Always - O Mistério Continua escrita por Any Sciuto


Capítulo 3
A Volta Da Traidora




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Entrando no elevador na segunda de manhã, Abby e Nick sorriram um para o outro. Eles tinham deixado a filha com Gibbs e Jenny e o domingo foi bom.

— Eu adorei o final de semana. – Abby encostou Torres na parede do elevador. – A gente deveria fazer mais vezes.

— Sim, eu acho que deveríamos. – Os dois se beijaram, mas se separaram assim que as portas abriram.

Eles congelaram, o clima de alegria sendo substituído, quase sufocado por uma presença que eles queriam nunca ter visto outra vez.

Ali, na frente deles estava Bishop, pronta para voltar a trabalhar. Abby deu um passo para trás, tentando de todas as formas não mostrar o quanto a volta a estava afetando.

— Bom dia, Abby. – Bishop disse, sem suspeitar que eles já sabiam exatamente o motivo da volta dela. – Torres.

O agente deu um suspiro. Ele não podia pensar que já tinha sequer cogitado ter um romance com Bishop.

— Bom dia. – Abby deu um passo para frente quando a porta se abriu. – Se importa de me acompanhar, querido?

— Nunca. – Ele precisava sair dali tanto quanto Abby. – Eu acho que ela está confiante.

— Bishop deveria saber que eu implantei um rastreador nas roupas e calçados dela. – Abby deixou a bolsa sobre sua mesa. – Torres, você precisa ficar esperto. Sei que você nunca me trairia, mas eu estou com um pé atrás com ela.

— Eu sei. – Nick olhou para a caixa de papelão lacrada como evidencia. – Já falou com Gibbs e Jenny?

— Não. – Abby colocou as luvas. – Eles se ofereceram a ficar com Glória mesmo depois do que aconteceu. Acho que você não fica bom de repente. Eu se recebesse um coração na minha casa, acho que surtaria.

— Certo. – Nick beijou a testa dela. – Eu te amo.

— Eu também. – Abby suspirou e começou a análise da caixa.

Gibbs olhava para a esposa e as filhas enquanto tomava sua rotineira xicara de café. Tudo o que ele conseguia pensar era como alguém tinha deixado um coração sem que a baba desconfiasse.

— Querido? – Jenny colocou as mãos no ombro dele. – Vem sentar com a gente.

— Desculpe, eu não conseguia parar de pensar naquilo. – Gibbs pegou uma fatia de pão e deu a filha com a geleia de morango favorita de Isa. – Eu fiz do jeito que você gosta.

— Obrigada, papai. – A menina sorriu e Gibbs retribuiu.

Depois que Jenny e as meninas haviam saído na sexta, Gibbs foi investigar a caixa. Ele tinha cortado a fita e abriu, deixando o canivete cair no chão enquanto seus olhos mal acreditavam.

— Eu gostei de ter a Glória aqui em casa. – Isadora disse. – Ela é bem fofa.

— A tia Abby e o tio Nick tratam aquela menina como se fosse uma princesa. – Gibbs sorriu. – E eu acho que é o mesmo jeito que eu trato vocês.

— Isadora, é hora de ir para a escola. – Jenny ajudou a filha com a mochila. – Lembre-se do que o papai e a mamãe sempre dizem.

— Nunca falar com estranhos ou entrar em carros estranhos. – Isa sorriu correndo para o ônibus.

Deixando as meninas na casa da baba, que agora se recusava a ir até a casa dos Gibbs e com certa razão depois do que aconteceu, Jenny e Gibbs foram para o trabalho.

— Bishop está de volta hoje. – Gibbs disse. – Tem certeza que está tudo combinado?

— Mais combinado do que votos do BBB. – Jenny brincou. – Ela tecnicamente pensa que estará nos passando informações falsas e a gente não sabe. A gente finge que passa informações verdadeiras, mas são mais falsas que a harmonização facial do cara de Glee.

— Acho que andar com o Fornell tem deixado você por dentro das fofocas. – Gibbs sorriu. – Acho que esse final de semana vou deixar as garotas com Penelope e Derek e vamos ir naquele lugar onde concebemos Isadora.

— Eu adoro quando você pensa coisas sujas. – Jenny sorriu.

Callen sorriu ao entrar dentro de casa com um pacote cheio de corações. Ele estava com a felicidade literalmente estampada no rosto. 

