Hocus Pocus escrita por Bruninhazinha


Capítulo 5
☪ Suposições




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Hinata revirou na cama, tentando ignorar o insistente barulho, sem muito sucesso. Quem quer que estivesse batendo em sua porta aquela hora da manhã se arrependeria amargamente! Levantou-se de supetão, gemendo em frustração, calçou as pantufas cor-de-rosa e atravessou o casebre pisando duro. Uma dor insistente na cabeça a incomodava além da azia; soube, de alguma maneira, que a culpa era toda da cerveja que tomara na noite anterior, no tal Cabaré Encantado.

Destrancou o cadeado e empurrou a porta, piscando sequencialmente para se acostumar com a claridade que vinha do lado de fora. O sol daquela manhã praticamente fritou o rosto da garota. Para sua completa surpresa, quem estava parado na varanda era um duende muito baixinho, um daqueles de pele verde e orelhas pontudas.

A criatura parecia tão infeliz quanto ela – talvez até mais –, equilibrando inúmeras caixas nos bracinhos.  

— Mas o que –

— Olha aqui, minha senhora, — guinchou, irritadíssimo, atirando toda a encomenda nos braços de Hinata, que cambaleou para traz, atordoada. — faz dois meses que estou trabalhando feito um condenado atravessando a floresta todo dia até esse inferno de casa.

— Me desculpe, eu – mas foi interrompida novamente. O tal duende não parecia inclinado a escutar suas explicações.

— Francamente, que grande falta de respeito! Custava deixar uma carta avisando que passaria esse tempo todo fora? — balançou os braços miúdos, cheio de ódio. — Nós, do Correio das Criaturas Mágicas, também somos seres vivos, as pessoas parecem se esquecer disso! Seres com sentimentos!

— Olha, realmente não queria –

— Não bastava meu chefe enchendo a porra do saco, ainda tinha que andar até aqui com todo esse peso e...

Ela desistiu de dar qualquer explicação; apenas escutou silenciosamente o sermão, balançando a cabeça nos momentos certos, concordando com todos os xingamentos, com cada palavra. Ao fim, ele inspirou uma grande lufada de ar e esticou um pergaminho e uma pena de águia.

— Assine aqui e aqui. — fez as indicações. Hinata, com muita dificuldade graças aos embrulhos, assinou. — O Correio das Criaturas Mágicas agradece a recepção. — disse mecanicamente, depois andou com passos duros para longe da casa.

Hinata estava vermelha. Todo aquele discurso a deixou ligeiramente encabulada e constrangida.  

— Eu realmente sinto muito! — tentou se desculpar.

O duende, porém, virou e gritou em plenos pulmões:

— Vai para a puta que pariu! — depois se enfiou nos arbustos, sumindo.

Ela fechou a porta com o pé, ainda tentando equilibrar as inúmeras caixas. Atirou-as na mesa e abriu uma delas. Havia uma sequência de cartas bem amarradas e o restante só continha suprimentos novos que abasteceriam seu velho armário.  

Sentou-se, suspirando pesado. Com todos os acontecimentos malucos que ocorreram nos últimos dias, Hinata sequer estava lembrando que tinha muito trabalho a fazer. Abriu alguns envelopes, lendo por cima. A maioria deles eram pedidos de alguns reinos, pedidos que variavam entre poções de cura, tônicos da felicidade, amuletos de proteção e até mesmo uma roca amaldiçoada com o sono eterno.

Crispou os lábios para essa última. Quem quer que tenha feito o pedido, certamente não tinha boas intensões.

Hinata tentava não pensar muito a respeito. Com um suspiro cansado, retirou a última carta e surpreendeu-se ao encontrar o selo real do pequeno País das Águas, também cercado pela floresta.

A bruxa conhecia bem aquela caligrafia perfeita. O papel estava todo frufruzado, cheio de corações desenhados nos cantos e carimbos de florzinhas. Torceu o nariz.

Não precisava ser muito inteligente para saber de quem se tratava.

Querida Hinata,

fiz visitas recorrentes a sua casa nos últimos dias e, francamente, estou bem preocupada com seu sumiço.

Espero, de verdade, que esteja bem.

Com amor,

Tenten.

p.s:. não pense que vai se livrar de mim tão facilmente, e acho bom me mandar notícias o quanto antes.

Tenho novidades.

Hinata nem percebeu que estava sorrindo quando terminou a leitura. Guardou a carta no envelope, depois enfiou todos os itens nos armários e procurou por um papel de pergaminho pela casa. Encontrou-o no escritório. A tinta estava quase acabando, por isso foi breve nas palavras.

