Insônia escrita por Babydoll


Capítulo 51
Nós contra o mundo


Notas iniciais do capítulo

Galera, pra quem o leu o cap passado tipo, na hora que eu postei, quero dizer que tinha um erro... Tia Sabine sabendo demais das coisas kkk mas eu corrigi depois. Vocês vão entender o que era depois de ler esse cap aqui.

E também sobre o cap passado + o episódio Efêmero, QUEM MAIS SURTOU COM A JEANNIE APARECENDO?? GENTE, TO CHOCADA ATÉ AGORA! Eu postei o cap dia 04/11 e o ap saiu dia 07/11 hahaha. E não, eu não trabalho na Zag foi só o meu dom de vidente agindo de novo, igual aconteceu com Sonhador 2.0 e o ep Sentibolha.

Enfim, quem leu o capítulo 50 ANTES de ver o episódio Efêmero, espero que tenham surtado comigo kkk foi muito louco.

Também quero falar no quão atencioso e sensível foi da parte dos produtores em construir o amor da Marinete no episódio Efêmero. Quando ela descobriu que o Chat era o Adrien, ao invés de cair de amores por ele de cara, aconteceu o contrário. Ela disse "eu gosto do Adrien, não do Chat Noir". E começou a ver o Chat no Adrien, como se fosse algo ruim.Até que o inverso aconteceu, e ela viu o Adrien no Chat, na nossa belíssima cena do guarda-chuva. E isso foi como se o encanto tivesse voltado. Eu achei lindo e super maduro da parte dela fazer isso. Esperar amar o outro lado dele antes de fazer alguma coisa.

É isso por hoje pessoal.

Boa leitura!



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E toda vez eu vejo você em meus sonhos

Eu vejo o seu rosto

Está me assombrando

Eu acho que preciso de você, amor

Eu faço de conta

Que você está aqui

É a única maneira

De te ver claramente

Eu sinto sua falta

(Everytime - Britney Spears)

Acabou repetindo aquele ato mais algumas vezes. Sempre que mandavam Adrien para casa, ou seja, para a casa dos Dupain-Cheng, Chat Noir visitava Marinette no hospital.

Tom ficou um pouco desconfiado, mas rapidamente, o gatuno conseguiu ganhar o coração do homem em suas visitas noturnas.

Obviamente, apenas o casal sabiam sobre isso, já que se Alya, Nino e Luka soubessem, provavelmente o dariam um belo sermão.

Já Adrien, sentia saudades até dos sermões dela.

Ao pensar nos amigos, o loiro percebeu no quanto os quatro acabaram se aproximando nas últimas semanas. Nino levava a matéria para ele diariamente, e Alya também copiava tudo em dobro. Ela dizia que era para que a Marinette pudesse deixar tudo em dia quando acordasse, e não repetisse de ano. 

Os dois iam ao hospital depois da aula, enquanto Luka aparecia nos intervalos do seu emprego como motoboy, geralmente, na pausa do almoço e fim de expediente. Não importava o horário, o mais velho ia todos os dias. Normalmente, levava algo para Adrien, como um café ou uma revista, qualquer coisa que o fizesse se distrair um pouco.

Adrien era muito grato aos três, apesar de sentir que não demonstrava isso o suficiente.

Já os pais da Mari, quando um estava hospital o outro ficava em casa, adiantando as demandas da padaria, e por isso, Adrien nunca estava sozinho. Mas ainda assim, era inevitável se sentir só.

Ele se sentia só todo o tempo.

Deu um longo suspiro antes de entrar pelas portas duplas no hospital e cumprimentar a recepcionista, indo logo em direção ao elevador que o levaria ao andar da UTI.

Já era manhã e ele havia passado mais uma de suas noites como Chat Noir, vagando desolado pelas ruas de Paris após visitar sua amada.

Deu um bocejo enquanto as portas se abriram e estranhou ao encontrar Sabine do lado de fora do quarto.

— Bom dia querido, dormiu bem? - Ela disse assim que o viu.

Adrien a cumprimentou de volta, acenando positivo com a cabeça e abrindo um pequeno sorriso. Piscou rápido, tentando afastar o olhar de cansado.

— Por que está do lado de fora, Sabine? - Viu-a dar um suspiro cansado antes de responder, fitando a porta branca do quarto, agora fechada.

— Ah, o Dr. Leroy está lá dentro com o fisioterapeuta. Achei que seria melhor deixar os dois trabalhando. 

Adrien então se lembrou da conversa que os médicos tiveram com ele e os pais de Mari alguns dias antes.  Eles disseram que ela tinha duas semanas para despertar antes deles iniciarem um tratamento com estímulos externos, e também a fisioterapia, para que as funções motoras dela não ficassem muito prejudicadas quando ela acordasse.

Aparentemente, o prazo havia esgotado.

