Rochas Negras escrita por Zretsim


Capítulo 16
Escape do Banco Meca


Notas iniciais do capítulo

A arte usada no livro não é de minha autoria.



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Depois de cinco anos cometendo roubos a mando do Barão, foi apresentado a Eugene, e aos demais adolescentes criminosos, um último desafio: roubar 30 moedas de platina do Banco Meca, um dos bancos do reino de Vardaros.

— O triplo do que pediram no último trabalho. E dessa vez tem que ser num banco. Nunca invadimos um banco. Esse trabalho será divertido. – pensou Eugene enquanto estava numa taverna.

Ele estava sentado com um prato sujo e vazio em sua mesa. Havia alguns homens bebendo no balcão e outros dormindo em algumas mesas.

Após alguns minutos, os outros seis adolescentes entraram na taverna. Eles foram para a mesa, em que Eugene estava, e sentaram. Lance e Anelise sentaram próximos um do outro, como um casal.

— Então, qual é o plano? – perguntou Stalyan olhando para Eugene.

— O Banco Meca usa chaves para abrir seus cofres. Então, arrombá-los é fácil para nós. O problema é… – disse Eugene antes de ser interrompido.

— Chegar a um cofre. – disse Sword com uma mão no queixo.

— Exato. Temos que passar por uma grande quantidade de seguranças para alcançar um dos cofres. Além disso, diferente do Banco Walker, por exemplo, o Banco Meca só tem um andar na superfície. Os outros seis andares são subterrâneos. – disse Eugene enquanto alternava o olhar entre todos na mesa.

— Isso facilita para nós. Se algo acontecer no subsolo, não vai chamar muita atenção. – disse Aaron com um sorriso malicioso.

— Pensando nessa facilidade que ladrões teriam, eles posicionam dez homens na cobertura do andar superior durante a noite. Além disso, o quantitativo de guardas no térreo é dobrado durante e noite: de quinze vai para trinta. – disse Lance enquanto olhava para Aaron.

— Vale ressaltar que esses homens são seguranças particulares. Há guardas reais rondando do lado de fora. – disse Mayla um pouco pensativa.

— Além dos guardas reais nos andares inferiores. – disse Stalyan olhando para a mesa.

— Mesmo com todas essas adversidades, eu bolei um plano. – disse Eugene com um sorriso.

Stalyan sorriu para ele.

— O principal problema são os seguranças na cobertura. O campo de visão deles é muito privilegiado, além do fato deles estarem armados com bestas cilíndricas. Três de nós terão que substituir três dos seguranças. Assim, quando eu der o sinal, os três impostores derrubarão os seguranças na cobertura. Como estarão num ponto alto, ninguém na rua vai desconfiar se ver um ou dois guardas olhando o movimento. Sem os seguranças na cobertura para atirarem em qualquer ladrãozinho que derrube os guardas na rua e arraste os corpos para as vielas… Bom, já entenderam. Os outros quatro colocarão os guardas na rua para dormirem. Depois, sobrarão os trinta seguranças no térreo, não teremos condições de abatê-los, são muitos. Os quatro do lado de fora se disfarçarão de guardas reais, roubando as armaduras e bestas dos guardas que derrubaram. Então, entrar será fácil. Como os guardas reais ficam nos andares inferiores, nós desceremos e iremos até o cofre tranquilamente. – disse Eugene em tom sério.

— Gostei do plano. Discutiremos detalhes depois. – disse Stalyan após piscar para Eugene.

No dia do roubo, pela tarde, Stalyan, Anelise e Mayla invadiram, cada uma, a casa de uma segurança do Banco Meca. Após matarem as seguranças, elas vestiram seus trajes e armaduras. Os trajes dos seguranças particulares do Banco Meca eram da cor cinza e as armaduras eram semelhantes as armaduras dos guardas reais.

Ao anoitecer, quando chegam os reforços, Stalyan, Mayla e Anelise se apresentaram como seguranças e foram para a cobertura. Ninguém notou que eram impostoras.

O Banco Meca ficava em frente a uma rua, mas pertencia a outra, era como se ele estivesse acima de um “T”.

