Filhos da Noite escrita por Scar Lynus


Capítulo 10
Capitulo 10 - O Que Mais Desejamos no Mundo


Notas iniciais do capítulo

finalmente para vocês!



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[Belle – Entrada do Neftis]

 

Nós tínhamos ciência do fato de vampiros frequentarem esse lugar, uma boate que sempre está cheia, funciona todos os dias da semana, sempre tem shows inovadores, bebidas incríveis e acessíveis... Só não sabíamos que o dono também era um vampiro e dado ao que tenho de informações até o momento, não é um simples vampiro. Posso não saber quem ele é, mas, ele tem cheiro de poder, poder bruto, magico, energético. É obvio que era uma ameaça além das que enfrentamos até hoje e provavelmente muito além das capacidades dos caçadores atuais, mesmo Alexander.

— Nome? – Meus pensamentos foram interrompidos pelo segurança na porta. Esse seria apenas um humano, mais forte que muitos? Fato. Ainda sim. Um humano normal.

— Meyer. Belle Meyer! – Respondi e ele nem olhou a prancheta na mão do parceiro, somente abriu passagem. Eu estaria mentindo se dissesse que não gostei do tratamento vip.

Era ainda melhor por dentro, do jeito que eu me lembrava quando estive aqui, ainda que os motivos fossem completamente diferentes, eu não iria nunca negar meu gosto por um lugar bem agitado. Me misturar em meio a esse grupo de pessoas era muito fácil, ainda mais usando um vestido preto curto e bem colado, uma bela bota de cano alto que vinha até meus joelhos e fechando lindamente com minha bolsa Chanel Classic. Nem vou mencionar meu incrível penteado e maquiagem, ninguém naquele lugar ficaria sem olhar para mim enquanto estivesse à vista.
Comecei a procurar meu anfitrião, no início entre a multidão, mas, isso não fazia o estilo dele, ele era muito... Egocêntrico não era a palavra certa apesar de claramente ser... Era demais. Ele era “demais” para estar entre a própria comida.
Quando cheguei no centro olhei para o camarote que ficava no mezanino, separado de tudo e de todos, feito completamente de vidro, como um diamante gigantesco, ali estava ele, sentado em um belo sofá grená, a sua frente uma mesa também de vidro com uma garrafa de vinho que supus ser muito caro e bom. Ele já havia me notado, pois estava sinalizando para que eu subisse.
Fiz meu caminho até ele, contudo, lentamente, vampiros veem o mundo tão rápido que qualquer “demora” é automaticamente gigante para eles, era bom imaginar que poderia estar brincando um pouco com a mente dele.

— Por favor. – Ele disse assim que entrei sinalizando o lugar ao seu lado.

— Boa noite senhor Balaus! – Falei seca após sentar e cruzar as pernas.

— Adam! Só Adam. – Respondeu ele me servindo uma taça cheia de vinho. – Esse é da minha coleção pessoal. Cabernet Screaming Eagle, 1992. Duas garrafas, dois leilões diferentes, maravilhoso para uma ocasião especial.

— É uma comemoração antecipada então!? – Respondi antes de tomar o primeiro gole, era estupendo, eu já havia tomado muitos vinhos, mas, não um que a garrafa custasse 200 mil dólares, se ele valia o investimento? Provavelmente sim, já que é um vinho raro e como ele disse, “para ocasiões especiais”.

— Eu terei o que eu quero e você também. – Ele estava motivado a conversar. – Nossas vidas vão mudar dentro de algumas horas.

— Já que está tão propenso a conversar. Poderia compartilhar mais comigo? – Questionei enquanto observávamos o movimento abaixo de nós.

— O que deseja saber?

— Por que precisa ser eu? Qualquer feiticeiro contanto que esteja vivo, pode trazer alguém de volta ou ao menos tentar. Você ainda não me disse quem é e você sabe que eu preciso saber quem é essa pessoa, nome dela, preciso entender a sua conexão já que você vai ser a minha ancora durante o processo. – Primeiro eu listaria os seus interesses, dessa forma, seria mais fácil falar dos meus.