Não se preocupe. Estou bem e em casa. Tive uns pequenos problemas na última vez que nos encontramos, mas isso é conversa para outra hora.

Cordialmente,

Hinata.

A morena correu até a janela da cozinha, abrindo-a e apoiando-se no peitoral.

— Hades! — a voz estridente soou pelas árvores. Hinata encarou o céu, esperando por algum sinal, temendo que o pior tivesse acontecido.

Felizmente, lá estava Hades, sua belíssima coruja-da-neve, perfeita de saúde, embora tivessem passado dois longos meses afastados. A coruja piou, toda feliz, ao ver a dona, pousando no braço estendido da Hyuuga.

— Há quanto tempo, meu amigo! — acariciou as penas alvas e sedosas. Hades fora um presente de sua avó. O ganhara quando tinha apenas quatorze anos. Felizmente, foi bem treinado para sobreviver na floresta, caçando pequenos roedores e animais menores. — Preciso que entregue isso. — esticou o envelope ao animal, que a encarou de maneira enigmática com aqueles olhos enormes e azuis. — Para o castelo do Príncipe Lee. Você já sabe onde fica. Depois juro que te dou uma surpresinha.

A coruja pareceu bem convencida da promessa da dona, por isso abriu as esplendorosas asas e voou cada vez mais alto. Hinata só voltou para o interior da casa quando a coruja sumiu no horizonte azulado.

+

Fazia um belo dia em Konoha. O sol brilhava e o céu sem nuvens estendia-se além das montanhas. No castelo, porém, as coisas estavam longe da tranquilidade. Empregados corriam de um lado a outro, sob as ordens de Kushina, organizando os preparativos para que recebessem a princesa Ino a altura. A moça chegaria mais tarde que o esperado porque atravessaria o país a cavalo – ainda se recusava a usar a carruagem do marido.

Todos estavam especialmente ansiosos e, pode acreditar, não era por causa da visita. A rainha estava uma pilha de nervos e agora berrava em plenos pulmões com uma pobre coitada que deixou espatifar no chão, sem querer, um vaso horroroso.

O rei Minato pensou que a garota tinha feito um favor a todos se livrando daquele vaso, mas resolveu manter-se quieto e, em dado momento, quando as coisas estavam começando a ficarem feias, escondeu-se no escritório com a desculpa de que tinha muitos relatórios para ler e carimbar. Ele tinha inteligência o suficiente para saber que só um louco se meteria nos caminhos de Kushina em um momento como aquele. 

Karin, por outro lado, desceu cedo para os jardins, toda felizinha, cantando para os pássaros e criaturas do lago.

Sasuke se perguntou por que a princesa parecia tão animada – aquilo nunca era um bom sinal – e, na saleta particular do príncipe, enquanto escutava o motivo, sua única reação foi manter uma expressão de pura incredulidade.

Quando Naruto terminou de contar, o Uchiha o encarou como se estivesse diante de um extraterrestre.

— Esquece. — respondeu, ainda incrédulo. — Eu não vou sair com essa — apontou para a janela, que dava para o jardim. A voz da princesa, felizmente, era abafada pelas paredes grossas. — maluca.

— Você vai. — não era um pedido. — Eu prometi a ela.

— Isso é problema completamente seu.

—É o mínimo que deveria fazer por mim, depois de tudo! — retrucou com perceptível irritação.

— Caso não tenha percebido, — começou a pontuar, chateadíssimo. — a ideia inteligente de quebrar as regras foi sua! Aquele é o único lugar no reino que vende comida japonesa!

— Devia ter me avisado que era um bordel, porra! Você não faz ideia das coisas que vi naquele lugar.

Sasuke realmente não fazia ideia. E nem queria. Os boatos eram tenebrosos.

— Não adianta, Sasuke. Você vai se encontrar com ela.

— Não, não vou. Me recuso!

— Ah, você vai, sim. Karin já está te esperando e você me deve essa!

Ele não conseguiu retrucar porque, no fundo, sabia que era verdade. Oh, merda! Por que Naruto sempre o enfiava nesse tipo de enrascada?

— Ok. — cruzou os braços, desviando os olhos para uma parede qualquer, tentando manter o restinho de dignidade que sobrou. — Me encontro com ela, mas só por cinco minutos. Nada mais, nada menos.

— É suficiente. — deu de ombros. — Já serve para alimentar as fantasias doentias que se passa naquela mente perturbada que ela tem.

Os dois se encararam por um instante. O Uchiha tinha uma expressão desagradável.

— Que nojo, cara.

— Ela sussurra seu nome enquanto dorme. — o loiro revelou, sorrindo de um jeito irritante. — Sério, eu já vi.

