Always - O Mistério Continua escrita por Any Sciuto
— Muito bem, 02. – Gibbs voltou a se sentar na cadeira a frente de Carlos Eduardo. – Nikki Giardine. Como ela se encaixa nisso?
— Há alguns anos, Nikki trabalhou com a agencia em um caso envolvendo um tenente assassinado. – Carlos tomou um gole de água. – Any estava observando a equipe desde aquele tempo.
— Sim, Abby é a meia-irmã de Any, porém diferente dela, ela é uma boa garota. – Gibbs foi rápido em falar. – E o que esse caso em especial tem de especial nisso tudo?
— Nikki veio trabalhar na sala da equipe principal. – Carlos se ajeitou. – Eu não sei o motivo, mas Any fechou Nikki no transito depois disso e as duas começaram a conversar. A mulher não sabia que Any era uma traficante de armas e drogas até o momento em que Any a levou para a casa dela em Washington Heights.
— Ela tem uma casa em Washington Heights? – Gibbs escreveu um sms e mandou para Penelope. – Por que nunca soubemos sobre esse lugar?
— Está no nome de um homem. – Carlos sorriu. – Achei que eu e Any fossemos um tipo de casal. A casa é dela, mas está no meu nome.
— Em outras palavras, ela te fez de banana. – Gibbs apenas sorriu. – Agora, por favor, conte-me sobre o que Nikki Giardine tem a ver?
— Ela se tornou uma grande amiga de Any, sabendo que ela era uma traficante de drogas e de armas. – Carlos revirou os olhos. – Ela disse que adorava a sensação de ser uma pessoa diferente em diferentes mundos.
— Ela recebia algum dinheiro? – Gibbs olhou para o vidro recebendo uma mensagem no telefone.
— Provavelmente. – Carlos revirou os olhos.
Enquanto isso, Abby e Penelope foram até a casa onde Any morou por anos sem ninguém saber ao menos. Ela olharam para a casa de luxo, com jardim e cerca branca e suspiraram.
— Parece uma rua deserta durante o dia. – Penelope olhou para Abby. – Eu sei porque ela moraria aqui.
— Sim, casas afastadas dão a impressão de ser antissocial. – Abby sorriu para Penelope. – Mudando de assunto, como vai a pequena?
— Se mexendo tanto. – Penelope colocou a mão sobre a barriga. – Você acharia que Derek estivesse triste por ter uma segunda garota, mas ele está doido para a chegada.
— Bem, ele vai ter que aguentar mais três meses. – Abby sorriu. – Torres ainda não sabe sobre a novidade.
— Não, mesmo. – Penelope sorriu para Abby. – Acho que temos que trocar a água da NCIS.
— Nah, a onda de gravidez é sempre bem-vinda. – Penelope e Abby colocaram um par de luvas cada e entraram no imóvel.
Elisa sorriu, se espreguiçando. Ela havia começado a licença maternidade e Callen decidiu que era hora de umas férias de três meses.
Embora Elisa parecesse pronta para gritar depois que o primeiro raio de dor a atravessou.
— CALLEEN! – Elisa se dobrou no chão da sala quando finalmente sua bolsa estourou. – GRISHAAAA!
Callen saiu do banho, apenas em sua cueca de batman e se ajoelhou na frente dela.
— Amor, acha que está na hora? – Callen recebeu um tapa de Elisa. – Ok, eu vou colocar uma calça e pegar sua bolsa.
Enquanto as gêmeas dormiam na casa de Pride, que finalmente havia chegado de férias, ele correu pela parte de cima da casa, equilibrando a bolsa de maternidade, a calça que ele estava colocando e as chaves do carro, ele se desequilibrou e rolou as escadas em uma interpretação brilhante de Claire Kyle e levantou.
— Vamos, querida. – Callen pegou Elisa pela mão e a colocou no carro. – Já moramos perto do hospital por isso.
— Não é hora de fazer piadas. – Elisa gritou quando outra contração a atingiu. – OH FODA-SE CARALHO!
— Aí, querem sair da frente! – Callen gritou para alguns motoristas. – MINHA ESPOSA ESTÁ TENDO UM BEBÊ.
