What If? Um Destino Distorcido escrita por Kureiji


Capítulo 7
Capítulo 7- Dio




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2 dias após sair da prisão

 

O teste final foi um sucesso, Zepelli havia investigado tudo para acharmos Jack o Estripador, no fim ele não foi um grande desafio. Ou melhor, não teria sido, se Zepelli não tivesse me forçado a lutar com uma taça de vinho em mãos.

"-Graças ao seu senso de superioridade você não sente medo, isso lhe é uma grande vantagem pois mesmo com inimigos perigosos sua respiração se mantém estável. Só lhe falta melhorar seu controle de raiva caso encontre um inimigo que souber usá-la."

—Conseguiram? -Simona perguntou.

Sorri.

—Claro que conseguiram. Eu preparei uma janta de despedida, esperava que Zepelli estivesse com você.

—Ele está resolvendo algumas coisas para viagem.

—Vocês têm que ir pela manhã mesmo, não é?

—Você sabe que sim.

—Bem, vamos jantar então, agradeço novamente por tornar nossa cidade mais segura.

Aquela sensação novamente, era agradável.

A refeição estava deliciosa, foi bom ficar ouvindo-a falar sobre sua vida, me distraiu de minhas preocupações. Eu andava muito focado em Jonathan, isso não era nada natural, eu só queria colocar um ponto final naquilo e seguir em frente.

Com relação ao meu futuro eu também estava incomodado, eu desejava o poder da máscara, no entanto haviam muitos "poréns", o primeiro era se Jonathan havia a destruído após usá-la, o segundo é se Zepelli falou a verdade a respeito dela. Pensando muito nisso decidi que tentaria usar a máscara nele antes de usar em mim, para averiguar se o que ele disse era real, o difícil seria colocar esse plano em prática...

Após o banquete fui para o meu quarto me preparar para o próximo dia, ao abrir a porta Simona me puxou pelo braço.

—Você pode não voltar, não é?

—Provavelmente.

É claro que eu iria voltar com vida, apenas achava difícil me lembrar de voltar lá.

—Então...Você quer passar seu último dia dormindo tão cedo?

—Se veio até aqui já sabe a resposta. - Respondi sorrindo.

 

***

 

3 dias após sair da prisão.

 

—Você disse que usualmente zumbis tem ordens certo? Eles seguem seu mestre, o Jack parecia seguir fazendo as mesmas coisas de antes. - Indaguei a Zepelli, enquanto viajávamos.

—Sim, você está certo, creio que você já tem um palpite.

—Acho que Jojo sugou o sangue dele e não quis matá-lo, isso tornaria Jack um vampiro certo?

—Se fosse sugado com as presas, sim.

—Esse ato exigiria muito autocontrole, minha tese de que Jojo estaria se controlando está se provando correta, ele não deve estar tão poderoso.

—Faz sentido Dio, mas não o subestime.

Após alguns instantes de silêncio, ele prosseguiu.

—Ele matou um amigo meu, Dire, foi ele quem descobriu sua localidade e conseguiu se comunicar conosco.

Fiquei em silêncio.

—Aposto que foi um engano, ele não tem a coragem pra isso.

—Você é estranho Dio, persiste em defendê-lo, o que seria uma virtude, mas você também fala de matar como "coragem".

—Às vezes matar é uma questão de coragem, você tem que superar o seu código moral afim de algo maior.

—Você tem um código moral Dio?

—Eu tenho a mim, isso é o suficiente.

Era peculiar como os diálogos mais estranhos sempre aconteciam com Zepelli à luz do dia e aos serenos sons da natureza.

—Onde estão os monges de quem você tanto fala? Não podem nos ajudar?

— Somos poucos hoje, apenas quatro. Os vampiros mataram a maior parte deles no passado, Dire morreu nas mãos de Jonathan, Straits e Tom Petty estão longe, nós 4 nos separamos para procurarmos pela máscara. Quando Dire soube de Jonathan nos comunicou, eu era o mais próximo e por isso vou chegar primeiro.

—Por que você não quis esperar mais? Seria melhor se agruparem.

—Para evitar mais mortes, com você aqui acho que já é o suficiente.

