: meu nome do meio não é abuelita? A cidade é Albuquerque e o estado New Mexico??? Isso é xenofobia!

JanisIan: vou sair daqui, vocês estão sendo muito homofóbicas.

GretchenWieners: eu sou literalmente bissexual.

CadyHeron: vocês foram de absoluta nenhuma ajuda.

CadyHeron: vou voltar a conversar com meus familiares britânicos civilizados.

CadyHeron: @GretchenWieners Abbie se James começar a te seguir no winsta, só ignora? Ele ta afim de conhecer umas “babes” americanas. smh

CadyHeron: ADULTO JAMES TIRA OS OLHOS DO MEU CELULAR ANTES QUE EU OS ARRANQUE COM MEUS FEITIÇOS SEM VARINHAS QUE VOCÊ NEM APRENDEU ADULTO JAMES

GretchenWieners: qual deles é James? E pq você está o chamando de adulto James?

JanesIan: não é o de olhos verdes, né? Eu reservei esse.

GretchenWieners: eu não sabia que a gente podia reservar primos. EU QUERO AQUELE DE CABELO AZUL

CadyHeron: vocês são estranhas. Chega de celular por hoje.

GretchenWieners: é, está muito cedo da manhã para esse nível de comprometimento

CadyHeron: são tipo sei lá 10 horas em NY.

JanesIan: e 8 no meu país Albuquerque. AHORA CALLATE Y DEJAME DORMIR, PENDEJAS.

 

Rose sorriu para o telefone e o colocou no bolso. Scorpius. Um belo nome.

 

Sábado, 15 de julho de 2020. 4:00 p.m. (GMT +2)

 

Groupchat: MIB  - homens de preto

J: Já está em Terras Francesas?

A: se ele saiu daqui de manhã, claro que ele já chegou. Não é como se ele estivesse indo para o japão

J: engraçado que eu achei que eu tinha perguntado para SCORPIUS MALFOY NÃO PARA ALBUS INTROMETIDO POTTER

S: crianças, não briguem?

S: cheguei, já está chato, me aparatem de volta para a Inglaterra

A: por mais que Adulto James ache que chegou a esse patamar, infelizmente ele ainda não pode te aparatar. Legalidade e essas coisas.

J: tecnicalidades.

J: e n vem você com essa de me chamar de adulto james também

J: já não chega a Rose.

S: eu ia perguntar qual era a do apelido novo agora

A: nossos primos acabaram de chegar dos estados unidos

A: James foi se exibir dizendo que era mais velho e blabla

A: e ela venceu com um “eu tenho carteira de motorista provisória nos EUA e você nem pode começar a aprender a dirigir ainda HAHA”

A: aí ele ficou mudo.

S: eu não sei quem é Rose, mas já sou fã de qualquer pessoa que cale a boca do j

J: eu vim ser um amigo considerável (essa é a palavra?) me preocupar com seu bem estar apenas para ser atacado. Adeus.

S: eu tenho que ir me vestir para jantar com os Malfoy + Blacks de qualquer maneira.

S: BTW, Teddy tá aqui. Não sabia que Tia Andromeda conseguia o arrastar para essas coisas

J: não consegue normalmente, mas Vic tá em Paris...

A: aonde a vic vai o ted vai atrás *cantando*

S: eu também iria atrás dela até na coréia do norte

A: eu não puxaria uma conversa assim com o Teddy se eu fosse você.

J: eu incentivo, boto maior fé

J: faz um uma live!

S: ele tá engraçadinho hoje

A: é que a Rose prometeu passar o contato dele pra uma amiga americana, maggie, gaby ou sei lá

J: ABBIE! Respeito ao admv.

A:????

J: Amor Da Minha Vida. DUH.

S: CHEGA DE INTERNET POR HOJE.

S: como diriam os franceses: va te faire foutre, bouffons! ♥

A: vai você!

J: não sei o que significa, mas valeu bro.

Scorpius colocou o celular no bolso e voltou para a sacada de sua varanda. De longe via seu pai e seus avós em uma discussão que não parecia nada pacífica, evitou girar os olhos... Não estava pronto para mais uma reprimenda naquele dia. Já tinha levado sua quota de puxões de orelha do dia: a primeira por querer ficar mais um dia na casa dos Potter para conhecer os primos quase americanos que eles nunca paravam de falar sobre, ao que a resposta fora simplesmente “nós tínhamos um combinado, uma semana na casa dos Potter e depois uma viagem de família” seguido de algo que poderia ser visto como ofensivo, algo como "e quem já viu um Weasley já viu todos" seguido de um cutucão e uma reprimenda de Astoria. 