Desviou sua atenção quando sentiu uma mão em seu braço.

— Querido, se importa de ficar um pouco com a Marinette enquanto vou tomar um café?

Os olhos puxados de Sabine estavam mais inchados que o normal hoje. 

Adrien a entendia completamente, sentia que seus próprios olhos deviam estar da mesma forma, ou então, piores. A rotina no hospital não era nada fácil. Além das noites mal dormidas, havia sempre a tensão de que algo de ruim pudesse acontecer a qualquer momento, então, ninguém nunca relaxava por completo.

— Claro, pode ir tranquila, ficarei aqui. 

—Obrigada. - A mulher lançou um sorriso gentil antes de sair.

Adrien tirou a mochila do ombro e a colocou no chão ao seu lado. Tombou a cabeça sobre a parede lisa e fria e respirou fundo para relaxar. A ideia de Marinette ter que passar por outros procedimentos o deixava ansioso.

 Em poucos minutos, a porta foi aberta e reconheceu Jean Leroy saindo do quarto.

O médico bondoso lançou um sorriso amigável antes de partir. E por mais que Adrien gostasse dele e quisesse retribuir com simpatia, ele simplesmente não tinha mais energia para isso. Apenas viu o médico desaparecer pelo corredor antes de pegar sua mochila e entrar no quarto.

A derrubou no chão novamente ao constatar quem era a outra pessoa no cômodo.

Adrien olhou assustado para o pequeno homem que estava ao lado do leito, segurava um dos braços de Marinette e fazia algo parecido com uma massagem.

— M-Mestre Fu?

O loiro fechou a porta rapidamente, como se a presença do chinês fosse um grande segredo que ele devesse guardar.

— Olá Adrien, como é bom vê-lo. Apesar de ser nessas circunstâncias. - Disse de forma calma, enquanto depositava o braço de Mari novamente sobre a cama.

— Como veio até aqui? D-digo, como soube da Marinette? - Caminhou até ele a passos rápidos. - Eu sinto muito, não consegui contactar o senhor antes.

Fu fez um sinal com a mão, interrompendo as desculpas do garoto.

— Estou sempre de olho nos meus super-heróis, meu jovem. Quando notei o sumiço de vocês, assim como o não retorno dos outros miraculous, pedi para Longg investigar. - O pequeno kwami de dragão apareceu ao lado dele, fazendo uma reverência para o garoto, que prontamente, retribuiu. -  Infelizmente, demorei para encontrá-los pois nenhum dos dois estavam em casa. - Mestre Fu então olhou para Marinette desacordada, e deu um pequeno suspiro, como se vê-la ali, como se ele compreendesse agora o porquê do desaparecimento dos dois. - Felizmente, Longg o viu como Chat Noir à duas noites atrás e o seguiu até aqui. 

— Deve ter se assustado bastante ao saber sobre a Marinette. - Adrien se dirigiu até a poltrona em que normalmente ficava, ao lado da cama, enquanto Fu continuou os exercícios, agora, nos pés de Mari.

— Assustado e também, frustrado comigo mesmo, por ter demorado tanto para encontrá-la. Eu devia ter desconfiado que algo havia acontecido e procurado por algum dos dois nos hospitais. Acho que eu só não queria acreditar que algo de ruim podia ter acontecido com vocês.

Adrien permaneceu em silêncio. De fato, várias coisas ruins haviam acontecido, em um muito curto espaço de tempo. Coisas que Fu ainda precisava saber, mas antes que dissesse algo, o homem falou em sua frente.

— Percebi que ela está usando os brincos. 

Adrien piscou rapidamente, enquanto notava a mudança de assunto, levando sua visão até as orelhas de Mari, onde os brincos de pedra preta estavam. Algumas enfermeiras já haviam tentado retirá-los ou sugerido para que os tirassem, mas o garoto sempre se opunha.

— Ah sim, Tikki sugeriu que eu colocasse nela. Ainda não sei muito bem o porquê.

Fu abriu um pequeno sorriso.

— Miraculous são mais do que os kwamis e seus poderes, Adrien. Essas joias trazem vários benefícios à seus portadores. Seja quais forem os ferimentos de Marinette, tenho certeza que os brincos estão a ajudando, de alguma forma. A pulseira de Wayzz cuidou de mim por todos esses anos.

Essa era uma informação nova, e a primeira notícia boa em vários dias, o que fez Adrien respirar aliviado pela primeira vez em muito tempo.

— Que bom, eu não sabia. - Ele olhou para a namorada na cama, sentindo uma pequena fagulha de esperança acendendo em seu peito. Levou suas mãos até a dela, pegando os dedos cálidos e finos entre suas palmas.

— Por falar em Tikki, ela está bem? 

A pergunta fez os dois kwamis escondidos na lateral de sua camisa se agitarem.