— Por que você? – Ele sorriu com a questão, um sorriso que não parecia tão convidativo. – Por que essa pessoa morreu sob um encantamento, um encantamento, poderoso e complicado que só pode ser quebrado por alguém do mesmo sangue.  Vocês pensavam em tudo naquela época, tudo que facilitasse a morte da minha família.  – Ele se irritou por um momento, mas, logo sua feição mudou. – Quem você irá trazer de volta... Ela... – Ele estava hesitando, pude ver a taça tremer em sua mão por alguns segundos. – O nome dela era Nefertari, ela era linda, cheia de vida, poderosa... carinhosa. – Eu nunca havia visto um vampiro chorar e tinha certeza que jamais veria, contudo, aquela lagrima solitária insistiu em fugir do olho dele. – Ela é minha irmã e fomos separados por culpa de vocês! – Ele apontou as pessoas abaixo. – Ela era meu mundo, nós fazíamos tudo juntos. Até que ela foi tirada de mim, injustamente, precocemente... Tudo porque vocês humanos – Ele virou para mim, seus olhos estavam completamente negros agora e pareciam pulsar. – Porque vocês tinham medo de crianças. – Os olhos retornaram ao verde “normal”, se é que aquela era a verdadeira cor deles. – O vazio que a perda dela deixou em mim, não pode ser preenchido, nem com poder, nem com amor, nem com a vingança que eu lancei sobre a humanidade, setecentos anos se passaram e nada é capaz de mudar o buraco que existe dentro do meu peito.

Eu engoli seco. Vampiros são seres muito complexos, egoístas, normalmente reclusos, com medo de se revelar, sem interagir com aqueles que são como eu, pois, eles sabem que feiticeiros andam acompanhados de caçadores, mas, ele especificamente ele, é diferente. Talvez seja poderoso demais pra se preocupar, talvez ele  só esteja muito perdido... Eu admito uma coisa. Ele possui algo que para muitos imortais seria impossível, um objetivo, uma causa, algo a perseguir com paixão.

— Dá para ver que você sente a falta dela. – Eu estava sendo sincera com ele, não havia uma vantagem em mentir. – Não vi em toda minha vida um vampiro que falasse dessa forma sobre alguém.

— Algum deles teve a chance? – Ele questionou astutamente. – Não ache que sou burro ou desesperado. Eu sei que você anda com caçadores, eu sinto o cheiro de prata em você, mesmo que sejam apenas acessórios, eu posso sentir, e essa concentração de prata é suficiente para deixar um vampiro fraco bem atordoado.

— Peço desculpas se isso te ofende. – Apontei meu próprio colar, pulseiras e anéis. – Mas, mesmo que você seja diferente, ainda é um vampiro.

— Um vampiro imune a prata. – Ele segurou meu colar como se realmente não fosse feito de prata, sua mão não ardeu, não avermelhou e muito menos ele apresentou algum sinal de dor. – Então esqueça essa faca na sua bota. Se eu quisesse te matar. Você já estaria morta.

— Ameaças não vão funcionar. Eu já sei que precisa de mim! Então, você claramente não vai me matar ou arriscar a minha integridade. – Respondi convencida, nos servindo mais uma vez.

— Tão astuta quanto eu. – Ele respondeu sorrindo e parecendo satisfeito.

— E quanto a mim. Como você fará para mudar a minha condição? – Questionei séria, não era mais hora de rodeios.

— Simples, foi conjurada uma poderosa maldição sobre a sua família, uma maldição que a minha mãe usou. – Ele movimentava uma das mãos enquanto falava e entre seus dedos, runas arcanas pareciam brincar, como se a magia estivesse diretamente conectada a ele, sem precisar de um tomo, ervas, cristais ou outras fontes naturais imbuídas de magia. - Essa foi a vingança dela pelo que fizeram com Nefertari e anos depois, ela não me deixou liquidar o seu clã quando os encontrei no passado. Após meu retorno eu me dediquei a aprender sobre este tempo e me aprimorei, esperando esse momento com a moeda de troca perfeita. Eu posso retirar a sua maldição, revertendo o que minha mãe fez e então deixando que a senhorita tenha uma vida prospera e digna de uma feiticeira com uma incontrolável sede de conhecimento!

