Insônia escrita por Babydoll


Capítulo 25
Incidente


Notas iniciais do capítulo

Olha, não me julguem, mas eu coloquei uma coisa nesse cap que eu sempre quis ver kkkk e que eu amo sempre que aparece em livros, filmes e afins. É isso ♥

Me perdoem! Não tive tempo de responder comentário nenhum do capítulo passado, mas li todos com muito carinho e já agradeço a cada um que tirou um tempinho pra comentar ♥ e aos que sempre comentam... vocês sabem que já tem um lugar no meu coração! haha.

Amanhã irei responder todos!

Enfim, sem mais delongas, boa leitura!



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Acordou em mais um lindo dia. Já havia semanas que não sabia mais o que era ter pesadelos. E Marinette agradecia a cada manhã por isso, para nunca se esquecer que era tudo graças ao garoto que à visitava todas as noites com sua roupa de gato preto.

Abriu os olhos devagar, estendendo a mão direita, admirando sua nova joia. A aliança prata brilhava em seu dedo. Riu sozinha, rolando entre as cobertas. O cheiro de Adrien inundava toda sua cama.

— Me conte o que aconteceu ontem!! - A kwami apareceu de repente, a tirando do seu momento de menina apaixonada. Devia estar se remoendo de curiosidade desde a noite anterior.

— Ah Tikki, foi tão perfeito! - Narrou toda a surpresa enquanto corria para se arrumar. Acordou mais tarde que o habitual, nenhuma novidade, pois chegaram tarde na noite anterior. Sem contar que demorou a dormir por causa da euforia que estava sentindo.

— Awn, Adrien é mesmo um amor! - Tikki juntou as mãozinhas em um sinal apaixonado, e Marinette iria rir, caso não estivesse correndo apressada para a escola. Chegou e o sinal já havia batido.

Se apressou para chegar na sala antes da professora, mas ao dobrar o corredor, percebeu que a porta já estava fechada. Parou de correr, tomando fôlego enquanto dava batidinhas, esperando que a não fosse a Sra. Mendeleievé no primeiro horário, ou estaria frita.

— Ah, senhorita Dupain-Cheng! - Foi saudada de forma gentil pela Srta. Bustier.

— Me desculpe pelo atraso! - Ela pediu antes de entrar, ainda respirando fundo.

— Está tudo bem Marinette. Pelo visto correu muito até aqui. - Completou dando uma risadinha. - Pode entrar. - Recebeu passagem e caminhou até seu lugar.

Os olhos azulados logo se voltaram para o menino sentado na primeira fila. Ele estava com os braços apoiados na mesa, e ela conseguiu ver o anel prateado rodeando seu dedo, substituindo o miraculous dele, que agora estava na mão esquerda. Sorriu ao ver aquilo. Ao encontrar seu rosto, viu ele emitir sem som as palavras: Me desculpe.

Ela sorriu e negou com a cabeça enquanto andava, queria dizer “Sim, a culpa meio que foi sua mas eu não te culpo.”

Sentou em seu lugar após a conversa silenciosa que tiveram, e Alya arregalou para suas mãos assim que as colocou em cima da mesa. Viu a amiga espichar o pescoço, procurando a mão de Adrien na frente. Os olhos dela aumentaram de tamanho outra vez quando finalmente viu o que queria.

— Mentir…

— Shhh! - Mari a calou sorrindo. - Estamos na aula, depois te conto tudo. - Sussurrou para a amiga, que abriu um sorriso largo e deu mini pulinhos sentada no banco.

Aquilo era o máximo que Alya Césarie conseguia se conter.

Estavam quase no terceiro tempo, o último antes do intervalo, quando Marinette sentiu um incômodo no pé da barriga. Achou estranho, e depois sentiu uma pontada mais forte.

— Huum… - Ela levou a mão até lá, suspirando fundo para não soltar nenhum outro gemido de dor.

— Amiga, tudo bem? - Alya se inclinou para cochichar ao seu ouvido.

— Está eu só… - Outra pontada, e ela apertou a barriga com a mão. Então em um estalo, fez as contas mentalmente.