— Estou aqui, mestre. - A kwami vermelha apareceu ao lado de Adrien, tomando cuidado para ficar escondida para quem pudesse entrar pela porta inesperadamente. Plagg voou para o lado dela.

Era comum enfermeiros ou médicos aparecerem de repente no quarto, fazendo suas rondas. Por isso, Adrien decidiu que os kwamis sairiam apenas quando ele estivesse no banheiro ou qualquer outro lugar mais privado.

Assim que mestre Fu reparou que Tikki estava bem, e sendo bem cuidada, Adrien decidiu que era hora de contar à ele sobre os últimos acontecimentos desde o último encontro no museu.

— Mestre, precisamos conversar sobre o Hawk Moth. 

As mãos de Adrien foram para o colo, e ele sentiu suas palmas suando frio enquanto relatava ao mais velho sobre tudo. Que Hawk Moth era seu pai e sabia sobre sua identidade, assim como os seus amigos também sabiam agora. Tentou secar as palmas na calça jeans enquanto continuava o relato.

Tentou obter alguma reação de Fu, mas o mesmo permaneceu com uma cara concentrada enquanto continuava a realizar movimentos com os braços e pernas de Marinette. Se perguntou se essa era a fisioterapia que os médicos tanto explicaram, mas continuou o relato, contando como Ladybug havia purificado o akuma com seu corpo e sobre a possível aparição de uma antiga portadora. 

— Entendo. - Mestre Fu disse, ainda concentrado e parando os exercícios que estava fazendo. - Li alguns relatos sobre conexões no livro dos miraculous, mas nunca havia visto algo como isso em prática. Marinette realmente é, alguém especial.

Ele fez uma leve carícia no topo da cabeça dela antes de se afastar, espalhando alguns fios azulados que contrastavam com a fronha branca.

— Hawk Moth, digo, seu pai, está preso então. - Corrigiu rapidamente, olhando na direção do garoto com pesar. - Mas ainda continuarei a preservar minha identidade, afinal, Mayura ainda está a solta. Eu  já pedi para outro fisioterapeuta vir a partir de amanhã, eu só precisava vê-la um pouco.

— Sim, claro, eu compreendo, mestre. - Adrien se sentia mal ao ter relembrado de tudo novamente. Ainda era uma ferida aberta, e que estava longe de fechar. 

Abaixou a cabeça, apoiando-a nas mãos enquanto fechava os olhos, uma tentativa de não se deixar levar pelas lembranças traumáticas.

Deixou sua mente vagar até os constantes bip's que o monitor cardíaco estava sempre marcando. Eles haviam virado uma espécie de som tranquilizador para Adrien. 

Bip... bip... bip....

— Sinto muito por tudo isso, Adrien. Deve ter sido um choque e tanto. - Fu se aproximou dele, e fez um carinho em seus fios loiros. - Estarei por perto se precisar de mim. Longg estará sempre de olho. 

O garoto concordou com a cabeça, e se levantou para guiá-lo até a porta.

Mestre Fu parou na soleira, deixando o garoto confuso.

— Adrien, vai ficar tudo bem. Se você acredita que algo pode ser quebrado, então deve acreditar que pode ser consertado.

E aquela afirmação foi como um combustível para sua pequena chama de fé.

***********************************

— Não consigo Alya, ele tá sempre triste. - Nino reclamou, enquanto andavam pelos corredores do hospital a caminho de encontrar Adrien. 

A aula havia acabado e o casal estava indo fazer sua visita diária, com Nino levando a matéria do dia para Adrien copiar.

— Isso é porque não importa o que fazemos, ainda não somos ela. - Alya explicou ao namorado, que estava bastante abatido nos últimos dias por ver o melhor amigo tão mal. - Mas não podemos parar de tentar animá-lo, não é? - Entrelaçou os dedos aos dele, abrindo um pequeno sorriso, que logo foi retribuído.

Encontraram Adrien saindo do quarto, no horário habitual, no horário de banho da Mari. Era apenas nas horas de procedimentos como esses que Adrien saia um pouco do quarto e passeava pelo hospital. E como era na parte da tarde, geralmente, Alya e Nino estavam com ele. Em algumas raras vezes, outros amigos da sala dele também vinham, apesar da frequência ter diminuído com o tempo. Adrien não tinha raiva deles por isso, sabia o quão era difícil vê-la deitada naquela cama.

Ele mesmo não gostaria de ver, mas não vê-la, para ele, era ainda mais doloroso.

Os três se encontraram e foram em direção ao refeitório, escolhendo a mesa de sempre, a mais afastada.

— Eu só não entendo por que ela precisa de fisioterapia, se fica o tempo inteiro deitada! Achei que isso era apenas para pessoas que machucavam tipo, joelho, tornozelo, ombro... - Nino comentou quando sentaram.

Adrien havia acabado de explicar sobre as novas intervenções dos médicos.