— Você fala com tanta confiança que parece até que sabe o que eu quero. – Respondi após este belo discurso, agora eu estava satisfeita.

— Eu posso não saber o que deseja especificamente, mas, eu sei de uma coisa. Uma vida humana não é suficiente, não se pode viver, experimentar, conhecer, aprender... É um tempo extremamente curto. – Ele parecia odiar a ideia de mortalidade. – E me corrija se eu estiver errado, mas, a senhorita não me parece alguém que estaria conformada com esse breve espaço de tempo, você quer mais!

— Quem sabe... – Terminei minha taça. – Talvez esteja correto.

 

[Adamas – Neftis]

 

O momento estava ótimo, eu adoraria continuar ali, bebendo, conversando com alguém interessante que não está interessada em me bajular. Contudo, parece que o destino adora colocar pedras no caminho. Esteno apareceu no meu campo de visão, e em qualquer outra noite isso seria ótimo, mas, não essa noite.

— Me de licença um minuto. – Pedi a minha convidada. - Pode se servir como desejar.

Eu desci com a maior velocidade que não iria chamar a atenção daquelas pessoas, eu odiava essas multidões e mesmo assim as mantinha sempre por perto.

— O que está fazendo aqui? – Perguntei assim que parei na entrada ao lado de Esteno.

— Eu vim ver você! – Ela me respondeu como se fosse obvio. – Quem é ela? – Ela perguntou apontando para a mulher no meu “escritório” de vidro.

— Não importa quem ela é. Você tem que ir embora! – Eu não a deixaria entrar.

— Não quer dividir comigo?! – Insinuou ela numa falsa tentativa de morder os meus lábios.

— Eu quero que vá embora. – Pedi. – Você não pode estar aqui.

— Meu Príncipe, eu...

— Só saia daqui agora! – Agora havia quase sido um grito.

— Que modos são esses? – Ótimo. Agora Lilian havia chego também. – O que está acontecendo?

— Nada! – Respondi. – Agora se puderem as duas irem embora.

— Ele não me quer aqui. – Esteno falou indo para os braços da mãe. – Está com uma humana...

— Adamas? Qual o problema? – Lilian perguntou se aproximando.

— Nenhum. Eu apenas quero que me deixem sozinho.

— Hummm – Ela olhou para a humana. Ela era muito mais poderosa que Esteno, ela sentiria de longe a magia e também iria sentir o cheiro do sangue dela. Não havia como evitar que ela descobrisse o que iria acontecer. – Adamas! Não faça isso.

— Não me diga o que fazer! – Ordenei. - Vocês me impediram no passado. Hoje ninguém vai ficar no caminho.

— Você vai sofrer ainda mais se fizer isso. – Ela tentou argumentar.

— Você está falando igual a minha mãe. – Eu dei as costas a elas. – Se passarem dessa porta eu irei iniciar uma chacina sem precedentes, as pessoas aqui irão morrer, no resto da cidade também, eu farei questão de chamar muita atenção! Nós voltaremos a existir e todas as fachadas dos vampiros irão cair. – Ninguém disse nada. – Ótimo, agora que estamos entendidos... Boa noite.

Eu não iria perder essa oportunidade de novo. E ninguém, agora, está pronto para me enfrentar em um mundo onde somos apenas faz de conta ev ficção.

 

[Alexander – Residência dos Belmont]

 

Era estranho ficar sozinho em casa para o jantar. Archie iria ficar até segunda na viagem com a escola, Adrienne ainda estava no trabalho e Belle não me dava notícias desde cedo. Eu sabia que hoje ela não iria trabalhar, mas, esperava ao menos uma visita. – “Talvez seja o que eu mereço por não cumprir o único pedido dela”­ – Pensei comigo mesmo. Afinal, como eu poderia ajudar ela a trazer ao mundo, uma criança que teria a chance de morrer muito antes de mim? Amar uma criança e saber seu destino, saber que irá sofrer, saber que não pode fugir do que te espera...
Talvez eu seja a pessoa errada para falar disso, afinal, eu nunca pude decidir nada sobre o meu próprio destino...