“Droga!”

Estava entrando naqueles dias do mês e havia se esquecido totalmente.

—- … estou com cólica, só isso. - Completou para a amiga que a olhava preocupada.

— Quer ir na enfermaria? - Alya perguntou gentil.

— Não, tudo bem, eu aguento. - Lançou um sorriso enquanto continha outra pontada dentro de si.

Esperaria até o intervalo e iria até lá sem chamar atenção. Era melhor do que levantar agora e deixar todos curiosos ou preocupados com ela. E com preocupados ela se referia, especificamente ao loiro a sua frente.

Óbvio que não contaria a ele o que estava acontecendo, somente a ideia a fazia corar. Já tinha mais de meses que estava dormindo com Chat Noir, e conseguiu disfarçar quando esses dias chegaram das últimas vezes. Mas parecia que esse mês as cólicas não seriam brandas como nos outros. Ela estava acostumada a tê-las fortes assim somente umas duas vezes ao ano.

Uma pontada mais forte veio, e não conseguiu conter o gemido de dor quando ela veio, se dobrando para frente em direção à mesa.

— Mari? - “Merda!” ela pensou, quando reconheceu que era a voz de Adrien a chamando. Devia ter escutado a agonia dela.

— Senhora Dupain-Cheng, está bem? - A Srta. Bustier perguntou na frente da classe ao ver a atenção deles dispersa. O que chamou a atenção da turma toda para ela. Marinette quis sumir.

“Sim, estou!” - Estava pronta para responder quando…

— Não, Sra. Bustier, a Marinette está com dor, posso levá-la a enfermaria? - Alya foi mais rápida. Ela levantou o tronco, se deparando com Adrien virado para trás, a olhando aflito.

— Sim claro Alya, leve-a, por favor. - Rendida, ela se levantou devagar, e sussurrou “Está tudo bem” quando passou ao lado do namorado.

“Namorado!” - As borboletas em seu estômago ainda flutuavam quando pensava nessa palavra. Mas então, outra pontada apareceu e ela decidiu que era melhor essas borboletas ficarem quietas agora.

Seguiu com Alya para fora devagar, a dor aumentava aos poucos enquanto andava.

— Mas que droga! - Ela choramingou no corredor.

— Vida de mulher amiga. - Alya a confortou enquanto caminhavam. - Eu estou louca para perguntar sobre esses anéizinhos lindos nas mãos do meu casal favorito, mas vou esperar até você estar devidamente medicada e seu útero calmo.

— Alya! Não fale coisas tão íntimas assim! - Ela ralhou e lembrou de algo importantíssimo com isso. - E por favor não conte ao Adrien o que eu tenho! Vou morrer de vergonha!

Elas pararam em frente a sala de enfermaria e Alya a olhou estranha, com as mãos na cintura.

— Amiga, ele vai saber um dia! Conta logo e acaba com isso! Não é como se fosse surpresa, você é mulher, afinal de contas! - Marinette iria argumentar mais, mas a dor estava aumentando e não queria perder tempo.

— Por favor Alya! Um dia ele vai saber, eu só não quero que seja hoje, ok? - Suplicou e esperou que sua amiga tivesse compaixão, afinal, ela já estava sofrendo muito ali.

— Tá legal! Vou dizer que você está de caganeira então!

— ALYA!!! Em que país isso é menos vergonhoso que estar menstruada?? - A dor até foi embora nesse momento, tamanha era o constrangimento só em imaginar Alya dizendo isso ao Adrien.

— E o que eu digo então? - As duas entraram na enfermaria.

— Marinette, Alya, está tudo bem meninas? - A enfermeira as saudou assim que entraram.

— Sra. Leblanc, estou com muita cólica. - Contou enquanto se dirigia à cama que ficava ali.

— Oh pobrezinha, vou pegar um analgésico e uma bolsa de água quente para você, pode deitar querida. - A mulher disse atenciosa. - Pode voltar para a sala Alya, obrigada por trazê-la aqui.