O segundo puxão de orelha veio de sua própria mãe quando resolveu conversar sobre as detenções em que tinha se metido no último ano letivo com ajuda do Potter mais velho. "Por que você e James não se comportam mais como Albus?". O Potter do meio aparentemente era um santo tanto para os Potters quanto para os Malfoys, mal sabiam que atrás daquela cara de anjo e daquele discurso articulado o garoto era a mente brilhante por trás de todos os planos mirabolantes do trio - não que James fosse um dia dar o braço a torcer. 

O terceiro veio em forma de ameaça e dizia que se ele não largasse aquele celular logo, ele ficaria de castigo assim que voltassem a Inglaterra, seguido de um "vocês ficam dando esses apetrechos trouxa para o garoto e esperam que ele não cresça como um bárbaro" de seu querido avô. Nessa hora a confusão começou e ele se aconchegou em sua cadeira na varanda de seu quarto enquanto ouvia as vozes acaloradas no fundo e seus olhos fechados começaram a se conectar com uma espécie de lembrança dos outros tempos. Tudo lhe era familiar, a gritaria, a varanda, o calor do verão… 

 

Julho de 1591, Verona. (Fuso horário ainda não era um conceito já que foi criado na conferência de Washington e nem existia Washington ainda.)

O Belpaese poeticamente tinha a reputação de ser um dos lugares mais lindos do velho mundo, com suas paisagens estonteantes de campos e colinas verdes, parreiras a se perder de vista… com a melhor culinária do mundo e as mais lindas mulheres. Os Aswad quando se aventuraram algumas gerações atrás e trouxeram seus negócios para a Itália disseram que aquela era a melhor decisão que tinham tomado. Saiph às vezes se questionava quando via seu pai aos berros com o signore Rosso da propriedade vizinha. Era sempre algo como cercas fora de lugar, serviçais de uma propriedade querendo se enturmar com o da vizinha, acusações de roubo e sabotagem de parreirais e, bem, as coisas só pioravam a partir daí. 

Saiph Aswad não podia ligar menos para os Rosso, com exceção de uma: Fiorella. 

Fiorella acabara de retornar da França, a última vez que a tinha visto era de passagem quando tinham menos de sete anos de idade. Ela era uma menina bonitinha, com seus cabelos ondulados sempre impecáveis e adornados por laços, mas garotos não prestavam atenção às meninas naquela idade. Não. Garotos aprendiam a cavalgar e a escalar árvores e não a gostar de meninas. 

Mas hoje, aos quinze, tudo era diferente. Ele reparava agora nas saias opulentas e arredondadas que escondiam as formas que ele já vira se banhando ao rio. Ele percebia os grandes colares que se pendiam sobre o busto avantajado por espartilhos que deixavam pouco para imaginação. 

E Saiph tinha muita imaginação. 

Ele também sabia que Fiorella Rosso estava prometida em casamento para um parente do príncipe. Quem lhe contou foi o príncipe, seu melhor amigo, enquanto cavalgavam em frente a propriedade urbana dos Rosso. E lá estava ela, com os longos cabelos ruivos em uma trança, no calor do fim de tarde do verão. Com as bochechas rosadas e os olhos em tons de azul, verde e castanho, como um caleidoscópio harmonioso e encantador. 

Saiph estava apaixonado e pela maneira que ela se esqueceu como respirava ao vê-lo a encarando pela rua, ela também sentia algo por ele.

— Não pensastes em cortejar a jovem Rosso, ou pensastes? - o príncipe o perguntou apreensivo. - Sabeis que um Rosso nunca entregaria a mão de sua única filha a um Aswad. 

— Mas eu a amo, Tiago. Isso não deveria valer algo, mais que nossos sobrenomes e esse delírio que existe desde antes de nascermos? - Saiph a encarava nos olhos e a via sorrir tímida, abaixando a cabeça e acertando um fio de cabelo fora do lugar. 

— Mal conhecestes a jovem Rosso, Saiph - Tiago o repreendeu e acenou com a cabeça para Fiorella que por sua vez se curvou levemente ao príncipe. 

Saiph não sabia o que fazer, sabia apenas que precisava vê-la todos os dias. E ele a vira, todos os dias. Nas madrugadas em sua varanda, em voltas furtivas ao redor do rio, na sacristia após a missa.

Ele precisava confessar o seu amor sempre que possível. Queria que ela o amasse como ele a amava. 

Como ele sempre a amou, como se isso de alguma forma fosse possível. Apenas soube ao colocar os olhos nos dela. Porém Fiorella mesmo tendo apenas quinze anos já estava prometida a um rapaz. Ficara sabendo que seu pai não queria firmar tal compromisso, mas que o rei o garantira que era uma boa ideia, que Francesco era um bom partido. 

