Insônia escrita por Babydoll


Capítulo 44
Unstoppable


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, boa noite!

Segundo, queria me desculpar novamente pela minha terrível falta esse semana. Eu tive vários compromissos, várias consultas e exames da cirurgia que vou fazer, e não consegui vir. Eu sinto muito mesmo. Espero não ter deixado ninguém chateado.

Também irei providenciar um tempo para responder os comentários de vocês, mas ja quero dizer que li todos e agradeço muito pelo carinho! Em especial aqui pela @AliineR que recomendou minha hist



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Fogo sobre fogo

Normalmente nos mataria

Mas com todo esse desejo intenso

Juntos, somos vencedores

Eles dizem que estamos fora de controle

E alguns dizem que somos pecadores

Mas não deixe que arruínem nosso lindo ritmo

Diga que me ama, e olhe nos meus olhos...

Você é perfeição, minha única direção

É fogo sobre fogo

Na imagem: "Eu nunca tive nenhum amigo. Tudo isso para mim é... é um pouco novo."

************************************

Depois da visita do Luka, Marinette se sentiu desanimada pelo resto do dia.

Sabe quando os dias são pesados e drenam completamente toda sua energia? Era assim que ela estava se sentindo.

E o que quer que tenha acontecido com Hawk Moth hoje só piorou seu estado. Ficou remoendo todos os seus passos e ações das últimas semanas. Buscou em suas memórias, lutas em que ele havia desistido do akumatizado como fez hoje. Mas ainda assim, não encontrou lógica para explicar os ocorridos do dia.

Tudo o que ela sabia, era o que seus instintos a diziam, e eles diziam para ela tomar cuidado com o que quer que o vilão estivesse planejando. Se Hawk Moth queria que eles o encontrassem, então, boa coisa não era.

Tomou um banho para se acalmar, e durante jantar, Sabine também ficou triste ao saber que Luka iria para longe. Disse que Anarka devia estar com o coração apertado e combinou de deixar uma cesta com muffins para ela assim que possível. Marinette se encantou com a bondade de sua mãe.

— E como está o Adrien, filha? Tem o visto na escola? - Tom perguntou hesitante, e a garota não sabia se era porque ele tinha medo de ferir os sentimentos dela perguntando sobre o "ex-namorado".

— Ele está bem, eu acho. - Foi tudo o que disse, não queria dar mais detalhes sobre como era difícil vê-lo na escola e fingir que ele era um estranho para ela. Por mais que essa parte não fosse uma mentira, ainda era dolorosa.

Tom maneou a cabeça e voltou a comer. Mari sabia que o pai sentia falta do loiro, mas jamais iria contra a decisão dela. A saudade nos olhos do homem a entristeceu um pouco.

Despediu-se de seus pais ao terminar o jantar, mesmo estando cedo. Ela esperava encontrar um certo gatinho já em seu quarto para tranquilizá-la depois desse dia.

E como se o felino tivesse ouvido seus anseios, lá estava ele, jogado em seu tapete, e parecia brincar com um novelo de lá que ela tinha deixado jogado no chão mais cedo, quando tentou costurar para se distrair.

— Oh, você chegou, não te ouvi! - Chat respondeu sem graça, jogando o novelo "disfarçadamente" para o lado com o pé ao se sentar. Aquilo a fez rir, junto com Tikki, que havia acabado de sair de sua bolsinha.

— Boa noite Chat Noir! - A kwami falou antes de sair pelo quarto, e Chat acenou para ela de forma envergonhada.

— Boa noite, gatinho. - Mari o cumprimentou, antes de ir em direção ao divã. Sentou-se e deu batidinhas no colchão para ele juntar-se à ela. - Por que ainda está transformado?

— Ah, como você não estava no quarto, achei melhor me prevenir e ficar assim caso algum de seus pais aparecesse. - Se explicou rapidamente, mas aproveitou que estava transformado para se enroscar nas pernas femininas e deitar no tronco dela para receber seu costumeiro cafuné.

"Manhoso demais" - Mari pensou divertida, enquanto bagunçava os fios loiros e inspirava o perfume deles em seu rosto. 

Ficaram em silêncio por um tempo, apenas curtindo um ao outro. Chat adorava isso, sentia que poderia dormir ali mesmo, naquela posição. Isso, se não fosse sua mente o atormentando para fazer uma pergunta à namorada. Algo que ele queria saber desde àquela tarde.

— Desculpa, princesa, eu não quero bancar o gato ciumento, mas eu vi o Luka aqui mais cedo, antes de ir embora para casa.

Marinette estava feliz e relaxada com Chat em seus braços. Até aquela pergunta chegar aos seus ouvidos. E definitivamente, ela não estava com cabeça para lidar com aquilo no momento.

