Love in you is a losing game escrita por Iasmyn


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

VOLTEI ♥
Espero que gostem ;)



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— Will já chegou? – Daphne perguntou a Rose, que acabava de terminar um penteado simples em seus cabelos. – ele parecia bem feliz. – Rose comentou ao perceber a curiosidade de sua duquesa, Daphne também a considerava uma grande amiga.

— Mesmo? – Daphne se virou para olhar para a criada que soltou um risinho com a curiosidade da duquesa. – estou pensando em o presentear com os biscoitos que nossa cozinheira fez ontem, para os filhos dele... de certo vão amar, não é?

— Crianças amam doces! Com toda certeza vão adorar o presente, Vossa Graça. – Rose sorriu observando Daphne que suspirou voltando a olhar para o espelho.

— Crianças... – Daphne falou baixinho ajeitando o colar em seu pescoço enquanto Rose terminava seu penteado. - não seria ótimo ter crianças aqui?! – Falou sonhadora – Com toda certeza a governanta enlouqueceria.  

— Tenho certeza que Deus a abençoara com muitos filhos, vossa graça – Daphne desviou o olhar e se levantou apressada. Não teve coragem de contar a ninguém que Simon a tinha dito que não poderia ter filhos, nem ela mesma conseguia compreender como um homem saudável como Simon não poderia conceber filhos.

 - Bem, vou a cozinha agora – Daphne sabia que Rose a tentaria impedir dizendo que a cozinha não é lugar para uma duquesa – Nem tente fazer com que eu mude de ideia - falou já saindo do quarto deixando Rose no quarto murmurando sobre coisas que duquesas podiam e não podiam fazer.

Daphne pediu para que a cozinheira preparasse uma grande cesta com biscoitos e guloseimas para que pudesse entregar a Will que conversava com Simon no escritório. Agradeceu e com a cesta nos braços saiu rumo ao escritório, riu com o desapontamento da governanta à vela carregando um cesta para a visita.

— Mais um filho? – Daphne parou atrás da porta do escritório ao escutar Simon perguntar a Will que ria da surpresa do amigo.

— É normal que isso aconteça, amigo – Disse Will aceitando a bebida que Simon o oferecia. – Logo vocês também terão a casa cheia deles.

— Nunca. – Simon falou com veemência tomando em só gole a bebida de seu copo. – Sabe que não posso ter filhos, Will.

— Não acredito que continua com isso, Simon – Will falou batendo com o copo na mesa. Daphne estremeceu atrás da porta, não conseguia entender o que estava acontecendo.

— Não posso ter filhos, Will. Nunca. – Simon falou evitando encarar o amigo.

— E Daphne? – Will perguntou perplexo. – Você contou a ela que não quer ter filhos porque é um completo idiota?

— Isso não importa, Will. – Simon falou sem ainda olhar para o amigo que caminhava agora  pelo escritório sem acreditar no que estava ouvindo. – Fiz uma promessa. Não terei filhos.

— Simon! – Will o olhou sem acreditar. – O casamento muda tudo. Ela muda tudo.

— Não muda nada. – Simon falou carrancudo – Já quebrei uma promessa e não quebrarei outra.

Daphne se apoiou na parede ao lado da porta levando uma das mãos aos lábios para conter o choro. Não conseguia acreditar. Simon, mentiu?

— Vossa graça? – Daphne desviou o olhar da porta ao ser chamada por uma criada que a observava preocupada. – Posso ajuda-la, minha senhora?

— Por favor... – Daphne sussurrou ao estender a cesta que a pegou criada imediatamente. Daphne respirou fundo para conter as lágrimas. Não podia chorar agora. – Por favor entregue ao Sr. Will – Disse e saiu caminhando o mais rápido que conseguia. Passou por vários serviçais que paravam para fazer reverencias, quando chegou enfim  a saída do grande castelo. Saiu correndo, permitindo que as lágrimas escorressem pelo seu rosto enquanto o vento gelado atrapalhava seus cabelos.

