Já havia se passado dois adoráveis meses desde o casamento e Daphne não poderia se sentir mais feliz.

A mais nova duquesa sorriu deitada na grande cama do quarto principal observando o rosto relaxado do marido que ainda dormia pacificamente ao seu lado.

 A palavra felicidade havia ganhado um novo significado desde aquela noite na hospedaria em que fizeram amor pela primeira vez, não devido ao ato que Daphne adorou conhecer, mas principalmente por saber que Simon a queria tanto quanto ela o desejava e que o casamento não fora um fardo para ele. Simon não dissera em nenhum momento que a amava. Daphne também não, mas nas semanas que se seguiram ela conseguia perceber as palavras sendo proferidas de maneira silenciosa.

Na forma como Simon a observava quando ela penteava os cabelos antes de se deitarem.

Em como ele sempre sorria para ela, algo que Daphne descobriu ser dedicado somente a ela, já que o duque nunca fora conhecido por ser um homem dado a sorrisos. Com ela Simon sempre sorria ou até mesmo soltava uma gargalhada gostosa quando eles faziam comentários afiados sobre a sociedade que os cercava.

Daphne deixou escapar uma risadinha ao se lembrar do dia em que Cressida Cowper foi capaz de fingir um desmaio para chamar a atenção do príncipe, algo que não passou despercebido por ela e Simon.

— Não é possível que já esteja acordada.

A voz sedutora do marido interrompeu os pensamentos da duquesa que sorriu não conseguindo se sentir nem um pouco culpada por acordar o marido. 

— Sinto muito - sussurrou enquanto Simon a cercava como um leão fazia ao capturar um animal indefeso. - não era a minha intenção, Vossa Graça. 

Daphne se esforçou para conter um sorriso encarando Simon com sua melhor atuação de dama arrependida. 

— Depois de me dar tanto trabalho noite passada...- Simon murmurou beijando-lhe o pescoço - imaginei que não teria forças para me acordar junto com as galinhas - Daphne riu baixinho deslizando as mãos pelos cabelos de Simon. Adorava o contraste de suas mãos pálidas nos cabelos negros do marido.

 - Que exagero! - Daphne falou sentindo que Simon prendia seus braços acima de sua cabeça com uma das mãos enquanto com a outra traçava círculos em sua coxa direita.

— Devo castiga-la por isso - Simon falou tentando disfarçar o sorriso enquanto a encarava com ar intimidador. 

— Vossa Graça... - Daphne falou sustentando o olhar de Simon, sem ter muito sucesso ao disfarçar o riso. Gostava de brincar com Simon. Eles eram amigos e agora também eram amantes, creditava que essa era uma das maiores bênçãos que possuíam. - por acaso está tentando me intimidar? 

— Não estou conseguindo? - Perguntou apertando levemente os pulsos de Daphne. Seus olhos atentos ao rosto de Daphne que sorriu o desarmando completamente.

— Conseguiria se eu não o conhecesse tão bem - Daphne sussurrou deslizando os pés nas pernas de Simon que pareceu deixar de lado a brincadeira. - confio em você. - Daphne sussurrou novamente sem tirar os olhos de Simon.

Daphne notou por um instante algo mudar nos olhos dele. Uma nevoa de tristeza que nublava por um momento os olhos castanhos de Simon. já havia notado que acontecia sempre que ela falava sobre seus sentimentos. Desviou o olhar, acanhada. Talvez Simon ainda não estivesse pronto para aquilo. 

— Daff - Simon disse baixinho soando como uma oração antes de tomar a boca de Daphne em um beijo afoito. Largando os pulsos de Daphne as mãos quentes viajaram pela pele sedosa da esposa, apertando carinhosamente por onde passavam como se precisassem ter certeza de que Daphne não escaparia de suas mãos.

— Simon - Daphne gemeu ao sentir os lábios de Simon em seu pescoço. Suas mãos acariciavam os braços músculos. As unhas arranhavam levemente as costas firmes que se arqueavam sob seu toque. 

Simon continuou a beijar seu corpo já desnudo da noite passada. Os lábios carnudos encontram o mamilo rosado que ansiava por atenção. 

A língua brincava com um mamilo já enrijecido enquanto o outro era acariciado e apertado por uma mão forte e incrivelmente delicada ao mesmo tempo.