— É exatamente por ela ficar só deitada que é necessário, Nino. Para os membros dela continuarem a ter estímulos, senão, quando ela acordar, mal vai conseguir andar. - Alya disse, como se fosse óbvio, e Adrien estremeceu apenas de imaginar sua princesa em uma cadeira de rodas.

Ele havia pegado um sanduíche na cafeteria, mas estava apenas brincando com a embalagem de plástico dele sobre a mesa, completamento sem apetite.

— Eu sonhei com ela essa noite. - Soltou o comentário na mesa, simplesmente, sentindo os olhares dos amigos sobre si.

— É? E o que acontecia no sonho? - Nino insisitu, mas parecia hesitante, como se não soubesse se podia perguntar isso.

Adrien abriu um sorriso triste, ainda sem olhar algum deles nos olhos, fitando o sanduíche em suas mãos, ainda intocado.

— Não foi nada. Nada de mais. Ela apenas me abraçava, estava bem, parecia feliz. Mas isso, por si só, era tudo.

O silêncio pairou sobre a mesa, e Adrien fingiu que não percebeu a troca de olhares preocupados do casal sentado à sua frente.

— Adrien, nos conte como vocês foi acabaram ficando juntos! Ainda é um mistério pra nós. - Alya desviou de assunto, falando em um tom animado, completamente diferente do clima que estava sobre a mesa.

Adrien pensou um pouco, se perguntando como poderia resumir os últimos e melhores meses da sua vida.

— Foi uma bagunça, na verdade. - Ele começou, mordendo o lábio inferior enquanto pensava. - Mari estava com problemas pra dormir e precisou de mim para fazer isso. Mas era eu como Chat Noir.

A última parte pareceu pegar o casal de surpresa, pois viu Alya espalmar ambas as mãos na mesa enquanto abria a boca em um "o" mudo.

— Chocada! Como assim? Ela nunca me contou nada! 

Adrien achou graça na reações dos dois, apesar de não ter demonstrado. Continuando a contar um pouco de como foi até a revelação da identidade dele.

— Deve ter sido uma bomba quando descobriu que eram a mesma. - Nino disse, apoiando o cotovelo sobre a mesa. - Ainda mais o cara que ela sempre foi apaixonada.

Adrien apenas sorriu pra si mesmo, lembrado dos obstáculos que ele e Mari tiveram que passar até, finalmente, conseguirem ficar juntos.

Nem reparou quando seus dois amigos trocaram olhares entre si, afinal, era a primeira vez que viam Adrien dar um sorriso aberto à dias.

Adrien decidiu não contar à eles sobre Chat Blanc, ou em como foi quando ele descobriu a identidade da sua joaninha. Talvez contasse um dia, mas por hora, apenas as boas lembranças eram bem-vindas.

— Adrien, não fique chateado, mas eu, Nino e Luka conversamos. - Alya continuou após alguns minutos, e atraiu a atenção de Adrien. - Achamos que está na hora de divulgar ao público a captura de Hawk Moth.

O garoto prendeu a respiração. Não sabia se estava pronto para fazer isso, mas os olhares sérios dos amigos diziam que não havia escapatória.

— Já passou duas semanas desde a prisão de Gabriel, então, ninguém vai suspeitar dele. Devemos contar a população de Paris, as pessoas precisam saber e não ficarem mais com medo de serem akumatizadas! - Nino parecia bastante decidido. E, infelizmente, ele estava certo. 

Os cidadãos precisavam de paz, e se libertarem da prisão de pânico que Hawk Moth havia colocado sobre eles com seus poderes.

Mas Adrien apenas crispou os lábios, enquanto fazia uma negativa com a cabeça.

— Não, não sem a Ladybug. - Ela era mais do que merecedora de fazer parte desse momento. Essa conquista era dela.

Foi quando Alya abriu um sorriso astuto.

— Mas quem disse que ela não vai estar lá?

******************************

No dia seguinte, armaram um palanque na praça em frente à prefeitura. Alya, como autora do Ladyblog, havia conversado com o prefeito e dito à ele que Chat Noir e Ladybug tinham um anúncio a fazer.

E no horário marcado, lá estavam eles.

Chat Noir apenas não havia imaginado que tantas pessoas estariam reunidas na praça para vê-los.

Para vê-la.

— Caros cidadãos. Eu e meu parceiro, Chat Noir, temos ótimas notícias para dar. Hawk Moth foi finalmente, derrotado!

A miragem disse com um sorriso no rosto, sendo seguida por uma salva de palmas e gritos de animação pelo povo.

Não que Chat estivesse os vendo.

Ele só tinha olhos para ela.

A miragem então se virou para ele, como se estivesse aguardando por alguma ação. 

Os olhos azuis eram idênticos aos dela. Mas o cheiro... Ela não tinha cheiro nenhum.

