Always - O Mistério Continua escrita por Any Sciuto
Ellie Bishop se considerava sortuda. Seu último emprego antes do NCIS era na NSA, mas nem isso a impediu de tentar sonhar mais alto.
Foi quando ela se candidatou para a CIA. Ela havia acabado de ser mais uma vez rejeitada pelo NCIS e tentou uma agencia diferente.
— Eleanor Bishop? – Hetty Lange era a recrutadora da CIA. – Por favor, venha comigo.
— Obrigada por me receber. – Ellie sorriu, vestida para impressionar. – Eu sou Eleanor Bishop e quero muito ser agente da CIA.
— Eu sei. – Hetty sorriu. – Mas eu tenho algumas perguntas sobre você.
— É claro. – Bishop se arrumou na cadeira.
— Você nunca considerou entrar na equipe de Los Angeles? – Hetty queria muito saber. – A NCIS tem um time especializado em missões sob disfarce. O agente Callen...
— Com todo o respeito, senhora Lange, mas eu não entro em uma equipe a menos que seja para ser a líder. – Bishop sorriu. – Só aceitaria se fosse na equipe do agente Gibbs.
— Bem, eu não sei por que você acha que seria uma líder melhor que o senhor Callen. – Hetty olhou para ela. – Com certeza, os anos de experiência dele a frente da agencia fazem dele....
— Quer saber? – Ellie pegou a pasta que trazia com ela. – Certamente a equipe poderia ser melhor sem o agente Callen. Tudo o que ele faz atrapalha o desempenho do time.
— Você está sugerindo que o Sr Callen não é um bom líder? – Essa era uma das táticas de Hetty. – O senhor Callen já passou pela CIA, já esteve nessa sala, sentado na cadeira.
— Não, ele entrou com a sua ajuda. – Bishop agora estava nervosa. – E sinceramente, eu não gosto nem um pouco disso.
— Desculpe, Srta Bishop, não vai dar. – Hetty se levantou, mas Bishop ficou sentada. – Eu quero que você se retire.
— Eu só saio daqui se você me der o posto do agente especial Callen. – Bishop viu dois seguranças chegarem a porta. – Tudo bem, eu vou. Mas saiba que um dia isso tudo pode virar contra você.
Bishop largou a pasta no chão da sala e saiu. Hetty circulou a mesa e pegou a pasta. Ela parecia ter tido trabalho para juntar algumas provas. As provas naquela pasta eram meramente fotos de depois do expediente.
Hetty levou a pasta para uma de suas casas e guardou aquela pasta em um cofre seguro.
Dias atuais...
— E foi isso que me fez desconfiar da Bishop. – Hetty bebeu um gole de uísque que Gibbs ofereceu. – Ela tinha fotos que eu nem sabia que existiam.
— Nunca contou ao Callen? – Jenny se sentou. – É que você geralmente guarda segredos dele.
— Jenny, eu nunca contei a ele. – Hetty suspirou. – Isso me fez entrar em modo de perigo.
— Se Bishop tinha fotos pessoais de Callen, ela deveria estar trabalhando com alguém. – Gibbs disse. – Talvez devêssemos colocar Penelope e a equipe nisso.
— Bishop está de volta. – Jenny suspirou. – Estou começando a achar que foi uma má ideia ter permitido que ela voltasse.
— Todos tomamos decisões erradas. – Hetty pegou a bolsa e entregou um livro para Jenny. – Eu acho que isso deve ser levado para o agente Callen.
— Eu vou fazer isso logo pela manhã. – Jenny o trancou no cofre do assoalho. – Obrigada por vir, Hetty.
— Imagina. – A mulher sorriu. – Como amanhã todo mundo volta para o trabalho, eu vou tirar um tempo. Preciso fazer algo importante.
Tobias olhou para a casa onde ele e Renata atualmente iriam morar. A casa tinha uma escada.
— Não se preocupe, querido. – Ela sorriu. – Eu não sou a Nazaré.
— Que bom. – Ele subiu as escadas com ela na frente. – Como conseguiu comprar essa casa? Deve ter sido bem cara.
— Nazaré. – Ela viu Tobias olhar para ela. – Não se preocupe. Agora eu vou ser uma agente federal e não uma assassina de escadas.
— Eu te amo. – Ele a beijou. – Eu adoraria fazer sexo hoje, mas acho que toda a mudança me fez querer o pijama de avenida Brasil que você me deu de presente.
— Vamos, tufão. – Renata brincou e o levou para o quarto. – Boa noite, Emily.
— Boa noite, mãe Renata. – Emily sorriu em frente ao computador se despedindo do namorado. – Eu te amo.
— Eu também. – Ele atirou um beijo e ambas as câmeras foram desconectadas.
Era quase duas da manhã. A casa estava em completo silencio. Havia uma luz fraca que vinha de um refletor sobre a placa que Renata havia ganhado da Rede Globo. A porta da frente se abriu e fechou.
O homem começou a remexer as gavetas da cozinha, quase como se quisesse fazer barulho e acordar todo mundo.
— Renata? – Tobias acordou e percebeu que a esposa estava saindo pela porta do quarto. Ele estava apenas de samba canção naquele momento, mas não se importou.
Ele pegou a arma e foi em direção aonde Renata tinha ido.
— Quem está aí? – Renata perguntou curiosa com quem estava tentando roubar a casa. – AHHHH!
Um homem saiu da escuridão da coluna de cima e Renata havia aprendido movimentos de defesa para uma novela levou o rapaz até a escada. Seus dias de Nazaré Tedesco falaram mais altos e ela não hesitou antes de empurrar o homem pelas escadas.
Fornell viu a cena e embora estivesse com medo de ser o próximo nas escadas, ele foi até ela, guardando a arma.
— Amor. – Ele a viu olhar para ele e o abraçar. – Está tudo bem.
— Pai? – Emily saiu do quarto, já no celular. – Tio Gibbs, por favor, venha rápido.
— Estamos a caminho. – Gibbs fez sinal para Jenny pegar as filhas e levar para o carro.
A polícia logo chegou, assim como os paramédicos que constataram a morte do homem.
— Agente Fornell. – Hotch entrou pela porta, mal parecendo que estivera em atividade fora do expediente. – O que aconteceu?
— Aquele homem entrou aqui em casa enquanto a gente dormia. – Fornell segurou Renata perto dele. – Então, Renata levantou e ele estava próximo a parede. Ele a atacou e ela reagiu o jogando da escada.
— Vamos precisar tomar o depoimento dela assim que ela se acalmar. – A voz de Gibbs surgiu. – Hotch, vejo que chegou cedo.
— Eu ainda nem dormi. – Hotch desceu as escadas assoviando. – Oi Morgan.
— Alguém teve uma noite ótima. – Gibbs brincou. – Tobias, depois que deixar sua esposa dormindo e colocar uma calça, vou querer conversar.
— Oh, merda. – Tobias corou e Renata deu risadas da situação. – Que bom que isso serviu para alegrar você.
— Você sempre me faz feliz. – Renata beijou Fornell e permitiu que ele a levasse para a cama. – Desculpe por toda essa bagunça.
— Que isso. – Tobias a cobriu. – Estou feliz que você invocou a Nazaré. Eu vou descobrir o que ele queria e eu prometo que se eu descobrir quem está por trás disso tudo, eles vão se arrepender.
— Eu sei. – Ela sorriu e bocejando adormeceu.
Fornell deu um último beijo na esposa e depois de colocar suas calças e o paletó, ele foi ao encontro da equipe. Agora era um caso pessoal.
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