Afire Love escrita por eve


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, como vocês estão?
Espero que gostem do capítulo de hoje.



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P.O.V. Daryl

Não sei descrever o que sinto quando a vejo com as mãos cobertas de sangue. Apenas peço para que Maggie chame o médico e carrego Sophie para dentro da casa pelo caminho que Jesus indica. Acabamos chegando em um quarto e eu a coloco deitada na cama. Por algum motivo ela tem a ideia genial de tentar ver o ferimento e acaba gemendo de dor ao tentar se curvar. 

—Dá pra ficar quieta? -pergunto, já estou nervoso, ela bem que poderia me ajudar ficando imóvel.

—Não briga comigo, eu estou machucada. -retruca ela.

Saio do lado da cama e começo a abrir os armários em busca de alguma coisa para estancar o sangue. Acabo encontrando uma toalha e volto para Sophie. Assim que pressiono a toalha no corte ela geme mais uma vez. Cadê o maldito médico?

Após alguns minutos Rick, Michonne, Abraham, Glenn e Maggie entram no quarto. Maggie avisa que o médico está cuidando de Gregory e que logo em seguida vem ver como Sophie está. Quem se importa com Gregory? O médico deveria estar aqui.

—Como você está? -Abraham pergunta a Sophie.

—Arde um pouco. Não recomendo muito a sensação -responde ela, mas tenta amenizar depois de perceber meu olhar preocupado. -Mas está tudo bem, com certeza foi superficial, a faca nem chegou a entrar de verdade.

—Obrigada. -diz Maggie. -Por não deixar que ela me acertasse.

—Nada que qualquer outra pessoa aqui não teria feito. -responde Sophie. -Só percebi antes o que estava acontecendo.

O médico finalmente chega acompanhado de Jesus e confirma que o corte não foi profundo e que foi mais um arranhão bem feio do que qualquer outra coisa. Isso significa que em breve Sophie deve ficar bem. 

[...]

No fim das contas nós conseguimos um acordo com Hilltop, um acordo que felizmente nos rendeu bastante comida. Em troca nós acabaríamos com o que restou do bando que encontramos na estrada, os Salvadores. Nós reuniremos um grupo e junto de Jesus vamos até o posto avançado deles e mataremos a todos.

—Já estamos chegando? -pergunta Sophie sonolenta no meu ombro. O médico deu a ela alguns remédios para a dor e para evitar que infeccione, então ela estava caindo de sono a essa altura da viagem. Ela ficou um pouco mais animada quando Maggie nos mostrou uma imagem do ultrassom, mas agora já está quase dormindo de novo.

—Só mais um pouco e estaremos em casa. Você tá bem? -ela confirma com um aceno de cabeça.

—Tenho a saúde de um touro, Daryl Dixon, você apenas me pegou em um momento ruim. -ela tem tentado deixar claro que está bem a cada cinco minutos.

Quando finalmente chegamos em Alexandria já estava escuro e Sophie estava quase pegando no sono novamente, eu me ofereço para carregar ela até em casa, mas ela insiste em andar sozinha, o que faz demorarmos três vezes mais. Eu insisto para que ela deite e durma de uma vez, mas como ela não escuta nada do que eu digo, acaba insistindo para tomar um banho e como ela está caindo de sono acabo indo junto com ela.

—Você vai ficar? -pergunta ela quando já estávamos deitados na cama e eu confirmo. -Vai atrás dos Salvadores?

—Eu tenho que ir.

—Não importa o que eu diga, não é?

—Eu tenho mesmo que fazer isso e você sabe que vai precisar ficar, não sabe? -pergunto.

—Eu ainda posso ir se eu tiver uma recuperação milagrosa. -constata ela.

—Sem chance. -já não seria boa ideia se ela estivesse saudável, nessa situação é impossível que ela vá junto.

—E quando você vai?

—Em no máximo dois dias. Não vai insistir pra ir também?

—Eu sei reconhecer uma batalha perdida, se eu for só vou dar mais trabalho, principalmente pra você. Vai ser pior para todo mundo e se você ficar preocupado comigo eu só vou te colocar em risco. 

Bom, isso torna as coisas bem mais fáceis. 

