Insônia escrita por Babydoll


Capítulo 35
Sonhador 2.0


Notas iniciais do capítulo

Boa noite pessoal!!

Tenho nada para falar hoje.... enfim, espero que gostem do cap!

Boa leitura! ♡



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O herói avistou o Sonhador flutuando nos arredores do hotel Le Grand Paris, e impulsionou seu bastão para alcançá-lo o mais rápido possível.

Quase não reparou quando a figura vermelha chegando ao seu lado.

— Chat! - Ladybug chamou a atenção dele pela segunda vez, depois de estarem “correndo” juntos à alguns minutos e ele nem ter reparado na presença dela. Desta vez, pareceu ter surtido efeito, pois o herói olhou na direção dela. - Está tudo bem?

— Está sim, M’lady. - Apesar das palavras saírem leves, ela percebeu o cenho franzido do parceiro. - Temos que acabar logo com o Sonhador, as pessoas estão surtando lá embaixo.

Nisso a heroína teve que concordar. Quando se transformou e saiu de casa, até um dinossauro correndo pelas ruas ela viu. Dispersou a preocupação pelo humor de Chat Noir e tentou focar na luta que teriam. Ele provavelmente só estava preocupado por ter deixado sua forma civil em casa, sem proteção.

Alcançaram o garoto akumatizado rapidamente, ele estava jogando sua areia em um grupo de jovens que passava pela rua naquele momento.

Ladybug jogou seu ioiô, tentando capturá-lo, mas o vilão se desviou rapidamente com seu travesseiro flutuante.

— Já estava na hora de vocês aparecerem para a minha festa do pijama! - O sonhador disse, atirando areia na direção dos heróis.

Ladybug saltou por entre os telhados, desviando com facilidade. Eles já haviam derrotado esse vilão antes, então não havia segredo sobre o que fazer.

— Chat! Precisamos rasgar o travesseiro dele! - Instruiu o parceiro assim que pulou para perto dele. - Talvez você consiga fazer isso com suas garras!

Chat Noir assentiu, querendo mesmo acabar com aquilo o mais rápido possível.

Eles saltaram de novo quando o Sonhador disparou contra eles, os dois se esconderam atrás de uma parede que dividia o terraço de duas casas.

— Eu distraio ele, então você…

— Ladybug!!! Socorro! - O raciocínio dela foi interrompido por uma mulher que gritava desesperada na rua, a heroína a observou enquanto fugia de algo, provavelmente o pesadelo dela.

— Tsc, agora não! - Ladybug sussurrou, mas ela mais para ela mesma. Queria muito ajudar a moça, mas queria se concentrar em derrotar o akumatizado.

— Tudo bem M’lady, ajuda ela e eu distraio o Sonhador, depois voltamos para o seu plano. - Chat Noir entendia a frustração da parceira, mas apesar de tudo, também sabia que ajudar os civis era tão importante quanto derrotar os vilões.

— Certo, tome cuidado! - Ladybug se levantou, jogando seu ioiô na direção em que a mulher desesperada estava, enquanto Chat ia na direção oposta.

Ao chegar na rua, a mulher agarrou Ladybug em um abraço apertado.

— Me tira daqui!! Por favor! - Ela gritou em meio às lágrimas. E antes que conseguisse perguntar alguma coisa, ela ouviu uma risada sinistra.

Olhou em frente e viu a figura de um palhaço horripilante. O sorriso no rosto dele ficava ainda mais assustador com a maquiagem borrada e o sangue escorrendo pela cara. Na mão, ele tinha uma faca, também ensanguentada.

— Credo! - Ladybug disse, e mesmo aquele não sendo o pesadelo dela, acabou ficando com medo daquela figura horrenda. Entendendo, então, o desespero da moça. - Segure em mim, vou te deixar longe dele. - Ela lançou o ioiô para cima, pulando nos prédios até estar a uma distância segura. Achou mais seguro deixar a civil em um terraço do que nas ruas. - Aqui vai ser mais difícil para ele te achar.

— Obrigada mesmo Ladybug! - A mulher chorosa a abraçou novamente, totalmente agradecida. A heroína sorriu sem graça, querendo sair logo dali para ajudar o parceiro.

— M’lady, CUIDADO! - O aviso de Chat Noir chegou tarde demais, antes que pudesse se desfazer do abraço da mulher e desviar, sentiu ser atingida pela areia do vilão.

— Droga! - Ela desvencilhou da mulher, que agora a olhava assustada. - Se esconda! Eu preciso ir! - Jogou o ioiô em outro prédio, correndo atrás do Sonhador, que saiu rindo.

