Insônia escrita por Babydoll


Capítulo 28
Daddy Issues


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem esse cap, ta meloso do jeito que a gente ama haha.

Beijos doces



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 — Vai me conta, por favor!

— Não.

— Por favooooor! - Ele arrastou a vogal, enquanto fazia cara de gatinho sem dono para Marinette. Ele estava deitado em seu colo recebendo carinho, mas nem todo cafuné do mundo desviaria sua atenção do assunto nesse momento.

— Já disse que não vou contar Chat! - Ela riu, se desvencilhando do aperto que as mãos/garras dele faziam em seu pijama. Sentando mais perto da cabeceira, se afastando da tentação.

— Não é justo, sua mãe me deixou curioso! E você sabe o que a curiosidade fez com o gato, não sabe princesa? - Ele brincou com charme, deitando em uma pose de galã em sua cama. Riu quando ela revirou os olhos. Chat Noir estava implorando desde que voltou para a casa dela nessa noite.

— Não era para ele ter dito nada! - Mari bufou, ainda lembrando de como seus pais a envergonharam naquela tarde na frente do Adrien. Mostrando fotos da infância dela e contando coisas “sem querer”, como por exemplo, que ela o amava há muito tempo já.

— Mas eu só quero saber quando foi que você percebeu isso, não precisa ser o dia exato. Até porque eu acho que isso de “momento certo” não existe. - Ele implorou mais um pouco.

— Ah, como você está enganado Agreste. - Ela falou, se divertindo com a cara dele de confusão. - Porque eu realmente sei o momento exato em que percebi que te amava.

— Aaah, então me conta! - Ele resmungou ainda mais, se agarrando a ela de novo e fazendo manha. Rolando no colchão ao lado dela. Parando de barriga para cima. - Porque, pelo que eu me lembro, você me odiou quando nos conhecemos. - Ele olhava para ela, com a cabeça tombada para trás, e Marinette quis morder a língua porque, sim, ele estava mesmo parecendo um adorável gatinho manhoso nesse momento, e ela não resistiu a ele.

— Ah, tudo bem! Seu teimoso. - Jogou as mãos para cima em sinal de desistência, e viu Chat se animar todo, se aconchegando novamente no colo dela com expectativa. Ela respirou fundo, voltando a mexer no cabelo dele e o ouvindo ronronar, antes de falar. - Sim, eu te odiei quando nos conhecemos. Você era amigo da Chloé e eu não suportava ela. - Chat fez uma careta com o rumo que a conversa estava tomando.

— Ei, pula logo para a parte boa! - Disse impaciente. Mas viu Marinette fechar a cara enquanto cruzava os braços e ele riu, fazendo um gesto com os dedos sobre a boca, demonstrando que não ia mais interferir.

— Então, como eu estava dizendo, depois daquele mal entendido com o chiclete no banco, eu achei que você era igual ela. Um garoto riquinho e mimado, que se achava superior e no direito de maltratar as pessoas por isso. - Ela viu o cenho dele se entristecer pelas suas suposições. - Me desculpe por pensar nisso, mas enfim. - Ela embaralhava os dedos nos fios loiros enquanto falava, hora ou outra mexia na orelha dele e a via tremular com o contato. Chat disse que suas orelhas de gato eram sensíveis. -Logo no segundo dia, quando as aulas acabaram, você me encontrou na porta da escola. Estava chovendo, e eu não tinha um guarda chuva para me proteger.

Chat ergueu uma sobrancelha. Se lembrava bem daquele dia, “Mas isso foi tão no início” foi interrompido em suas constatações quando Mari continuou a falar.

— Eu vi a sinceridade na sua voz ao me contar que você não tinha amigos nem nunca ter ido à escola. O fato de você ter se aberto para mim Adrien, uma garota desconhecida e que não gostava de você, mexeu com meu coração. - Ela colocou uma mão sobre o peito, instintivamente. - E depois você me ofereceu seu guarda chuva, em um ato de solidariedade e bondade tão grande. Me desconcertou totalmente com aquilo. - Ela completou, rindo. - Não era nada condizente com o que eu achei que você faria. E enquanto eu segurava seu guarda-chuva, você me olhou com esses seus olhos verdes, de forma tão terna, que meu coração disparou, e eu senti, naquele momento, que você não seria qualquer um em minha vida

Ela terminou sorrindo doce, e Chat parecia precisar reaprender como se fazia para respirar. Mari abriu outro sorriso, fitando as esmeraldas que não desgrudavam de si e tornou a falar.

