Always - O Mistério Continua escrita por Any Sciuto


Capítulo 9
Morte Subestimada




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— Eu ainda queria ter tirado mais um dia de folga. – Gibbs beijou Jenny na porta da NCIS-FBI. – Queria passar mais um dia inteiro com você na cama...

— Sim, eu também, mas Any não poderia ter mandado um cartão postal como todo mundo. – Jenny suspirou. – Aquele homem que morreu na explosão era um dos sócios mais ativos dela e ela simplesmente explodiu ele.

— Explosão é bem a cara dela, Jen. – Gibbs sorriu quando todo mundo começou a entrar. – Está esperando alguém?

Jenny, Gibbs e todo o resto da equipe olharam para o homem de costas para eles, virado diretamente para a janela e que todo mundo não conhecia.

— Não estou, Jethro. – Jenny se aproximou com cuidado do homem. – Com licença, senhor?

— Claro, diretora Shepard.  – O homem se virou para ela, fazendo todo mundo pular assustados. – Com certeza você pode me ajudar.

Todo mundo olhou para Carlos como se eles vissem um fantasma na frente deles. Jenny se sentou e Penelope quase caiu no chão.

— As notícias sobre a minha morte foram muito exageradas. – Carlos disse com naturalidade. – Mas antes de pensarem que estou aqui para fazer mal, eu lhes digo que estou aqui para entregar minha antiga chefe.

— Por favor, venha conosco. – Gibbs pegou o homem e colocou as algemas. – Desculpe por elas. É o protocolo.

— Tudo bem. – Carlos apontou para uma pasta com a cabeça. – Eu acho que vão gostar de ver o que está na pasta.

Todo mundo olhava para o homem que estava saindo em direção a sala de interrogatório.

Pegando a pasta com um par de luvas, Steve abriu e deixou cair imagens, recortes de jornais e algumas fotos que pareciam recentes.

— Essas são provas demais para ele nos entregar. – Steve tentou esconder o medo. – Essa foto é da equipe da IRT no mês passado.

— Eles foram ao Brasil para encontrar o esconderijo de armas de Any. – Hotch olhou para Jack, Clara, Mae e Simmons em uma pose que falava por si mesma.

Eles estavam reunidos em um círculo, provavelmente trocando ideias sobre o que haviam encontrado. Em uma outra foto, havia Monty, o analista da equipe e o agente Alvez que estava em treinamento de reconhecimento.

— Se eles foram flagrados nessa foto, significa que temos um problema. – Tony falou. – Elle está fora há meses, antes mesmo do time da IRT ser incluído no caso.

— Bem, acho que Gibbs e Torres vão descobrir. – Tim falou.

Gibbs e Torres olhavam para o homem sentado na sala de interrogatório, com um estranho ar natural.

— Eu estou com medo de perguntar o que se passa na cabeça dele, Gibbs. – Torres queria entrar e bater no homem, apenas pelo fato de ele trabalhar para Any, a mulher que torturou Abby. – Acho que vou ficar aqui dentro.

— Sabia escolha. – Gibbs saiu, com um olhar em seu rosto. – Coloque para gravar, Torres. Não me importo com o que esse homem pedir. Isso aqui vai ser o prego no caixão daquela vadia.

Torres clicou no botão de gravação e ficou em silencio.

— Carlos Eduardo Neves. – Gibbs entrou, dizendo o nome completo do homem sentado à sua frente. – Ou eu devo chamar você de 02?

— Entendo que você acha que eu sou o 02 de Any, mas está enganado. – O homem brincou. – Mas Any não tem um aliado 02. Se eu fosse dizer, provavelmente ela não tem um aliado porque ela matou todos. Ou quase todos.

— Vamos ao que me interessa e depois, eu vou ouvir seus pedidos e podemos evitar que você seja executado por ser cumplice de Any, a mesma que torturou duas agentes federais.

— Eu só quero proteção a testemunha. – Carlos falou. – Cumprir pena em qualquer lugar longe de Any e de seus jogos malucos.

— Eu posso garantir que vou tentar. – Gibbs falou. – Agora, fale.

— Você está gravando isso? – O homem apenas perguntou.

— Não vou desligar o vídeo. – Gibbs literalmente falou a ele.

— Não vou pedir para desligar. – Carlos sorriu. – Eu quero mais que você grave tudo o que eu vou dizer.

Gibbs sabia exatamente o que aconteceria a partir dali e iria se deliciar com isso.

Abrindo a porta do quarto de hotel onde estava, Any largou a bolsa sobre a cama, retirou a roupa que havia comprado em uma loja de roupas caras depois da explosão.

Um carro explodiu próximo ao restaurante Milano’s noite passada. – A apresentadora começou a matéria. – Um homem morreu durante o que a polícia e os agentes federais como um ataque rebuscado causado provavelmente por uma traficante de armas e drogas do Brasil. Não há identificação até agora, mas provavelmente o morto seja o dono do carro, Carlos Eduardo Neves, principal braço direito da traficante Any.

Se sentando na cama, Any pegou uma garrafa de champanhe e serviu para si mesma um copo e bebeu. Ela estava louca para voltar. E cara, aquela era a melhor volta.

— Senhorita Bauer? – O mensageiro do hotel bateu a porta com uma carta. – Para a senhorita.

— Obrigada, Joz. – Any deu algumas moedas ao homem e chutou a porta a fechando.

Abrindo a carta, ela encontrou um cartão de pêsames.

“Você vai sorrir agora, sua víbora. Mas logo tudo o que poderá fazer será chorar na hora da sua morte”.

Largando o cartão, Any jogou um vaso pela janela, acertando um Uno branco estacionado na rua.

— FILHO DE UMA PUTA!!!!! – Any gritou. – Ele deveria estar morto!

— Senhorita, está tudo bem? – Joz perguntou assustado.

— CAI FORA DAQUI SEU EXERIDO DO CARALHO! – Any literalmente expulsou do quarto, batendo praticamente a porta no nariz dele.

Pegando a mala, ela literalmente jogou as roupas, sapatos, bolsas e o conteúdo do cofre dentro dela, a fechando e saindo do quarto, fazendo o check out.

— Quando eu conheci Any, ela era ainda a noiva do chefe do cartel. 18 anos, ingênua sobre o que ele realmente fazia. – Carlos começou. – Quando ela descobriu, ao invés de fugir, deixar o homem que ela achava ser do bem, ela ficou. Quando ele foi morto, Any era a herdeira do crime.

— 18 Anos e já sendo uma poderosa do crime? – Gibbs suspirou. – Acha que ela gosta de traficar e matar?

— Você gosta de ser agente federal? – Carlos perguntou para Gibbs. – É a mesma coisa com Any. Ela não se importa.

— Quando você chegou tinha uma pasta de documentos com você. – Gibbs resolveu perguntar. – O que tinha nela de tão importante?

— Fotos da equipe IRT no Brasil, documentos da contratação de uma equipe de mercenários locais brasileiros para mudar o endereço do armazém dos tráficos, e uma foto de uma jovem e bonita agente, mas com uma mente tão perversa que se juntou a Any.

— Eleanor Bishop? – Gibbs queria saber.

— Não. – Carlos sorriu com a expressão chocada do agente. – Essa agente ainda trabalha aqui.

Torres correu fora da sala de observação e desceu para o bullpen onde a cara de todo mundo estava com expressão chocadas.

Lá, com um sorriso cativante, estava a foto da agente especial Nikki Giardine. Alguém com quem a equipe já havia trabalhado anteriormente.

Talvez agora fosse uma boa hora para Tony tomar um belo copo de uísque.


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