— Foi atingida? - Chat Noir saltou para junto dela e passou a correr ao seu lado. Ladybug limitou em confirmar com a cabeça. - Mas você ainda está com seus poderes…- Observou o felino.

— Sim. - Ela confirmou novamente, soltando um suspiro enquanto parava em um prédio, para pensar em um plano. - E é isso que me assusta.

Chat parou ao lado dela, tentando entender aonde ela queria chegar. Mais à frente, viu que o Sonhador começava a voltar, dessa vez, seu alvo parecia ser ele.

Ladybug ficou em posição de ataque, girando seu ioiô, Chat Noir a imitou, segurando firme em seu bastão;

— Vamos voltar ao plano, eu vou tentar segurar ele, enquanto você…

— O gatinho no telhado… - Ladybug congelou. Parando de falar e sentindo todo o seu corpo ficar mais pesado, como se tivesse se transformado em pedra ao ouvir a voz atrás de si. - Tá sozinho, sem sua gata…- Deixou o ioiô cair ao seu lado, sem forças para continuar empunhando ele.

Chat Noir se arrepiou ao ouvir sua própria voz, com a música que ele conhecia tão bem e se perguntou se o Sonhador havia o atingido sem perceber. Ele virou para trás juntamente com sua parceira, vendo uma versão completamente diferente de si mesmo, levando um susto com isso.

Mas nenhum susto que ele pudesse ter se compararia ao horror que Ladybug sentiu ao ver, literalmente, seu pior pesadelo bem ali na sua frente. Sentado como um gato, no topo de uma chaminé. Os olhos azuis brilhando na escuridão.

— Eu te achei, M’lady! - A figura branca abriu um sorriso grotesco, exibindo todos os dentes. 

Em seguida, pulou para mais perto deles, enquanto falava com uma certa animação psicótica. E isso fez com que as pernas trêmulas de Ladybug cedessem, a fazendo cair no chão do terraço em que estavam, se arrastando um pouco para trás. Tentando estabelecer a maior distância que pudesse com aquele pesadelo vivo.

Bom, ele ainda podia ser uma alucinação, então ela colocou ambas as mãos na cabeça, e apertou os olhos com força para fechá-los.

— Não é real, não é real… - Começou a entoar baixinho, suas mãos tremiam em contato com seus cabelos.

Chat Noir, que já estava preparado para lutar contra o seu “eu” branco, estranhou ao ver Ladybug caída no chão. Ela parecia estar apavorada.

— M’lady, o que… - Então a verdade pareceu acertá-lo como um soco. Olhou novamente para o pesadelo, que se aproximava cada vez mais deles, e se lembrou da conversa com Marinette, meses atrás.

“— Você era diferente. Seus cabelos, assim como suas roupas, eram todos brancos. E seus olhos…eram completamente azuis”

— Chat Blanc… - Chat Noir conseguiu dizer em um sussurro, usando o pouco de fôlego que havia lhe restado. Então, enquanto respirava fundo e apressadamente, com o bastão esticado na frente do corpo com um escudo, ele olhou para a parceira caída e trêmula ao seu lado.

Ela pareceu ter ouvido o nome “dele” saindo dos lábios do parceiro, Chat deduziu, pois agora, ela olhava totalmente em pânico para o parceiro. Os olhos, contornados pela máscara vermelha de bolinhas pretas, estavam arregalados e úmidos.

“Não, ela não é… não pode ser…” - O herói sentiu como se estivesse sendo engolido por um buraco negro. Tudo à sua volta havia desaparecido. Só existia ele e a garota no chão ao seu lado.

Mas claro, a situação atual dos dois não era essa. Atrás de si, ouviu o Sonhador avançar, cantando sua canção sobre pesadelos e começando uma nova rodada de tiros de areia. À frente deles, Chat Blanc olhava Ladybug com um sorriso cínico e os olhos azuis estreitos, então, ele abriu os braços.

— Vem dar um abraço no seu gatinho! - Chat Noir o atingiu com o bastão, assim que o viu tentar se aproximar da parceira.

— Ladybug, levanta! - Berrou, estava com raiva demais para ser delicado naquele momento. Ele precisava de sua parceira para conseguir vencer aquela luta.

“Ela não me enganaria esse tempo todo, não é? Não pode ser ela…”

Empurrou Chat Blanc para trás, e viu com o canto dos olhos, sua parceira finalmente ficar de pé.