— Eu sei que tudo o que eu senti naquele dia nem se compara ao tamanho do amor que tenho por você hoje, mas eu tenho certeza, que ele se iniciou ali, naquele exato momento. - Soltou um suspiro por finalmente ter dito tudo, e estranhou o garoto tão calado à sua frente. - Adrie…

Ela não conseguiu completar, o que ia dizer, quando ele se jogou sobre si, aninhando a cabeça em seu peito.

— Chat!! - Ela gritou constrangida. Mas tudo o que importava para ele agora, era abraçá-la bem apertado e ouvir as batidas do seu coração maravilhoso. Coração que ela confiou a ele, há tempo tempo, que se sentia um idiota por nunca ter percebido.

— Todo esse tempo Mari? - Disse baixo, sem soltá-la. Logo a sentiu relaxar, e enterrar os dedos nos cabelos dele novamente. Ele amava o carinho dela.

— Sim gatinho. - Ela entendeu a pergunta incompleta dele. - Eu te amei desde o comecinho. - Beijou o cabelo dele, já ouvindo o sonoro ronronar novamente, sentindo o peito tremulando em suas pernas jogadas na cama. Ela amava quando ele ronronava. - Você é muito carente, sabia? - Observou rindo, ao perceber que os braços dele não a largaram em momento algum.

— Eu gosto de abraços. - Respondeu simplesmente, sem abrir os olhos, desfrutando do cafuné incrível que estava recebendo.

— Ah é? Até os abraços “esmaga coluna” do meu pai? - Brincou, rindo muito em seguida, mas percebeu que ele não riu junto com ela. Talvez não tivesse achado tanta graça.

— Gosto até mesmo desses abraços. - Completou, deixando Marinette sem graça. - Eu queria… que meu pai me abraçasse assim. - A confissão fez o coração de Mari sentir uma fisgada.

— Oh Chat…

— Desculpa! - A interrompeu. - Não quero te encher com meus problemas. - Ela não podia ver o rosto dele, mas sabia que havia ficado triste ao lembrar do pai.

— Adrien, eu sou sua namorada. E eu quero que você me encha com seus problemas. Eu quero tudo relacionado a você!

Ele teve que interromper o carinho que estava recebendo para sentar e olhar nos olhos da garota, para verificar se havia ouvido certo. Sua cara de espanto deveria ser divertida, pois Marinette abriu um sorriso logo em seguida, e ele se encontrou completamente devoto à mulher a sua frente. 

— Esconder garras. - Ele queria ter essa conversa com ela, mas precisava fazer isso sendo ele mesmo. Sem nenhuma máscara, nem a invisível que usava todos os dias.

— Boa noite Plagg! - A garota cumprimentou o kwami preto.

— Boa noite Marinette! Eu já disse que você está linda hoje? - Ela corou com o elogio.

— Plagg! - Adrien advertiu, e parecia irritado.

— Tudo bem príncipe. - Ela riu sem graça. - Plagg, deixei alguns pães que meu pai fez hoje lá embaixo, para acompanharem seu queijo. - Adrien olhou incrédulo para ela, que respondeu com um simples dar de ombros.

— Oh Marinette, você é mesmo a melhor namorada de todas! - Disse, fazendo Adrien fechar mais a cara. - Vou dar privacidade a vocês dois! - Ele desceu para o andar de baixo, em direção à comida.

“E vai atrás da minha kwami não é? Espertinho.” - Mari terminou, em pensamento, rindo logo em seguida. Mas parou quando viu o olhar irritado de Adrien.

— O que foi? - Perguntou inocente.

— Não devia mimá-lo desse jeito. Ele fica impossível depois. - Soltou, voltando a deitar no colo dela. - Ele também gosta de me provocar para me deixar com ciúmes.

— Adrien! Tem ciúmes do seu kwami? - Estava surpresa. O relacionamento que esses dois tinham era bem diferente do dela com a Tikki.

— Tenho ciúmes de qualquer um que diga que minha namorada é linda tão descaradamente na minha frente. - Ela riu mais.

Estava fazendo o carinho e sentiu falta de algo.