—Eu queria pedir pra você ficar, mas sei que também não posso pedir isso. Mas pode me prometer que vai tomar cuidado? Que não vai se colocar em risco sem necessidade?

—Tá preocupada comigo? -pergunto e ela confirma.

—Odeio não poder ir junto.

—Quando nós voltarmos e não existirem mais Salvadores e você estiver melhor nós podemos organizar alguma coisa.

—Está me convidando para um encontro, Daryl? Primeiro quer fugir comigo e agora um encontro, você está muito na minha.

Há um tempo percebi que ela gosta de me irritar às vezes, mas agora não consigo mais ficar bravo, apenas acho graça. É uma das coisas que mais gosto nela para falar a verdade, traz um pouco de normalidade as coisas e faz com que eu ainda me sinta eu mesmo.

—Só se você aceitar. -respondo arrancando um sorriso dela.

—Vou pensar. -diz ela fechando os olhos e se aconchegando em mim. -Agora eu preciso descansar.

[...]

É impressionante como sempre que estou aqui nós somos acordados por alguém batendo na porta, mas dessa vez Sophie nem se mexe então acabo indo abrir. Mais uma vez é Aaron quem nos acorda.

—Como ela está? Fiquei sabendo do que aconteceu.

—Está bem, o médico disse que não foi grave. -respondo. -Ela está dormindo.

—Posso falar com você? -pergunta ele e eu dou de ombros dando espaço para ele entrar. -Você mora aqui agora?

—Não.

—Mas vai?

—Se ela quiser. -dou de ombros mais uma vez e ele sorri.

—Eu quero muito que ela seja feliz e eu acho de verdade que vocês podem fazer isso juntos, mas não é por isso que quero falar com você. -fico aliviado, não quero ter essa conversa. -Fiquei sabendo que vão atrás dos Salvadores e eu quero ir junto.

—Não sou eu quem está organizando isso, deveria tentar falar com o Rick.

—Nós dois sabemos que ele não vai me incluir nisso se eu pedir. -argumenta ele e é verdade, Rick já lida bem melhor com as pessoas de Alexandria, mas isso é algo grande não sei se ela vai querer arriscar levar alguém que conhece tão pouco.

—Vou falar com ele.

—Pode não contar nada a Sophie? Não quero que ela e Eric se preocupem.

—Não vou mentir se ela me perguntar. -esclareço. Isso é tudo que eu posso fazer, não vou mentir pra ela.

—Obrigada. Trouxe um pouco de comida, agora que estamos melhor abastecidos achei que vocês pudessem precisar. -diz ele deixando um saco na bancada da cozinha.

—Como sabia que eu estava aqui?

—Eu imaginei que estivesse depois que encontrei Glenn mais cedo e ele me disse o que aconteceu. -explica ele. -Bom eu já vou indo.

Após Aaron sair decido fazer alguma coisa para comer e acabo levando para Sophie no quarto. Não acho bom que ela se esforce ou pode piorar aquele corte. Nem acredito que estou tão preocupado com alguém, mas essa é uma vida que eu poderia ter. É mais do que sobreviver, é realmente gostar de cada dia que estou vivendo e me importar em estar aqui. Depois de tudo que aconteceu após a queda da prisão, do Santuário, da morte da Beth, eu precisava de alguma coisa que me mostrasse que eu ainda posso gostar dessa vida.

Quando levo seu café da manhã no quarto Sophie já estava acordada e sorri quando me vê, ou melhor, quando vê a comida.

—Café na cama? Quem é você e o que fez com Daryl Dixon? -brinca ela se sentando na cama e eu tenho o impulso de ajudá-la. -Você não vai me deixar fazer nada, vai?

—Não.

—Já não sei se vejo tanta vantagem em ter você aqui. 

—Tenta só me expulsar. -resolvo responder a sua provocação e ela acaba rindo.

—Obrigada por escolher não mentir para mim. -diz ela. -Eu ouvi você e o Aaron.

—Não ficou brava?

—Tem como ficar brava? 

—Tem? -ela acaba rindo.

—Você é uma graça, Daryl.


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Notas finais do capítulo

Galera nós estamos exatamente na metade da fanfic. Espero que vocês tenham gostado da história e muito obrigada a todos que chegaram até aqui.
Nos vemos semana que vem.



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