Shingeki no Kyojin — A Grande Guerra Titã. escrita por Sevenhj777


Capítulo 15
Poder esmagador.




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— Eles estão chegando!

 

Os militares orientais estavam visivelmente abalados, graças a uma ameaça grandiosa que se aproximava pelo mar.

 

À frente, distante do grande forte inimigo, as tropas de Eldia vinham em dez grandiosos navios de madeira – um número estranhamente pequeno, se considerarmos que Eldia tem quase todo poder bélico do mundo consigo.

 

O mar seguia firme num largo canal de um rio, que passava entre duas densas florestas. Cobrindo esse canal, haviam duas torres defensivas, uma em cada lado, na fronte do grande forte militar, no único caminho acessível para chegar até ele.

 

— Eles nos pegaram... isso explica a embarcação que desapareceu no caminho até um dos postos de Marley... — um soldado oriental dizia, trêmulo dentro de uma das torres.

 

— Sim, mas temos a vantagem por estarmos na defensiva. — Afirmou um segundo soldado, muito mais otimista. — É nossa chance de finalmente ter uma vitória após milênios de opressão! Vocês ouviram os membros da resistência? Eles foram capazes de derrotar um dos nove titãs originais! Nós também podemos!

 

O homem ergueu seu fuzil, e inúmeros soldados orientais gritaram em resposta. Carregavam arcos, flechas, bestas, barris de pólvora, sacos de óleo e todo tipo de arma para ambas as torres, enquanto os navios vinham se aproximando vagarosamente pela água.

 

Não só isso, navios orientais também vinham da frente, protegendo o grande forte.

 

Num dos barcos eldianos, um homem analisava friamente a situação, enquanto os soldados enchiam os canhões e preparavam os mosquetes. Era um homem alto, branco, de olhos castanhos e com cabelos negros levemente ondulados na ponta, que não passavam de seu queixo.

 

Ele suspirou, pondo seu pé sobre uma das beiradas do navio e analisando as torres inimigas, que em alguns segundos teriam alcance para atingi-los.

 

— Tolos. — disse, abrindo um sorriso de canto.

 

Um sinalizador branco saiu do navio da frente, em direção aos céus.

 

— O que isso significa? — indagou um dos orientais.

 

— Talvez estejam pedindo bandeira branca!

 

Estavam errados, e descobriram isso da pior forma. Um raio caiu na floresta pela direita, e outro pela esquerda, sendo o segundo seguido de inúmeros flashes amarelados.

 

De repente, entre a fumaça, o semblante de um titã de médio porte surgiu: o Titã Mandíbula. O monstrengo tinha entorno de sete metros, andava quadrúpede e tinha uma aparência exótica; era nitidamente feito de carne, mas seu rosto mais parecia ser feito de algum tipo de metal, graças ao endurecimento esbranquiçado que lhe cobria. Os olhos brilhavam em um forte tom dourado, a mandíbula era levemente avantajada para frente, exibindo os dentes da frente na ausência dos lábios, eram todos canídeos. O cabelo, loiro, era até que longo, chegando a altura do queixo.

 

Atrás do "pequeno", uma enxurrada de titãs irracionais o seguiam, como se ele também fosse uma presa. Os soldados, em estado de choque, viraram seus canhões para os titãs e foram disparando.

 

Dois caíram por terra, mas toda munição usada contra o mandíbula era jogada no lixo, pois ele saltava em ziguezague e escapava de todos os tiros.

 

— Ele é um racional?!

 

Mal tiveram tempo para perguntas estúpidas.

 

As unhas do Mandíbula saíam de seus dedos subitamente, como as garras de um gato. Eram rígidas, grandes e pontudas, feitas unicamente de endurecimento.

 

De repente, o ser titânico saltou, fincando suas unhas na estrutura para poder escalar e manter-se firme na parede.

 

Os canhões viravam para ele, mas tudo em vão. Ele saltava e escalava como um macaco faz nos galhos de uma árvore, escapando dos disparos com duas habilidades chave: agilidade e inteligência.

 

Mais um último salto e lá estava ele, no topo da torre. Abriu a enorme bocarra e ali os soldados tiveram certeza que não saíram vivos: eram inúmeros dentes afiados, que preenchiam quase toda extensão de sua boca.

 

Como se fosse papel, mordeu um grande pedaço da torre e destruiu com seus dentes, incluindo pessoas, concreto e até mesmo armamentos. Os soldados não tinham o que fazer senão gritar.

 

E então o titã os deixou para trás, após destruir as estruturas de suporte com suas próprias garras, como se fosse papel. Sem outra escolha, a torre caiu, e pouquíssimos soldados sobreviveram à queda.

 

A nuvem de poeira foi abaixando, e um único soldado se erguia. A maioria agonizava no chão com membros esmagados por detritos, isso quando ainda podiam gritar e gemer.

 

— Pessoal...

 

O homem buscava por alguém com vida. Quando a poeira abaixou, ele desejou estar cego; inúmeros titãs estavam à sua frente, salivando pela sua carne.

 

Ele gritou, correu e tentou escapar. Mas falhou.

 

Um de três metros correu até ele, e com prazer, abocanhou um de seus braços.

 

— Mãe! Mãe, por favor!

 

Outro agarrou sua perna.

 

— Por favor, me ajuda! Me salvem!

 

Os titãs não tinham ouvidos para ele. Um puxou da frente, outra por trás, e no final, aquele único homem serviu de alimento para os dois – pelo menos o tronco para um e as pernas para outro.

 

Do outro lado, na torre vizinha, a situação era tão precária quanto. Uma titã de catorze metros lá estava, a Titã Fêmea. Era um ser titânico que mantinha as características femininas de sua portadora, com mais naturalidade e intensidade que o Titã de Ataque de Ellie. Tinha seios levemente avantajados, uma cintura afinada e um quadril um pouco mais largo; pele cobria-lhe em algumas partes, mas em outras (como os arredores dos olhos, a lateral de sua cintura, a parte traseira de suas pernas e mãos) era somente músculos. Tinha lábios grossos, mas na lateral das bochechas, apenas alguns filetes de músculo seguravam sua mandíbula, expondo seus dentes enfileirados de maneira bem similar a de um humano. Por fim, tinha olhos marcantes de tom azul-claro, e um longo cabelo ruivo que chegava até a altura de seu quadril.

 

Tão rápida quanto o Mandíbula, a Titã Fêmea estava com um de seus braços coberto por uma rígida camada de cristal, e à sua frente, o rastro de destruição de seu poder: a torre estava, literalmente falando, partida ao meio. Agora, só restava alguns canhões e cadáveres entre os detritos da parte que desabou, enquanto a outra era apenas um pilar inutilizado agora.

 

Os navios puderam passar em segurança, se aproximando do forte. Agora, os navios orientais preparavam uma leva de tiros de canhão, enquanto, nos muros do forte, catapultas eram posicionadas.

 

Do lado da Titã Fêmea, um único homem passava, coçando sua barba ruiva. Ulrich parecia otimista, descartando sua tão famigerada garrafa de bebida, já vazia. Um sorriso largo foi aberto, uma faca deslizou por sua palma e deixou um único filete de sangue escapar.

 

— Essa é minha!

 

Os canhões dispararam contra a força militar de Eldia, junto as catapultas. Ulrich, otimista, saltou na frente dos disparos, e simultaneamente se viu rodeado de raios dourados.

 

E de uma explosão de relâmpagos, o semblante do Titã Blindado surge. 


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