Após escurecer, Eugene apareceu andando tranquilamente na rua em frente ao banco e apontou, sutilmente, para uma viela, as três ladras viram Lance e Aaron observando o movimento. Havia uns cinco guardas reais rondando a área. Naquele momento, Stalyan, Anelise e Maya se espalharam pela área da cobertura e dispararam contra os outros sete seguranças. Elas foram muito precisas, acertaram todos no pescoço. As bestas cilíndricas utilizavam um formato diferente de flechas. Basicamente, as flechas eram pedaços finos de madeira com um cone de ferro numa das extremidades. As flechas ficaram cravadas nos pescoços das vítimas.

Eugene estava conversando com um guarda, que estava de costas para o banco, e desconversou rapidamente quando Stalyan apareceu e sinalizou positivo para ele. Eugene foi para a viela onde estavam Lance e Aaron. As ruas estavam bem iluminadas, tochas foram acesas no final da tarde. Além disso, estabelecimentos estavam funcionando, então havia bastante claridade neles também.

Após alguns minutos, um guarda estava passando na frente do banco quando Sword o abordou.

— Senhor guarda, tem uma mulher desmaiada! Ajude-me!

Sword correu para a viela onde estavam Lance, Aaron e Eugene. Quando o guarda entrou no beco, não viu mulher alguma.

— Cadê a mulher desmaiada? – perguntou o guarda enquanto olhava para Sword.

Naquele momento, Aaron segurou a cabeça do guarda com as duas mãos e a abaixou para acertar uma joelhada no rosto do guarda, que desmaiou na hora.

Depois, Sword atraiu mais três guardas, que foram nocauteados rapidamente. Os quatro ladrões retiraram suas roupas, eles estavam com um traje preto, cada um, por baixo da roupa. Eugene, Lance, Aaron e Sword vestiram as armaduras dos guardas desmaiados e pegaram suas bestas cilíndricas. Sword derramou duas garrafas de bebida alcoólica nos guardas desmaiados.

Após se disfarçarem, Eugene sinalizou para Stalyan. Então, ela desceu e falou com um dos seguranças no térreo. O térreo estava iluminado com velas, estava bem claro.

— Eu soube que o chefe está mais paranoico e vai reforçar o pessoal lá embaixo. É verdade? – perguntou Stalyan enquanto fingia bocejar.

— Sei lá. Somos muito mal informados. Provavelmente, é verdade. – respondeu o guarda enquanto olhava para Stalyan.

— Tudo bem, então vou voltar para o meu posto. – disse Stalyan antes de subir as escadas.

Quando Stalyan apareceu para sinalizar, Eugene e os outros três ladrões esperaram uns minutos e, depois, dirigiram-se até o Banco Meca.

Os seguranças estavam parados dentro da sala quando alguém bateu a porta.

— Reforço solicitado pelo Gerald Meca. – disse Eugene em frente a porta do banco.

— Eu não estou sabendo de nada. – disse um segurança no lado de dentro.

— Deixem entrar. Eu soube que o chefe queria reforços. – disse o segurança que conversou com Stalyan.

Os seguranças posicionaram suas bestas contra a porta. Um dos seguranças abriu a porta e lá estavam quatro “guardas reais” portando suas bestas cilíndricas.

— Está tudo bem? – perguntou Lance enquanto olhava para as bestas apontadas para ele e seus comparsas.

Os seguranças passaram um momento olhando os “guardas” até abaixarem suas bestas.

— Abram a porta nos fundos. Há uma escada. Desçam até seu andar correspondente. – disse o segurança que abriu a porta.

Os quatro ladrões foram até o último andar onde ficam as salas que contém grandes cofres, pertencentes aos maiores comerciantes do reino. Este andar tinha três corredores paralelos, separados por duas salas, e um corredor que dava acesso aos três corredores paralelos. Eugene e seus comparsas desceram no corredor do meio. No corredor que dava acesso aos três corredores paralelos, havia a entrada para uma sala. Eugene e seu grupo entraram nessa sala, eles passaram por alguns guardas, mas ninguém desconfiou de nada. Os corredores eram iluminados por tochas.

Na sala, havia um cofre de dois metros de altura. Existia também uma fechadura no centro do cofre. Aaron ficou vigiando a porta, olhando o corredor por uma pequena abertura ocasionada pelo não fechamento total da porta. Sword usou duas agulhas para arrombar o cofre. Dentro dele, havia muitas moedas de ouro e de platina. Eles pegaram quarenta moedas de platina e colocaram num saco que Lance levou.

