Afire Love escrita por eve


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde, como vocês estão?
Boa leitura!



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P.O.V. Sophie

—Para o carro. –diz Rosita assim que chegamos a um certo ponto dos trilhos.

Já estava dirigindo há um bom tempo e não sei se fico aliviada por saber que estamos mais perto de Daryl ou preocupada por saber que ele está mais perto de Dwight. Ainda tenho esperança de que ele se dê conta do que está fazendo e pare antes que seja tarde demais. Mas antes que possa pensar no assunto, Rosita salta para fora do carro sendo seguida pelo resto de nós.

—Foi aqui que ela morreu. –diz ela olhando para uma mancha de sangue em um ponto específico dos trilhos. 

—Ele deve ter começado daqui. –diz Glenn. –Então vamos fazer o mesmo.

—Ei, olhem isso. –Michonne que eu nem havia percebido que havia se afastado nos chama tirando alguns arbustos de cima de uma moto. A moto de Daryl. –Ele com certeza começou daqui.

—Pra que lado Dwight correu? –pergunto a Rosita que parece nem ter me ouvido. –Rosita.

Ela parece refletir por um momento e então me responde.

—Deixa ele fazer isso. –responde ela finalmente me encarando.

Não acredito no que ela está dizendo. Ela quer que eu simplesmente o deixe arriscar a própria vida desse jeito? 

—Daryl está de cabeça quente, ele não sabe o que está fazendo. –argumenta Glenn. –Talvez ele esteja fazendo isso pra se sentir melhor agora, talvez os Salvadores fiquem sabendo mais sobre nós do que nós sobre eles ou talvez Daryl possa até acabar morrendo.

Queria rebater Glenn e dizer que Daryl vai tomar cuidado, mas sei que não é verdade e que por mais forte que ele seja ele já está aqui fora e ele vai morrer tentando conseguir sua vingança se ninguém impedi-lo

—Só me diz pra que lado Dwight correu. –digo deixando o medo transparecer em minha voz. 

Rosita permanece em silêncio, parecendo refletir sobre o que deve fazer e então indica a direção com a cabeça. Sei que ela estava aqui e viu tudo acontecer e que talvez também queira vingança, mas não estou com a menor vontade de bancar a compreensiva agora.

[...]

Nós entramos na floresta seguindo Rosita por alguns bons minutos até que ouço o farfalhar de folhas. Aparentemente os outros também ouvem, pois todos levantam as armas até que uma flecha passa ao lado de Rosita e atinge uma árvore a centímetros de seu rosto. 

Daryl está aqui. Assim que vejo a flecha olho para a direção da qual ela veio e o vejo, mas antes que possa ter qualquer impulso de abraçá-lo ou lhe dar uns tapas Rosita arranca a flecha da árvore e a joga para Daryl.

—Cuidado com isso, cretino. –diz ela enraivecida.

Ele estava prestes a respondê-la quando finalmente me vê. Não sei se fico furiosa ou aliviada quando seu olhar encontra o meu. Acho que fico com a primeira alternativa.

—O que está fazendo aqui? –pergunta ele sem tirar os olhos de mim.

—Nós viemos atrás de você seu grande imbecil. –respondo. 

—Não deveriam estar aqui. –diz ele abaixando o olhar e voltando a andar nos deixando para trás.

—Você não deveria estar aqui. –digo seguindo-o. –Por quê, Daryl? –pergunto fazendo-o parar de andar e se virar para mim.

—Você sabe o porquê. –diz ele e então suspira. –Dwight pôs uma arma na minha cabeça naquele dia na floresta, ele me amarrou e mesmo assim eu o ajudei. 

—Então você acha que a culpa é sua? –pergunta Glenn se intrometendo.

—Eu sei que é. –responde Daryl. –Vou fazer o que devia ter feito antes.

—Pra quê? Por ela?  –pergunto me exaltando. – Deixa eu te contar uma coisa, nada do você que fizer vai trazer ela de volta e você sabe disso. Está fazendo isso por você. 