— Ah, sinto falta do seu ronronar quando você está assim. - Mal deu tempo de fechar a boca e Adrien já estava sentado na sua frente. - O que foi agora?

— Eu acabo de dizer que estou com ciúmes do Plagg, e você diz sentir saudade de algo que eu só faço quando estou com ele? - Ela simplesmente acenou com a cabeça, não entendendo o que ele iria fazer depois disso. - Ah, mas que namorada ousada essa minha. - Disse de um jeito sensual, o que a deixou curiosa.

— O que você vai faz...Ah, Adrien, pare! - Ela gritou em meio aos risos que Adrien arrancava dela, enquanto fazia cócegas em sua cintura. - Para, me solta!!! - Ela não conseguia parar, chegando a gargalhar, mas ele não a soltava. Até Marinette perder o ar e ele afrouxar o aperto, deixando-a empurrá-lo para longe. - Você é louco! - Conseguiu dizer, ainda com a respiração irregular. Limpando uma lágrima que saiu do seu olho de tanto rir.

— Louco por você! - Deu um beijinho na bochecha dela e voltou a deitar para receber cafuné.

Ficaram assim alguns minutos. Ele criando coragem para se abrir e ela em dúvida se devia perguntar.

— Você veio aqui em casa, uma vez… - Ela começou, não aguentando a curiosidade. - Quando eu ainda não sabia quem você era. Disse que não tinha uma boa relação com seu pai e que… se sentia um fardo, às vezes. - Adrien não disse nada, ficando imóvel em seu colo, enquanto ela ainda bagunçava os cabelos loiros dele com seus dedos. - Me desculpa, estou sendo intrometida. Não precisa falar se não quiser.

— Eu quero! - A mão dele foi até a sua, segurando seu pulso e a levando até os lábios dele para beijá-la. - Mas você já tem tantos problemas que eu não posso resolver, eu não queria colocar os meus sobre seus ombros também.

— Ei! - Ela soltou sua mão, usando as duas para segurar as laterais dos rosto dele e fazê-lo olhar para cima, olhar em seus olhos. - Estamos juntos, não estamos? - Ele acenou, com o rosto ainda preso entre as mãos dela. - Então os seus problemas são meus também. - Ele sorriu, e as bochechas ficaram esmagadas, deixando-o tão fofo que Mari o soltou logo em seguida, esperando que ele não tivesse visto seu rosto corar.

Adrien achou melhor sentar na cama e ficar de frente para ela. Estava tão grato, Marinette não devia saber o quanto. Grato por saber que havia alguém agora, com quem ele podia desabafar.

— Depois do que aconteceu com a minha mãe, o meu pai mudou muito. - Começou melancólico. - Ele nunca foi carinhoso, mas pelo menos era presente. Hoje eu mal o vejo, e às vezes, sinto como se nem o conhecesse mais.

— Eu sinto muito meu príncipe. - Mari encontrou a mão dele, segurando-a em sinal de conforto. - Não precisa se sentir sozinho mais. Sabe que sempre estarei aqui com você. - Adrien se permitiu abrir um sorriso com as palavras dela, pois acreditava mesmo nisso. - E os meus pais também, pelo visto, depois de hoje. - Isso arrancou uma gargalhada dele, que a fez rir junto. - Queria poder fazer mais por você. - Ela terminou séria.

Adrien se aproximou, engatinhando pela cama na direção dela.

— Você já fez. - Beijos os lábios macios dela, sentindo o gosto doce que tanto gostava. Gosto de Marinette. Era o seu sabor preferido desde a primeira vez que o experimentou. - Você me deu tudo o que eu precisava. - Conseguiu dizer quando se separaram para respirar. Mas Mari logo o puxou para beijá-lo de novo, e Adrien riu, sem desgrudar os lábios dos dela novamente.

*****************************************

— Tem noção que ficamos o dia inteiro juntos ontem? - Era segunda e uma nova semana escolar começava. Mari entrava no Colégio Françoise Dupont de mãos dadas com seu namorado.

— E? - Ele queria saber aonde ela queria chegar com essa informação.

— E que você não deveria dizer que ficou com saudades de mim. Nos separamos por somente 1h! - Ela constatou o óbvio, que não parecia tão óbvio para Adrien.

— Bom, você não pode me dizer o que sentir, e se eu digo que senti saudades, então eu senti. - Lançou uma piscada para ela, enquanto abria um sorriso largo, com os dentes à mostra. Marinette riu.

