I'm With You escrita por condekilmartin


Capítulo 11
O Beijo


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoal! Esse é o nosso último capítulo, já estou com saudades de postar por aqui. Vou dedicar ele às minhas leitoras que apareceram por aqui esses últimos dias, a leticiasales17 que favoritou e a Lady Mills que tá acompanhando!!! Muito obrigada, espero que vocês gostem desse finalzinho de conto ♥



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Catarina sentia que seu coração iria explodir a qualquer momento. De alegria, nervoso, ansiedade ou felicidade, ela ainda não sabia. Sua única certeza ali era a de que precisava sair de perto dele e tentar colocar os pensamentos em ordem, longe de toda aquela multidão e da fonte de seus pensamentos.

Não fizera um trabalho de fuga tão bom assim, pois Antônio a encontrou poucos segundos depois.

Ele se aproximou devagar, sentindo a urgência bater em seu peito, seu coração gritar e implorar para tê-la em seus braços. Ela o encarou e ele devolveu o olhar, quebrando o silêncio:

— Eu não sei o que está acontecendo comigo, senhorita. – Antônio parecia que iria explodir em um milhão de pedaços a qualquer momento. Havia uma orquestra inteira de borboletas dançando dentro da sua barriga cada vez que se aproximava da senhorita Albuquerque.

Catarina.

Ele não pôde evitar. Havia muito tempo que tinha parado de pensar nela apenas como senhorita Albuquerque. Para ele, ela tinha se transformado em Catarina e, se desse sorte, muito em breve se tornaria uma Castro. Se tornaria sua.

— Pois eu também não entendo, senhor. – Os pequenos olhos da moça faiscavam ao encará-lo, mas ela mesma gostaria muito de entender o que estava acontecendo naquele exato momento.

Catarina havia começado a passar mais tempo com Antônio de Castro nos últimos dias e isso fazia com que seu coração quisesse saltar pela boca toda vez que seus olhares se encontravam. Discutir com ele havia se tornado uma das suas coisas favoritas, perdendo apenas para todas as vezes em que ele a conseguia roubar um sorriso e ela ficava com a imagem dos dois rodeando sua memória por horas a fio.

Às vezes se questionava se o plano dos seus pais estava realmente dando certo. Viver uma vida inteira ao lado de Antônio seria realmente tão tortuoso assim? Estaria desejando partilhar com ele seus planos e sonhos e tinha uma fagulha de esperança de que ele fosse apoiá-la? Catarina, Catarina... você realmente está desejando se casar com este homem?

— Por favor – disse um Antônio com todas as guardas baixas e um olhar suplicante, - não use de formalidades comigo. Acredito que já passamos dessa fase.

— Mas... – Catarina tentou impedir que o advogado, e a si mesma, de cometer uma loucura.

— Me chame de Antônio. – O moço suplicava enquanto quebrava a distância que separava os dois. – Por favor, Catarina.

Ela sentiu o seu corpo inteiro aquecer com a forma a qual ele a chamou pelo nome. Era como se fosse cair de um precipício e sabia que, assim que o fizesse, não teria mais volta. E não podia ligar menos.

Sentindo o aroma almiscarado do perfume de Antônio, Catarina levantou os olhos e encontrou as mesmas chamas que estavam em seus olhos nos dele. Sentiu o advogado descer o indicador levemente pela pele de seu rosto, acariciando suas têmporas e segurando seu queixo com delicadeza, seu olhar suplicando por uma resposta.

— Antônio.

Ele poderia jurar que havia ido para o céu nesse momento. Era mágico, era absurdamente diferente de tudo o que já vivera em toda a sua vida e, o melhor de tudo, era Catarina.

Ali, nos seus braços, ele acariciou seu rosto novamente e aproximou seus lábios dos dela, explorando devagar, acostumando-se ao formato junto ao seu e percebendo que não havia melhor sensação no mundo. Os lábios de Catarina se abriram, recebendo os dele, respondendo com exata vontade e ânsia todos os movimentos, que aumentavam e exalavam todo o desejo que os consumia desde o dia em que se conheceram.

Eles se beijavam como se precisassem um do outro para respirar, como se tivessem sido moldados para fazer aquilo a vida inteira. Seus lábios se encaixavam e completavam perfeitamente, e não conseguiam largar um do outro.