— Chat...- a miragem chamou sua atenção baixinho, levando pequenos choques ao corpo do herói ao ouvir aquela voz o chamando outra vez. - O Miraculous

Então ele se lembrou do seu papel ali.

Ergueu o braço, mostrando o Miraculous da Borboleta para as pessoas, que novamente, explodiram em gritos de alegria.

— Mas lembrem-se, ainda há uma vilã a solta. - A miragem continuou, aumentando sua voz para ser ouvida além da entusiasta multidão, apesar do microfone ali disponível.- Mayura ainda está por aí, com o Miraculous que tem o poder de criar sentimonstros. Mas não se preocupem, eu e Chat Noir continuaremos fazendo o nosso melhor para deixar vocês protegidos!

Ela terminou, abrindo um lindo sorriso, enquanto as pessoas ainda expunham sua gratidão. 

Ela era tão perfeita que era quase como se pudesse tocá-la.

Chat teve que se segurar o tempo enquanto estavam ali.

Rapidamente, o prefeito Bourgeois apareceu, aplaudindo, demonstrou sua gratidão aos dois, dando-os a deixa para ir embora.

Chat pulou para o telhado mais próximo, seguindo para onde Carapace e Rena Rouge os aguardava.

Ele pode sentir os passos dela ao seu lado, mas nenhum calor corporal vinha dela, era tudo muito estranho, e confuso.

Aterrisaram no local de encontro, um beco próximo aos arredores da prefeitura.

— Alguém seguiu você? - Rena perguntou, tensa, enquanto olhava para os lados.

O herói apenas negou com a cabeça e então, viu a heroína de raposa levantar sua flauta, já sabendo o que ela faria a seguir.

— ESPERA! - Chat Noir estendeu um braço, a impedindo de fazer o que iria a seguir. - Só... Me deixa ficar um pouco mais com ela, por favor.

Pediu enquanto olhava a cópia da sua amada ao seu lado. Ela estava apenas parada, de forma ereta. Rosto inexpressivo, e ainda sim, continuava a mais linda de todas aos seus olhos.

— Oh cara... - Sentiu a condescendência na voz de Carapace atrás de si.

Chat sentiu os ombros tensos. A vontade de tocá-la formigando em seus dedos, mas só de vê-la de novo, o coração acelerava as batidas, e ele queria aproveitar cada segundo.

— É só por uns segundos, por fav...- Então, a miragem se desfez como vento, bem diante dos seus olhos felinos. Sentiu um aperto no coração com a cena.

Ficou surpreso com o ato, enquanto o corpo dela se desfazia no ar, mas logo a surpresa deu lugar à raiva, e o herói olhou para Rena, trincando os dentes e sentindo a mandíbula rígida.

— POR QUE VOCÊ FEZ ISSO? EU DISSE QUE QUERIA SÓ UM POUCO! - Sentiu as garras de seus dedos fincando em suas palmas, tamanha a força que fazia ao fechar seus punhos. Não que ele estivesse ligando para isso no momento.

Viu Carapace engolir em seco com sua fala, mas a heroína raposa lhe devolvia o olhar de raiva.

— E DEPOIS, HEIN CHAT? - Ela aprumou os ombros e endireitou a coluna para parecer mais alta, aproximando-se dele, deixando claro que não estava intimidada. - UM MINUTO HOJE, DEPOIS CINCO MINUTOS POR DIA, LOGO VOCÊ VAI ESTAR VIVENDO UMA ILUSÃO! 

— Rena... - A mão do herói da tartaruga foi ao encontro do ombro dela, que a tirou com uma virada de corpo.

— NÃO CARAPACE! VOCÊ SABE BEM QUE EU ESTOU CERTA! 

Chat franziu os olhos com raiva, e pode sentir a piedade no olhar do Carapace, mas não se importava.

Estalou a língua dentro da boca, irritado, ficando de costas para os dois. Apesar de amar seus amigos, apenas queria estender seu bastão e sumir dali.

— Ela não era real, Chat Noir. - A voz de Rena Rouge estava doce, e baixa, completamente diferente de instantes atrás.

— E você acha que eu não sei disso? - Respondeu ríspido, sem nem se dar o trabalho de olhar para ela.

— Eu sei que sabe, mas um coração ferido pode ser facilmente enganado.

Chat respirou fundo, sentindo um nó se formar em sua garganta, a raiva se dissipando aos poucos, dando lugar à tristeza. Tudo o que ela havia dito, era verdade. Foi apenas tão bom tê-la junto à ele novamente, que apenas quis fingir, só por um momento, que tudo havia voltado ao normal. 

Que ela estava bem de novo. 

Mas se alimentasse esse desejo, quanto tempo duraria até estar afogado em uma mentira?

— Vem Chat, a verdadeira Ladybug te espera. - Carapace disse com leveza, enquanto tocava seu ombro com uma das mãos.