— Sem problemas, Sra. Leblanc. Melhoras Mari! - Estava saindo quando volto novamente. - Sra. Leblanc, o que eu digo se perguntarem o que a Mari tinha? Ela está com vergonha de falar que está com cólica. - Disse, dando uma piscadinha para Marinette, que já estava engolindo o comprimido.

— Ah, isso é normal menina, não precisa ter vergonha! - Falou, mas ao ver as bochechas de Marinette ganhando um tom avermelhado suspirou. - Ai, tudo bem! Não gosto de mentiras, mas pode dizer a eles que ela está com uma inflamação pélvica. Ninguém vai questionar. Tudo bem? - Se voltou para a garota de cabelos azulados, que concordou com um sorriso, já sentindo um alívio enquanto estava deitada com a bolsa de água quente em cima da pelve.

— Tudo bem. Nos vemos depois Mari. - Alya lançou um beijo para ela, saindo da sala.

*************************************

Adrien estava angustiado na sala. Batendo o pé no chão enquanto as meninas não voltavam.

— Cara, se controla! Tá tudo bem. - Nino tentou acalmá-lo pela décima vez.

— Fácil falar, se fosse a Alya você estaria pior que eu. - Nino fez uma cara de quem estava pensando um pouquinho e por fim concordou.

Não demorou muito para Alya entrar pela porta e todos os olhares se voltarem para ela, principalmente o olhar aflito de Adrien.

— Er… A Mari tá bem gente, ela só vai ficar na enfermaria um pouquinho. - Explicou rapidamente, e é claro, para Adrien aquilo não bastou.

“Por que ela tem que ficar lá?” - Ele gritava isso com o olhar.

— Relaxa Agreste, depois explico melhor! - Alya sussurrou, tocando seu ombro enquanto ia para o lugar.

Adrien sempre ficava ansioso ao ver alguém doente. Lembranças de sua mãe passavam pela sua cabeça, e ele tentou controlar o nervosismo respirado fundo, como Mari havia o ensinado uma vez.

Essa angústia acabava com ele.

Lembrou de semanas atrás, quando viu Marinette quase desmaiando na escola após o ataque do Electro.

“Ela disse na época que era por medo, e depois disse ao Chat Noir que não tinha medo nenhum. E se ela está doente desde essa época e não contou a ninguém?”

Sua mente começou a atacá-lo duramente. Sentiu suas mãos começarem a tremer e a suar.

Subitamente, a mão de Nino apertou seu braço.

— Está tudo bem Adrien, se acalme. - Ele falou firme e Adrien sentiu conforto no toque dele, se permitindo respirar devagar.

O sinal para o intervalo soou e Adrien levantou rápido, seguindo para fora da sala em passos firmes.

— Adrien, vai aonde cara?

— Enfermaria! - Gritou já no corredor.

— Espera, Adrien! - Alya surgiu atrás dele em passos trôpegos, com Nino em seu encalço. - Melhor esperar a Marinette sair.

Ela o parou no meio do caminho. Alya o estava impedindo de continuar.

“O que está escondendo Alya?”

— Por que não posso ir lá? - Olhou para a garota de forma inquisidora. Ela alternou olhares entre ele e Nino, que também parecia esperar por uma resposta.

— A Mari está… Com infecção pélvica! - Soltou, vendo os olhos dos dois aumentarem de tamanho com a resposta.

— E isso é grave? - Foi Nino quem perguntou. Adrien parecia estar em choque. - Vou olhar no google. - O garoto continuou tirando o celular do bolso.

— Não! - Alya tomou o celular das mãos dele. - Não olha! - Adrien se assustou ainda mais. Se não podiam olhar, era porque o assunto era grave.

Mas na verdade, Alya não queria que olhassem pois ela não sabia direito o que era isso! E se fosse algo realmente grave? A Marinette nem estava com isso!

— Alya… Eu vou ver a Marinette, agora! - Adrien soou sério, muito sério. E Alya tremeu com seu tom.

— T-tudo bem! - Deixou o loiro passar, mas o seguiu junto com o namorado. Se desculparia com Marinette depois, mas impedi-lo foi uma missão impossível. Se alguém fosse contar a verdade, que fosse a Marinette.