...

Meu pai havia me chamado, Adrienne e Archie haviam ficado no outro cômodo com as pessoas que nos receberam. Ele estava com a mão no ombro, parecia estar suando frio, eu sabia analisar uma pessoa doente, ele havia me ensinado.

 

— Você não está bem. – Falei preocupado.

 

— Eu sei filho... – Ele se ajoelhou. – Venha mais perto. Quando me aproximei ele tirou a mão do ombro, me mostrando dois furos pequenos, contudo, eu já sabia do que se tratava.

 

— Ele te mordeu.... – Eu estava em choque. Meu pai não era imune como eu ou meus irmãos, ele não iria reverter o veneno e pelo visto, já estava afetando seu corpo.

 

— Sim! – Ele tossiu ao responder. – Alexander... Eu falei com Arthur e ele vai cuidar de vocês pra mim, na verdade ele irá ficar com Adrienne e Archie aqui, você vai ir com ele até o esconderijo e lá ele vai te apresentar o Terry. Serão alguns anos complicados, mas, logo, você será um caçador e poderá ensinar seus irmãos e...

 

— Eu não quero ser um caçador se você morrer! – Respondi bravo. – Não era justo, eu não queria perder meu pai. Lagrimas começavam a encher meu rosto.

 

— Não diga isso. – Ele passou os dedos em meus olhos. – Você é um Belmont e também é um irmão mais velho. Você precisa cuidar deles, protege-los, garantir que irão ficar bem.

 

—Pai eu... – Eu me atropelava entre as palavras e meus soluços. – Não consigo, eu não sou forte como você... Não sou corajoso como era a mamãe...

 

— Você é muito mais Alexander! Você é o futuro, você vai ser o protetor que nós não conseguimos ser para a nossa família. – Ele colocou a mão no peito nessa hora. Era perceptível a dor que ele sentia, veias saltavam em sua testa.

 

— Pai...

 

— Calma garoto... – Ele suspirou nessa hora, depois disso pegou uma estaca de prata da mesa ao lado. – Isso não é justo, não é um pedido correto e eu nunca deveria pedir isso para você meu filho. – Ele esticou o braço na minha direção. – Você precisa fazer isso.

 

—NÃO! Não! Não! – Eu fiquei ainda mais abalado. Como eu poderia fazer isso?

 

— Por favor Alexander. Eu sei que não quer e também nunca deveria fazer isso. Mas, eu preciso que você seja forte por eles, preciso que consiga fazer isso. – Ele segurou minhas mãos e envolveu a estaca, apontada para o peito dele. – Empurre!

 

— Pai...

 

— EMPURRE!! – Ele gritou. Com essa ordem e o choque, eu empurrei a arma dentro do peito dele.

 

— Pai... Eu não queria.

 

— Eu sei querido. – Ele me abraçou enquanto cuspia sangue. – Obrigado. Você me deixou orgulhoso, e sei que deixará seus irmãos também, você vai ser a inspiração deles... Eu amo vocês. – Foram as últimas palavras do meu pai. Antes que eu visse o corpo dele se desfazer em cinzas naquele chão de madeira.

...

Essa não era uma boa lembrança, na verdade. Este era um dos meus pesadelos, uma noite que me assombraria para sempre, a noite em que deixei de ser um garoto, a noite que iniciou o resto da minha vida... Nenhum controle sobre o próprio destino e ainda sim querendo opinar sobre o alheio.

 

[Adamas – Cobertura do Neftis]

 

— Usaremos este local. – Falei apontando a minha sala.

— E o que você tem dela? – Belle me questionou.

Isso me faria sofrer, eu jamais faria isso se não houvesse essa pequena e irritante fagulha de esperança dentro de mim. Eu caminhei no corredor até meu quarto, o armário no canto, dando para o cômodo vazio ou quase vazio e no centro ele, o vestido que guardei por tanto tempo... Tomei-o em meus braços e segui para a sala.

— Em breve Nefi... – Abracei-o mais uma vez. – Estaremos juntos em breve.