Sim, sua joaninha, sua parceira, sua amada, estava em um hospital agora. Essa era a verdadeira Ladybug, por mais que doesse.

Ele não se esqueceria disso, pois ela precisaria dele inteiro quando voltasse.

**********************************************

Se despediu de Alya e Nino quando se destransformaram no beco atrás do hospital. A ruiva ainda parecia um pouco chateada pelo pequeno desentendimento, assim como ele também estava, por ter gritado com ela.

Mas apesar de já terem se desculpado um com o outro, apenas o tempo melhoraria a amizade dos dois.

Adrien caminhou até as já conhecidas portas duplas de vidro do hospital Necker, quando se deparou com Luka  parado ao lado da própria bicicleta no estacionamento da entrada. Com o capacete debaixo do braço e o celular na orelha, e não parecia estar em uma ligação muito agradável.

— Eu já disse, eu tomei minha decisão. - Adrien ouviu ele dizer de forma firme para a pessoa do outro lado da linha quando se aproximou.

O azulado olhou para ele, percebendo sua presença. E apesar de Adrien achar que ele acharia sua intromissão algo ruim, viu que o rosto de Luka suavizou ao vê-lo.

— Eu tenho que ir. Mas por favor, não me incomodem mais com isso. E mande um abraço para ele. Ok. Tchau. - Finalizou a chamada de forma rápida, guardando o celular no bolso da calça e depositando o capacete no guidom. - Oi Adrien, como foi o anúncio? 

Luka havia participado da reunião no dia anterior, e apoiado a ideia de contarem ao povo sobre a captura do vilão, mas informou que não poderia participar devido ao trabalho. 

Mas de alguma forma, Adrien sabia que ele estaria no hospital hoje para conversar com ele assim que  evento acabasse. Ele estava certo.

— O plano da Rena deu certo, todos acreditaram que era ela. - Começou a narrar, enquanto os dois caminhavam junto em direção à porta de entrada.

— Deve ter sido doloroso ficar ao lado dela de novo. - Luka disse em seu tom complacente. 

Adrien tinha a percepção de que era difícil para Alya e Nino conversarem com ele de uma forma natural, como se tivessem que medir todas as palavras antes de proferí-las. Enquanto para Luka, não houvesse esforço nenhum. Ele apenas entendia o estado que a pessoa estava, seja triste ou alegre, e aceitava isso. Não tentava forçá-la a mudar seus sentimentos. 

Por isso, era sempre um alívio conversar com ele.

— Quem era no telefone? - Perguntou de repente, se assustando logo em seguida pelo sua própria intrusão. - Ah, me desculpa, Luka. É que você parecia chateado, e eu me perguntei quem poderia ter te deixado assim.

Sentiu o rosto esquentar pela vergonha, e continuou a andar olhando para os próprios pés, quando ouviu uma risada suave vir do amigo.

— Tudo bem, Adrien. Era apenas a assistente do meu pai. - Luka apertou o botão que chamava o elevador, e deu um suspiro antes de continuar sua resposta. - Ela está tentando me fazer mudar de ideia sobre acompanhar meu pai na turnê dele pelos Estados Unidos.

— O seu pai de chamou para uma turnê? Que incrível Luka. Você devia ir. - Adrien não sabia como era o relacionamento dos dois como pai e filho, mas imaginou que eles deviam se dar bem. 

Mas assim que disse as próprias palavras, percebeu que se Luka fosse embora, ele perderia um de seus melhores amigos. E sentiu uma pequena pontada de tristeza em seu peito.

— Obrigado pelo apoio, Adrien. Mas era pra eu ter saído com ele há algum tempo já. - Respondeu de forma calma, enquanto entrava no elevador que havia acabado de abrir as portas.

— E porque você não foi? - A resposta surgiu em sua cabeça assim que a pergunta genuína saiu de seus lábios. - Marinette. Você não foi por causa dela.

Sentiu os olhos de Luka em contato com o seu. Não que ele precisasse afirmar algo, Adrien já sabia que sua afirmação estava certa.

— Ela me prometeu se despedir de mim. - Ele disse, desviando os olhos azuis para as portas metálicas fechadas à sua frente. - Não vou embora antes que isso aconteça. Se ela acordar e eu não estiver aqui, eu jamais me perdoaria. 

Adrien sempre soube que Luka e Mari tinham uma amizade especial. E que mesmo com os sentimentos dele por ela fossem mais que amizade, Luka jamais ultrapassaria esse limite, a não ser que ela quisesse. Luka provavelmente estava abrindo mão de um sonho, nesse momento, apenas para estar ao lado dela, e consequentemente, ao lado dele.

— Então pode contar comigo, Adrien, por que eu não vou a lugar nenhum. - Ele finalizou com um sorriso, dando uma leve cotovelada no loiro, que foi tirado de seus pensamentos de forma brusca, e devolveu o sorriso, um pouco sem graça.