Adrien sentiu as mãos tremerem antes de abrir a porta. Quando entrou, encontrou Marinette deitada com uma bolsa de água em cima da barriga. Ela se assustou ao vê-los.

— Mari! - Ele se aproximou, indo até a lateral da cama e pegando uma das mãos dela de forma gentil.

— G-gente! O-o que estão fazendo aqui? - Ela ia levantar, mas Adrien a impediu. E também, a bolsa quente estava fazendo milagres ali, achou melhor não relutar. Estavam só eles ali, a Sra. Leblanc havia ido lanchar e disse que ela podia sair quando a bolsa esfriasse.

— Foi mal amiga, eu disse que tava tudo bem, o Adrien tava muito preocupado. - Assim que a Alya terminou de falar, Marinette reparou que a mão que ele estava segurando a sua, estava tremendo.

— Príncipe! Você está tremendo mesmo! - Falou espantada, ignorando a cara de meiguisse que Alya e Nino fizeram ao mesmo tempo ao ouvirem o apelido carinhoso dela.

Adrien só abaixou a cabeça, não queria deixá-la pior ao contar os seus medos.

— Se você disser que está bem, então basta para mim. - “Não basta!” ele queria dizer.

Mas palavras não eram necessárias, Marinette percebeu quando viu a aflição em seus olhos verdes.

“Droga!”

— Alya, posso falar com o Adrien sozinha? - Pediu, e o aperto dele em sua mão aumentou, e Alya assentiu, saindo pela porta com Nino.

Sabia que era desnecessário pedir por privacidade, conhecia a amiga e o namoro dela o suficiente para saber que ela contaria tudo a Nino assim que cruzassem a porta. Mas era melhor do que ela dizer.

— Adrien, está tudo bem… - Ela falou enquanto se sentava, tentando manter a bolsa no mesmo lugar, ela já estava esfriando mesmo. O remédio já havia começado a fazer efeito e logo sairia dali. - Eu estou com problemas… femininos. - Mordeu o lábio por não conseguir dizer.

— O que? - Ele sentiu o coração disparar.

— Ai Adrien, eu estou com cólica! - Ela soltou, e tampou o rosto com as mãos logo em seguida. - E agora estou com vergonha de você.

O loiro sabia um pouco sobre o assunto, e sentiu a calma finalmente inundá-lo.

— Ah, graças a Deus! - Ele a abraçou. E Mari percebeu, ao abraçá-lo de volta, que o corpo dele ainda tremia.

— Adrien, deixei você muito preocupado, me desculpa! - Ela afastou o rosto para olhá-lo. - Tudo porque eu estava com vergonha…

— Não princesa, eu é que exagerei. - Confessou constrangido. - Minha mãe ela… Ficou muito doente antes de… - Não conseguiu completar a frase. - Enfim, eu temi que estivesse doente também. - Aquilo quebrou o coração de Mari. Vê-lo tão vulnerável. Expondo uma dor tão grande para ela assim.

— Oh Adrien! - O abraçou de volta, mais apertado. — Eu sinto muito! - Ele nunca havia falado de sua mãe com ela tão abertamente assim. Permaneceram naquela posição até ela sentir que ele estava mais calmo.

— Está melhor? - Ele perguntou enquanto desfazia o abraço. Marinette abriu um sorriso e confirmou com a cabeça, segurando a mão dele antes de saírem da enfermaria.

******************************************

— Mãe! - Mari se jogou no sofá de casa assim que chegou.

— Querida, o que foi? - Sabine sentou ao seu lado preocupada.

— Estou com cólica! - Ela confessou para sua mãe, fazendo um biquinho, bem manhosa. Estava passando tempo demais com Chat Noir. - Faz aquele seu chá para mim? Por favor? - Sabine riu da atitude da filha.

Por ser chinesa, sua mãe tinha um vasto conhecimento em remédios caseiros, principalmente com chás e Marinette adorava receber cuidados dela.

— Tudo bem, eu faço… - Ela já ia se levantar quando percebeu algo na mão de Marinette. - Que anel é esse minha filha?

