Shingeki no Kyojin — A Grande Guerra Titã. escrita por Sevenhj777


Capítulo 37
Silêncio.




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Tão veloz quanto um raio, Akira respondeu aos gritos de Ellie rapidamente: com uma mão impediu que Wilhem sacasse sua espada, e com a outra, vingou as feridas que ele fez a Ellie, atravessando o abdômen do mais velho por um dos flancos.

 

Os dentes de Wilhem se cerraram em resposta a dor, e um fio de sangue escorreu do canto de sua boca. Em fúria, moveu-se brutalmente e deu um forte chute contra a cintura do mais novo, o repelindo contra a parede.

 

— Merda... eu te subestimei, seu maldito! — Wilhem, mesmo cambaleando e com o terno escuro se tornando vermelho, não parecia raivoso, e sim num tom de surpresa e sarcasmo. Mais um grunhido de dor e o mais velho caiu escorado na parede, sempre com um fraco sorriso no rosto. — É, acho que foi merecido.

 

Enquanto uma risada escapava dos lábios do mais velho, Ellie correu em direção a Akira, completamente destruído no chão. Certamente usou todas as forças que tinha contra aquele inimigo tão mortal, e mesmo tendo saído do hospital há tão pouco tempo, se saiu bem.

 

— Akira! Você está bem?! — indagou Ellie, eufórica. Akira estava com um dos olhos abertos, e assentiu fracamente que sim. — Precisamos cuidar dos seus ferimentos!

 

— Não. — respondeu o jovem Ackerman, ainda um pouco desnorteado. — Você deve avançar. Se perdermos essa luta, sabe-se lá o que acontecerá com Eldia. Você precisa alertar a rainha sobre o que está acontecendo.

 

— Mas...

 

— Lute, Ellie. — disse Akira subitamente, com um sorriso de canto. — Acho que é o que você diria caso a situação fosse o contrário.

 

Ellie deixou um fraco sorriso escapar, e tirou o semblante cabisbaixo da face para erguer o rosto e responder determinadamente com a cabeça. Já parecia bem, e aos poucos o vapor foi parando de sair da ferida do abdômen, já completamente recuperado. Por outro lado, a ferida da mão, mesmo não recuperada completamente, também teve o vapor cessado – sua única arma dependia de uma ferida aberta e, claro, a ausência da regeneração.

 

— Vocês dois, não se mexam. — ditou. Akira assentiu, já Wilhem apenas deixou algumas gargalhadas escaparem entre tosses de sangue.

 

Distante dali, um homem movia-se pelos esgotos ainda muito tribais da cidade de Eldia, entre ratos e todo tipo de nojeira que você pode imaginar. Seus passos acelerados se metiam em diversas ramificações, canais até então inexplorados.

 

De repente, cessou seus passos. Estava de frente a uma das entradas, tão bem protegida que a porta de ferro devia ser usada em bancos. Com pressa, William Gestova moveu-se para desbloquear a porta, mas não precisou. Um simples puxe e ela estava aberta, em outras palavras, alguém foi até lá antes dele.

 

— Eu sinto muito.

 

Uma voz soou nos ouvidos do grisalho, que imediatamente reagiu: num movimento rápido, virou-se e tomou a arma que a entidade apontava para as costas dele, que retribuiu com a mão no gatilho. Mas não atirou.

 

Era seu filho, Leopold Gestova, o homem com a cicatriz que vinha do queixo e ia até os claríssimos olhos azuis que tinha. Que tipo de pai teria coragem de silenciar o próprio filho?

 

Mas o contrário era possível. Com fúria, Leopold apanhou uma faca e se jogou contra o próprio pai, atravessando-lhe a barriga. Repetiu o movimento uma outra vez, outra e outra, até que o velho William Gestova, sem reação, caiu de frente a porta, escorado numa das imundas paredes do esgoto. 


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