Era egoísta estar feliz por saber que Luka ficaria, ele sabia disso. Mas isso não impediu da legria vir do mesmo jeito.

As portas se abriram e os dois desceram no andar, caminhando de forma tranquila até perceberem uma grande movimentação do lado de fora do quarto de Mari. 

Adrien sentiu o coração acelerar ao ver os pais estavam chorando no corredor, em frente da porta. Apressou os passos, sentindo a presença de Luka ao seu lado.

— O que houve? - Luka foi quem conseguiu perguntar, já que o loiro estava apenas olhando para todos os lados, tentando descobrir o que havia de errado.

Sabine só sabia chorar, agarrada a Tom, que olhou para os dois garotos por cima da cabeça da esposa e juntou as sobrancelhas em um vinco preocupado.

— Oh Adrien, ainda bem que não estava aqui! - Ele disse com a voz embargada.

Foi quando uma enfermeira apareceu apressada pelo corredor, abrindo a porta de forma abrupta, dando aos dois um vislumbre do que acontecia dentro do cômodo.

— AFASTA! - Ouviu um homem gritar e seu coração falhou uma batida.

Só então percebeu que o costumeiro monitor cardíaco, agora, emitia um outro som

Biiiiiiiip

— Não, NÃO! - Adrien gritou, e tentou atravessar a porta, tendo seus braços segurados pelo amigo, que o abraçou por trás, na tentativa de imepedí-lo. - Me solta Luka! ME SOLTA!

— Me desculpa, Adrien! - A voz de Luka estava falha, como se estivesse sendo difícil falar.

Ouviu os suspiros de Sabine aumentarem, enquanto ele próprio começou a chorar e a tremer, tendo como apoio apenas o corpo de Luka atrás de si.

Não soube quanto tempo se passou assim, com o corpo curvado para frente, lágrimas quentes escorrendo pelo seu rosto, mas pareceu que foi uma eternidade, até que a porta do quarto fosse aberta outra vez.

Reconheceu o dr. Adam Florence, assim que o mesmo abaixou a máscara que usava. 

— Conseguimos reanimá-la. - Ele disse rápido, e ouviu suspiros ao longo de todo corredor. Como se todos estivessem prendendo a respiração ao aguardar a notícia.

Adrien sentiu o corpo pesar, e nem os braços de Luka conseguiram mantê-lo de pé. Caiu de joelhos no chão, dobrando-se sobre as próprias pernas, tentando respirar com dificuldade.

— Luka, leve-o para fora. - O loiro ouviu alguém dizer, não sabendo distinguir quem havia sido.

Mas sentiu o tronco ser erguido em seguida, e Luka o arrastou com dificuldade até o pátio nos fundos do hospital.

— Calma, está tudo bem! Eles salvaram ela! - Ele disse por todo o caminho, enquanto a respiração de Adrien continuava falha e pesada.

— A Mari tinha pesadelos. - Ele soltou, passando as mãos pelos cabelos de forma ansiosa, assim que se sentaram escorados em uma parede, do lado de fora. - Quando eu dormia com ela, os pesadelos iam embora. Mas agora, tudo o que ela faz é dormir, e eu tive que sair hoje.

Sentiu um peso saindo de si ao dizer aquelas palavras. Parecia bobo achar que ela teria alguma complicação, caso ele não estivesse ao lado dela, mas depois de hoje, Adrien tinha certeza que seus temores eram reais.

— Foi só uma coincidência. - Luka falou com a voz suave, visivelmente mais calmo, enquanto estava agachado ao seu lado. 

Mas Adrien apenas negou com a cabeça, olhando em direção ao amigo, sentindo a raiva crecer dentro de si, bravo consigo mesmo.

— Coincidência ela ter tido uma parada cardíaca justo no dia que eu não estava do lado dela?!

Estava levantando a voz pela segunda vez no mesmo dia. Adrien sentiu que talvez, realmente estivesse chegando ao seu limite.

Luka ficou em silêncio alguns segundos. 

— Se preocupar com isso não vai te trazer nada de bom. Está ainda viva, e é isso que importa.

Adrien não respondeu. Luka então soltou um suspiro, também deixando seu corpo escorregar pela parede até sentar completamente no chão. 

— Acho que finalmente entendi porque você não conseguiu vencer a Desperata usando o Miraculous da cobra aquela vez. - Adrien se perguntou aonde o amigo queria chegar com aquilo. Ele não tinha boas lembranças daquele dia. - Ela precisava de você, como Chat, ao lado dela.

A conclusão fez os olhos de Adrien, já vermelhos e inchados, se encherem novamente.

Usou aquela pequena quebra de assunto para respirar, e tentar organizar suas emoções novamente. Isso estava se tornando um verdadeiro desafio nos últimos dias, já que qualquer leve mudança na sua rotina pacata se transformava em um grande alvoroço em seus sentimentos.