— Ele veio me dizer que está indo embora. - Respondeu de forma prática. Chat então se sentou no divã, virando o tronco para trás para ficar de frente para ela. Uma sobrancelha erguida demonstrando sua confusão. Mari deu um suspiro e melhorou a postura para continuar a conversa. - Luka está indo embora com o pai dele, por alguns meses.

Ela nem chegou na parte em que Luka era o filho de um grande astro do rock, antes de ser puxada com força para dentro dos braços musculosos do herói.

— Sinto muito amor, eu sei como a amizade dele é importante pra você. - Marinette foi surpreendida pela ternura dele. Bem, ela sabia o quanto seu namorado era um fofo, mas não achava que ele reagiria assim sobre esse assunto em específico.

Não demorou em também passar seus braços ao redor do tronco dele, afundando seu rosto na curvatura de sua clavícula.

— Obrigada, gatinho.

Enquanto sentia o corpo quente dela contra o seu, Chat pensava que Luka esteve com ela, em momentos que ele mesmo não podia estar. E agora, com toda a mentira que estavam vivendo, temia que ela pudesse se sentir sozinha sem ele. Querendo ou não, Luka era um ótimo amigo.

O herói então foi arrancado de seus pensamentos ao ter o corpo jogado para trás, caindo com as costas no colchão de forma bruta.

— O que acha de esquecermos um pouco da conversa hoje? - Mari avançou sobre o garoto, levando sua boca em direção a boca entreaberta dele, devido à surpresa do ato. Ela começou um beijo afoito, antes de separar os lábios e levá-los até os ouvidos dele, cochichando perto demais de sua pele. - Estou a fim de me distrair. Amanhã me preocupo com nossos problemas, sim?

Chat sentiu seu corpo inteiro estremecer com aquelas palavras. E um ronronar, mais parecido com um rugido, iniciar dentro de seu peito.

Ele levou ambas as mãos até as laterais do rosto feminino e guiou para que ele ficasse de frente ao seu.

— E quem seria louco de recusar uma proposta dessas? - Ele disse divertido, e sentiu-se ainda melhor ao ver um sorriso atraente crescer nos lábios dela.

Com as mãos ainda a segurando, foi fácil guiar o rosto dela até o seu, para unir suas bocas novamente. Mas desta vez, Chat Noir conduziu o beijo, ditando um ritmo quente e demorado com sua língua felina.

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Marinette despertou no meio da noite. O rosto ensopado pelas lágrimas que foram silenciosamente derramadas enquanto dormia.

O corpo também estava dolorido pela má posição em que dormiu, espremida no pequeno colchão do divã que estava dividindo com Adrien.

Os dois acabaram dormindo ali mesmo, após uma longa sessão de beijos e carinhos. Foi engraçado pois, ficaram tanto tempo ali que Adrien pareceu ter esquecido que estava transformando, e levou um pequeno susto quando Plagg saiu de seu anel de forma automática. O kwami parecia um pouco enfezado quando o fez, mas Marinette não teve muito tempo para pensar sobre os sentimentos dele, já que logo foi puxada para os lábios do loiro novamente.

Saiu do divã com movimentos leves, cuidando para não esbarrar em Adrien que dormia tranquilamente, apesar de também parecer desconfortável.

Decidiu pegar um cobertor para ele antes de ir em direção à sua escrivaninha.

Feito isso, desabou sobre a cadeira, dando um longo suspiro. Sua mente já a atormentando para fazer algo em relação à Hawk Moth. Ela havia se dado uma pequena folga, dizendo que se preocuparia com isso somente no dia seguinte e aproveitou uma noite longe de preocupações e cheia de carícias. Mas agora, lá estava ela, acordada às 4:35 e já se sentido pressionada pelas suas responsabilidades como heroína.

Anotou em seu diário tudo o que havia acontecido no dia anterior. Toda e qualquer informação que poderia ter escapado. Anotou também, a localização que viu nas costas do cachorro sentimonstro, ainda sem saber se deveria se arriscar ir até lá ou não.

— Talvez eu possa ir sozinha… - A ideia brotou em sua mente, e parecia bem atrativa. Com isso, não teria riscos do Chat Noir ser akumatizado ou ferido pelo vilão...

— Você ficou louca? - A voz surgiu do nada, fazendo a garota dar um pulo na cadeira e conter o grito com a mão.

— Tikki! Você me assustou. - Mari desviou os olhos para Adrien, conferindo se ainda estava dormindo ou se ela havia o acordado com o susto, sentindo um alívio ao vê-lo ainda adormecido.

Virou o rosto para Tikki, mas a mesma ainda a olhava com o cenho franzido.

— Quer mesmo enfrentar Hawk Moth sozinha, Marinette? O que eu disse sobre você e Chat serem uma dupla? - A kwami parecia brava, apesar de estar falando tudo bem baixo para não acordar Adrien, e provavelmente Plagg também.