Todos finalmente compreenderam a situação e o deixaram passar.
Enquanto todos estavam repassando o conteúdo que Carlos, vulgo 02 de Any os havia dado, os telefones começaram a tocar simultaneamente.
— Estou levando Elisa para o hospital. – Era o que se ouviu do telefone de Hotch. – O bebê está nascendo e se eu não chegar vivo, vocês podem deixar isso passar.
Todos deram risadas. Para alguém que havia tido gêmeas nem um ano antes Callen estava em pânico.
— Certo, estaremos aí. – Tony sorriu. – Eu vou avisar o chefe.
— Boa sorte. – Jenny impediu Tony de ir. – Deixe que eu vá, ok?
— Estou te dizendo, agente Gibbs. – Carlos já estava ficando frustrado com tudo. – Você não conhece Any. Eu acho que ela deve ter colocado explosivos em vinte carros desde os 18. E ela só tem 24 anos.
— Nomes e locais. – Gibbs passou uma caderneta de papel e uma caneta para ele. – Escreva e depois eu pego.
Jenny bateu no vidro da sala de observação e Gibbs saiu, se dirigindo a ela.
— Sim, querida? – Gibbs a beijou. – Outra sessão de beijos?
— Por mais tentador que seja, eu sugiro deixar Derek e Hotch prensar ele e vir comigo ao hospital. – Jenny sorriu. – Elisa entrou em trabalho de parto e Callen está em pânico.
Callen olhou para a esposa na cadeira de rodas e ele a seguiu.
— E então? – Ele estava ansioso. – Meu bebê já está pronto para nascer?
— Sim, assim como cinco minutos atrás. – A médica retirou as luvas para se preparar para o procedimento. – Vá e segure a mão da sua esposa antes que eu te coloque em sedação.
— E não olhe para baixo quando nascer. – A enfermeira sorriu e Callen se posicionou.
Apertando a mão de Callen, Elisa sabia que era a hora de trazer o pequeno para o mundo.
— AHHHHHHHHHHHH! – Elisa gritou empurrando assim que a médica lhe pediu. – EU ESTOU COM MEDO!
— Não precise ficar. – Callen sorriu. – Gatinho macio, gatinho quentinho, bolinha de pelo. Ronrom, ronrom.
Elisa deu risada porque era a música que ele cantava para as filhas dormirem.
—AHHHHHHH! – Elisa empurrou uma última vez e finalmente todas as sensações se foram. – Querido pode ir ver se o bebê nasceu?
— Claro. – Callen sentiu sua mão pulsando com dor, mas quando olhou para a parte onde seu filho havia nascido ainda coberta de sangue, ele se sentiu tonto. – Desmaiei.
Ele foi pego por uma enfermeira que colocou ele em uma cadeira de rodas.
— Estamos sempre preparadas para isso. – Ela sorriu. – Vou colocar o papai na janela.
Elisa deu risada e seu coração se encheu de amor quando o pequeno Chris foi colocado em seus braços. Callen recuperou a consciência e sorriu para a imagem.
Logo depois que Elisa e Chris foram levados para a sala de recuperação e para exames respectivamente, Callen saiu para avisar todos que aguardavam na sala de espera.
— É um menino! – Callen disse e todos sorriram.
Enquanto isso, Derek e Hotch estavam esperando Carlos terminar a lista. Ela ao todo teve seis páginas, frente e verso.
— Agora, vamos falar sério aqui, 02. – Hotch sabia que esse apelido irritava Carlos. – Que tal parar de jogos. Sabemos que Nikki Giardine não é a espiã. Ela está morta há quase sete anos. Bishop está sumida assim como sua patroa, então se ajude.
— Conte a nós quem é a espiã ou espião e vamos te enviar para um lugar longe daqui. – Derek sabia que Carlos iria revelar.
— Tem razão. Nikki Giardine morreu em um ataque bomba. – Carlos cruzou uma das pernas, deu um sorriso e apenas disse as palavras que Gibbs iria temer por muito tempo. – A minha espiã é a ex tenente do exército Hollis Man.
E aquele seria o momento que colocaria a primeira pá de problemas sobre a equipe.
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