— Eu não sei o que eu faria esses dias se não tivesse o Nino, a Alya e você, aqui comigo. Obrigado. - Ele libertou as palavras que estavam há dias, se agitando dentro dele, apenas esperando para serem proferidas. - E você é muito especial para ela, Luka. Obrigado por ter ficado. 

Achou que estava no caminho certo ao expor sua gratidão, mas viu o sorriso de Luka morrer na última frase, e se perguntou se havia dito algo errado.

O azulado desviou o olhar para o chão de pedra em que estavam sentados. Mexendo no cadarço do tênis de forma desconsertada.

— Sabe, tem dias que eu me odeio. - Adrien não sabia o que ele queria dizer com aquilo, mas ficou bastante assustado de toda forma. - Se eu tivesse chegado 1 minuto antes, talvez, eu poderia ter salvo ela. - Luka estava com lágrimas nos olhos, e pela força que estava fazendo em seus punhos, devia estar se esforçando muito para não derramá-las. - Eu a vi morrer algumas vezes, sabe? 

Ele então olhou em direção à Adrien, o sorriso triste acompanhado dos olhos azuis alagados apenas deixaram sua aparência mais melancólica. Luka fungou antes de continuar, secando o rosto com o dorso da mão.

— Não foram muitas vezes, pois acho que eu não conseguiria suportar. Mas em todas as vezes, eu senti uma dor enorme, mesmo sem saber quem era por baixo da máscara. - Ele fechou os olhos e soltou o ar em seus pulmões, como se tivesse segurado essa confissão por muito tempo, e agora, estava aliviado por soltá-la. - Acho que se eu soubesse, eu não teria aguentado.

Adrien então percebeu que estava sendo egoísta esse tempo todo. Tudo o que seus amigos estavam fazendo era para deixá-lo melhor, mas não havia percebido que eles também estavam sofrendo.

E mesmo com dor, Luka estava ali, sofrendo em silêncio e o apoiando todos os dias.

O animando e, ao mesmo tempo, se culpando todo esse tempo pelo o que aconteceu. Ouviu o moreno dar uma fungada antes de continuar a falar.

— Me desculpa, você não precisa de mais alguém derramando problemas em você. Já tem muita coisa pra lidar. - Falou, enxugando o resto de suas lágrimas de forma rápida enquanto forçava um sorriso.

Adrien crispou os lábios.

— Luka, acho que não vai adiantar nada dizer isso, mas a culpa não foi sua.

O azulado fitou os olhos verdes, analisando o rosto de Adrien, como se estivesse chocado com as palavras dele.

— Vindo de você isso significa muito, Adrien, obrigado.

Depois disso, ambos ficaram em silêncio. Apenas, apreciando a brisa fresca do fim da tarde, enquanto céu de Paris começava a ganhar tons alaranjados.

— Mari tinha razão, você é mesmo bom em acalmar as pessoas. - O loiro comentou enquanto via o sol descer no horizonte.

— Ela disse isso? - Não estava olhando para o rosto do azulado no momento, mas pude jurar que havia um sorriso presunçoso nos lábios. 

— No diário dela, ela te chamou de "calmaria na tempestade".

Ele virou para o amigo, e viu Luka deixar um pequeno sorriso nascer nos lábios antes de desviar o olhar para o céu.

— Bom, se você era a tempestade, então Marinette estava dançando na chuva.


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Notas finais do capítulo

Galera, sobre a fisioterapia da Mari, eu pesquisei bastante sobre tratamentos em pacientes em coma, e vi que isso é muito necessário, afinal, quando a pessoa acorda (se acorda), os membros podem estar atrofiados por falta de uso. E galera, no dia da minha cirurgia, parece que eles amarraram meus braços enquanto eu estava desacordada, só sei que acordei com uma DOR INSUPORTÁVEL na minha articulação do antebraço, sabe? Na parte de dentro de onde fica o cotovelo. Isso porque foram só 7h deitada na mesma posição. São sei que foi pq esticaram demais, mas enfim, não consegui esticar os braços por 2 semanas depois disso, e tinha que fazer exercícios diários com eles pra conseguir estimular o músculo. Então, imaginem uma pessoa em coma por semanas? Pois é.

É isso galera, a treta com a Alya rolou (eu só não disse no grupo que ela estaria de Rena né? hahaha senão ia estragar a surpresa). Tivemos a volta do mestre dos magos, opa, mestre Fu, sumidinho, e um ataque cardíaco básico.

Esse cap foi até leve, né?

Próximo capítulo se chama "Me deixe ir"...

Tirem suas próprias conclusões.

Vejos vocês por volta do dia 20, pois volto de viagem dia 16 e vou precisar de mais tempo pra escrever o próximo.

Beijos doces!!!



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