— Eu sei Tikki, foi só uma ideia que passou pela minha cabeça, ok? - Mari voltou ao pequeno caderno, se sentindo extremamente cansada. E enquanto escrevia mais alguns acontecimentos do dia na página, sentiu a pequena kwami subir em sua mão.

— Até os maiores heróis precisam de ajuda - Tikki falou afável, o que fez os olhos de Mari se encherem de lágrimas.

— Eu só quero protegê-lo. - Revelou, já sentindo o transbordar de seu desespero se iniciar.

— Acredite, o garoto quer a mesma coisa! - Plagg brotou ao lado das duas, e Mari novamente quase sentiu o coração saindo pela boca.

— Você também? - Mari fingiu estar irritada, enquanto escondia o rosto para enxugá-lo sem que ele percebesse.

— Como se sentiu todas as vezes em que ele se sacrificou por você? - O kwami preto continuou, a ignorando completamente.

Isso fez Mari olhar em direção a ele, que já estava mexendo em seu estojo de canetas totalmente distraído, ou ao menos, fingindo estar assim. Tikki estava de olho nele.

Foi inevitável não lembrar de todas as vezes em que ela achou que havia perdido seu parceiro. Quando o Cupido Negro o acertou, o fazendo odiá-la. Quando Chat enfiou em sua frente para protegê-la da Temporizadora, que o fez desaparecer em seus braços. Quando ele ficou para trás para segurar os zumbis beijoqueiros da Zombizou e quando ele se jogou no jogo do Max, dizendo que confiava nela para trazê-lo de volta.

Acabou se recordando também de quando estava salvando Adrien do guarda costas akumatizado, sem nem saber, na época, que ele era seu parceiro. Pediu para que ele saltasse do prédio, o que ele fez, sem nem pensar duas vezes, tamanha a confiança que tinha nela. Na época, esperou que Chat Noir fosse aparecer para ajudá-la a salvá-lo, mas hoje, ao se lembrar daquele momento, sentia arrepios horríveis em seu corpo só de imaginar o que poderia ter acontecido se não tivesse conseguido se livrar do aperto do Gorizilla a tempo.

— Péssima. - Falou em um sopro sofrido. - Eu me senti péssima, em todas as vezes.

— E vai fazer ele passar pela mesma situação? - Plagg disse duro, e Mari pode ter certeza que ouviu Tikki censurá-lo bem baixinho pela forma grosseira que ele havia dito.

— Está tudo bem, Tikki. Plagg está certo. - Mari deu outro suspiro enquanto olhava para os dois. Plagg novamente fingiu que estava distraído mexendo em suas coisas na escrivaninha. Talvez, ele ficasse envergonhado por estar “puxando a orelha” dela, sendo que ela não era sua portadora.

Mari então se levantou e andou até para perto do divã, e apreciou o namorado dormindo por alguns minutos.

Adrien estava inclinado para o lado, um de seus braços estava sobre a cabeça e o outro pousado delicadamente por cima do abdômen. As pernas compridas jogadas quase não cabiam no divã, e a pele de seu rosto parecia cintilar ao ser banhado pela luz da lua que entrava pela janela. Os fios bagunçados pelo travesseiros pareciam fios de ouro de tão brilhantes.

Por deus, Adrien parecia uma pintura renascentista de tão belo.

A garota mal notou quando Tikki se aproximou devagar, pousando em seu ombro, para poder falar bem baixinho, e ainda assim, ser ouvida.

— Sabe Mari, existe uma razão para o Miraculous da destruição ter sido entregue no mesmo dia que o da criação. Por isso, não pense que essa luta é só sua.

Mari remoeu as palavras em pensamento. Sabia que teria que controlar bastante seus impulsos de proteção ao namorado, caso quisesse que eles não os atrapalhassem na hora de enfrentar Hawk Moth. Mas por tudo o que ela sabia sobre o futuro, se controlar era uma tarefa difícil.

— Adrien? - Ela o chamou baixinho, fazendo um leve movimento em seu ombro para despertá-lo. - Adrien? - Chamou de novo, um pouco mais alto, quando o mesmo apenas resmungou e mexeu a cabeça, relutando em acordar. - Vamos amor, seu corpo vai doer se ficar deitado aqui.

— Então deita comigo… - Ele falou de forma preguiçosa, os olhos verdes ainda encobertos pela pálpebra fechada.

— Mas isso não faz nenhum sentido. - Ela quis rir, se abaixando ao lado dele ara ficar à altura de seu rosto. Adrien sonolento era engraçadinho. - Só vai tirar mais espaço seu e piorar a situação.

— Você e eu juntos.... - Ele começou a falar, abrindo os olhos lentamente e a procurando com o olhar, segurou a mão dela que o cutucava antes de continuar a falar. - Isso faz sentido. - Ele beijou a mão dela, os movimentos ainda eram lentos por ter recém acordado, mas ainda sim, carregavam todo seu sentimento.