— Pegaram? – perguntou Aaron no lado de Lance.

— Você não deveria estar vigiando? – perguntou Lance enquanto amarrava o saco.

— Relaxa. Não tinha ninguém por perto. – disse Aaron antes de um guarda abrir a porta.

Naquele momento, Lance estava segurando um saco enquanto Eugene e Sword fechavam o cofre.

— O que vocês estão fazendo?! – perguntou o guarda antes de disparar uma flecha que passou de raspão no rosto de Aaron.

— Se eu não tivesse movido a cabeça pouco antes do disparo… – pensou Aaron um pouco assustado.

Lance reagiu rapidamente, jogou o dinheiro para Eugene e disparou na articulação do cotovelo esquerdo do guarda, que soltou sua besta. A flecha ficou cravada no guarda.

— Droga! – gritou o guarda, de joelhos, enquanto tentava arrancar a flecha.

Os ladrões começaram a correr, Aaron acertou um chute na cabeça do guarda antes de sair da sala. Eugene, Lance, Sword e Aaron, quando saíram da sala, viram guardas no final do corredor de onde vieram e decidiram correr para a direita e, depois, para a esquerda.

— Peguem eles! São ladrões! – gritou o guarda caído na sala de onde os ladrões saíram.

Os outros guardas começaram a correr. Aaron estava na frente. No final do corredor que entraram, existiam três guardas.

— O que está acontecendo? – perguntou um dos guardas antes de notar o saco na mão de Eugene.

— Ladrões? Aqui? – pensou o mesmo guarda enquanto mirava, com sua besta, em Aaron.

Naquele momento, Aaron e Sword se jogaram, uma flecha passou por cima de Sword enquanto ela estava no ar, e, enquanto deslizavam de peitoral no chão, dispararam contra os três guardas. Aaron acertou uma flecha na cabeça do guarda que disparou contra Sword e ela acertou duas flechas nos outros dois guardas, cada uma no braço direito de cada guarda. Eles soltaram suas bestas. O guarda acertado pela flecha de Aaron caiu.

— Droga, Aaron! – gritou Eugene enquanto ele e Lance corriam até os dois guardas conscientes.

Eugene e Lance acertaram um soco, cada um, no rosto de cada guarda, nocauteando-os.

— Flynn, dê-me um suporte. – disse Aaron enquanto apontava para um alçapão aberto no teto.

— Alçapões nos corredores das extremidades. Obrigado pela dica, Barão. – pensou Eugene enquanto ajudava Aaron a subir.

Aaron conseguiu subir. Eugene entregou a besta de Aaron.

— Vem, eu te ajudo a subir. Passa-me o saco e a a besta para não te atrapalharem. – disse Aaron enquanto estendia a mão direita.

Eugene passou a besta e depois o saco de dinheiro. Quando Eugene foi segurar a mão de Aaron, o mesmo recolheu a mão e disse:

— Boa sorte para vocês.

Aaron piscou para Eugene e os irmãos Strongbow antes de fechar o alçapão.

— Desgraçado! – gritou Sword muito irritada.

Quando os outros guardas chegaram no final do corredor, viram cinco guardas inconscientes e um morto com uma flecha na cabeça. Porém, o que chamou mais a atenção dos guardas foram três flechas cravadas no alçapão no teto.

— Eles devem ter escapado por aqui. Alertem o pessoal do andar superior! – disse um dos guardas antes dos outros voltarem a correr.

O guarda, que ficou, olhou para um dos corpos. De repente, alguém o acertou, na cabeça, com uma besta cilíndrica.

— Ótimo plano, Eugene. – disse Sword enquanto olhava para o guarda que acabara de nocautear.

— Fingir ser um dos guardas atacados e atirar no alçapão para os outros guardas irem nos procurar lá em cima. O incrível é que ele pensou nisso numa situação completamente desesperadora para nós. – pensou Lance enquanto levantava.

Eugene e Lance pegaram suas bestas e foram para outra das salas no andar.

— Incrível. Não encontramos nenhum guarda no caminho. – disse Sword enquanto arrombava um cofre na sala.

— Devem estar todos desesperados atrás do Aaron. – disse Eugene muito irritado.

— Eu trouxe outro saco. – disse Lance antes de encher o saco com 40 moedas de platina.

