CAPÍTULO 3

Sua língua encontrou-se com a minha, diante a um choque de eletricidade que percorrera a minha coluna. Ferozmente, nossas língua dançaram uma bela dança. Movimentávamos rapidamente, mas ao mesmo tempo delicadamente. Eu queria continuar essa melodia, mas senti uma mão puxar o meu ombro rapidamente.

- Olha o que você está fazendo, cara! - Berrou o Chaz indignado, ainda machucado.

- Eu falei que eu ia arracar, no mínimo, um beijo dela! - Disse o Bieber vitorioso. O olhei com ravia e guspi no chão da escola, diante de todo mundo.

Senti meus olhos marejarem perante tal afirmação. Um beijo que não valera nada, que não fora nada mais do que um tesouro para alguém.

- SEU CANALHA, DESGRAÇADO! - Gritei totalmente fora de mim, dando um tapa em sua face. Um estalo ecoou pelo corredor devido ao atrito de minha mão em seu rosto. um coro de surpresa escapou das bocas das pessoas que nos cercavam e vi o Justin me olhar incrédulo.

Saí marchando dali, sem querer tocar mais naquele assunto. Encabulada devido aos inúmeros olhares, fitei os meus pés enquanto andava. Logo na primeira semana, já me acontece tudo isso! De uma cidade grande e parada, vim para uma cidade pequena e movimentada!

As minhas aulas não passara de fofocas e diversos olhares que me lançavam. Kate e Caitlin pareciam felizes com a atitude que eu tomara. Era como uma vingança a elas. Letícia estava quase enfartando quando descobriu a nossa notícia. Veio incrédula até mim e me arrancou todos os detalhes.... Inclusive do beijo.

Não pude deixar de falar a verdade, revelando o quanto eu gostei daquele beijo. Porém, deixei claro o meu desafeto pelo Bieber. Afinal, eu havia sido usada por ele!

(...)

O fim de semana aproximou-se rapidamente e, durante a sexta-feira, não se falara em outra coisa além da grande festa na casa da Kate. Eu notei como Letícia estava enganada a repeito de Kate. Ela não era nojentinha ou esnobe, apenas convivera assim antes de sentir a dor de uma traição. Ela apenas era assim devido a uma pessoa: o Bieber.

Eu estava resolvendo com que roupa eu iria, pois já era sábado, até que Letícia me liga eufórica.

- Nem sabe, miga! Eu descobri que será uma festa na piscina! Essa festa promete! - Exclamou e, não contendo a empolgação, deu um gritinho agudo.

- E? - Perguntei, não entendendo tal empolgação.

- Hello! Piscina é igual a tanquinhos! Imagine aquelas definições em alta qualidade! - Disse eufórica, ao se referir às barrigas dos meninos. Revirei os olhos e falei em um tom melancólico.

- Eu não estou com muita vontade de ir à festa.

Um silêncio permanceu do outro lado da linha, até um som estridente interrompê-lo.

- COMO ASSIM? - Gritou indignada.

- Eu não queria encarar o Bieber depois do tabefe que eu dei nele. E com o Chaz nem há clima. Poxa! Eu nunca havia falado com o menino. Nos beijamos em público, depois beijo o melhor amigo dele no meio da escola inteira e você quer que tenha clima? Estou me sentindo como uma vadia! - Choraminguei triste.

- Não fique assim, Mel. Olha, vá na festa e se anime! Aposto que um gatinho vai dar em cima de você e assim você esquece aquele incidente. - Propôs Letícia.

Concordei através de um sussuro e me arrumei para a festa. Afinal, já eram oito horas da noite e às nove começava. Minha mãe já havia concordado, alegando que eu precisava me enturmar, além de que eu quase nunca saía para festas. Essa era uma boa opurtunidade!

Coloquei um biquini em tons azul-esverdeado e me olhei no espelho. Eu estava em forma, até um pouco magra demais, além de que reparei minhas curvas aumentarem. Eu sorri ao me ver no espelho e notei um roxo no meu braço. Eu sabia quem havia sido o agressor e adivinhe! Começa com "J" --'

Coloquei um vestido bege que ia até metade da minha cocha, por cima do biquini. Calçei uma rasteirinha e arrumei o meu cabelo. Apenas o penteei e o prendi em um rabo de cavalo. De acordo com a minha mãe, meu rosto era fino e prendendo o meu cabelo, destacava o seu formato. Ela dizia que eu herdara isso de meu pai. Sempre tocava no nome dele, mesmo isso a aborrecendo. Nunca entendi porque fora tão presa a ele, porém eu buscava ignorar, ou apenas conter a minha curiosidade.

