Shingeki no Kyojin — A Grande Guerra Titã. escrita por Sevenhj777


Capítulo 48
Ciclo vicioso.




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A guerra continuava e o conflito se estendia, originando mortes por todos os lados do cenário à esquerda. Aqueles que não se transformavam em titãs eram devorados e esmagados por eles, criando um cenário caótico e macabro. Roy, ainda em seu cavalo, puxou agilmente Lisa Manifield, que subiu na garupa e imediatamente deu corda para sair dali.

 

E lá estava o cavalo, driblando titãs enquanto soldados de todas direções gritavam por socorro, e não eram atendidos.

 

— Merda.

 

Entre os soldados que caminhavam entre as copas das árvores, lá estava Akira Ackerman, ejetando mais uma vez o gás em seu calcanhar. Seus dentes se cerraram, os olhos queimaram em chamas e segurou firme ambas as espadas, voando em direção àqueles inimigos; num giro, cortou um grupo de quatro na altura do abdômen e os jogou de altas altitudes. Eram como ratos, quanto mais Akira exterminava, mais surgiam – e tinha que se virar para esquivar dos dardos que vinham em sua direção, de tantos oponentes diferentes.

 

Enquanto o caos se instaurou em todos os sentidos na divisão oeste, a paralela seguia firme, na floresta, vagando enquanto o som abafado dos gritos chegavam aos ouvidos de seus integrantes. Ysabel sabia que algo de errado aconteceu.

 

Com curiosidade, a Gestova semicerrou os olhos e cessou os passos de seu cavalo, olhando para cima. Ouviu o estalar de uma árvore, coisa incomum quando finalmente reparou: haviam várias e várias pontes, tomadas por inúmeras sombras.

 

— Atenção! Para cima!

 

Gritou, e todos olharam para cima. Quando o primeiro dardo atingiu o companheiro ao lado, Ysabel logo o executou, com um frio corte na garganta. O mesmo se repetiu quando um segundo soldado foi atingido, executado com um tiro no peito.

 

Os mais experientes miraram os mosquetes para cima, atingindo em cheio aquelas pessoas enquanto outros erguiam os escudos para proteção própria, ou então para exterminar aqueles que forem atingidos com suas lâminas.

 

À frente, cavalos se aproximavam, liderados por Azulon. Thomas veio cavalgando ao lado, e mesmo que Ysabel contesse os disparos de cima, um exército muito superior vinha pela dianteira.

 

— Escudos! — Os soldados ergueram os escudos, protegendo, em fileira, a parte superior de praticamente todos soldados (especialmente aqueles que erguiam mosquetes). — Mosquetes! — As armas passavam pelas brechas dos escudos, disparando contra os soldados que vinham de cima. — Recuar! — Por fim, numa formação defensiva, o exército de Gestova aos poucos recuava; a massa do exército de Becker era muito superior, o que o fazia se questionar: "onde estavam os outros?"

 

Distante dali, os soldados de Becker procuravam pelo seu líder enquanto ele era confrontado, morro abaixo, por Ellie. De cabelos soltos, a de olhos azuis deixava explícito que havia cortado os fios normalmente longos, fora a massa corporal e a experiência que ganhou com exercícios de combate. Dylan Becker, por outro lado, parecia abatido, zonzo, e aos poucos se ergueu.

 

— Por que você está lutando? — Ellie indagou, firme. — Aquilo que você disse... valeu para você, não é? Essa guerra não é sua!

 

Ellie sabia muitíssimo bem, na verdade, foi a única pessoa que reparou. "Vocês vão pagar pelos erros dos seus ancestrais, é assim que esse mundo funciona", Dylan estava falando de si mesmo. Era uma guerra já acabada, concordava com isso, mas não tinha escolha, precisava lidar com as decisões de seu pai assim como seu filho, no futuro, lidaria com as suas – e eis o motivo da melancolia: o fardo de um pai de entregar um mundo devastado ao seu filho.

 

— Eu já disse, Ellie. Não temos escolha. — respondeu Dylan, erguendo-se. Respirou fundo e a olhou no fundo dos olhos. — Eu preciso arcar com as consequências de meu pai e da geração que me antecedeu, tal como as futuras arcarão com as nossas.

 

— Se você discorda, você não precisa lutar. Você é o Titã Bestial, pode recuar, se aliar a nós e destronar seu pai!

 

— Agradeço a preocupação, Ellie. — Dylan cortou a palma da própria mão. — Mas não existe outro meio. Isso é um ciclo vicioso.

 

Raios circundaram o homem de repente, e Ellie, hesitante, também cortou a palma da própria mão. Os soldados finalmente viram onde a dupla estava, mas antes que erguessem as armas contra eles, uma explosão dourada repeliu tudo e todos para longe.

 

Da fumaça e vapor, dois esqueletos emergiam do nada: o Titã de Ataque surgia mais feroz do que nunca, com os fios de cabelo na altura do queixo e com os dentes mais afiados do que antes. Os olhos eram tomados por um azul-escuro que preenchia ambos os globos quase completamente.

 

Já Dylan deu origem ao Titã Bestial, com pernas retorcidas e patas similares ao casco de um cavalo. O corpo era coberto de pelos do peito para cima, expondo os braços longos e tomados por músculos que tinha. O rosto animalesco tinha um focinho similar ao de um suíno, com alguns dentes escapando do maxilar. Os olhos eram vermelho-rubra, brilhando tão intensamente quanto uma lanterna; e na cabeça, dois chifres escapavam – muito maiores do que antes.

 

O Titã de Ataque rugiu, cerrou os punhos e avançou contra o inimigo. Com fúria, Dylan deu um único soco e Ellie se viu metros de altura do chão, voando contra a grande floresta.


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