Por mais apavorada que estivesse, a heroína conseguiu se recompor um pouco, dando cobertura para Chat Noir enquanto se virava para atacar o Sonhador. Aproveitando para ficar de costas para o parceiro também, não conseguiria fazer contato visual com ele naquele momento.

“Ele descobriu tudo… Ele descobriu…”

Sua cabeça dava voltas e voltas com essas palavras, e isso lhe causava tremores piores do que ver Chat Blanc ali. Afinal, ele sumiria assim que capturasse aquele akuma, já a verdade da mente de Chat Noir, não.

— Eu vou atrás do Sonhador e você ... - Queria dar as instruções como sempre fizera, mas isso nunca pareceu ser tão difícil. A voz saiu mais instável do que gostaria. - Você segura Chat Blanc…- Não aguentou ficar ali para ouvir a resposta dele, lançando seu ioiô para cima, agarrando a uma chaminé perto do garoto akumatizado.

Adrien cerrou os dentes ao ouvi-la confirmar o nome do inimigo à sua frente, que agora também empunhava o próprio bastão para atacá-lo.

“Ela é… Ladybug é a… Não acredito!” - Seu coração doendo mais a cada batida.

Usou sua fúria para atacar o pesadelo à sua frente, o que foi um pouco difícil, já que o mesmo só parecia querer ir atrás de Ladybug, desviando de si com facilidade.

— M’lady! Você não me ama mais? - Chat Blanc disse, estendendo a mão para onde Ladybug estava, apesar da distância entre eles. Parecia que iria alcançá-la de qualquer jeito.

— Cala a boca! - O herói bradou para ele, que respondeu só com uma cara de tédio, como se ele nem mesmo valesse seu esforço. Mas depois, pareceu finalmente entender que Chat Noir não iria deixá-lo ir a lugar nenhum. Depois disso, parecia decidido em acabar logo com ele, o empecilho no caminho, privando-o de conseguir aquilo que ele mais queria.

O herói viu Chat Blanc usar o próprio bastão para acertá-lo no estômago, isso fez Chat Noir se curvar para frente, sem ar e com uma dor que irradiou todo seu corpo. Sem tempo para que pudesse se recuperar, o pesadelo deu uma joelhada em sua cabeça e quando ficou sem forças, viu seu bastão sendo chutado para longe de sua mão.

— Você é fraco! - O pesadelo rosnou baixo, agarrando os fios loiros do herói para que pudesse olhar para ele de baixo. Chat Noir tentou se reconhecer por baixo daquela máscara branca e olhos azuis, mas não sentiu nada a não ser raiva e mágoa. - Não fique no caminho entre mim e minha princesa! - Sentiu seus cabelos sendo largados com violência, enquanto Chat Blanc ficava de costas para ele, já avistando Ladybug lutar contra o akumatizado a alguns metros.

Mas quando estava prestes a pular para ir até ela, o herói puxou o cinto branco, levando-o ao chão.

— A princesa é MINHA! - Chat Noir bradou com raiva, pulando para cima do gato albino, segurando seus braços. - Não pense em encostar um dedo nela!

Ele forçou aperto nos braços dele, até vê-lo soltar o próprio bastão. Mas ao fazer isso, se descuidou e acabou recebendo uma cabeçada e sendo arremessado para trás pelas pernas de Chat Blanc. Apesar da leve tontura, se colocou em uma posição de ataque felino, deixando suas garras à mostra, e partiu para cima do pesadelo.

Os dois iniciaram uma luta corpo a corpo, que não passou despercebida por Ladybug. Desde que ela havia se afastado, tentou ao máximo deter o akumatizado, atacando o travesseiro que ele usava para se locomover. O garoto noturno tentou acertá-la algumas outras vezes, mas sua areia já não a afetava mais, isso deixou a luta dela um pouco mais fácil, mas ainda assim, o travesseiro dele parecia ser impossível de ser capturado com a corda de seu ioiô, e se movia rápido demais para ela prender o menino.

— Tsc, isso já tá demorando muito! Lucky Charm! - Lançou seu objeto para cima, recebendo um caderninho com espiral em seguida. Parecia ser uma agenda ou um diário, pelo tamanho.

— Vai começar um diário dos sonhos agora, Ladybug? Parece meio tarde para isso! - Zombou o Sonhador, a fazendo estalar a língua de irritação.

— Já não passou da hora de você ir para cama? - Ela respondeu de volta, vendo a criança enfurecer e ir para cima dela.