Mari ficou sem palavras pelo o que ele havia dito. Se perguntando se algum dia se acostumaria com essas declarações repentinas, torcia para que não.

— O pesadelo de hoje foi muito ruim? - Adrien agora já estava mais desperto, e impulsionou o corpo para cima, sentando-se no colchão do divã. A falta de resposta dela o fez olhá-la novamente.

— Nada tão ruim que você já não tenha anestesiado. - Aquilo o fez rir, um pouco triste. Pois infelizmente, era verdade que, o máximo que ele podia fazer por ela agora, e seus pesadelos, era uma temporária anestesia da dor e do medo.

Mari logo o puxou para ficar de pé e irem em direção a cama. E o garoto percebeu que a namorada tinha razão, seu corpo estava mesmo dolorido pelo mal jeito.

— Já pensou no que vamos fazer amanhã? - Perguntou para ela, assim que se acomodaram na cama.

Mari mordeu o lábio em resposta. Não podia negar, só de pensar na ideia ficava nervosa.

— Vamos ao Louvre depois da aula, preciso ver a Monalisa.

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Convencer seu pai que queria visitar o museu havia sido fácil, foi só inventar que tinha algum trabalho escolar envolvendo arte que recebeu um passe livre, contanto que levasse Gorila junto, obviamente.

Entrou no Louvre, já escolhendo o melhor caminho que levava até a famosa pintura de Da Vinci, quando seu celular tocou em seu bolso.

— Na escuta, princesa. - Ele falou sorridente.

Mari revirou os olhos enquanto ouvia a voz do namorado do outro lado da ligação. Ela viu a figura de Adrien entrar no salão e que estava, junto com sua costumeira companhia de sempre, o guarda costas. Os dois ainda não haviam a visto.

— Fique de olho, gatinho. Tenho quase certeza de que estou certa. Mas não se aproxime da Mona Lisa agora, tudo bem? Te avisarei quando for a hora. - Falou enquanto observava o namorado a procurar com os olhos, abrindo um sorriso discreto quando a encontrou perto de um grupo de pessoas, observando o enorme quadro Bodas de Canaã, que ficava do outro lado.

— Certo, certo. - Mari ouviu a voz sair de seu aparelho, enquanto Adrien se dirigia com Gorila à outro corredor. - Está com medo?

— Medo? Claro que não! - Ela respondeu, apesar de ter as mãos suando frio e coração acelerado. - Estou nervosa, eu acho. - Além do mais, a cabeça da garota ainda estava cheia da conversa que teve de madrugada com seus kwamis.

— Estou com medo de sair daqui sem meu anel. - Adrien confessou pela ligação e Mari se segurou para não rir.

— E pode ficar mesmo, não sei se ele será bondoso com a gente. - Ela finalmente havia chegado em frente à obra principal do salão, a mesma que seu talismã havia indicado. - Vou desligar, nos falamos depois, tudo bem?

— Te vejo em breve, M’lady.

Ela guardou o celular em sua bolsinha, fazendo um pequeno carinho discreto em Tikki no processo.

Respirou fundo observando o quadro à sua frente. Já havia estado naquela sala muitas vezes, e ficava maravilhada todas as vezes com a beleza dessa obra.

O barulho de uma rodinha, que necessitava desesperadamente de um óleo, chamou sua atenção. Virou o rosto bem a tempo de ver um faxineiro passar ao seu lado pelo canto do salão, com seu carrinho de limpeza. A baixa estatura e os cabelos cinzas, mesmo encobertos pelo boné, ainda eram irreconhecíveis.

— Mestre…

O homem a olhou, e já parecia ter notado a presença dela ali, fazendo um sinal de silêncio com um dedo sobre os lábios.

“Siga-me”. - Ele sussurrou, enquanto apontava para um caminho com um movimento de cabeça.

Andou até ele, e seguiram por um corredor mais afastado e livre de visitantes do museu.

— Não nos vemos à muito tempo, Marinette. - Mestre Fu disse, e não parecia zangado ou decepcionado com ela.

— Sinto muito, mestre. Muitas coisas aconteceram e… - Ele interrompeu a fala dela, enquanto entravam em um quartinho pequeno. Parecia ser o lugar onde guardavam os produtos de limpeza. Wayzz surgiu logo em seguida, cumprimentando Marinette e voando até uma prateleira na parede.

— Eu entendo sobre suas obrigações, Marinette. Fico feliz que minha ajuda esteja se tornando menos necessária com o tempo. - Ele sentou em um pequeno tapete que havia ali, e Mari sentou à frente dele, enquanto digitava uma mensagem rapidamente, explicando sua localização. Tikki saiu da bolsinha enquanto ela tirava o telefone, se juntando a Wayzz.

— Mas ainda preciso de seus conselhos, mestre. - Ela falou, se sentindo culpada por afastá-lo por tanto tempo. - Mas então, está trabalhando no museu a muito tempo?