— Da-Daphne eu não... - Simon sussurrou perdido no corpo de Daphne que queimava sobre seus lábios e mãos - Ah, Daff! - gemeu quando seus dedos encontram o ninho de cachos no centro das pernas de Daphne. Deslizou um dedo e se deleitou ao senti-la molhada e quente.

— Não precisa falar. - Daphne falou baixinho acariciando o rosto de Simon que agora beijava sua barriga - só me beije - gemeu arqueando as costas sentindo que os lábios de Simon chegavam até o centro latejando de seu corpo. 

A resposta de Simon foi um gemido de prazer ao deslizar a língua pela fenda de Daphne até encontrar o pequeno botão escondido. A língua acariciando ritmicamente o clitóris, um dos dedos deslizavam para dentro e para fora umedecendo ainda mais o sexo de Daphne. 

Daphne arranhou a nuca de Simon e fechou os olhos com força tentando conter todas as sensações. Sentia a respiração ofegante e era o sinal que aquela sensação maravilhosa estava chegando. Sentia uma doce agonia que transformava-se em prazer absoluto através das mãos de Simon.

Simon continuou o movimento com os dedos enquanto os lábios voltavam a subir pelo corpo de Daphne. Entre mordidas e beijos Simon alcançou novamente o pescoço de Daphne que gemia com a cabeça tombada para trás.

— Aonde quer que eu te toque? – Simon surrou para em seguida chupar o lóbulo de sua orelha.

— Eu só quero você – Daphne ofegou levando as mãos até as nádegas firmes de Simon. – Eu só preciso de você. – Conseguiu dizer antes de Simon voltar a lhe beijar. Sentiu quando o membro rígido foi posto em sua entrada úmida e logo em seguida se sentiu finalmente preenchida por Simon que gemeu em seus lábios.

Entre beijos e gemidos que escapavam dos dois. Daphne já estava no limite quando Simon voltou a tocar aquela pequena parte sensível de seu corpo. Sentiu quando seu corpo enrijeceu e logo em seguida explodiu em um clímax intenso, fechou os olhos com força tentando controlar a respiração quando sentiu Simon saindo de seu corpo e se liberando nos lençóis, tão ofegante quanto ela.

— Agora posso perdoa-la por me acordar tão cedo – Daphne riu ao sentir os lábios de Simon em seu rosto.

— Não é tão cedo assim, Simon – Respondeu acariciando o rosto do marido que parecia muito satisfeito por ter sido acordado por Daphne – E eu não o acordei de proposito, só estava pensando.

— Pode me dizer em que estava pensando? – Perguntou se sentando tomando cuidado para afastar os lenções molhados. Daphne não entendia porque Simon sempre fazia aquilo.

— Nada importante – Falou se recostando na cama para observar o marido andar nu pelo quarto a procura do roupão. Daphne adorava o fato de que o roupão sempre acabava sendo encontrado do outro lado do quarto e ela jurava a qualquer um que ela não fazia ideia de como aquilo acontecia. Sorriu com malicia quando Simon enfim o encontrou perto da cadeira que ficava no canto do quarto.

— Não entendo como isto sempre acaba aparecendo aqui – Comentou enquanto se vestia – Acho que devemos chamar um padre

— Um padre? Já somos casados, Simon – Daphne riu puxando a coberta até o pescoço.

— Para espantar o fantasma que vive escondendo minhas roupas – Disse enquanto atravessava o quarto indo em direção a Daphne que tentava se esconder debaixo dos cobertores. – Saia daí, sua fantasminha – brincou fazendo cocegas em Daphne que ria se remexendo debaixo dos cobertores.

— Simon! – Arquejou quando enfim Simon tirou as mãos de seu corpo. Com o rosto corado e descabelada ela abaixou a coberta para que Simon pudesse vê-la. – Gosto de observa-lo em toda sua graça. – falou baixinho e Simon riu junto com ela.

— Também adoro vê-la em toda sua graça, minha Daff – Simon se abaixou e lhe deu um beijo carinhoso na testa – Agora preciso ir.

— Will virá hoje? - Daphne perguntou enquanto Simon caminhava para o quarto de vestir.

— Ele disse que precisávamos conversar sobre algo importante.