Lance amarrou o saco e o colocou por dentro do peitoral de sua armadura.

— Meu plano de saída era muito simples: roubávamos e ficávamos por aqui como se nada tivesse acontecido. Então, iríamos embora na troca de turnos. Como fomos descobertos, subiríamos pelo alçapão e fingiríamos sermos guardas quaisquer. Ninguém confiaria em ninguém, pois os guardas só saberiam que os ladrões estão disfarçados de guardas. Ninguém aqui embaixo, exceto os guardas desacordados, viu nossos rostos nitidamente. Então, usaríamos a confusão para sairmos daqui. Agora, com a traição do Aaron, jogamos os guardas para cima dele. Se ele for pego, o que é improvável, com certeza dirá que nos deixou no andar mais inferior. Então, por precaução, o plano de usar a confusão para sair daqui ainda continua. – pensou Eugene enquanto ele, Lance e Sword corriam por um corredor.

Um guarda passou correndo por eles e perguntou:

— Viram os ladrões?

— Ainda não. – respondeu Lance enquanto corria.

Quando Aaron saiu da sala que dava acesso ao subsolo, os seguranças apontaram suas bestas para ele. Um homem negro, de altura média e careca, estava entre os guardas.

— Engraçado… Eu vim fazer uma visita de rotina e esses seguranças me disseram que o chefe deles mandou guardas reais como reforços. Porém, como o senhor Meca pediu meus guardas como reforços sem que eu soubesse? – perguntou o homem careca enquanto olhava para Aaron com desprezo.

— Não pode ser. Uma visita do capitão da guarda real de Vardaros, Quaid, logo hoje? – pensou Aaron completamente desesperado.

Aaron soltou sua besta e levantou as mãos.

— Olhei lá em cima. Sete dos nossos, mortos. Três sumiram. – disse um guarda após descer a escada que dava acesso à cobertura.

— Você estava acompanhado. Cadê os outros? – perguntou o homem enquanto olhava para Aaron.

No terceiro andar mais abaixo, Eugene e os irmãos Strongbow estavam “procurando” os criminosos.

— Pegaram um dos ladrões lá na superfície. Ele disse que os outros estão no último andar. – disse um guarda que passou por eles.

— Entendi. Ainda bem. E os seguranças fecharam completamente o térreo? – perguntou Eugene enquanto sorria.

— Sim. Caso os ladrões abram a porta na sala da escada, eles morrem. – disse o guarda.

— Os ladrões podem ter saído do andar mais inferior, então é bom ficarmos de olho por aqui para eles não tentarem pegar mais nada. – disse Sword em tom sério.

O guarda fez gesto afirmativo com a cabeça e correu para a escada que dava acesso a um andar mais abaixo.

— Isso é ruim. Provavelmente, isso tudo vai terminar nos guardas daqui fazendo fila única para Aaron fazer reconhecimento facial. – disse Eugene olhando para Lance.

— Você sabe como nos tirar dessa? A única coisa em que consigo pensar é em, simplesmente, sair atirando em todos lá em cima. – disse Lance olhando para Eugene.

— Vamos mentir. Espalharemos a notícia de que há um grande risco do ladrão acobertar os comparsas e dedurar guardas inocentes. – disse Eugene olhando para Lance.

— Entendi. Dessa forma, eles vão ficar desesperados e tomarão satisfação lá em cima. – disse Sword levando uma mão ao queixo.

— E será nesse momento que nós fugiremos. – disse Eugene olhando para Sword.

— Esse plano tem um ponto fraco, não é? – perguntou Lance olhando para Eugene.

No térreo, Aaron estava na mira de várias bestas. Ele estava de mãos para cima. Agora, estava virado para a porta.

— Vocês têm certeza de que ele estava acompanhado? – perguntou Quaid em tom sério.

— Sim, senhor. Ele entrou aqui com mais três comparsas. – disse um dos guardas presentes.

Após alguns minutos, um guarda apareceu, vindo da sala da escada, e disse:

— Senhor, achamos quatro guardas inconscientes no local que o bandido indicou. Porém, alguns guardas disseram que encontraram seis guardas inconscientes antes. Além disso, esse bandido disse que haviam três guardas inconscientes e os três bandidos quando ele saiu do andar pelo alçapão. Dito isto, acreditamos que os bandidos fingiram inconsciência e, depois, nocautearam um dos guardas. Por isso, temos certeza absoluta de que os criminosos ainda estão lá embaixo. Porém,…

— É impossível, para vocês, determinar quem são eles, pois estão disfarçados. – disse Quaid enquanto olhava para Aaron.