— Lise? - Callen entrou dentro de casa e viu a esposa se divertindo na cozinha. - Oi. 

— Hey. - Elisa sorriu para ele e o beijou. - O que tem na sua mão? É algo que eu possa usar?

— Sim. - Callen sorriu. - Eu vi isso na loja e eu não consegui deixar de ir comprar. 

Se sentando na mesa, Elisa abriu o pacote que tinha ganhado e sorriu. Era tão perfeito como ele a conhecia.

— Eu adorei. - Elisa olhava para a bolsa de oncinha em forma de coração e sorriu. - Eu vou usar. Assim como eu vou usar outra coisa. 

Callen olhou para ela, tentando entender o que ela estava falando, mas no segundo seguinte, Elisa o deitou sobre a mesa da cozinha. 

Felizmente as crianças já tinham saído, porque seria muito engraçado tentar explicar porque o pai deles estava algemado sobre a mesa apenas de meias. 

Enquanto isso, Bishop se adaptava ao novo escritório. Quando ela saiu eram apenas três baias, quatro com a de Gibbs. Agora o escritório era uma mesa grande com espaço e pouca privacidade.

— Nós melhoramos esse lugar. – Penelope Morgan disse. – Agora eu lidero meu próprio esquadrão nerd.

— Poxa, legal. – Bishop tentou não bocejar. – Erm, onde eu me sento?

— Ah, a mesa dois ainda tem vagas. – Penelope apontou para um espaço. – Chamamos essa mesa de espaço de trabalho. Aqui as pessoas trabalham de verdade.

— Ah, está bem. – Bishop deixou a caixa com suas coisas cair com um baque na mesa. – Então, como vão as coisas por aqui?

— O mesmo de sempre. – Pen havia tido aulas com Callen. – A gente nem sequer sabe coisas e quando descobrimos elas já evaporaram. Mas temos um grupo de fofocas.

— Do escritório? – Bishop estava começando a se interessar.

— A gente fala principalmente sobre o quão Robert Downey Jr é gato e fica babando pelo ator que faz o Dr Strange. – Pen sorriu. – Nós nos chamamos de Strangers.

— Bem interessante. – Bishop revirou os olhos e ligou o laptop. – Vocês mudaram o sistema da agência?

— Sim, mas acho que podemos falar disso depois. – Pen sorriu. – Eu vou buscar café e sei que Gibbs quer muito que eu mostre a ele onde imprime pela quadragésima vez.

Ellie suspirou, sabendo que Penelope evitou a pergunta sobre o sistema. Mas o novo era complicado demais e talvez ela devesse informar a Any sobre isso.

— Ela está mandando uma mensagem? – Gibbs observava do novo MTAC. – Podemos ver?

— Eu não sou amadora, Gibbs. – Penelope digitou dois comandos e o celular de Bishop foi espelhado. – Estamos dentro da câmara de Azkaban, Gibbs.

— Onde? – Gibbs perguntou.

— Harry Potter. – Jenny o ajudou. – Depois eu explico para você.

 Gibbs sorriu, balançando a cabeça. Ele estava adorando com Penelope e toda a equipe começaram a jogar um jogo com Bishop.

— Parece que a Cruella está enviando uma mensagem para a bruxa má. – Jenny disse e ganhou olhares. – Eu também posso inovar.

— Eu achei perfeita. – Pen sorriu. – “O novo sistema projetado é mais complexo. Será preciso ganhar a confiança daquela garota de novo”. Hoje não, satã.

— Any respondeu quase imediatamente. – Jenny percebeu algo interessante. – Tecnicamente ela já estaria acordada, mas parece muito mais complexo.

— Não se Any estiver nos Eua. – Gibbs viu Jenny olhar para ele e então sair para a sala dela. – Calma.

— Eu sei. – Jenny caminhou calmamente, sabendo que Bishop não entraria no MTAC sem todo mundo ser avisado. – Me ligue com o chefe responsável por falsificar mortes. Foda-se que eu não tenho permissão. Olha, se ele tentar falar algo diga a ele que eu vou usar o segredinho sujo dele. Peça para ele vestir as calças de homem e me ligar. E eu não aceito não.

Gibbs se apoiou no batente da porta e sorriu. Entrando, ele fechou a porta e beijou Jenny.

Se Ellie Bishop tivesse amor próprio, ela correria para longe de Jenny Shepard-Gibbs.


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