— Sim, mas esse trabalho é cansativo! - Mestre Fu falou, enquanto alongava suas costas, estalando algumas vértebras com aquele movimento. - Mês que vem pretendo trabalhar no carrossel, eu vi que estavam procurando alguém. Mas me conte, Marinette, algo deve ter acontecido para vir me procurar.

“Ah, muitas coisas aconteceram!” - Ela pensou, já mordendo o lábio em nervosismo pelo o que contaria à ele.

— Ah sim, algumas coisas, Mestre. Coisas complicadas… - Respirou fundo, limpando as palmas de suas mãos em suas pernas dobradas antes de continuar. - Mestre Fu, eu fui levada ao futuro pelo Miraculous do coelho, digo, pela portadora dele, no futuro.

O homem idoso levou uma mão até sua barba, alisando os fios enquanto pensava.

— De certo viagens no tempo são, realmente, sempre complicadas. - Aquilo a fez se remexer em seu lugar, se sentindo desconfortável de repente. - Mas me diga, porque algo tão perigoso foi necessário?

— Bem, lá eu vi o Chat Noir…

Enquanto ela começava sua explicação, a porta foi aberta de repente e Adrien entrou no lugar.

Ele observou as duas cabeças se virarem em direção à ele, e levou a mão até à nuca, sem jeito.

— Oh, sinto muito por interromper a conversa de vocês.

Marinette viu o guardião se levantar de forma afoita, talvez estivesse desesperado para encontrar uma resposta que explicasse o porquê de estar em um quarto de limpeza com uma adolescente, e também, para tentar esconder a imagem dos dois kwamis atrás de si.

— Oh, Adrien Agreste, acredito que esteja perdido. - Então, ele começou a guiar Adrien para fora de novo, enquanto o loiro olhava para Marinette, pedindo por ajuda com os olhos. - Posso ajudá-lo a achar o caminho de volta para o salão das pinturas.

— Na verdade, Mestre, eu o chamei aqui. - Marinette interrompeu antes que seu namorado fosse enxotado. Pela brecha da porta, ela pôde ver Gorila aguardando do lado de fora.

— Oh, entendo. Então entre, meu jovem. - Os três sentaram-se sobre o tapete, e assim que o fizeram, Marinette buscou a mão do namorado com a sua, o que não passou despercebido pelo homem.

— Estão namorando? - Ele perguntou antes que ela conseguisse dizer algo, e novamente, a garota tentou detectar em sua voz algo como raiva ou decepção. Ainda não havia encontrado, apenas acenando com a cabeça para dar a afirmação que o homem buscava.

— Também precisamos contar outra coisa, senhor. - Foi Adrien quem disse, sentindo a obrigação de ajudar a namorada, que parecia uma estátua de pedra ao seu lado de tão tensa que estava. Sabia do medo que ela tinha de desapontar o pequeno homem à frente deles.

Assim que terminou de falar, ouviu um suspiro pesado vindo do mestre. Ele fechou os olhos por um segundo enquanto respirava, e ao abri-los, olhou para a garota.

— Marinette, contou a ele sobre você? - Ela havia ido ali com a intenção de revelar tudo, mas como sempre, sentia a enorme diferença entre o planejar e o realizar.

Ela inspirou fundo, dando uma risada nervosa antes de respondê-lo.

— Bem, tecnicamente não. - Ela tentou desviar da pergunta, e se sentiu uma covarde por isso.

— Mas sabemos um do outro. - No instante em que Adrien disse, Plagg saiu do meio de sua blusa.

— Olá mestre, só quero dizer que eu não tenho culpa de nada dessa vez! - Ele disse, já voando para o local onde estava Tikki e Wayzz.

Mestre Fu olhou o kwami de forma cansada, antes de olhar para o casal ansioso à sua frente.

— Oh jovens, isso pode ser perigoso. Muito perigoso. - Ele lamentou, e levou uma mão até sua têmpora, massageando o local, como se para apaziguar sua aflição.

— Sabemos mestre, mas aconteceu, e sentimos muito. - Mari falou, odiando ver o homem se preocupando tanto com eles. Ela precisava parar de pensar só em si mesma e lembrar que havia muito mais em jogo do que a busca dela por uma aprovação do mestre. - Preciso de contar sobre alguém que conheci. - Disse de forma firme, o que fez mestre Fu olhá-la nos olhos. - O nome dele é Chat Blanc.

O homem ouviu toda a história atentamente, em silêncio, apenas deixando sua mente absorver os detalhes da narrativa de Marinette, enquanto ela o atualizava sobre os últimos meses.

— Bem, acho que era inevitável de acontecer. - Constatou ao final da narrativa. - Vocês dois criaram laços muito fortes, com ou sem máscaras.