Rapidamente, Ladybug começou a retirar o arame que compunha o pequeno caderno, a ideia brotando em sua mente à medida que o garoto se aproximava. Mas então, foi empurrada para o lado, com um corpo chocando-se com o seu, rolando alguns metros.

— Eu estava tão triste por ter perdido você! - Ao abrir os olhos, se deparou com o par de olhos completamente azuis a centímetros de seu rosto. Eles estavam úmidos, e isso a pegou desprevenida. Chat Blanc estava chorando. - Mas agora podemos ficar juntos! - O estômago dela se embrulhou com aquelas palavras. O sorriso que ele dava, em meio às lágrimas, agora escassas, mostrava a loucura que Chat Blanc continha dentro de si, enquanto ele a agarrava com braços fortes.

Ela quis chorar. Sentindo coração acelerar dentro de seu peito a cada segundo que se mantinha olhando para ele. Vê-lo ali, em carne e osso, era demais para ela. Fechou os olhos com força, querendo acordar daquele pesadelo horrível em que estava. Se entregando ao medo.

Mas então, uma força, que ela não sabia de onde vinha, tomou conta dela, a fazendo trincar os dentes e engolir o choro que estava entalado em um nó em sua garganta. Provavelmente, era seu Miraculous agindo, a tornando extremamente mais corajosa do que normalmente era, e a fazendo raciocinar mais rápido do que qualquer pessoa comum.

“Ele não é real” Seu cérebro gritou, enquanto ela abria os olhos e o olhava com fúria.

— Você é só um pesadelo! - Conseguiu empurrá-lo para longe de si com seus pés, pulando na direção oposta, já com o ioiô rodando, pronto para acertá-lo a qualquer momento. Procurou o parceiro com o olhar, vendo-o fugir do vilão, que ainda tentava acertá-lo com sua areia.

— Assim você vai deixar seu gatinho zangado! - Chat Blanc falou com raiva, fazendo voltar a atenção para ele, de fato, Ladybug não queria lutar contra ele agora. Não valia à pena, seu alvo era o Sonhador. - O que foi? Achei que me amasse! - Ele disse, juntando as sobrancelhas em uma expressão de dó, enquanto colocava a mão com garras brancas em cima do peito. Aquilo a fez paralisar por um momento. Se lembrou que algumas horas atrás, ele estava pedindo para que o salvasse no banheiro.

— O que você quer? - Ousou perguntar, mesmo sabendo que provavelmente, aquilo era inútil. Esse Chat Blanc não era o verdadeiro, era apenas o maior medo do seu subconsciente, que havia tomado forma humana graças à magia de um vilão. Mas ainda assim, queria entendê-lo melhor.

— O que eu quero? Ficar com você, Bugaboo. - Ele então correu na direção dela, tentando machucá-la com as garras. Ladybug tentou desviar o máximo que podia, já que defender com o seu ioiô não estava sendo muito eficiente. - SÓ MINHA! PARA SEMPRE! - Berrou, soltando uma risada sinistra logo em seguida, sem diminuir a velocidade dos golpes.

Ela desviava das unhas afiadas, percebendo também que ele não lançou sobre ela nenhum daqueles cataclismos poderosos, como fizera no futuro. Talvez, isso se deve ao fato dele ser só um pesadelo, e não o Chat Noir akumatizado em si, senão estaria mesmo frita, assim como o resto da cidade.

— Não sou sua Bugaboo! - Respondeu raivosa. Enroscando a corda do ioiô nas pernas dele, o derrubando no chão do terraço

Ela só não contava que ele iria puxar as pernas dela enquanto estivesse caindo, a levando ao chão junto com ele.

— Ah, é minha sim, você vai ver! - Chat Blanc jogou o corpo para cima dela, a prendendo no chão novamente. Ladybug tentava puxar a corda ainda enroscada nele para poder atacá-lo em seguida, quando o rosto pálido se aproximou do seu, cochichando em seu ouvido. - E quando seu namorado te largar por descobrir que você é uma grande mentirosa, estarei aqui te esperando… - Aquilo a machucou como uma adaga sendo enterrada em seu coração.

— Você é um MONSTRO! - Lágrimas, agora de ódio, brotaram nos olhos azuis da heroína, enquanto empurrava o pesadelo com os braços. Puxou seu ioiô com força, pronta para acertá-lo com toda sua raiva.

— Está quebrando mais do que o meu coração, Marinette! - Ele gritou, partindo para cima dela novamente com as garras brancas. Ladybug arfou com ele revelando seu nome, mas ficou aliviado pelo Sonhador estar longe e não ter ouvido, e consequentemente, Hawk Moth. Caso contrário, sua identidade secreta estaria acabada naquele momento.

