Afire Love escrita por eve


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Oiie, voltando a progranação normal hoje temos capítulo novo.
Boa leitura!



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P.O.V. Sophie

Dirijo tentando sair da linha de tiro, mas nós passamos a ser perseguidos e seja lá quem for que esteja atirando parece bem determinado em nos matar. Continuo tentando esquivar o carro, mas acabo batendo em uma cerca de madeira. Abraham me joga uma submetralhadora e nós saímos do carro juntos atirando no veículo que nos perseguia e só paramos quando quem quer que esteja lá dentro esteja morto.

Por causa do tiroteio só agora posso perceber que o Dixon não está mais aqui, acabei perdendo ele de vista tentando evitar que fossemos atingidos. 

—Viu pra onde Daryl foi? –pergunto a Abraham mas ele apenas nega com a cabeça.

—Vou acabar com isso. –diz ele indo em direção ao carro que estava nos perseguindo, mas eu o puxo de volta.

—Pode haver mais deles. Nós vamos encontrar o Daryl e damos o fora daqui.

—E como planeja encontrá-lo? –pergunta ele.

—Já estive aqui fora com ele antes, Daryl é um rastreador. –digo e volto para o carro para buscar meu arco que havia ficado no banco de trás e o walkie talkie. Logo em seguida começo a andar em direção a uma poça de lama e piso nela deixando uma pegada. –A melhor forma de encontrar um rastreador é deixando ele te encontrar primeiro.

Nós estávamos em uma pequena cidade e caminhamos até encontrarmos um prédio não muito grande, mas aparentemente seguro, resolvemos entrar e esperar por Daryl, antes de qualquer coisa eu pego a faca presa no meu cinto e escrevo “Dixon” na porta.

—Daryl está na escuta? –pergunto através do walkie talkie assim que entramos no prédio. Abraham entra na frente checando se era seguro.  –Daryl? –pergunto novamente, mas não tenho nenhuma resposta.

—É seguro, já está escurecendo é melhor que a gente fique até amanhecer. –diz Abraham reaparecendo na minha frente. –Sabe, talvez ele já tenha voltado pra Alexandria.

—Daryl nunca nos deixaria aqui. -respondo com convicção.

—Como pode ter tanta certeza? Ele nos abandonou na estrada.

—Mas ele voltou. –defendo-o. –Quando nós estávamos lá fora recrutando nós encontramos um homem aleatório e eu quis desistir, mas Daryl não, ele não quis desistir de um completo desconhecido. Ele não vai desistir de nós. E ele teve os motivos dele pra nos deixar na estrada, eu não apoio, mas entendo. Ele só queria fazer dar certo.

—Achei que estivesse com raiva dele pelo que aconteceu na estrada. 

—Eu estou, mas não vou voltar sem ele. –digo e ele sorri como se soubesse de algo que eu não sei. -Você pode voltar sem mim se quiser, eu não me importo, mas vou esperá-lo.

—Eu não posso voltar sem você, eu prometi isso a ele. E já que eu não vou voltar sem você e você não vai voltar sem ele então acho melhor nos acomodarmos.

Nós entramos em um dos cômodos e temos uma pequena discussão para decidir quem ficará de guarda, mas no fim das contas ele acaba vencendo e eu deito no chão tentando dormir. Obviamente é uma tentativa fracassada já que minha mente não para de trabalhar. Não consigo parar de pensar em Daryl ou no tiroteio em Alexandria, eu só quero encontrar o Dixon, voltar pra casa e ver se está tudo bem com Aaron, Eric e com os outros. 

Eu sei que o Daryl não vai desistir de nós e eu não menti quando disse que entendia os motivos dele quando ele nos abandonou na estrada, eu entendo. Ele tem uma família em Alexandria e se preocupa com a segurança deles, mas ele colocou tudo em risco o barulho do motor da moto dele ajudava a atrair os zumbis, sem ele lá eles podiam se dispersar.

E como se isso não fosse o suficiente ele também pediu a Abraham que cuidasse de mim, não que isso fosse necessário, mas eu fiquei tocada pela preocupação. Daryl está mesmo tentando cuidar de todo mundo e o mínimo que posso fazer é esperar por ele. Meu maior medo é que ele esteja ferido e não consiga voltar para nós. Estou pensando em pedir a Abraham que fique aqui amanhã enquanto eu procuro por ele.

Passo a noite inteira me revirando e não consigo pregar os olhos, acabo sentando no chão esperando pelo amanhecer. Assim que o Sol nasce Abraham resolve sair para fazer uma busca na cidade antes mesmo que eu falasse sobre procurar o Dixon.  Fico o tempo todo olhando para a rua através da janela esperando que em algum momento ele apareça, mas a única coisa que vejo é Abraham retornando carregando algumas bolsas.

—Onde achou isso? –pergunto assim que ele entra no cômodo.

—Foi fruto de uma grande burrice. Uma burrice incrível. –diz ele e abre a mala me mostrando um lança granadas e várias outras armas. Ele também me mostra uma caixa de charutos. –Aceita?