Marinette sentiu o sangue gelar. Apesar de já estarem juntos há alguns dias, ainda não havia contado aos pais sobre Adrien. Principalmente pelo relacionamento deles ainda não terem um nome definido. Bom, até ontem de madrugada, mas não teve tempo de contar aos pais nesse meio tempo.

— Bom, ér… eu… O Adrien me pediu em namoro hoje. - Ela contou, temendo receber algum xingamento.

— Oh querida! Isso é maravilhoso! Espera só até o seu pai saber! - Ela falou contente, puxando Marinette para um abraço.

— Não está brava? - Perguntou curiosa.

— Você gosta desse menino desde que o conheceu! Claro que não estou brava! - Ela fez um carinho no topo de sua cabeça. - Estou muito feliz por você meu bem. Depois chame-o para vir aqui e para comer conosco.

— É c-claro, mãe! - Ela lançou um sorriso sem graça. ”Ele já vem aqui todos os dias, só que vocês não sabem”. Segurou essa resposta.

Recebeu um beijo no topo de sua cabeça e viu a mãe indo em direção a cozinha para fazer o chá que pediu.

***********************************

Tomou um banho quente e demorado, aproveitando a água quente que aliviava seu corpo e sua dor.

O efeito do chá e dos remédios havia passado, e ela já estava se arrependendo de não ter tomado outra dose algumas horas antes.

Durante a tarde, aproveitou para ligar para Alya e agradecer por toda ajuda de hoje. E é claro, finalmente contar a ela sobre toda a surpresa que recebeu ontem.

Deixou alguns detalhes de fora, obviamente. Como o horário daquela surpresa, o local em cima de um telhado e a vestimenta que seu digníssimo namorado estava usando na ocasião. Mas a história que contou a amiga foi o suficiente para fazê-la dar gritinhos e quase deixá-la surda através do celular, principalmente na hora que contou que ele estava de joelhos e com um buquê na mão.

Colocou uma roupa larga e confortável assim que chegou no quarto. Odiava como ficava frágil e sensível nesses dias. Tomou outro remédio.

— O chá pareceu fazer efeito. - Tikki comentou enquanto Mari deitada cedo na cama, uma novidade.

— Sim, mas já está passando. E o remédio demora um pouco a fazer efeito. - Choramingou, querendo ter uma bolsa de água quente como a da escola em casa.

— Posso fazer alguma coisa para ajudar? - A kwami fazia carinho no topo de sua cabeça.

— Arranca meu útero e eu vou agradecer! - Respondeu carrancuda e Tikki riu, mesmo com pesar.

— Já vai passar, é só nos primeiros dias que a dor fica mais forte. - A kwami já estava com Marinette a tempo suficiente para saber como o corpo da portadora reagia nos ciclos. Também sabia que Marinette podia ficar com péssimo humor em alguns meses.

— Eu sei! - Ela gemeu de dor em meio a outra cólica. Pegou um travesseiro e pressionou contra a pelve, aquilo aliviava um pouco.

Ficou alguns minutos ali quietinha, quase pegando no sono devido a medicação.

— Princesa? - Ouviu Chat a chamar baixinho, soltando um resmungo em resposta, ainda sem abrir os olhos. - Como está a dor?

— Doendo… - Ela suspirou, e sentiu o corpo dele deitar atrás de si. Não queria ser grossa com ele, mas estava irritada.

“Obrigada TPM”.

Ouviu ele rir, aliviada por não ter ficado zangado com sua resposta.

— Aqui, coloque isso. - Sentiu algo quente tocar seu braço, abriu os olhos e viu que ele segurava uma bolsa de água quente em frente ao seu corpo, esperando ela soltar a almofada para substituir pela bolsa.

— Gatinho! Trouxe isso para mim? - Ela virou o rosto para trás, vendo ele a olhar com muito carinho. - Não precisava… - Ela disse, mas as lágrimas já brotavam nos olhos com o gesto gentil.

“Obrigada TPM 2”.