 

***

 

6 dias após sair da prisão.

Windknight's Lot

 

Aparentemente ele estava nessa pequena cidade, um antigo centro de treinamento para guerreiros na época medieval. Era bem simplória ao meu ver, mas entendo porque Jonathan escolheu ela, era isolada e de povo simples, um bom lugar para ele se esconder.

—As pessoas aqui são estranhas, está sentindo isso Dio?

Eu havia notado, todos nos encaravam como se fossemos invasores.

—Se Jonathan está aqui a tanto tempo, eles devem ter notado.

—Em uma cidade com tão poucas pessoas? Provavelmente. - Zepelli respondeu.

Ele se aproximou de um fazendeiro que tinha uma foice em mãos.

—Com licença senhor, boa noite.

O homem apenas o encarou sem responder.

—Você tem visto forasteiros ultimamente?

—Pra que você quer saber?

—Estou à procura de um amigo, ele precisa de ajuda e disse que viria até aqui.

O homem ficou desconfiado, parecia estar calculando uma resposta.

—Com licença- Eu disse. - Percebo que vocês trabalham duro aqui, mas tem sido tempos difíceis pra colheita, nosso amigo é um homem de bom coração aposto que ele faria uma boa doação se pudesse. Eu posso fazer por ele.

Entreguei-o algumas moedas que eu tinha.

—Com essa descrição, você pode nos ajudar?

Ele pareceu em conflito, mas prosseguiu.

—Eu não sei do que estão falando, talvez vocês descubram algo naquele castelo.

Ele apontou para um castelo em estado abandonado, perto de um cemitério.

—Mais uma coisa senhor, quero dar um presente a um amigo fazendeiro, pode me vender essa foice? Estou sem tempo para comprar uma nova.

Entreguei a ele mais uma moeda e ele me deu a foice, sem entender.

—Boa escolha Dio, é sempre bom manter distância dos vampiros. - Zepelli disse a mim ao sairmos.

 

A cidade era pequena, chegamos rápido na porta do castelo, lá havia um homem da minha altura com um grande facão em mãos.

—Quem são vocês?

—Jonathan Joestar está aí? Somos seus amigos. - Zepelli disse.

—Não há ninguém morando aqui.

—Então o que está guardando?

—Não lhe interessa forasteiro.

Puxei Zepelli de lado.

—Tenho uma ideia, mas meu hamon não é tão refinado para fazer isso.

Sussurrei em seu ouvido e ele assentiu.

—Eu não esperava menos Dio.

Zepelli andou até ele e disse.

—Nós nos enganamos então, perdão meu amigo.

Enquanto ele falava tocou o ombro do homem, sua mão começou a brilhar e em instantes o guarda caiu no chão, deu certo. Como o hamon trabalha o fluxo sanguíneo, sugeri que ele redirecionasse o fluxo do guarda para retirar um pouco do cérebro, levando o seu próprio corpo a se desligar.

A entrada do castelo trazia um ar fúnebre, não lembrava em nada a mansão de nosso pai, as tochas estavam colocadas em lugares altos e não tinham força suficiente para iluminar a imensidão do local. Fomos cautelosamente em direção as longas escadas cobertas por um carpete vermelho.

Coloquei a mão para impedir Zepelli de continuar subindo, ouvi passos lá de cima.

Uma forma feminina apareceu, quanto mais se aproximava melhor eu via. Tinha os cabelos longos e volumosos, de uma cor dourada, seu vestido era escarlate assim como seus olhos e o carpete em que ela desfilava sem pressa.

—Dio...Nunca duvidei que você apareceria para trazer mais desgraça.

—Erina?

—O Jonathan pensou que lhe soltando que você seguiria em frente, no entanto eu nunca duvidei que viria.

—Ela também já se perdeu Dio-san. - Zepelli disse.

Erina parecia muito diferente de quando eu havia a visto, embora aquela sua petulância ainda estivesse presente, agora seus olhos pareciam mais irritados e maliciosos.

—Onde está Jojo?

—Ocupado, não o avisei que vocês estariam aqui, irei acabar com isso antes dele descobrir.

Eu sorri.