Adrien se sentiu um pouco feliz ao ouvir aquilo. Querendo ou não, ele se sentia orgulhoso pela trajetória que os levaram até aquele momento. Mesmo com tantas dificuldades e tristezas no caminho, estavam juntos agora. E como ele havia dito para sua garota na madrugada, apenas isso era o suficiente.

— Obrigado por entender. - Adrien não conseguiu se conter, tamanho o alívio que sentiu ao não vê-lo bravo com os dois, principalmente, com Marinette. E principalmente, por compreender a situação.

— Mas mestre, além disso, viemos porque Hawk Moth agiu estranho da última vez que nos encontramos. Gostaríamos de seus conselhos para saber como proceder com ele. - Marinette tomou à frente novamente. Ainda estava incerta se Mestre Fu continuaria a confiar nos dois como portadores de Miraculous após tudo que havia ouvido. Após o vê-lo pensativo, ela temeu que suas suspeitas estivessem corretas. - Sei que talvez não queira mais que sejamos os heróis de Paris ao desobedecer suas regras. Mas se puder nos permitir sermos a Ladybug e Chat Noir uma última vez, acredito que será a nossa chance de derrotar Hawk Moth definitivamente, e recuperar o Miraculous da borboleta.

Sentiu Adrien aumentar o aperto ao redor de sua mão, dando a força, e demonstrando que estava ali para apoiá-la, o que quer que acontecesse naquele encontro. Eles saindo dali com os brincos e o anel, ou não.

— Marinette, Adrien de fato, vocês saberem algo tão importante como suas identidades me preocupa. - O mestre cruzou os braços enquanto os olhava de forma dura, em advertência. - Eu esperava que isso acontecesse, mas não agora, não com vocês ainda tão novos. Acho que é uma responsabilidade que vocês ainda não estão prontos para lidar.

Marinette sentiu suas mãos gelarem e suarem novamente. Não sabia o que sentir. Apesar de se sentir esmagada com suas obrigações como heroína, ainda era algo que ela amava ser e fazer. Somente imaginar sua vida sendo uma cidadã comum, a fazia sentir um vazio dentro do peito. E ela quase podia sentir que Adrien estava pensando a mesma coisa ao seu lado.

— Mas, eu os escolhi por um motivo, e acredito que não errei em minhas escolhas. Usem essa chance para derrotar Hawk Moth e depois, conversaremos sobre o que faremos com suas identidades, tudo bem? - Todo ar que estava preso nos pulmões da garota foram soltos de forma rápida. - E não se culpem por algo que não podem controlar. Mudanças são necessárias e, às vezes, inevitáveis.

— Obrigada, mestre, por confiar em nós. - Mari agradeceu, e enquanto o fazia, viu o senhor se levantar e mexer naquele mesmo carrinho de limpeza que estava empurrando quando o encontrou. Pegou uma caixa de metal no fundo do carrinho, camuflada por panos de limpeza, e a abriu em seguida. Não foi difícil decifrar o que havia ali. Logo em seguida, a caixa dos Miraculous estava sendo posta à sua frente.

— E sobre meu conselho, acredito que quando grandes heróis estão juntos, eles se tornam ainda mais fortes. - Ele sorriu, enquanto abria a caixa à frente dela. Adrien observou, se sentindo maravilhado ao ver aquela caixa pela primeira vez. - Por isso, Marinette Dupain-Cheng, escolha um aliado para ajudá-la nessa importante missão de derrotar seu maior inimigo e ainda, recuperar os Miraculous da borboleta e do pavão.

Mari mordeu o lábio, sentindo seu nervosismo voltando com tudo. Se seus instintos não apontarem nenhum Miraculous, significaria que seriam só os dois contra o vilão, e ela ainda não havia decidido se isso era algo bom ou ruim.

Mas ao mesmo tempo, se indicassem alguém, sabia que estaria colocando essa pessoa em perigo.

“Deixe que as jóias te guiem Marinette.” - Pôde ouvir a voz de Tikki em seu consciente, e inspirou o ar antes de expirá-lo de forma lenta, acalmando seu corpo e esvaziando sua mente para fazer a escolha certa.

Raposa;

Tartaruga;

Cobra.

Ela pegou o colar, o bracelete e, também, pediu a pulseira ao mestre, que prontamente, a entregou, antes de se despedir de Wayzz.

Se levantaram após agradecer novamente, e enquanto se despediram, Mestre Fu os parou.

— Eu quero avisar para terem cuidado, vocês dois, e os outros também que os acompanharão. Hawk Moth Não é como os vilões que vocês têm enfrentado. Lembrem-se que estes eram apenas criações, ele é o criador. - O olhos puxados dele possuem um alerta, Adrien logo acenou com a cabeça e percebeu a namorada fazendo mesmo. - Boa sorte a todos vocês.

******************************************

— Sinto muito Luka, meus pais pediram para ajudar na padaria. Não poderei ir ao festival. Mas garanto que vou me despedir de você antes de ir, ok? - Mari estava na varanda, o cobertor em seus ombros para protegê-la do frio, enquanto aguardava o namorado, aproveitou o tempo para alinhar seus compromissos com o plano que havia feito naquele dia.