Minha mãe me viu descendo as escadas e bateu palmas.

- Você está linda, querida. - Comentou. Sorri em retribuição e fomos para o carro. No caminho, reparei que uma música desconhecida, para mim pelo menos, tocava no rádio. Aumentei o som e a ouvi.

A voz era tão melodiosa e calma. Tocava com amor e, em cada palavra, era contida uma emoção diferente. Uma voz rouca as pronunciava, mas a rouquidão só proporcionava um ritmo maior à musica.

A letra era perfeita. Descrevia algo tão descuidado pelas pessoas: o amor. Por que alguns não amavam como deveriam? Eu nunca entendi isso, e o cantor parecia concordar.

- Esse pessoal foi o "Cavaleiro Negro" cantando a nova música que ele compôs. Vamos torcer para você conseguir um emprego fixo logo. Muitos fãs de Stratford estão torcendo para isso. - O narrador exclamou animado.

- Bem, eu amo todos os meus fãs, mesmo não sendo muitos. - Uma voz conhecida respondeu. Eu conhecia a voz, mas não sabia de onde. Um sentimento estranho preencheu o meu peito, mas resolvi ignorar.

Chegamos rapidamente à casa de Kate. Eu a fitei de queixo caído. Como alguém poderia ter tanto dinheiro assim? A mansão era enorme, toda em tons cremes e pastéis. Haviam grandes sacadas e vidros, dando uma ideia de casa-na-floresta. O pátio ficava lá atrás, de onde um barulho de música ecoava.

- Boa festa, filha. - Minha mãe disse com uma face de preocupação. Deduzi ser por diversos rumores de bebidas e drogas em festas adolescentes. Dei de ombros e entrei na casa.

Uma senhora me recepcionou simpaticamente e apontou o jardim. Segui uma trilha de penduricalhos em meio às árvores, até chegar em um espaço iluminado por tochas.

A piscina possuia uma pequena cerca de bambus ao seu redor, que, assim como o resto, estavam com tochas. A luz do luar ajudava a iluminar o ambiente, dando um toque especial ao lugar.... Dexando-o mais romântico.

- Melissa! - Kate gritou ao me ver. Ela estava com um vestido curto preto, que combinavam com os seus cabelos.

- Oi, Kate. - Murmurei. Uma corrente fria percorreu o ambiente e, não sei porquê, fitei a entrada. Me virei e fitei-a, logo apareceu o Bieber com um violão. Voltei novamente à minha posição e ouvi um gritinho agudo... Letícia!

- Que festa maravilhosa! - Gritou ao entrar na festa. A olhei e ela sorria com um largo sorriso estampado no rosto.

- Espero que esteja gostando. - Returquiu simpaticamente Kate, que dançava na pista em uma música tocada pelo DJ.

A festa seguiu sem promenores e eu já havia bebido alguns goles, além de me esbaldar na pista. A música que tocou a seguir foi Rude Boy da Rihanna [Video:http://www.youtube.com/watch?v=e82VE8UtW8A] e me esbaldei na pista.

- Come on Rude boy, boy. Is you big enough? - Falei, totalmente maliciosa, enquanto colocava um dedo em minha boca e dançava sensualmente até o chão.

Todos me olhavam surpresos, mas eram assim as festas em Nova York. Não sei porque me olhavam assim! Deveriam ser apenas onze da noite, então muita festa ainda rolaria.

Tomei outro gole da Vodka que compraram, pois deixava menos cheiro na boca. Eu dançava loucamente até o chão, enquanto rebolava feito uma louca vadia. Eu estava totalmente fora de mim e já nem enxergava três palmos a minha frente.

- EU AMO ESSA MÚSICA! - Alguém exclamou, enquanto a música Liberty Walk, da Miley Cyrus, começava a tocar. Enquanto eu dançava, acabei caindo devido a bebedeira.

- Meu Deus, toma cuidado, McCartney! - Ouvi alguém exclamar e me ajudar a levantar.

- Eu te acho um gatinho. Me morde? Miau! - Falei, imitando o barulho de um gato. Eu estava totalmente fora de mim, sem noção das coisas, ou mesmo das pessoas.

- Fala sério, Melissa! Olha o seu estado! Vem, vamos ao banheiro. - O menino que eu não reconheci devido a imagem embaçada, sussurou.

- Mas eu gosto dessa música! - Relutei, querendo dançar.

- Vem logo, garota! - Disse escroto.