—Você sabe que vocês se tornaram monstros Erina. Estou agindo com misericórdia vindo até aqui.

Ela gargalhou.

—Claro Dio, você está sendo misericordioso, me poupe dessa conversa mole. O único monstro aqui é você! Deixe Jonathan fora das suas ilusões.

—E os assassinatos? Transformar Jack Estripador em um zumbi? - Zepelli indagou.

—Aquilo foi um erro... Os outros assassinatos, eu não chamaria assim, estão mais para uma limpeza. Nós estamos garantindo a nossa sobrevivência e a dos outros! Apenas matamos pessoas como Dio, que não podem ser chamadas de pessoas.

Respirei fundo, não poderia ter minha respiração abalada por um insulto tão fútil.

—Se ter uma visão tão preto no branco lhe ajuda a se perdoar por seus pecados, Erina-san, fico feliz. Entendo seu ponto, apenas acho engraçado que ache ser tão diferente do meu.

—Já chega Dio, não vim para conversar.

Suas unhas cresceram em formas de garras e ela avançou em minha direção, eu desviei para trás e Zepelli aproveitou a brecha para golpeá-la, antes que ele tivesse a oportunidade ela pulou para cima de mim novamente, em que eu defendi com a foice.

—Não acha engraçado Erina? Enquanto vocês matavam pessoas eu passei esse tempo ajudando os outros.

Ela tentou me golpear mais vezes e eu continuei me defendendo. Zepelli conseguiu nos alcançar e acertou-a com um chute que a jogou para longe, um buraco ao lado da sua barriga foi se regenerando.

—O que você acha Erina? Enquanto um filho assassinava, o outro se redimia tentando cobrir os erros do irmão, quem carrega o desejo de George Joestar?

—Cale-se! Você não merece dizer o nome dele.

Ela apontou suas unhas em minha direção e elas se levantaram revelando a carne por debaixo delas, em seguida uma série de projéteis saíram de seus dedos em minha direção.

—Hamon!

Zepelli criou uma espiral com um líquido escarlate defendendo-nos dos projéteis.

Vinho? Ele havia trazido aquilo até ali?

Quando Zepelli retirou a camada de vinho perdi Erina de vista, ele colocou mais vinho em uma taça que também carregava e me entregou.

—Tome, use para rastreá-la, coloque hamon aí e o fluxo irá apontar na direção que ela está.

Antes que ele me entregasse o vinho a taça se despedaçou, olhei para o chão, o projétil de sangue endurecido de Erina. Mas eu ainda não conseguia a ver, enquanto eu a procurava outro projétil passou acertando meus braços, olhei para cima e fui surpreendido por outro projétil que cortou meu rosto.

—Foi você quem começou isso tudo Dio, poderíamos ter sido uma família comum e feliz.

Ao olhar para o teto a enxerguei pendurada lá na escuridão, quando consegui focar os olhos ela pulou do teto para uma parede, em seguida a outra e então veio em minha direção arremessando um líquido de suas mãos, mais sangue? Ela havia se cortado apenas para fazer isso?

Fechei os olhos e ataquei com a foice, calculando sua direção e velocidade. Uma dor imensa me alcançou no mesmo momento, abri os olhos e Erina havia recuado, eu havia perfurado profundamente seu ombro e ela havia deixado grandes cortes em meu peito.

—Você fez bem em se defender Dio, mas a sua concentração foi toda para acertá-la e por isso não conseguiu usar o hamon com tanta eficiência, se tivesse conseguido teria matado-a.

Minha respiração ficou ofegante, a dor era excruciante.

—Você já perdeu Dio, essas feridas o obrigam a fugir e se curar com seu poder, o que não permitirei.

Minha camisa estava ensopada de sangue, eu não tenho certeza se o hamon conseguiria curar completamente aquelas feridas.

"-Pela herança? Você não precisava...Tudo que eu tinha era seu filho."

Eu poderia ter conquistado tudo que queria sem ter feito essas coisas "más"? Simona e Zepelli viram meu potencial sem que eu precisasse fazer nenhum mal, eu sou o responsável por estar nessa situação delicada?