Quando, enfim, se separaram, Antônio continuou mantendo-a em seus braços, temendo que ela fugisse dali a qualquer sinal de descuido, mal sabendo que Catarina se aconchegava a ele mais e mais, sem o menor desejo de que ele a soltasse.

O advogado roçou os dedos pelo rosto da mulher a sua frente, gravando cada detalhe em sua mente, vendo o brilho que seus olhos cor de ébano exaltavam, passando os dedos suavemente pelo sorriso que iluminava todos os seus dias e que ele queria do seu lado pelo resto da vida.

Se aquilo o  que estava sentindo era paixão, então era o que era. Antônio não conseguia largá-la.

Catarina sentia o sorriso dele e os olhinhos apertados emanarem ondas de calor por todo o seu corpo. Passou a mão por seus cabelos louros macios e aproximou seus narizes de leve, num beijo de esquimó.

Não conseguia pôr em palavras o que a estava consumindo, mas tinha uma leve desconfiança de que seria algo muito próximo à paixão. Lera tantos poemas sobre aquela enxurrada de sensações que nunca imaginou que aquilo o que sentia naquele momento era algo que poderia facilmente ser descrito por Lord Byron.

— O que acontece agora? – Catarina perguntou.

— Você fica em meus braços para o resto da vida. – Antônio a olhava com extrema devoção.

— Falo sério, Antônio. – Ela deu um leve tapa em seu braço direito.

— Não sabe como meu coração fica cada vez que a escuto dizer meu nome. – Ele desconversou. – Parece que vou explodir de tanta felicidade.

Antônio a beijou novamente e ela só podia concordar com sua afirmação quanto a parecer que iria explodir. Sentia o mesmo dentro de si.

— E nosso plano? Acabou? – Catarina questionou depois que os dois se soltaram.

— Era um fato que precisávamos de uma mudança de planos urgente, aquele não estava funcionando de forma alguma. – Ele fez uma careta.

— Não mesmo. – Ela concordou, sorrindo. – Acho que não nos daríamos bem numa caravana de teatro.

— Definitivamente não. – Ele riu. – Então podemos trocar de plano?

— E qual seria o dessa vez? – Indagou, curiosa.

— Ficar juntos. – Antônio deu de ombros. – O resto da vida, de preferência.

— Tem certeza? – Os olhos de Catarina brilhavam com as lágrimas que se acumularam nos cantinhos. – E seus sonhos? E Lisboa?

— Lisboa ainda estará lá. – Ele a encarou com firmeza, para que ela não duvidasse de palavra alguma. – Você está aqui, Catarina, e espero que fique para sempre aqui. Quero conhecer a Europa com você, o mundo inteiro, se nos for permitido. Quero ter filhos, vê-los aprendendo a domar uma fazenda gigantesca do jeito que só você sabe, quem sabe tomar conta da Quinta, se quiserem.

— Antônio... – Catarina sentia as lágrimas escorrendo por seus olhos e Antônio tratou de secá-las delicadamente.

— Quero tudo com você, Catarina. – Ele depositou um beijo de leve na ponta de seu nariz, fazendo-a rir. – Já faz tempo que eu quero tudo com você.

— Eu também. – Confessou, tímida. – Não sei quando ou onde aconteceu, mas aconteceu. Eu preciso de você, Antônio. Agora, mais do que nunca, não sei viver sem isso aqui, sem nossa amizade, sem você ao meu lado.

— Não vai me mandar embora?

— Pensarei na questão, se estiver com muita raiva. – Ela sorriu para ele e tomou coragem para dizer. – Acho... acho que eu o amo.

— Ótimo, porque eu tenho certeza que a amo. – Ele devolveu.

Seus lábios se encontraram e, naquele mesmo instante, uma chuva começou a cair em cima dos dois, mas eles não podiam se importar menos. Antônio a colocou em seus braços e giravam juntos, os pingos de chuva caindo sob seus rostos, seus lábios unidos novamente e seus corações batendo em unidade.

Eram o aqui e o agora.

Eram eles.

Finalmente.


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Notas finais do capítulo

É isso, pessoal!
Temos um epílogo a ser postado e acho que ele sai amanhã ou depois. Não esqueçam de comentar e recomendar esse contozinho que enche meu coração de alegria.
Um beijão ♥



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