— Cuidar de você é meu dever de herói e namorado, princesa. - Ele falou, desfazendo a transformação logo em seguida. Plagg saiu voando para o andar debaixo. Marinette sabia bem aonde ele ia…. - Não precisa agradecer. - Adrien completou, puxando o cobertor para deixá-la mais confortável.

Depois ele se virou, e pegou uma mochila que havia levado, e que Marinette percebeu que nem havia visto.

— Também trouxe analgésico, uma vitamina em cápsula e chocolate. - Completou, se voltando para ela e vendo seu olhar confuso. - Tudo bem, admito, eu pesquisei antes de vir.

— Adrien, não acredito que fez isso por mim. - Mesmo sentindo constrangida por saber que ele pesquisou sobre o assunto e incomodada por sentir que estava dando trabalho para ele, ficou, acima de tudo, comovida com suas ações.

— Claro, eu faria tudo por você Mari! - Inclinou para dar um beijinho em seus lábios. Se assustou um pouco ao se afastar e ver que ela estava chorando. Mas então se lembrou da pesquisa… - TPM? - Ela concordou com a cabeça e ele riu. - Tudo bem, vou deixar tudo aqui, se quiser algo é só me falar.

Desceu, buscando suas coisas no armário e se ajeitando ao lado dela na cama logo em seguida.

— Como está a dor agora? - Perguntou, fazendo carinho no braço dela.

— Está passando… - Respondeu mais calma.

Marinette ainda não acreditava no quão sortuda era. Adrien era um sonho, e tudo que ele fazia não parecia ser real. Naquele momento, ela decidiu que não importava o que tivesse que fazer, ela se esforçaria ao máximo para ser a melhor namorada de todas para ele.

Se não podia ir contra esse amor, faria ele ser o melhor possível.

****************************************

Um estrondo foi ouvido e Marinette acordou assustada, sentando na cama em um sobressalto. Adrien também despertou, quase no mesmo instante.

— O que foi isso? - Ele perguntou, ainda confuso.

Ouviram outro barulho alto, como uma batida. Marinette olhou o relógio e percebeu que eram três da manhã ainda.

— Acho que é um akuma… - Falou, tentando afastar o sono de si.

Viu Adrien levantar da cama em um salto, enquanto outro barulho era ouvido.

— Fique aqui meu amor, vai ficar tudo bem, eu já volto. - Deu um selinho nela antes de gritar por Plagg, se transformar e sair de sua vista.

Mari saiu da cama logo em seguida. Sentindo uma pontada na pelve assim que ficou em pé.

— Tikki? - Ela chamou, mas a kwami já estava próxima a si, abrindo a boca em um bocejo.

— Uma luta básica no meio da noite, não é? - Ela riu, se transformando e seguindo para fora do quarto.

Suspirou ao sentir alívio imediato em seu abdômen.

“Ladybug não tem cólicas, é? Sorte a dela!” - Ironizou enquanto pulava pelos telhados atrás do parceiro.


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Notas finais do capítulo

É isso!! Um akumatizado, finalmente, depois de tanto tempo sem ação por aqui kkk.

Gente, sinceramente, eu pesquisei pra caramba pra descobrir se tinha o nome da enfermeira do colégio, mas não encontrei kkkk então só inventei ok? Se tiver essa personagem, me avise e eu arrumo.

Espero que tenham gostado do cap! Como eu disse, é um situação que eu amo quando descrevem em livros ou mostram nos filmes. Apesar de ser bobo, é algo que rola né meu povo?? Mas às vezes os escritores esquecem. Tipo, Crepúsculo, uma de minhas sagas preferidas, como o Edward ficava perto da Bella nesses dias?? hahahha eu queria muito saber.

Enfim kkk espero que minha mente louca faça sentido pra vocês, mas eu gosto de saber como os personagens reagiriam às coisas do dia a dia.

Beijos doces pra vocês! E até domingo!

⚠Aviso sobre o capítulo do fim de semana⚠

Como é dia dos namorados no sábado, fiquei com medo de não conseguir postar pra vocês... então provavelmente, devo postar no domingo ok? Espero que compreendam ❤



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