— O único que pode reconhecer os três, além dos guardas inconscientes, é esse bandido, mas não temos garantia nenhuma de que ele não vá acobertar os amigos. – disse o guarda enquanto cerrava as mãos.

— Do que está falando? Todos os seguranças aqui sabem reconhecer os três. Como acha que pegamos este ladrão? – disse Quaid apontando para Aaron.

— É verdade… Como não pensei nisso? – perguntou-se o guarda mentalmente.

Naquele momento, vários guardas saíram da sala, que dava acesso ao subsolo, reclamando.

— Eu não vou mais esperar lá embaixo com aqueles três e com a possibilidade de ser taxado como criminoso! – disse um guarda revoltado.

— Eu também não! – disse um outro guarda real.

— Esperem, pessoal. Cometemos um engano… – disse o guarda que estava mais perto de Quaid.

Cerca de quinze guardas saíram da porta e começaram a gritar pela sala. Entre eles, os três ladrões. Eugene, Lance e Sword começaram a gritar também, sem que Aaron pudesse notá-los. Quando tiveram oportunidade, os três correram e subiram pela escada que dava acesso à cobertura.

— Ei, vocês três! – gritou um dos seguranças antes de começar a perseguir os três ladrões.

Outros seguranças foram atrás de Eugene, Lance e Sword. Naquele momento, os guardas pararam de gritar.

— Deram sorte por causa da distração. – disse Quaid muito irritado.

— Não. Conhecendo o Flynn Rider, ele quem ocasionou a distração. – disse Aaron olhando para Quaid.

— Nunca ouvi falar nele e nunca vi você… Eu tive uma ideia. Que tal um acordo? – perguntou Quaid enquanto sorria.

Na cobertura, Eugene e os irmãos Strongbow correram e pularam. Eles caíram na parte de cima de uma barraca.

— O amortecedor que colocamos para as meninas. – pensou Eugene enquanto sorria.

Momentos antes:

— Esse plano tem um ponto fraco, não é? – perguntou Lance olhando para Eugene.

— Sim. Como eu disse, é uma mentira. Mas não porque sabemos que Aaron vai nos entregar na primeira oportunidade. – disse Eugene enquanto olhava para Lance.

— Mas porque os seguranças lá em cima também podem nos reconhecer, então não faz sentido ter medo de ser injustiçado. – disse Lance olhando para Eugene.

— Vamos torcer para que os guardas aqui embaixo demorem para perceberem. – disse Eugene enquanto olhava para Lance.

Momentos depois, alguns seguranças viram Eugene, Lance e Sword correndo para um beco e uma barraca destruída logo abaixo.

— Desgraçados! – gritou um dos seguranças.

Enquanto corria, Sword perguntou:

— Onde era mesmo o ponto de encontro?

— A casa abandonada. – respondeu Eugene enquanto corria.

No C.T. da guarda real de Vardaros, alguns guardas jogaram Aaron numa cela, mas não a fecharam. Logo em seguida, Aaron ficou de joelhos. Quaid estava presente.

— Ei, eu dei todas as informações que você queria! Retrato falado, os crimes que cometemos, o Barão! Você disse que me libertaria! Eu tenho meus direitos! – disse Aaron bastante exaltado.

— Aqui. – disse um guarda enquanto entregava uma besta cilíndrica ao Quaid.

— Direitos? – perguntou Quaid enquanto olhava com desprezo para Aaron.

— Isso mesmo. – disse Aaron encarando Quaid.

— Você perdeu seus direitos no momento em que decidiu roubar. – disse Quaid ainda olhando com desprezo para Aaron.

Naquele momento, Quaid apontou sua besta para Aaron. O ladrão ficou desesperado e disse:

— Ei, cara, espera um pouco, vamos conversar.

Quaid disparou, acertando a flecha no rosto de Aaron, esta que ficou cravada.

— Direito tem, quem direito anda. – disse Quaid enquanto olhava o corpo de Aaron cair de costas.