Ela o chutou para longe quando o mesmo deu uma abertura, aproveitando a deixa para correr para longe dele. Esse pesadelo sabia demais sobre ela, precisava acabar com ele rápido, e só iria conseguir isso se libertasse o akuma.

Em sua corrida, aproveitou para terminar de retirar o arame do objeto que o talismã a entregou, jogando o resto do caderno fora no meio do caminho.

Chegou até o telhado em que Chat Noir estava. Ele se protegia com o bastão contra as nuvens de areia.

— Chat, me impulsione! - Ela gritou, fazendo-o se lembrar da última vez em que derrotaram aquele vilão.

Viu o parceiro assentir, então, pulou em direção ao garoto. Chat Noir expandiu o bastão na hora, a agarrando no ar e a levando até o Sonhador rapidamente, já que o mesmo estava distraído de sua aproximação, de tão focado em atingir o herói. E ao passar por baixo do travesseiro dele, rasgou o objeto com o arame, agora desenrolado, em sua mão.

Desceram até a rua, e Chat Noir pegou o garoto em seguida enquanto ele caía.

— Chega de maldade akuma. - Ela capturou a borboleta que saiu em meio à espuma do travesseiro, e a purificou. - Miraculous Ladybug!

Ela jogou o arame e quando olhou para cima, conseguiu ver a figura de Chat Blanc em pé no telhado, a olhando com frieza, antes de desaparecer com suas joaninhas mágicas.

“Espero nunca mais te ver” - Ela desejou em silêncio. Mesmo sentindo que aquele último olhar a assombraria em seus sonhos.

— Zer… - Ela estendeu o punho como de costume, mas parou com a mão solitária no ar quando viu Chat Noir a olhando com os olhos estreitos e respirando fundo. Ladybug engoliu em seco sob aquele olhar, já sentindo todo o seu corpo tremer. — Gatinho, eu…

A mão dele fez um sinal para que ela parasse de falar, a fazendo fechar a boca na hora. Ele parecia bravo, e bem… Merecia estar bravo. Não conseguiria descrever o quão confuso ele deveria estar agora, e também, magoado com ela.

De todas as formas em que ela imaginou e temeu que aquilo acontecesse, nunca passou pela cabeça da heroína que ele fosse descobrir a verdade daquele jeito.

— Vou levar o garoto para casa. - Chat Noir disse seco, indo em direção ao pequeno menino de pijama e cabelos azuis.

Ladybug sentiu seu coração acelerar. Ela tinha que explicar seus motivos para ele. Ele merecia saber o resto da verdade de sua boca agora. Mas não sabia por onde começar. Enquanto via Chat Noir pegar o menino no colo, abriu e fechou a boca incontáveis vezes, sem conseguir dizer nada. Bufou fundo, inspirando uma dose de coragem.

— Chat, você…

— Me deixe sozinho essa noite, por favor. - Ele então se virou para ela, os olhos verdes pareciam mais escuros, e ele exalava fúria. - Preciso de tempo para pensar.

“Ela é a Marinette. Ela é a Marinette” - A cabeça do garoto estava uma confusão. Sentia que precisava sair dali e rápido. Ou acabaria gritando isso para ela bem ali, no meio da rua. Precisava se distanciar da parceira agora, assim como seus pulmões precisavam de ar.

O pedido dele deixou o coração da garota em pedaços. Estava desesperada, precisava que ele a escutasse agora. Mas como ele já havia dito no dia após aquela briga dele no barco, Adrien precisava ficar sozinho às vezes para pensar. E mesmo querendo muito resolver aquela situação imediatamente, tudo o que ela disse foi.

— T-ta, tudo bem. - E sem receber nenhum tipo de resposta, ela o viu sumir por entre os prédios.

E só a restou torcer internamente, para que tudo entre eles não viesse a terminar. Não desse jeito, com desconfiança, mentiras e sentimentos de traição. Essa seria a pior forma possível.


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Notas finais do capítulo

O segredo foi revelado pessoal!!

E quem tava sempre invocando o Chat Blanc nos comentários, espero que tenham gostado da participação especial dele kkkk mesmo não sendo "ele" de verdade.

É isso, espero vocês na sexta! Será que ainda teremos nosso casal Adrinette?....

Beijos doces! Amo vocês!

*Ministério da saúde mental alerta: A autora não é responsável por qualquer problema psicológico desenvolvido durante essa fanfic*