— Tudo bem, eu entendo, Marinette. Não se preocupe comigo, ok? - A forma carinhosa com que ele aceitou a ausência dela a fez se sentir mal, até porque, ele também não conseguiria ir ao festival, só não sabia ainda.

— Então, te vejo amanhã antes de ir ao aeroporto. - Ela ainda não sabia se conseguiria, mas torcia para já ter terminado a luta até lá, e não atrapalhar os planos de Luka de sair do país também.

— Mal posso esperar.

Ela encerrou a ligação, se sentindo exausta e pronta para deitar na cama.

— Não pensei que planejar uma guerra fosse tão difícil. - Chat Noir brotou ao seu lado, sentado nas grades de ferro.

— Chat! Nossa! - Ela levou a mão até o coração que batia freneticamente com o susto.

O herói apenas riu, enquanto a via tentando regular a própria respiração

— Silencioso como um gato. - Ele falou divertido, enquanto piscava um olho para ela, e se movia por cima da grade para aproximar seu corpo do dela.

— E diz que está preocupado com meu coração, mas quase me causa um ataque cardíaco! - Mari fingiu irritação, enquanto tentava afastar a mão dele que tentava, a todo custo, puxá-la até ele. Mas sua fala o fez entrar em alerta subitamente.

— Sentiu alguma dor igual aquela de novo? Enquanto eu não estava aqui? - Os olhos felinos verdes estavam fixos em seu corpo, mas o divertimento de antes havia ido embora, e em seu lugar, estava a preocupação que Mari tentava, a todo custo, evitar.

— Não, gatinho, estou bem. - Ela então desarmou sua postura rígida, se deixando aninhar pelo corpo dele.

Chat não demorou em buscar os lábios dela em conforto. Mantendo o rosto de Mari preso por uma mão sua. Os lábios frios pelo vento noturno ainda eram incrivelmente convidativos. Fez questão de lambê-los com toda sua dedicação.

Adrien amava beijá-la.

Chat amava lambê-la.

Adrien gostava de selinhos.

Chat gostava de mordidas e chupões no lábios rosados.

Marinette estava inebriada enquanto sentia o hálito quente do namorado aquecer, não só seus lábios, mas todo seu corpo. Um costumeiro, porém não tão corriqueiro, rubor, tomou conta de suas bochechas, enquanto sua língua invadia a boca entreaberta de Chat, e era recebida pela língua felina dele.

Após se sentir satisfeito, porém não saciado, nunca se sentia completamente saciado dos beijos de Mari, Chat se desprendeu dela e desceu da grade, desfazendo a transformação.

Plagg saiu de seu anel e dispensou cumprimentos, seguindo direto até o quarto de Mari.

— Não ligue, ele só está triste. Apesar de dizer que não, eu sei que ele está com tanto medo quanto eu de que o Mestre Fu peça o meu anel após derrotarmos Hawk Moth. - Adrien explicou, abraçando Mari por trás enquanto observava a cidade da varanda com ela.

— Bom, se não houver mais nenhuma ameaça em Paris, acho que heróis não serão necessários, não é? Tikki conversou comigo sobre isso à tarde. - Ela disse triste. Apesar de ser uma vitória, ela não parecia completa se não houvesse mais Ladybug e Chat Noir saltando por aí.

Ela sentiu quando Adrien apoiou seu queixo no topo de sua cabeça. A respiração pesada dele batia em seus cabelos, fazendo alguns pequenos fios soltos voarem até seu rosto.

— Amanhã tudo pode acabar. - Ele falou simples.

Uma frase pequena, mas que englobava tanta coisa. As ameaças de Hawk Moth poderiam acabar, as akumatizações, mas também, suas vidas como heróis podiam acabar.

— Sim. - Ela respondeu simplesmente, enquanto todos esses pensamentos rodavam sem parar em sua mente. - Está com medo? - Ela perguntou, tentando mover a cabeça para trás para olhar dentro dos olhos verdes.

— Ansioso. Sem akumas significa sem akumatizados. - Ah, Mari entendeu bem o que aquela frase carregava. Sem akumatizados era a mesma coisa que, sem Chat Blanc. Adrien a então e virou de frente para si, segurou a mão dela e a levou até o próprio coração. Mari sentiu suas batidas, calmas e ritmadas. Ele estava tranquilo. - E eu mal posso esperar por isso.

Ela temeu que aquele gesto pudesse desencadear outra lembrança ruim, e antes que isso acontecesse, se jogou dentro dos braços do garoto que amava tanto.

Um pensamento que a havia atormentado à meses passou por sua mente. Havia pensado em tirar o Miraculous do Adrien em várias situações, afinal, se não houvesse nenhum Chat Noir, não teria chances dele ser akumatizado.

