Reencontro escrita por CM Winchester
Passamos pelos zumbis e conseguimos chegar ate a moto para voltarmos a Alexandria.
Mas eu continuava brava com Daryl por sua ideia idiota de se fingir de morto. Chegamos em Alexandria perto do meio dia. Desci da moto e abracei Dan e Seline.
— Como foi? - Dan perguntou me avaliando.
Eu estava suja de sangue de zumbi, com o cabelo bagunçado e suada.
— Bem. - Respondi lançando um olhar nada amigável ao Daryl.
— Demoraram. - Rick comentou.
— Ficamos presos no shopping. - Daryl respondeu. - Estava tudo vazio, limpo. Mas quando entramos no shopping vários zumbis saíram das lojas. Ele estavam presos.
— Como assim? - Michonne perguntou.
— Não sabemos. - Respondi. - Entramos e de repente eles se agitaram. Quebraram os vidros, tivemos que correr e se esconder. Era um rebanho.
— Quantos?
— Mais de 50. Não tinha como fugir. Tivemos sorte de escapar agora. A cidade esta tomada agora.
— Mas como eles se mantinham presos? - Rick perguntou.
— Não sabemos se foi um plano de alguém prende-los, se eles já ficaram presos ou era uma armadilha mesmo. - Daryl deu de ombros.
— Eu vou para casa. - Avisei.
— Fiz o almoço. - Seline falou me abraçando.
— Passo na sua casa depois. - Daryl gritou.
— Não tenho nada para tratar com você. - Retruquei fazendo todos nos olharem confusos.
Era a primeira vez que me viam brava com Daryl.
— Aconteceu alguma coisa? - Dan perguntou.
— Sim, esse babaca quase me fez enfartar. Ele fingiu estar morto.
Michonne sorriu abertamente e Rick disfarçou o sorriso virando o rosto para o outro lado.
— Eu tinha que ver se você faria algo. - Daryl comentou.
— Infantil!
— Você fica linda brava desse jeito. - Agarrou meu braço e puxou meu corpo para o dele.
Seus lábios cobriram os meus. Nem por um segundo pensei em lutar. Agarrei seu pescoço e retribui o beijo. Ele sorriu com lábios encostados nos meus.
— Eu te amo, patricinha. - Me afastei dele.
— Eca! - Dan resmungou. - Não devia ter comido muito no almoço. Vocês não precisam fazer isso na minha frente sabiam?
— Pode deixar da próxima vez será dentro do meu quarto. - Pisquei para ele que fez careta.
— Adultos não deviam namorar. - Resmungou se afastando e Seline sorriu abertamente antes de correr atrás dele.
— Isso é uma oferta ruiva? - Daryl sussurrou no meu ouvido. - Sinto muita saudade do seu corpo. - Bati com a mão em seu peito e me afastei completamente.
— Ate depois caipira.
Encontrei Dan e Seline sentados na varanda da casa conversando.
— Henry me convidou para conhecer o Reino. Poderia ir? - Dan perguntou assim que coloquei o pé no degrau ao seu lado. - Na verdade o convite é para nós irmos.
— Vocês vão adorar o Reino. - Seline falou. - Rei Ezequiel é muito legal.
— Não sei se será legal conhecer um cara que se denomina Rei.
— Eles são legais. - Ela sorriu animada e eu assenti.
— Ok. Conversamos melhor depois.
Entrei na casa decidida a ir tomar um banho, mas acabei retornando a porta. Assim que cheguei na varanda acabei flagrando os dois em um beijo. Limpei a garganta e eles me encararam assustados.
— Quando isso aconteceu? - Perguntei com as mãos na cintura.
— Hum... Ontem. - Dan respondeu enquanto Seline ficava vermelha.
— Espero que tenham usado camisinha, não estou pronta para ser avó.
— Eu queria falar para você, tia Alice, mas não tive tempo. E não sabia como falar isso. Se quiser que eu saia da sua casa, eu vou entender.
— É claro que não quero isso, Seline. Estou feliz por vocês. Na verdade eu já esperava isso há anos. Vocês que demoraram um pouco. - Recuei para a porta. - Usem camisinha. - Repeti antes de fechar a porta.