—Não, estou bem. –digo e volto minha atenção para a janela. Alguns minutos depois Abraham retorna vestido em uma espécie de uniforme cheio de condecorações.

—Olha só pra isso. 

—Que homem elegante, você é mesmo bonitão.  –digo com um toque de humor na voz. –Trouxe um vestido pra mim?

—Eu sempre quis... –Abraham começa a falar, mas é interrompido pelo barulho de um motor ecoando pela rua. Olho através da janela e vejo um furgão. É ele. –Daryl?

—Sim. –respondo Abraham vendo Daryl aparecer com a cabeça de fora da janela do furgão. –Vamos. –digo pegando meu arco, o walkie talkie e pego a bolsa que Abraham trouxe. 

—Vai na frente, eu já estou indo. –diz Abraham e logo em seguida pega a bolsa da minha mão. –Eu levo isso.

—Tem certeza?

—Vai logo. –diz ele sem paciência e eu saio do prédio onde estávamos e ando em direção ao furgão.  

Quando chego Daryl já estava do lado de fora do veículo, ele estava coberto de terra e sangue, mas eu não sabia dizer se o sangue era mesmo dele, o que acaba me deixando preocupada apesar do alívio em estar vendo ele vivo.

—O que aconteceu com você? -pergunto parando em frente a ele. -Esse sangue é seu?

—Eu sou um idiota.

—O que? 

—Aquela noite. -e então ele desvia o olhar para o chão.

—Daryl nós já falamos sobre isso, tá tudo bem. -digo me aproximando e tentando encontrar seu olhar novamente. -Aconteceu alguma coisa? Por que isso agora?

Nossos olhares se encontram mais uma vez quando ele se aproxima um pouco mais, nós estamos a centímetros de distância agora e eu estou com medo que isso termine como da última vez. Bom, se ele está me dizendo que foi um idiota da outra vez, talvez não esteja planejando ser um idiota agora, mas se tratando de Daryl Dixon eu não sei exatamente o que idiota significa. Ele sempre inaugura um novo uso para a palavra.

—Daryl? Você pode dizer alguma coisa por gentileza? 

—Você pode parar de falar um pouco?

—Sinto muito, é pra eu calar a boca? 

—Isso. -diz ele encostando a testa na minha e então me beija segurando meu rosto.

Daryl me beija com calma, pressionando seus lábios contra os meus com suavidade o que acaba me surpreendendo, não sei se isso seria o esperado de Daryl Dixon, mas é ótimo e eu não penso duas vezes antes de retribuir. Eu apoio minhas mãos em seu peito e ele desce um dos seus braços para a minha cintura. Não vou mentir, é ótimo ter esses braços fortes ao meu redor e beijá-lo é melhor ainda.

O beijo se intensifica e posso dizer que um pouco da calma com a qual começamos foi embora, agora que descobri como isso é bom eu quero mais e acho que ele também, mas como o mundo não é perfeito nós precisamos nos separar para respirar. E quando o fazemos Daryl acaba dando um passo para trás, ele apoia as mãos na própria cintura parecendo um pouco sem jeito.

—Achei que estivesse com raiva pela estrada. -diz ele como se nada tivesse acontecido e eu acabo abrindo um sorriso. 

Ter tomado a iniciativa para me beijar deve ter sido um esforço e tanto para ele, não tenho como ficar chateada por ele não saber como agir depois. Daryl precisa do tempo dele para digerir as coisas e tá tudo bem nisso.

—Eu não quero morrer com raiva, mas eu vou precisar de muito autocontrole já que você definitivamente não me ajuda. E mesmo que eu estivesse acho que você fez um bom trabalho se redimindo.

—Vou colocar isso lá atrás. –diz Abraham apontando para as bolsas após bater na lataria do furgão chamando nossa atenção. Eu não sei a quanto tempo ele está aqui, mas pelo pouco que conheço dele tenho certeza de que está achando graça da situação.

—O que aconteceu com você? –pergunto a Daryl apontando seu braço que com certeza era a parte de seu corpo que estava mais coberta de sangue.

—Um carro me perseguiu, eles estavam atirando e eu acabei sendo pego de raspão, mas consegui despistá-los. –explica ele enquanto corto um pedaço da manga da minha blusa.

—Eu posso? –pergunto apontando pro braço ferido dele. 

Eu faço um curativo, bem mal feito para ser honesta, no ferimento de Daryl e assim que levanto o olhar vejo que ele me observava enquanto amarrava a faixa em seu braço, acabo deixando escapar um sorriso, mas ele continua sério.

—Vocês dois me deixam enjoado. –diz Abraham entrando no furgão pelo lado do passageiro sendo seguido por Daryl e eu. –Por onde esteve? –Abraham pergunta a Daryl que explica como foi parar na floresta, ficou refém de um pequeno grupo, encontrou um outro grupo e acabou perdendo a moto e a crossbow

—Rick, está na escuta? –pergunta Daryl através do walkie talkie após explicar tudo. –Alguém? –Daryl insiste e nós ouvimos um chiado como resposta. –Pode repetir?

Socorro.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Beijos! Até semana que vem!



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