Olhei ao redor em procura por algo que pudesse me ajudar, foi quando eu a vi, a máscara pendurada em uma estante. Meu plano era testar a máscara antes em Zepelli, mas não me parecia possível no momento, uma probabilidade muito maior é que eu não conseguisse lidar com essa ferida enquanto lutava.

Eu me sentia muito melhor desde que aprendi hamon, é como se o meu "eu" verdadeiro estivesse se manifestando, com ele eu teria a força necessária para conquistar o que eu desejasse. No entanto, observando Erina tive certeza que a máscara é o que eu quero, vida eterna, poder, se Jonathan e Erina conseguiram certo autocontrole sobre a situação eu também conseguiria.

Aproveitei que Zepelli distraiu Erina e fui sorrateiramente até a máscara, ao alcançar uma distância segura pulei e agarrei-a. No mesmo instante ouvi uma série de cliques, sons de engrenagens, pistões e de metal se arrastando.

Algo me puxou e me vi olhando os dois de um ponto de vista mais alto, eu estava totalmente amarrado por correntes, para piorar eu havia soltado a máscara no processo. Tentei usar hamon para me soltar, no entanto foi inútil, as correntes eram grossas e o hamon se dispersava nelas até o teto.

—Olhe seu discípulo mostrando quem realmente é, nós acabamos nessa vida por acaso, mas ele a escolheu. Eu montei a armadilha especialmente para você Dio, eu sabia que você ainda era o mesmo ser ardiloso.

Ela me enganou... Eu não devia ter ido atrás da máscara, minha ganância me cegou novamente. Essa nem mesmo era a melhor escolha, com hamon eu tenho muito mais chances do que como um recém vampiro, além disso ainda havia a chance de Zepelli ter dito a verdade a respeito da máscara matar usuários de hamon.

"Você é tão talentoso e sabe que tem meu amor, não achei que escolheria o caminho de um tolo, não fazia sentido pra mim."

—Cale-se!

Por que eu insistia em falhar? Seria estupidez, ou ganância? Nos poucos dias em que meu caminho à glória beneficiou outras pessoas eu vivi bem e fui bem-sucedido, seria essa a fórmula do sucesso? Não, acho que não, George e Jonathan seguiram esse caminho e acabaram em situações piores que a minha. Então por que me sinto tão incomodado?

Não sou diferente de Jojo, eu luto pelo que acredito assim como ele, acredito em mim e se eu não lutar por mim ninguém o fará, na realidade desde que nasci sinto que tenho a oferecer muito mais a esse mundo do que qualquer altruísmo barato ou do que qualquer tolo.

Talvez eu tenha apenas interpretado de forma errônea a forma de alcançar isso, minha superioridade não exige que eu passe por cima dos outros, mas que eu use isso para guia-los.

Segundo Maquiavel "O príncipe que desejar ter sucesso em seu empreendimento deve partir da regra de que as pessoas são más e que na primeira oportunidade elas demonstrarão essa maldade, geralmente traindo o seu superior.".

No entanto, ele também diz que "A melhor fortaleza que existe é não ser odiado pelo povo, pois mesmo que possuas fortalezas, se o povo lhe odiar, elas não te salvarão". Alcançar o coração dos outros está se mostrando mais seguro que as trair, se eu apenas tivesse trilhado meu caminho sem traições eu teria chegado mais longe.

Venho pensando se George Joestar estava certo, ele havia visto potencial em mim desde o início. O amor e o temor dos outros virão com naturalidade, não fiz nenhum plano e ainda assim conquistei Zepelli e Simona, apenas com minha natureza e genialidade.

Em meus anos em que fingia ser apenas um filho estudioso li esse texto "A ganância insaciável é um dos tristes fenômenos que apressam a autodestruição do homem.", agora eu o entendo. Pensava que os outros não haviam visto quem eu realmente era, no entanto o tempo todo era eu que não acreditava no meu potencial por si só, recorrendo a métodos tolos cego por uma ganância sem sentido.

Me tornarei o imperador desse mundo sendo apenas quem eu sou, Dio.

—Erina.

Ela ficou em guarda, sem tirar os olhos de Zepelli.

—Você acha que Jojo ainda é o mesmo?