—Você não dá a mínima. –ele me acusa.

—Eu me importo Dixon. –me defendo. –E é por isso que eu quero que volte para nossa casa, a gente pode conseguir um grupo e armar um plano. Os Salvadores já sabem quem somos, nós precisamos de você e nossa família que está lá esperando por nós precisa da gente.

—Isso não vai funcionar desse jeito, cara. –diz Glenn.

—Nós podemos resolver isso outra hora, Daryl. –diz Michonne. –Eu mesma venho com você, eu prometo. Vamos voltar.

Daryl parece ponderar por um momento e então nega com a cabeça. Droga. Ele não vai voltar sem conseguir o que quer e eu não vou voltar sem ele.

—Não dá. –diz ele.

—Daryl...

—Não consigo! –grita ele me interrompendo e então volta a andar.

—Ótimo. –digo e começo a segui-lo. –Então estamos no mesmo barco. Não vou voltar sem você, já te disse isso.

—Eu não quero que venha comigo. –diz ele de forma rude.

—Eu não perguntei se quer que eu vá. –respondo firme. –Eu disse que vou e pronto.

—Sophie nós precisamos voltar. –diz Glenn.

—Sinto muito, Glenn. –digo. 

Ele para por um momento encarando o chão e depois se volta para mim e Daryl.

—Nós vamos voltar. –diz ele. –Nossa família está esperando.

E então Glenn, Michonne e Rosita voltam pelo caminho que vieram. Daryl caminha em silêncio pelo que parece pelo menos meia hora até que resolve questionar minha presença.

—Não deveria ter ficado aqui. –diz Daryl voltando a andar.

—E você não deveria ter saído. –digo. –Parece que estamos empatados.

—Não, não estamos. –diz ele. –Eu deveria estar aqui, eu devo isso a Denise, se eu estou aqui e ela não, isso é culpa minha e só minha. Era pra flecha ter me atingido, uma pessoa inocente morreu no meu lugar e eu não vou deixar isso barato. E você qual é seu motivo pra estar aqui?

—Você, seu grande idiota. Vai acabar se matando desse jeito. Será que você não percebe que você é importante também? –digo e passo a andar à sua frente mesmo sem fazer ideia de pra onde estou indo.

—Sophie volta aqui. –sussurra Daryl atrás de mim.

—Agora você quer volt...   –sou interrompida por Daryl me puxando para trás e tapando minha boca.

Daryl espera um pouco até eu me acalmar e então tira sua mão da minha boca. Eu estava prestes a perguntar que merda que ele estava fazendo quando ele aponta pra frente indicando Glenn, Michonne e Rosita amarrados e cercados por homens armados.

—O que fazemos? –sussurro.

—Nada. –responde uma voz masculina atrás de nós. –Olá Daryl.

No mesmo instante ouço um tiro e vejo Daryl cair. Deixo escapar um grito assim que vejo que ele foi atingido no ombro, mas sou impedida de fazer qualquer coisa pois sinto um outro homem me segurar enquanto me debato tentando me soltar.

—Calma lindinha, eu não quero ter que te machucar. –diz o homem loiro que havia atirado em Daryl e eu cuspo em seu rosto.

—Vai pro inferno. –digo e ele sorri se limpando.

—Ou eu posso mandar Daryl pro inferno. –diz ele apontando a arma para Daryl que estava inconsciente no chão. A ameaça faz com que eu me acalme quase imediatamente. –Bem melhor.

O loiro acena com a cabeça para seus capangas e um deles me revista tirando todas as minhas armas e então tira as de Daryl, que permanecia no chão. O homem que me segurava me arrasta até uma van. Olho para trás e vejo que dois homens também estão carregando Daryl pra lá. Logo em seguida Glenn, Michonne e Rosita também são levados até o veículo. Assim que os homens nos largam lá dentro o loiro aparece novamente e joga um kit de primeiros socorros ao meu lado.

—É melhor você fazer um curativo no meu grande amigo Daryl, lindinha. O dia de vocês está só começando.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Até quinta!



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