Shingeki no Kyojin — A Grande Guerra Titã. escrita por Sevenhj777


Capítulo 16
Deus da destruição.




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A explosão dourada gerou vento e pressão, empurrando levemente um dos barcos da frente. Da luminosidade, o semblante de um ser titânico de quinze metros surgira, junto a um rugido metálico que mais soava como um eco abafado.

 

Os soldados, inclusive aquele homem que assumia a direção da batalha, tampavam os ouvidos. Os disparos, direcionados aos navios, atingiam o corpo blindado e caíam no chão, as explosões geradas por pólvora eram abafadas pela couraça, e ali os orientais sentiram o temor de estarem diante ao Blindado de Ferro, o escudo de Eldia.

 

Os passos do Titã Encouraçado se aceleraram, trazendo consigo um ruído metálico – talvez dai o apelido. Da fumaça, seu rígido corpo foi saindo, exibindo toda sua estrutura: o titã mantinha os músculos exagerados do homem, que nesta transformação não tinha cabelo, sobrancelhas ou barba, apenas uma aparência exótica e ameaçadora: tinha olhos que eram tomados por um dourado; com os dentes humanóides amostras, já que assim como a maioria dos titãs, não tinha lábios; por fim, não tinha pele, apenas uma couraça cor de pele dividida em inúmeras "cascas" pequenas, dispersas por todo seu corpo, escondendo sua musculatura. Ao contrário do normal, essas cascas eram realmente pequenas, mas inúmeras e com pouco espaço de uma das outras, criando uma textura muito similar a escamas de um lagarto.

 

— D-Disparem de novo! — ordenou mais um soldado oriental.

 

Era estúpido competir força ou resistência física com o Titã Blindado, que recebera mais uma horda de disparos de canhão no peito, talvez para se exibir. O atrito gerou mais um ruído metálico, e as balas de canhão perdiam força e caíam por mar, não deixando nem mesmo um arranhão na couraça.

 

Os dentes se abriram e um suspiro foi brevemente solto. O titã acelerou os passos, foi acelerando e, com enorme velocidade, se aproximando dos barcos inimigos.

 

Homens pulavam dos navios com medo, outros ficavam até o fim, mas no final, independente de com dignidade ou não, todos morriam. Com um chute, o Encouraçado refletiu uma das grandes navegações, que além de ter explodido para várias direções, desabou perto da areia que cobria os arredores do forte.

 

A Titã Fêmea não ficou para trás, se aproximando das embarcações. Com a mão cristalizada lateralmente, desferiu potentes golpes que, bem usados, faziam cortes perfeitos nas embarcações, muitas vezes divididas ao meio ou então massacradas com chutes e socos.

 

O Mandíbula, sem hesitar, usava seu porte como arma: ágil, saltou de embarcação para embarcação, depredando seus inimigos com as garras e os dentes rígidos. Só seu tamanho era o suficiente para deixar os navios instáveis, mas fazia questão de afundar suas unhas na madeira para fazê-los afundar vagarosamente, claro, arrancando os canhões de cada um deles.

 

Numa das embarcações eldianas, aquele homem novamente observava a situação, inexpressivo. Um dos seus homens se aproximou célere, questionando:

 

— Capitão Ackerman! — O homem olhou de canto para o soldado. Realmente preferia ser chamado pelo nome — O balão está pronto, "ela" já está partindo!

 

Ao ouvir os dizeres do soldado, o agora revelado Ackerman assentiu positivamente, dando as costas para o combate e olhando, desta vez, o navio da traseira.

 

— Ela também é minha superior. Se ela quer ir agora, então o certo é ir agora. — suspirou fundo.

 

De uma das últimas embarcações, uma presença inusitada: um balão com a bandeira de Eldia estampada começava a se preencher com ar quente. Era basicamente uma estrutura similar a um pequeno barco de porte pra duas pessoas, feita inteiramente de metal e presa ao balão. Havia uma estrutura metálica ao centro, onde um minério azulado entrava em combustão e enriquecia o balão com ar quente, o fazendo voar; também haviam ramificações, canos presos a cilindros de ar que se dispersavam entre os quatro cantos da estrutura.

 

Seja lá qual minério era aquele, era muito mais produtivo que o carvão. O balão, enriquecido com ar quente, assumia grandiosas altitudes mesmo carregando uma estrutura pesada de metal, engenharia de última ponta para manter uma estrutura tão rígida menos densa que o ar – algo também aplicada às grandes navegações.

 

Ao assumir uma grande altitude, os famigerados cilindros de ar entraram em ação: o da traseira era usado para empurrar o balão para próximo ao forte asiático, e o da frente para equilibrar e evitar que a estrutura torna-se instável.

 

— O que estão tentando fazer...? — perguntava-se um dos superiores orientais, vendo o balão passar a muralha e adentrar o forte. Ele não parecia estar equipado com nenhuma arma.

 

— Senhor, nossos canhões e mosqueiros não têm alcance para atingir aquele barco voador!

 

O superior olhava para o balão com estranheza... o que diabos queriam com aquilo? De cima da muralha, tinha visão ampla do que acontecia em mar: estavam recuando. Tanto os titãs quanto os barcos eldianos davam meia-volta, deixando apenas a carcaça dos navios orientais para trás.

 

Foi quando a ficha caiu. Os olhos se arregalaram e ele ordenou.

 

— RECUEM! RECUEM TODOS!

 

Mas era tarde. Do balão de ar quente, Ysabel Gestova surgiu. Com os cabelos ao vento, sentia aquele ar rarefeito, o forte em pânico com sua presença, e dava um sorriso.

 

E pulou.

 

Os soldados entraram em pânico, tentavam recuar todo forte, mas àquela altura, seria impossível.

 

Os titãs de Eldia recuavam junto às embarcações, temendo que fossem afetados pelo que viria.

 

Em queda livre, um grande corte na palma da mulher começou a expelir relâmpagos dourados, que imediatamente tomaram conta de todo seu corpo. Um flashe foi crescendo em seu peito, logo escapando luzes dos seus olhos e boca.

 

E então, ele surgiu.

 

A luz tornou-se mais intensa, e quando viram, uma grandiosa explosão cobriu grande parte do forte, levando cada armamento, cada quartel e cada soldado consigo.

 

O vento e a pressão empurraram os soldados que estavam na muralha, que inclusive rachou. A explosão se elevou, agora restando apenas um estrondo que se recusava a sair do ouvido dos combatentes e uma fumaça que se erguia no formato de um cogumelo.

 

E dentro dessa fumaça, a sombra imponente de uma criatura colossal, com cerca de sessenta metros. Era um bicho bizarro, expondo puramente sua carne e músculos, com algumas frações dos seus ossos também amostra na cabeça e na mandíbula. Os olhos eram assustadores, brilhavam em carmesim e pareciam mortos, inexpressivos. Os braços eram bem magros em relação ao corpo, chegando próximos ao chão.

 

O titã ergueu a cabeça, abriu a bocarra e deu um rugido, tão alto que o chão vibrou e um pedaço da muralha desabou ao mar.

 

Aquele era o deus da destruição.


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