Simon a enganou. Por todo aquele tempo em que estiveram juntos. Simon a enganou e lhe negou aquilo que ela mais desejou em toda sua vida: filhos. Naquela manhã Daphne se sentia a mulher mais feliz do mundo, mas naquele momento correndo e aos prantos se sentia a mulher mais triste de todo o mundo.

Enquanto isso no escritório...

— Você a ama? – Will perguntou encarando o amigo que bufou revirando os olhos. – Isso foi um ‘sim’?

— Como não poderia amá-la? – Simon falou passando as mãos no cabelo – quero que ela seja feliz... quero lhe dar tudo o que eu puder, mas isso... isso é impossível – Simon falou sentindo um aperto estranho no peito.

— Devia contar a verdade para ela – Will falou mais calmo, secretamente acreditava que com o tempo Simon mudaria de ideia. Ele amava Daphne, mas era teimoso demais para deixar o passado. – Sobre o seu pai, sobre tudo.

— Não quero mais falar disso – Simon se levantou e caminhou até o amigo dando-lhe um soco no ombro. – Fico feliz por terem mais um filho. Você é um bom pai.

— Você também pode ser um bom pai, sabe isso, não é? Você não é aquele desgraçado...

Will foi interrompido por um batida na porta, Simon pediu para que a pessoa entrasse, imaginou que fosse Daphne, mas se surpreendeu quando uma criada entrou entregando uma cesta repleta de doces para Will dizendo ser cortesia da duquesa.

— Por favor, agradeça a vossa graça por isso – Will disse sorridente – Os meninos vão amar o presente. - Simon sorriu orgulhoso de sua esposa, Daph sempre pensava em todos. Acompanhou Will até a saída estranhando a ausência da esposa.

— Onde é que Daphne se enfiou ? – Simon murmurou enquanto Will montava no cavalo para partir.

— Isso tudo é saudade, Vossa Graça? – Will zombou e riu com a careta que Simon fez. – Se conseguiu admitir que a ama para mim também consegue se desfazer de promessas idiotas, meu amigo.

— Até logo, Will – Simon falou a contra gosto o que fez Will soltar uma risada antes de partir de volta para casa.

Simon já subia as escadas apressado quando foi parado por Jeffrey que parecia aliviado ao encontra-lo.

— O que é agora, Jeffrey? – Simon perguntou cruzando os braços.

— Vossa Graça – Jeffrey fez uma mensura e falou apressado sobre um problema que estava acontecendo em uma das propriedades importantes do ducado e que necessitava de sua presença o mais rápido possível. – Simon reprimiu um xingamento e vestiu o casaco que um dos criados já trazia a mandado de seu mordomo.

— Espero que isso não demore tanto. – disse emburrado seguindo para a carruagem que os esperava – Avise a duquesa que tive que sair e logo voltarei. – Pediu ao mordomo e seguiu viagem com Jeffrey, ainda estranhado o sumiço de Daphne.

.......

Daphne correu até sentir os pulmões queimarem. Não sabia dizer se era do esforço ou das lágrimas que não paravam de rolar pelo seu rosto. Tropeçou algumas vezes até se jogar debaixo de uma macieira, gemeu e se encolheu deitando sobre as folhas.

Lembrou-se de todas as vezes que Simon fizera amor com ela.

Das mãos que a tocavam com delicadeza e firmeza.

Os lábios que procuravam incansavelmente os dela.

Sua mente voltou para a conversa que escutara a pouco no escritório e soltou um gemido se encolhendo com o sopro gelado do vento. O tempo de repente mudara, assim como tudo a sua volta, pensou com tristeza.

“Já quebrei uma promessa e não quebrarei outra” – Daphne estremeceu a lembrar do tom de voz do marido. Era isso que ela significava para ele? A responsável por fazê-lo quebrar uma promessa idiota?


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