— Cuidado Adrien… - Se aproximou da orelha dele para dizer baixinho. - Está deixando seu gatinho aparecer. - Terminou dando um beijo na bochecha dele antes de entrar na sala, deixando Adrien corado logo atrás, com uma mão sobre a bochecha.

— Oh Romeu, vai deixar a baba escorrer desse jeito! - Nino surgiu ao seu lado, lhe dando um susto.

— Ei! Eu não babei! - Protestou, passando a mão sobre a boca para conferir se realmente não havia feito isso. Nino gargalhou com o gesto. - E não me chame de Romeu, é depressivo.

— Nossa, por que? - Nino passou a segui-lo até a sala, sentando em seus lugares.

— Já leu Shakespeare Nino? - O amigo concordou. - Então sabe o que acontece no final de Romeu e Julieta. E de finais trágicos eu quero distância!

— Ei cara, relaxa, é só um modo de dizer. - Nino o deu uma cutucada de leve com o cotovelo. - Estou feliz de ver que você está feliz.

Adrien sentiu seu coração se aquecer. Nino havia sido seu primeiro amigo ali, se importava muito com ele e com o que ele pensava de si.

— Obrigado, Nino!

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— Não acredito que vou ter que ficar longe de você de novo! - Adrien reclamou, enquanto desciam as escadas no fim da aula. Marinette só sabia rir.

— Como você é dramático!

— Romântico, você quis dizer! - Corrigiu, fingindo-se ofendido. - Talvez eu devesse encontrar uma garota que aprecie o meu romancismo.

— Não ouse! - Ela apertou mais a mão dele, esmagando os dedos do namorado, mas isso só o fez rir mais alto.

— Adrien! - Nathalie, que estava em frente ao carro, chamou a atenção do casal.

— Nathalie? O que veio fazer aqui? - Se aproximou, e Marinette se perguntou se devia soltar a mão dele ou não. Quando tentou, sentiu o aperto dele aumentar, impedindo-a.

— Seu pai pediu para lhe buscar e também. - A morena virou para Marinette. - Pediu para convidar a Senhorita Dupain-Cheng até a mansão Agreste amanhã, para tomar um chá.

— Ele quer vê-la? - Adrien parecia empolgado, e Marinette até ficaria feliz com isso, se não estivesse surpresa com o convite e apavorada por dentro. Conhecer Gabriel Agreste era um sonho! Mas ser apresentada a ele como namorada de seu filho… Era outra história.

— Estará livre amanhã às 17h? Senhorita Dupain-Cheng?

— Marinette! - Ela disse em um impulso. Coçou a garganta antes de falar de novo. - Ér, por favor, pode me chamar de Marinette. E estarei livre sim.

— Está agendado então. - Marinette observou as expressões frias da assistente de Gabriel. Aquilo lhe dava arrepios. - Vamos Adrien, temos um ensaio agora.

— Tudo bem. - Ele voltou para se despedir de Mari, com um beijo na bochecha. - Te vejo mais tarde princesa.

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— O que acha desse Tikki? - Mari colocou um vestido azul claro na frente do corpo. - Não, muito simples né? E esse rosa? Ai, muito menininha. - Continuou retirando suas roupas do armário.

— Marinette, não precisa se preocupar tanto com a roupa. - A kwami dava sua opinião sentada na mesa enquanto degustava um cookie. Marinette estava fazendo uma bagunça, deixando várias peças de roupa pelo chão.

— Mas é a casa de um estilista! A roupa conta muito! - Falou nervosa, tirando outro vestido do guarda-roupa e o descartando logo em seguida.

— Mas eles querem te conhecer por dentro. -

— E como isso melhora? Meu deus, e se eu quebrar algo caro enquanto estiver lá? E se eu gaguejar e o pai do Adrien me odiar?

— Marinette, respira e se acalma! - Tikki estava rindo. - Vai dar tudo certo. Você é uma menina maravilhosa. E o Adrien já te ama! Tenho certeza que o pai dele vai gostar de você também.

Marinette crispou os lábios. Sabia que as pessoas a elogiavam com frequência, mas ela sabia que não era tão perfeita assim. Na verdade, Marinette estava cheia de erros, e tinha muita consciência deles. Só esperava que o pai de Adrien não acabasse conhecendo esses erros também na visita dela de amanhã.