Quaid entregou a besta a um dos guardas, começou a andar e disse:

— Limpem isso.

Quando chegaram ao ponto de encontro, a casa abandonada, Eugene e os irmãos Strongbow encontraram Stalyan, Anelise e Mayla na sala. Elas estavam somente com o traje cinza de seguranças particulares do Banco Meca.

— Vocês conseguiram sair de lá?! – disse Stalyan bastante surpresa.

— Lance! – disse Anelise antes de abraçar o namorado.

— Como vocês conseguiram? – perguntou Mayla olhando para Eugene.

— Nós saímos de lá assim que vimos o Quaid se aproximando do banco. – disse Stalyan olhando para Eugene.

— Como eu pensei… Aliás, obrigado por terem deixado a barraca lá. – disse Eugene olhando para Stalyan e para Mayla.

— O Rider deu um jeito de contornar a situação, mas o Aaron nos abandonou e foi pego pelo Quaid. – disse Sword em tom sério.

— O quê?! – disse Mayla muito surpresa.

— E agora? Ele vai nos descrever para o Quaid. – disse Anelise olhando para Lance.

— Sim… Seremos procurados com cartazes por todo os sete reinos. – disse Lance muito irritado.

— Vamos embora, irmão. Com a quantidade de coisas que já pegamos por ordens do Barão, ele não vai se opor se nós pararmos de roubar. – disse Sword em tom sério.

— É uma boa ideia. Só se certifiquem de não serem pegos pelos guardas de Munique. – disse Eugene com um sorriso gentil.

— Eugene… – pensou Lance enquanto olhava para Eugene.

— Eu falo com o Barão. Afinal, eu não pretendo sair dessa vida nem tão cedo. – disse Eugene em tom descontraído.

— O que você acha, Stalyan? – perguntou Lance olhando para a filha do Barão.

— O Flynn Rider vai continuar, então acho que meu pai não se importaria. – pensou Stalyan enquanto olhava para Eugene.

— Lance? – disse Anelise olhando para Lance com lágrimas nos olhos.

— Acho que tudo bem contanto que vocês mesmos levem todo o dinheiro de vocês para o meu pai. – disse Stalyan olhando para Lance.

Eugene sorriu.

— Anelise, você quer vir comigo para Munique? – perguntou Lance enquanto enxugava as lágrimas dela com os polegares.

— Sinto muito, mas não. – disse Anelise antes de se afastar de Lance.

Eugene e Stalyan, além de Sword e Mayla ficaram surpresos e, logo depois, saíram do cômodo.

— Por quê? – perguntou Lance um pouco triste.

— Eu não vejo uma vida para mim fora dos roubos. Uma vida tranquila num orfanato não combina comigo… Conosco. – disse Anelise um pouco irritada.

— Entendo… Se é assim que você se sente, então… – disse Lance antes de se retirar da sala.

Na mansão do Barão, na manhã seguinte, ele estava conversando com Vhan Tiri em seu escritório.

— Acha mesmo que esses garotos serão capazes de roubarem as coroas para nós? – perguntou Vhan Tiri olhando para o marido.

— Eu tenho certeza em relação a dois: nossa filha e o namorado dela. – respondeu o Barão antes de beijar Vhan Tiri.

Naquele momento, o mordomo do Barão disse de fora da sala:

— Senhor, um de seus homens veio avisar que eles completaram o último desafio.

Após ouvirem o mordomo, Vhan Tiri e o Barão se olharam e deram um sorriso malicioso um para o outro.

No fim, Lance e Sword não receberam permissão para irem embora imediatamente. Eles só conseguiram partir depois de mais três anos roubando para o Barão, pois ele julgou que os dois não deram dinheiro o suficiente para ele libertá-los. Após serem liberados pelo Barão, os irmãos Strongbow voltaram para a residência Strongbow. Por causa dos cartazes de procurados, eles tinham que usar capas para saírem de casa e, algumas vezes, alguns guardas passavam no orfanato para perguntar sobre eles, mas seus pais mentiam dizendo que os dois foram adotados na infância e eles não tiveram mais notícias deles. A vida deles não ficou mais fácil, mas eles preferem estar perto dos pais a ficarem roubando por aí até o dia em que algo de ruim aconteça com eles.


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo, a trama voltará para depois do ataque ao C.T. da guarda real de Corona.



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