Afire Love escrita por eve


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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P.O.V. Sophie

Socorro. —ouvimos alguém falar através do walkie talkie.

—Quem está falando? –pergunto após puxar o aparelho da mão de Daryl, mas não ouvimos nenhuma outra resposta.

—Eu posso estar ficando louco, mas essa pareceu a voz do Eugene. –diz Abraham. –Nós precisamos voltar e bem rápido.

O tiroteio e agora um pedido de socorro, tem alguma coisa muito errada acontecendo em Alexandria, eu estava preocupada, principalmente depois que não ouvimos nenhuma outra notícia de Rick. O que quer que esteja acontecendo em Alexandria, já está ocorrendo a pelo menos um dia. Daryl acelera o furgão ao máximo, o que não é muita coisa para ser honesta.

Nós estávamos fazendo uma curva quando avistamos um grupo de motoqueiros com armas pesadas a nossa frente bloqueando o caminho. Por que tudo está dando errado?

—Puta merda! –diz Abraham.

—Isso não pode ser coisa boa. –digo.

—Não dá para darmos meia volta agora. –diz Daryl e assim que ficamos frente a frente com os motoqueiros Daryl para o furgão.

—Por que não descem e vêm aqui? –diz um dos motoqueiros. –Se quiserem resistir, tentar alguma coisa, é uma escolha, creio eu, mas vamos acabar com a sua raça. Então, vamos lá.

Abraham é o primeiro a descer, estamos todos armados, e antes que eu faça o mesmo Daryl puxa meu braço me fazendo olhá-lo.

—Eu nunca teria deixado vocês para trás se não confiasse que ficariam bem. –diz ele e eu fico muda. Eu já tinha constatado isso depois do que Abraham me disse, mas ouvir da boca dele é completamente diferente. 

Ele desce e logo em seguida eu faço o mesmo. Daryl não é exatamente a pessoa que fala esse tipo de coisa, ele simplesmente faz sem avisar nada, o que é muito mais sincero. Mas não posso ficar pensando nisso agora, nós estamos em um momento crítico, tenho que me preocupar em continuarmos vivos.

—Isso, ótimo. –diz o mesmo motoqueiro agora que estamos todos do lado de fora do veículo. –Segunda fase. Entreguem as armas. 

—Por que deveríamos? –pergunta Daryl. Eu ficaria mais tranquila se ele apenas obedecesse, nós não estamos em vantagem numérica, ou em qualquer outra vantagem.

—Não são suas. –responde o mesmo homem, provavelmente o líder. 

—Quê? –pergunta Abraham, ele também não acata ordens com tanta facilidade. Não que eu queira entregar nossas armas, mas não estou vendo muita opção.

—Suas armas, o furgão, o combustível do furgão, se tiverem balinhas no porta-luvas, pornô debaixo do banco, trocados nos bancos, os próprios bancos, os tapetes do assoalho, os mapas, os guardanapos de emergência escondidos no painel. Nada disso é de vocês. 

—E de quem é? –pergunto.

—Sua propriedade agora pertence a Negan. –diz ele sorrindo. -Agora entreguem as armas.

Ele vai até o Daryl, que lhe entrega a arma sem resistência, eu faço o mesmo a contragosto, mas Abraham é o que parece menos disposto a colaborar. Mesmo assim ele entrega a pistola.

—Quem são vocês? -Abraham pergunta.

—Eu entendo a curiosidade, mas nós também temos perguntas. -responde o homem retornando para o lado de sua moto. -E nós a faremos enquanto os levamos para o lugar que vocês chamam de lar. Mas primeiro, suas coisas. O que vocês tem para nós?

—Você acabou de pegar. -diz Daryl.

—Tem mais. Sempre tem mais. -diz ele. -T, leve o nosso amigo à traseira do caminhão, vamos ver o que eles têm.

O homem leva Daryl para a traseira do furgão. O outro, que estava falando conosco até então, nos aponta uma arma. Ele diz que costuma matar alguém do grupo como uma primeira lição, mas que não faria isso conosco até que mostrássemos de que comunidade viemos, para que não ficasse um clima ruim durante o caminho. Ele não esconde a ironia enquanto fala.

—Mas quer saber? -diz ele e algo muda em seu olhar. -Eu vou matar sim.

Ele me aponta a arma e está prestes a puxar o gatilho, quando o grupo de motoqueiros simplesmente explode. Abraham e eu nos assustamos enquanto somos jogados para o chão devido a força da explosão e quando olhamos para trás Daryl estava saindo de trás do furgão com o lança granadas. Ele explodiu o grupo. Todo o grupo.

—O filho da mãe era mais forte do que parecia. -diz Daryl virando de costas para nós enquanto se dirigia a traseira do furgão novamente. Ele estava com um corte coberto de sangue em uma das asas do colete e o corpo do tal T estava sem vida no chão. -Pelo menos ficou em silêncio.

—Você está bem? -pergunto e ele confirma com a cabeça.

—Eu cuido disso em casa. -ele responde. -Vamos.

[...]