Não tinha dúvidas de que ele era, mas ela não o amava. Ela amava Saiph. Ele sabia que ela tinha sentido o mesmo que ele quando trocaram os primeiros olhares, quando ele aparecia na madrugada escura para declamar suas juras de amor diariamente em sua varanda. 

Fiorella, quando a vi pela primeira vez

Certeza maior não pude ter 

Do dia claro e belo como tua tez

Desse mundo partiria feliz por te ver

Tu és como o sonho mais doce de verão

Teu sorriso é capaz de iluminar o mais frio coração 

Queria eu, apenas um tolo romântico com nome de estrela 

Ser digno e merecedor de apenas tê-la

Tê-la comigo por todas as noites e todo alvorada

Por toda eternidade, para sempre minha amada. 

Fiorella lhe demonstrou o caminho para que subisse a sua varanda com o maior sorriso do mundo e o coração palpitante. 

— Saiph, meu amado. - ela encostou os lábios nos dele incapaz de deixar de sorrir. - Por mais que eu fique lisonjeada com suas juras a minha varanda antes do amanhecer, sabes que corres grande perigo se formos pegos juntos aqui. 

— Por ti corro todos os perigos do mundo, Fiorella. - ele a beijou novamente. 

— És um tolo! - ela o abraçou com carinho e ao mesmo tempo urgência de aproveitar cada minuto que pudesse ao seu lado. - Somos ambos tolos. 

— O amor nos deixa assim, nos faz perder o eixo, o caminho para a sanidade. - ele a beijou novamente. 

— Estás tão poético hoje, Saiph. - ela sorriu, se aconchegando naquele ponto entre seu ombro e pescoço. 

— Sou inspirado pela mais bela flor de toda a Itália. - ele deslizou os dedos entre os longos fios de cabelo soltos e escovados de Fiorella. - A mais bela Rosa de todo Belpaese. 

— Saiph - Fiorella suspirou olhando no fundo dos olhos cinzentos de Saiph. Não tão no passado, ela percebeu que por ele faria tudo. Se o que ele a fazia sentir fosse para sempre, seria eternamente a melhor vida que alguém poderia ter. - Por ti eu deixaria de ser uma Rosso. 

— E sem ti não faria sentido ser um Aswad e muito menos Saiph. - ele segurou as mãos de sua amada. - Vamos fugir daqui, vamos procurar alguém disposto a nos casar e então podermos ficar juntos para sempre, Fior. 

— Saiph, é o que mais quero. - ela o beijou novamente. - O que mais desejo do fundo do meu coração. 

Então foi o que fizeram: encontraram um padre de nome Valentim que, assim como o santo de seu nome, estava disposto a acalentar os corações de dois jovens apaixonados. Não era justo que o ódio entre duas famílias fosse mais importante que o amor que sentiam um pelo outro. Iam se casar e uma vez casados, seus pais teriam que aceitar que aquele era o destino do casal: estarem um com o outro. 

Fora naquela mesma noite que o casal apaixonado encontraram o calor nos braços um do outro no fim do mês de agosto. Descobriram mais uma forma de se amarem e de cultuarem seus corpos, na urgência em que estivessem cada vez e impossivelmente mais próximos. Como se precisassem um do outro para viverem, para respirarem. 

Naquela noite, à Luz do luar e sob um teto de estrelas se prometeram que se amariam para sempre, sabendo que de certa forma já se amavam há mais milênios do que a Terra foi feita. 

E se amariam por mais milênios, por mais décadas e pelo próximo século, quando se encontrariam de novo, já que nesse, numa cena que passara rápido demais pelos olhos de Scorpius e não rápido o suficiente pelo de Rose. Um associado da família Aswad, inimigo mortal da família Rosso e do príncipe de Verona, decidiu que Saiph trouxera vergonha para os Aswad ao se deitar com uma Rosso, uma família que não prezava o sangue e a pureza e sim as ideias burguesas liberais da sociedade. 

Com uma espada ele o convocou para um duelo no meio da praça. Com uma espada Tomaz, o traiçoeiro, deu fim a vida do nosso romântico herói. 

Com uma adaga, Fiorella deu fim a própria vida. 

E mais uma vez, com um grito, Scorpius e Rose, dessa vez quase no mesmo fuso horário, acordaram de seus cochilos. Rose com certeza de que o garoto de seus sonhos era cada vez mais real e Scorpius certo de um dia eles se encontrariam.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí ? ♥
Será que o encontro vem aí?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sign of the times." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.