Ela se manteve calada.

—Eu posso dar o descanso que ele precisa, que vocês precisam.

Quando eu entrei no castelo havia percebido algo, um quadro com o desenho de uma lâmpada e uma cobra, o símbolo da enfermagem.

—Uma vez Jonathan me disse que eu deveria pensar no meu nome como sinal de eu ter nascido para ajudar os outros. Você fez um juramento de não negar ajuda não foi? De entregar seu serviço a humanidade, jurou na presença de Deus.

Em respeito ao discurso Zepelli se afastou dela, ele me entendeu completamente errado... Era pra ele aproveitar a chance.

—Vocês ainda podem se encontrar nos pós vida Erina, deixe-me me acabar com isso da forma mais rápida possível. Você está fazendo o bem pra humanidade Erina? Não, você se tornou um perigo para ela, você a rejeitou. Tu achas que o Jonathan se sente bem assim? Eu o conheço melhor que qualquer um, lhe asseguro que não.

Ela limpou as lágrimas que fugiram de seus olhos.

—Cale-se! Eu irei cuidar de Jojo, irei silenciar sua influência maligna e nós iremos aprender a viver assim, nessa situação que você nos colocou!

Zepelli pulou e atacou-a com um chute usando os dois pés, no qual ela apenas desviou, em seguida ele tentou acertá-la com mais golpes e ela seguia desviando. O sangue do ombro de Erina escorria pelo chão, não entendo bem de anatomia vampírica, mas achei que ele deveria ter se regenerado mais já que não usei tanto hamon.

Em meio a sua sequência de ataques Zepelli vacilou e se desequilibrou, da minha visão de cima eu consegui entender: O sangue derramado no chão tinha uma textura diferente, mais grudento, era possível ver que ele atrasava os passos de Zepelli como se fosse cola.

Sem perder tempo Erina avançou em Zepelli e perfurou-o com as garras de seus cinco dedos.

—Zepelli! - Deixei escapar um grito.

Com o ar que lhe restava ele agarrou o pulso de Erina e gritou.

—Hamon...Overdrive!

Na pele de Erina começaram a surgir erupções nojentas, ela gritava de dor, mas não conseguia se desvincular. No seu momento de desespero ela perfurou seu braço direito com suas outras garras e das feridas surgiram lâminas de sangue que deceparam seu próprio braço.

—Não se mexa Zepelli! Você ainda pode ficar vivo.

—Obrigado pela preocupação Dio-san, no entanto isso não será mais possível.

Ele usou suas últimas forças para se aproximar de mim, Erina estava no chão respirando imóvel. Eu não estava tão alto então ele conseguiu encostar sua mão à minha.

—Você pode não saber, mas você tem mudado Dio, eu consigo ver isso. Eu vou ser o segundo homem que morre confiando em você, por favor, carregue minha vontade.

Raios saíram dele e vieram em minha direção, seu corpo envelhecia anos em segundos e eu sentia uma sensação sem comparação, era como as conversas com Zepelli... Como se os raios do sol e a primavera fossem sensações palpáveis, entretanto misturadas a uma forte tensão.

—Obrigado por acreditar em mim Zepelli, não o decepcionarei.

Com toda essa nova energia fluindo por meu corpo quebrei as correntes que me prendiam, peguei minha foice jogada no chão e caminhei até Erina, olhei ao redor antes, a máscara fora destruída, como esperado.

Ao me aproximar dela levantei a foice.

—Esse é um golpe de misericórdia.

Ao desferir o golpe ouvi passos pesados pela escada. Virei-me para encará-lo.

—Jonathan.

—Dio.

 


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Notas finais do capítulo

É isso pessoal, estamos chegando ao fim, terá apenas mais um capítulo ( que já está quase pronto).
Foi muito difícil fazer uma narrativa do Dio em primeira pessoa, já que ele foi criado pra ser um personagem preto no branco: "ele é mal" e pronto, sem nuances.
No entanto eu tentei pegar falas dele, ações isoladas, o background e tentar adaptar pra dar mais profundidade e criar essa versão alternativa dele, espero que estejam gostando e deixem suas opiniões ^^.



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