Já estava escuro quando finalmente chegamos em Alexandria, e mesmo antes já conseguíamos ouvir os tiros e os gemidos dos mortos. Uma das cercas cedeu e eles estão por toda parte, não consigo nem olhar para Daryl e para Abraham. Todos nós sabemos que isso junto ao fato de que nunca chegamos a encontrar o Rick significa que provavelmente a metade do bando que se desgarrou foi direto para a comunidade.

Quando nos aproximamos do portão vejo Maggie e Enid na base de vigia, as duas gritavam desesperadamente por Glenn. Assim que chegamos ao portão Daryl para o furgão e Abraham e eu subimos com as armas para tentar ajudar. Nós localizamos Glenn cercado e atiramos no máximo de mortos que conseguimos.

—Ei amigo, será que você poderia abrir o portão? -grita Abraham rindo.

Glenn abre o portão para que nós possamos entrar em Alexandria e em seguida Daryl para o veículo próximo a base de vigia para que as garotas conseguissem subir nele e nós a ajudamos a descer. Glenn entra no furgão. Pergunto se alguém viu Aaron, mas ninguém consegue me responder, Maggie diz apenas que ouviu alguns disparos a algumas ruas de distância. Abraham pergunta por Sasha, mas ninguém aqui tem informação alguma.

—Eu vou procurar com você. -diz Abraham e eu olho para os outros.

—Não. -diz Daryl ainda de dentro do furgão. -Entrem, eu tenho um plano.

[...]

Nós colocamos fogo em um lago. Daryl Dixon colocou fogo em um lago. Acontece que o furgão originalmente carregava combustível então nós o despejamos e colocamos fogo. A partir daí os mortos foram atraídos pelo fogo e nós pudemos concentrá-los num lugar só e finalmente dar um fim nisso. E também foi aí que começamos a encontrar os outros.

Aaron e Eric estavam vivos assim como todos no grupo de Rick para o alívio do Daryl, mas Carl havia sido atingido por um tiro no olho e precisávamos urgentemente encontrar Denise para cuidar da situação. Infelizmente, a última vez que ela foi vista foi quando estava refém de uma das pessoas do grupo que invadiu Alexandria e acionou a buzina que trouxe o bando para cá.

Então nos dividimos em duplas o mais rápido possível e enquanto alguns ficariam na casa onde estavam mantendo Carl para cuidar da segurança, nós iríamos à procura de Denise e do seu sequestrador. Por nós eu quero dizer Rick e eu, acho que por eu ser a pessoa que ele menos confia que se ofereceu para ajudar, ele preferiu me vigiar de perto. Nós estávamos nos encaminhando para a quarta casa agora, não havia nenhum sinal de Denise ou de qualquer outra pessoa em nenhuma das outras três.

—Se não confia em mim, poderia pedir para que eu ficasse. -digo quebrando o silêncio pela primeira vez. -Eu não iria criar problema por causa disso.

—Não é pessoal. –ele responde. –É só que...

—Não confia em ninguém de fora? –o interrompo. –Acho que todos já perceberam.

Nós ficamos em silêncio novamente e entramos na quarta casa procurando qualquer sinal. Agora que sei que Deanna também está morta sinto que se essa barreira entre nós continuar existindo daqui pra frente, não vamos durar muito

—Eu posso procurar no andar de cima e você...

—Juntos. –ele me interrompe.

—Positivo comandante.

Nós olhamos a casa inteira, mas estava tudo vazio, sem nenhum sinal de que alguém tivesse passado por aqui. 

—Agora com Deanna morta, acho que naturalmente é você quem assume as coisas. –digo enquanto íamos pra próxima casa. –Vai ser meio difícil considerando que você não confia em nós e a maioria não confia em você.

—Ela me disse a mesma coisa. Não tem mais nós eu vocês. Somos um grupo só.

—Belas palavras, mas gostaria de ver você colocar isso em prática. –digo e ganho sua atenção. –Desculpa, mas realmente falta um pouco de ação. 

—Acho que eu precisava ouvir isso. –estávamos prestes a entrar na quinta casa até que ouvimos um barulho. Rick leva um dedo aos lábios fazendo um sinal pedindo silêncio e faz um sinal indicando que eu entre pelos fundos.

Eu dou a volta e entro pela parte detrás da casa que dá acesso a cozinha, mas não há ninguém.

—Abaixa a arma e solta a garota. –ouço a voz de Rick na sala, vou em direção a ele e o vejo com a arma apontada para um homem que matinha Denise em sua mira.

—Por que você não abaixa a arma? Seria mais inteligente. –diz o outro homem. –Vamos. Entrega ela pra mim. –o homem continua.

Só então Rick me nota, eu estava atrás do homem. Aceno com a cabeça positivamente pra ele que coloca a arma no chão e a empurra para o sequestrador. Assim que ele se abaixa para pegar a arma de Rick e deixa Denise de lado eu atiro. Por via das dúvidas eu o acerto três vezes. Assim que o ele cai morto no chão eu vou em direção a Denise e seguro sua mão.

—Acabou.

—Na verdade ainda não. -diz Rick. -Ainda preciso que Denise faça uma coisa.











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