Eu entreguei o vestido para ela, Belle já havia feito as runas ao redor de si mesma no chão, ela estava descalça e sem seus apetrechos, apenas o vestido permanecia... E agora com o vestido em mãos, começou a proferir a língua antiga, o ar na sala ia mudando, se tornando mais forte, mais rápido, mais denso e carregando consigo novas sensações, novas cores foram preenchendo o espaço em nossa volta, vampiros não sentem frio, mas, pela primeira vez eu senti um calafrio em minha espinha.
A magia continuava, ela não parava em momento algum com as palavras e cada vez mais o ambiente mudava, se tornando mais escuro a nossa volta e finalmente... Um breu completo, nada poderia ser visto, nem mesmo por mim.
Belle e eu seguramos as mãos um do outro, agora podíamos sentir, a gravidade nos puxando, como se fossemos folhas ao vento descendo lentamente, o ar era mais pesado que nós dois ali, onde era o “ali”? Isso eu não saberia responder, mas, era onde precisávamos estar.
Atingimos o solo, eu pude sentir que meus pés estavam submersos, ao olhar para baixo eu poderia descrever um espelho liquido, o reflexo se embaçava com o nosso movimento.

— Agora precisamos encontrar o guia. – Ela respondeu me puxando. – Não pare de andar.

Caminhamos, cada vez mais longe, sem nem parecer que havíamos mudado de local, sempre andando, sempre em frente, contemplando o vazio escuro ao nosso redor, por quanto tempo caminhamos? Segundos em nosso mundo e séculos neste? Eu não tinha uma resposta, eu só sabia que precisava seguir com ela, cada momento ali, me deixaria mais próximo de Nefertari, mais perto de leva-la de volta para a casa.

— Ali! – Ela apontou a frente. Não era alguém, era uma forma, humana? Não, tampouco fantasmagórica, era apenas uma presença no vazio.

— Você! – Eu pela primeira vez assumi a frente. – Onde está minha irmã? Nefertari! Onde ela está? – Ele não parecia se incomodar em me responder.

— Queem... Deseja... Encontrar... Com... Os mortos? – Foi tudo que ouvimos.

— Meu nome é Adamas! Eu vim pela minha irmã, Nefertari. Ela morreu e eu a quero de volta!

— E... Por que... Procura por ela... Aqui?

— Onde mais iria procurar? – Respondi o obvio. – Onde ela está?

 

[Lilian – Torre Vermelha]

 

Não me importei em voar e rasgar o céu noturno. Eu precisava chegar até Katrina o mais rápido possível. Entrei pela claraboia com maestria, ela nunca a fechava graças as minhas inúmeras visitas. Pousei sem elegância, apenas um som forte no chão que ela encarou da cadeira onde estava.

— Boa noite. – Ela me disse se levantando – Perdeu sua classe?

— Esqueça a classe! – Falei rápida me aproximando. – Temos um problema maior.

— O que foi que aconteceu? – Ela agora estava intrigada.

— Adamas encontrou uma Meyer! Ela está com ele nesse momento e ele vai tentar trazer Nefertari de volta. – Falei sem poupar minha voz.

— Se isso for verdade... – Ela olhou o relógio. – Não temos mais tempo de impedir.

— O que faremos? – Perguntei apreensiva.

— Esperar pelo melhor... – Juntas encaramos a janela, olhando diretamente para o local onde ele estaria, sentindo a energia magica que lá corria.

 

[Adamas – Cobertura do Neftis / Dentro do Vazio]

 

— Me dê uma resposta! minha irmã? Me leve até onde ela está! – Eu continuava a falar quase sozinho contra aquela presença.

— Onde não procurou ainda? – Pelo menos a dicção dele havia melhorado.

— Mude sua pergunta Adam. – Belle me orientou. – Não pergunte onde ela está. Pergunte como!

— Como está minha irmã? – Quando fiz essa pergunta, a presença finalmente pareceu se mover, como se me olhasse de frente agora.

— Sua irmã está viva! – Depois disso Belle e eu estávamos de volta em minha sala e novamente eu estava como naquele dia, desesperado, desolado e ferido...


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Notas finais do capítulo

e então?



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