Sentou em seu divã, abarrotado de roupas, frustrada. Levou um susto quando ouviu batidinhas na janela, se dando conta de Chat do lado de fora. Mal havia notado que já era noite. Estava tão concentrada no que fazer amanhã que mal viu a tarde passar.

— Contou ao seu pai sobre mim. - Foi a primeira coisa que disse enquanto abria a grande janela redonda. Não era uma acusação, ela só havia ficado surpresa. Sabia o quanto o pai dele era rígido, e pensava que um namoro na rotina do filho talvez não fosse algo que ele concordaria.

— Primeiramente boa noite! - Chat entrou no quarto, dando um beijo na bochecha dela e depois reparando a bagunça que estava ali. Se virou para ela com uma cara de desconfiado. - E segundo: é claro que contei. Como acha que eu passei a tarde inteira aqui ontem? - Ele falou, se destransformando e se jogando no divã de forma confortável, em cima das roupas mesmo.

— Falou que viria aqui? - Ele concordou com a cabeça. - Achei que tivesse, sei lá, enganado o Gorila, dizendo que iria na casa de um amigo, não sei.

Adrien se levantou, indo até ela devagar, segurando um dos seus braços e levando a outra mão ao queixo dela, para olhar diretamente dentro da imensidão azul que era o olhar de Marinette.

— Eu não esconderia algo tão importante para mim. Você é importante para mim Mari! - Depositou um beijo na testa dela, a vendo relaxar um pouco pela primeira vez desde que chegou. - E eu também odeio mentiras. Para mim já bastam as mentiras que tenho que contar para proteger minha identidade como Chat Noir.

Isso fez Marinette suar frio.

Que sorte a dela, seu namorado odiava mentiras e estava aqui, namorando a maior mentirosa de Paris.

Bom segunda maior, Lila infelizmente ainda estava viva, desde a última vez que checou.

— Mari? - Adrien a chamou. - Ficou quieta de repente, está tudo bem?

— Claro! - Ela sorriu sem graça. - Por que não estaria?

“Eu é que não estou morrendo de medo com a mera possibilidade de que, um dia, você descubra que andei mentindo para você esse tempo todo, escondendo que sou a Ladybug. E que, a simples ideia de que um dia você pode acabar descobrindo e me odiando por isso, me faz querer arrancar meu próprio coração do peito, só para eu não sofrer tanto quando você me abandonar.”

— Então tá… - Ele arqueou uma sobrancelha desconfiado. - Se não quiser falar, tudo bem…

— Estou com medo do seu pai! - Ela soltou, cobrindo a boca com as mãos logo em seguida. - Me desculpa, mas estou com muito nervosa com a ida à sua casa amanhã

— Isso é sério? - Adrien riu quando a viu concordar com a cabeça. - Ah princesa, não seja boba. O meu pai pode ser frio e negligente, mas ainda é meu pai. - Adrien sentiu que essa frase tinha saído um pouco mais pesada do que gostaria. - Tenho certeza que ele vai ficar muito feliz por mim. E também vai te adorar.

— Como pode ter certeza?

— Porque eu conheço a minha namorada. E todos adoram ela!

Isso a fez relaxar um pouco. Guardou as roupas em seu armário enquanto Adrien subia para cama, tentando controlar os bocejos que escapavam de sua boca hora e outra.

Mari logo se juntou a ele, se aconchegando em seus braços e jogando uma das pernas em cima dele, como se ele fosse um travesseirão.

— Está muito à vontade comigo! - Ele provocou, já com os olhos fechados. Marinette riu.

— Isso que dá ser uma visita frequente. - Deu um beijo na bochecha dele, que logo a apertou mais entre seus braços. - Boa noite meu príncipe.

— Boa noite princesa.

Mari permitiu a calma invadir seu coração enquanto observava a respiração de Adrien se aprofundar. Fechou os olhos, grata por finalmente estar mais tranquila.

E também, Adrien estaria com ela amanhã, não ficaria sozinha. Não tinha motivos para nervosismo.

Era só o pai do seu namorado, nada demais! Tudo ficaria bem.


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Notas finais do capítulo

Sábado sai o capítulo: Agrestes

Eita que o Hawk Pai vai aparecer!! hahaha vai ser bom.

Espero que tenham gostado!!

Beijos doces e vejo vocês nos comentários!



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