Mas em todas as vezes ela se lembrou de que, não havia sido ela a entregar o Miraculous à ele, assim como o dela, o Miraculous da Destruição havia sido confiado à Adrien. E ela também sabia, agora, que não poderia derrotar Hawk Moth sem Chat ao seu lado.

— Não tente me proteger amanhã, por favor. - Pediu enquanto sentia os afagos que as mãos dele faziam em suas costas. - Eu sei que vai ser difícil para você, já que se sacrifica por mim na primeira oportunidade, mas por favor, não faça isso amanhã.

Aquilo o fez rir, ela sentiu o corpo dele sacudindo enquanto a risada saía de sua boca.

— Eles precisam mais de você do que de mim, princesa. - Apesar do bom humor, aquela afirmação além de ser séria, parecia algo que Adrien realmente acreditava, e isso foi suficiente para Mari se afastar e segurar o rosto dele com ambas as mãos.

— Precisam de nós dois, seu gato bobo! - Ela franziu o cenho, enquanto ele a olhava de forma inocente, parecia surpreso por estar levando xingamentos. - Somos parceiros e mesmo que não fôssemos, eu ainda continuo precisando de você! Então, por favor, se valorize mais amanhã!

Adrien abriu um sorriso, e por estar com o rosto sendo apertado pelas palmas da mão de Marinette, o sorriso dele ficou adorável entre as bochechas fofas.

Adrien puxou uma das mãos dela até os lábios, beijando o dorso enquanto a olhava nos olhos de forma profunda. Somente o sorriso travesso e aberto de Adrien poderia fazer Marinette relaxar diante do dia que os esperava.

— Somos uma dupla, não é, M’lady?

— Imbatível, gatinho. 


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Notas finais do capítulo

Ok meu queridos leitores, vamos falar um pouco sobre viagem no tempo.

Eu estou atualmente, assistindo Vikings com o meu marido. E o que isso tem haver? Bom, os nórdicos possuem o costume de consultar oráculos para saber do futuro. Pois bem, uma mulher (não vou dar nomes para não dar spoilers a quem quiser ver depois), foi ao oráculo e ele disse que ela não teria mais filhos. Isso a deixou bem triste, pois o marido dela tinha a profecia que teria muitos filhos, logo, ela sabia que não seria com ela.

Ok, anos se passaram, eles já separados, ela encontrou um novo homem, e, SURPRISE, engravidou dele. Então ela estava grávida, e trabalhando normalmente, fazendo trabalhos pesados. O ex dela, ainda amigo, resolveu dizer para ela se esforçar menos, pelo bem do bebê. Então ela diz: Eu não vou ter mais filhos mesmo, por isso, não importa o que eu faço ou deixo de fazer.

O que houve foi que logo depois ela teve um aborto. Anos mais tarde, o ex dela se encontra com o oráculo da profecia, e diz o quanto as palavras dele são perigosas, já que, se ela não tivesse procurado saber sobre o futuro, ela poderia ter protegido o bebê, cuidando melhor da gravidez e hoje, estar feliz e com uma criança saudável. Mas, por ter ouvido a profecia, foi apresentado a ela um destino, e ela simplesmente o manifestou. (Gravem essa frase)

E isso me fez ficar pensando um tempão sobre como saber sobre o futuro é conflitante. O oráculo disse que ela não teria mais filhos, mas saber isso talvez tenha sido exatamente a causa dela não ter tido mais filhos, entendem?

Mas ao mesmo tempo, tentar driblar o destino também é complicado, já que as coisas que você está fazendo para mudar o futuro podem ser as exatas ações que o levarão até ele (quem aí leu minha sinopse? kk). Essa eu peguei de Kung Fu Panda (ok, minhas referências são estranhas kk). Mas é que esse filme também me fez pensar muito. No primeiro filme, onde o mestre recebe a profecia, eu acho, de que um prisioneiro perigoso iria escapar. E o que ele faz? Manda um mensageiro para avisar os guardas para reforçar a segurança, óbvio né? Mas foi exatamente a ida desse mensageiro que desencadeou a fuga do prisioneiro. Entenderam o que eu quis dizer?

Enfim kk quis desabafar um pouco dos meus devaneios sobre o assunto de destino e futuro.

Pra vocês verem como o trabalho da Bunnix não é fácil não.

É isso meus queridos. Fiquem pensando sobre o assunto .

Ah, vou fazer mais alguns exames essa semana, tenho consultas, enfim KK tudo por causa da cirurgia. Tento voltar só na próxima sexta, ok? Prefiro deixar assim do que eu faltar igual essa semana e deixar vocês me esperando.

E novamente, eu estou bem, KKK não se preocupem, essa é só uma cirurgia plástica (Titia aqui é vaidosa), a da vesícula ainda preciso agendar. Mas é isso.

Amo vocês! Beijos doces!