A Viajante - Decidida escrita por AliceCriis


Capítulo 5
4 – De volta aos costumes


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por todos os comentários leio todos SEMPRE

Bem vinda Andy, e thaanks pelo comentário.



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DEDICADO Á MITYY, PRA AUMENTAR SEU ASTRAL, QUE EU DIMINUÍ NA ULTIMA POSTAGEM DE C&P :P

 

 Cheguei em casa por volta as onze da noite... meu pai estava roncando feito um urso hibernando no sofá da sala, com seu livro de sei-lá-o-quê caído em cima de sua cara. Meu pai não costumava me deixar sair tão tarde assim... então ele apenas culpava a Roo a presença de cabelos brancos em meio á seus lisos fios castanho-negro. Apaguei a luz da sala, retirei o livro caído em cima da cara do meu velho, e cobri-o com uma manta qualquer. Em seguida, fui para a lavanderia lembrando-me do único com souvenir que eu trouxe das férias em Vancouver – uma caixa de moedas da Renascença italiana...

 Bem, como eu fiz para conseguir esta caixa de medas, você deve estar se perguntando... Bem, isto envolve a parte em minha não tão normal adolescência...

 Me deixe explicar, ok? Eu sou uma viajante. É. Exatamente. Uma viajante. Posso simplesmente me deslocar de tempo ou espaço. É isso que eu faço. Simples assim... ou talvez  nem tanto. Há tantas coisas entre essas simples palavras! Caramba, isso me dá uma tremenda dor de cabeça... E tantas coisas estariam confusas – mais do que já são – se não fosse vovó Sweet. Ela também é uma viajante. Ela acha, que de alguma forma, isso é de família. Que ela passou para mamãe, porém minha mãe não manifestou tais resultados, porém surtiu efeito em mim. Vovó estuda bastante os arquivos de Orion. Sim. Orion.

Orion é basicamente, o lugar onde mora o subconsciente de cada alma humana viva. E apenas os “viajantes” são capazes de acessar corporalmente e extra-corporalmente – assim como as viagens no tempo. É tudo tão complicado! Quando você vai para Orion, você simplesmente pode manifestar qualquer coisa. Qualquer mesmo. E Orion não tem uma aparência clara... ele é o que você mais quer que seja. Bem, como posso explicar... Orion revela o ambiente que está em seu desejo subconsciente. Então, este lugar é acessível para qualquer “viajante”. O lugar pode ser comparado á um sonho – porém, aos “viajantes” ele pode ser controlado, diferente de qualquer um humano normal. Orion tem um sábio – do qual é responsável por ensinar aos viajantes e coisa e tal;

E é em Orion, onde o viajante descobre a sua outra vida. Sim. Você leu certo. Todo viajante possui vida em outro tempo, ou seja, ele é de duas épocas diferentes. Eu por exemplo, descobri que pertenço á Renascença italiana. Sim. A época de saias balão – que deixavam os traseiros das pobres mulheres cem vezes maiores do que realmente eram. É difícil me imaginar em meio á tudo á aquilo. Mas de uma forma estranha, eu gosto de todo aquele estilo. E de certa forma, eu trouxe aquelas moedas do século XIV – realmente, eu precisei de várias visitas para conseguir seqüestrar todas – para o presente. O processo de trazer objetos do passado para o presente, ou do futuro para o presente, é extremamente cansativo. Quanto maior o objeto que você está trazendo consigo, maior é a energia corporal que você gasta para manifestar o tal objeto.

Simplesmente, depois de pensar tanto nisto e em como é complicado e cansativo viajar entre o tempo e o espaço, larguei minhas sacolas e a caixa de moedas em cima de minha cômoda, e me joguei na cama. Eu finalmente queria curtir minha cama, depois de várias semanas, enfiada em uma van apertada e com dois caras.

Mesmo que eu soubesse que eu iria para Orion quando eu dormisse, eu iria dormir mesmo no meu sonho. Então, deitei-me na minha cama, e fechei os olhos e concentrei todas as minhas forças para dormir.

Quando eu percebi, eu já estava sonhando. E como de costume, Orion era o mesmo canteiro de lavanda, que me relaxava em todos os sonhos.

 - Hoo! – eu escutei uma doce voz gritando meu nome, e como nas cenas de filmes, eu vi minha avó correndo em câmera lenta, de braços abertos e em minha direção.

 - Vó! – sorri, e fiz o mesmo que ela. E quando vi, estávamos juntas.

 - E como está a sua coleção de moedas? – ela pediu me afastando um pouco, e manifestou um sofá. Do qual já estávamos usando, em meio ao campo de lavanda.

 - Consegui todas as seis, vó. – sorri e dei de ombros.

 - Andei olhando para Augustine. – ela riu alto. E chacoalhou seus cabelos que tinham um tom de cinza prateado. Minha vó era linda. E poderia ganhar de qualquer modelo de passarelas de olhos fechados. Ela era magra e tinha uma aparência amigável e jovial. Parecia ter no máximo dos extremos, cinqüenta anos. Porém ela tinha bem mais que isso – eu sabia – mas ela mantinha sua idade em segredo. – Augustine tem a personalidade muito forte, como uma garota que eu conheço, não acha?

 Vovó se referia á mim.  Bem, talvez. Ela se referia ao meu eu no século XIV, para ser mais precisa, ano de 1333 – na antiga Itália.

 - Acho. Acho sim, vó. – sorri, fazendo meus dentes se exporem.

 - E como foi no shopping? – minha vó pediu, materializando um par de xícaras e muffins.

 - Comprei algumas coisas novas. – dei de ombros sem muita importância.

 - E como andam suas viagens? – pediu ela, levantando sua fina e delicada sobrancelha, acima de seus olhos cinzentos. – Anda praticando?

Nesse negócio de ser um viajante, é bem estranho. Você pode ir pra quando e onde você desejar. E bem, quando eu digo “onde”, quer dizer que além de você poder sair de Jacksonville em 2010 e ir direto para a Itália em 1333, você pode sair do presente, para o presente. Algo como nos X-MEN... acho que o cara que faz isso chama de tele-transporte, ou algo assim... E é útil. Bem útil. Porém, você acaba usando sua energia para isso...

 - Ah... só pude ir para assumir Augustine, durante o sono. – deu de ombros e mordisquei um dos deliciosos bolinhos imaginários. – Não tive muita privacidade, no Canadá. – comentei rabugenta, e minha vó limitou-se a rir de mim, com seu sotaque italiano falso.

 - Vá até minha casa amanhã pela tarde... – ela avisou, se levantando. E presumi que aquele sofá desapareceria á alguns segundo, e fiz o mesmo. – você pode querer aprender umas coisas novas... – ela piscou para mim, me deixando com curiosidade.

 - Do que está falando, vó? – perguntei, com meus olhos verdes fatigando informações.

 - Nos falamos amanhã, meu doce. – ela soprou um beijo e desapareceu. E eu estava sozinha naquela imensidão do campo enorme de lavanda. E com um espasmo de cansaço em meu corpo espectral em Orion, desejei apenas fechar meus olhos e dormir. E foi isso que aconteceu.

 


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