Acabei rindo enquanto seguia para as escadas, subi os degraus de dois em dois e segui para o banheiro. Tirei a roupa calmamente me demorando no processo. Meu corpo estava meio dolorido.
— Alice? - Ouvi a voz de Daryl.
— Estou aqui em cima. - Respondi da porta.
Ele subiu as escadas e parou no corredor, coloquei a cabeça para fora do banheiro.
— Queria conversar com você.
— Vou só tomar um banho.
— Esta bem. Eu espero.
Fiquei observando ele parado no corredor. Cada célula do meu corpo ansiava por Daryl. Desde o momento que o vi sabia que não poderia ficar perto dele sem deseja-lo. Eu o desejava e amava 18 anos antes. Isso nunca iria mudar.
Estendi a mão para chama-lo.
— Se junte a mim.
Ele demorou um segundo para se decidir depois caminhou rapidamente enquanto tirava a camisa, o banheiro era pequeno para nós dois, mas gostei disso.
Senti algo familiar. Um gosto nostálgico de antigamente.
Ele me ergueu nos braços e eu prendi as pernas em sua cintura quando senti minhas costas baterem na parede, Daryl fechou a porta do box enquanto eu esticava o braço e ligava o chuveiro.
Minha consciência oscilou entre o passado e o presente. Entre as lembranças de antes e o que estávamos fazendo agora. O sexo era urgente. Compensando anos de saudade.
Daryl me levou para o quarto deixando um rastro de agua pelo corredor e nos embolamos na cama, molhando os lençóis com a agua do banho e nosso suor por que nos amamos mais uma vez.
Ate o cansaço chegar e dormirmos exaustos.
Acordei com dedos traçando minha coluna.
— Essa cicatriz você não tinha. - Murmurou tocando a cicatriz no ombro.
Me virei me enrolando no lençol e encarei os olhos azuis que tanta amava. Passei as mãos por sua barba.
— Levei um tiro uma vez nos meus primeiros anos na policia. Tem essa. - Levei sua mão ate meu antebraço onde tinha cicatriz longa. - Uma facada em uma briga de bar.
— Não gosto de pensar no que você teve que passar.
— Não foi nada demais, Daryl. Isso me ensinou a ser forte. A Alice do passado nunca teria sobrevivido a esse mundo.
— Teria sim.
— Não. E você sabe disso. - Coloquei minha mão contra sua bochecha sentindo a barba pinicar minha pele. - Não podemos voltar e consertar o passado. E não podemos ficar pensando no que aconteceu, no que poderia ter acontecido. Temos que pensar no que vamos construir daqui para frente.
— Temos um futuro?
— Você não quer ter um futuro comigo?
— Você sabe que é o que eu sempre quis. - Sua mão fechou-se na minha nuca e seus lábios atacaram os meus.
Ele nos virou ficando por cima e eu ri.
— Temos que sair do quarto. Tenho que fazer o jantar para o novo casal de Alexandria.
— Dan e Seline estão juntos?
— Estão. Os peguei no maior flagra. - Daryl riu e eu sorri.
Eu amava vê-lo sorrindo. Era como um dia cheio de sol.
— Alice, aceita ser minha mulher?
— Eu sempre fui, Daryl. E você sempre foi meu. Não importa quanto tempo tenha se passado ou se houve outras pessoas, um sempre pertenceu ao outro. E nada vai mudar isso. - Ele sorriu. - Mas temos que levantar.
Daryl bufou, mas quando o beijei ele voltou a sorrir. Levantamos e Daryl vestiu sua roupa suja de novo.
— Precisa trocar essa roupa.
— Acho que preciso trazer minhas roupas para cá.
O Daryl de 18 anos atrás demorou semanas para deixar uma roupa em minha casa e acabou levando por que queria evitar entrar em sua casa e ver seu pai.
O Daryl de agora era maduro e decidido. E eu gostava disso. Não éramos mais os adolescentes cheios de duvidas de anos atrás.
Sorri.
— Eu adoraria que viesse morar com nós. - Daryl sorriu antes de beijar meu lábios.
— Feito.
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É isso. Espero que tenham gostado. Obrigada a todos que acompanharam. E a Fhany Malfoy por comentar e me dar a maior força. Obrigada amiga. Um Abraço. CM.