O moreno fez sinal de que ia vomitar, mas se encaminhou para a porta com passos duros, não antes de lançar um olhar desesperado por cima do ombro.

— Não adianta. — arqueou uma das sobrancelhas loiras, recostando na escrivaninha. Sasuke bufou.  

— Seu tirano de merda. — e saiu, batendo a porta com mais força que o necessário.

+

Enquanto esperavam pelo almoço, Kushina roía as unhas, os olhos brilhando em nervosismo. Agia sempre assim antes de receber qualquer visita. Minato e o filho trocaram olhares cúmplices, depois fitaram a ruiva com preocupação.

— Mãe, — Naruto começou, meio incerto, percebendo que Karin ainda não havia chegado, mas resolveu ignorar. — acho que a senhora está exagerando um pouquinho.

— Naruto tem razão querida. — o rei acariciou o ombro da rainha gentilmente. — Não precisa se preocupar tanto com os preparativos. Sabe como Ino é uma garota simples.

— Exatamente. Até pouco tempo trabalhava como empregada para a madrasta dela, qualquer coisa a impressiona.

— Acham mesmo que estou exagerando? 

Ela fez uma empregada ter um colapso nervoso e o mordomo quase pedir demissão.

Naruto, porém, apenas deu de ombros.

— Dava para ser pior. — e não era mentira.

Depois que a refeição foi servida, as portas foram repentinamente abertas, chamando a atenção de todos. Karin atravessou o salão muito carrancuda, batendo os pés contra o piso de mármore, os dentes trincados, os olhos cheios de lágrimas.

— O que aconteceu? — foi Minato quem questionou, com uma estranha expressão de preocupação.

— Nada.

Não houve mais questionamentos. Ela afundou ao lado de Naruto, segurando os talheres com força, com uma expressão de raiva. O rei e a rainha conversavam, afundados em sua bolha particular, sem prestar atenção nos dois jovens.

— É. — o príncipe fitou a irmã de esguelha, sussurrando para que apenas os dois escutassem. — Eu avisei.

— Cale a boca.

— Onde está Sasuke?

— Foi embora.

Ele resolveu não a importunar. Estava irritada demais. O almoço foi mais silencioso dessa vez e Naruto logo deu uma desculpa esfarrapada para abandonar a mesa e se esgueirar pelos corredores extensos do castelo.

Nos estábulos, selou Azriel e cavalgou para a floresta, retribuindo os cumprimentos que recebia pelo caminho. A floresta estava do jeito que se lembrava e ele tentou refazer o caminho até a casa da garota Hyuuga.

+

Hinata não esperava que ele fosse, de fato, aparecer. Ela estava com um avental velho e o cabelo preso em um coque no alto da cabeça quando saiu da cozinha para abrir a porta. Naruto, como sempre, mantinha-se impecável com aquelas vestes de nobreza e todo o ar galante. 

— Achei que não viesse. — comentou. — Até organizei aqui dentro.

— É, estou vendo.

O chão brilhava, quase que literalmente e as teias de aranha desapareceram, dando uma impressão muito acolhedora a casa. O sofá, que antes parecia um objeto velho e desconfortável, fora remendado – certeza que Hinata passara as últimas horas costurando os buracos.

Enxergou, meio surpreso, um caldeirão fervendo na cozinha e inúmeras – coloca muitas nisso – caixas em cima da mesa. Uma visão impressionante. Hinata pareceu não se importar, correndo até o caldeirão borbulhante. Naruto, por outro lado, curioso do jeito que era, sentou-se à mesa, observando-as. Encontrou apenas alguns envelopes, mas não desrespeitaria Hinata abrindo-os. As caixas estavam vazias. Teve que esticar o pescoço para enxergar a moça. Ela mexia lentamente a colher no caldeirão e, em segundos, a casa foi tomada por uma névoa lindamente perolada.

— Precisa de ajuda?

— Ah, sim — o fitou. — Pegue o esfregão e limpe a varanda, está atrás daquele armário. — indicou com a cabeça. — É a última parte da casa que falta.

Naruto obedeceu, muitíssimo satisfeito, agora do lado de fora da casa com o objeto em mãos.

A pergunta que não calava era: como se usava um esfregão?

Suspirou, fitando-o bem pensativo.

Depois de alguns minutos, Hinata apareceu na soleira da porta, com o rosto retorcido em uma expressão indecifrável. Ela segurava um balde cheio de espuma.

— Você se esqueceu do balde, Encantado. — o rapaz torceu o nariz para o apelido. — Por acaso já faxinou alguma vez na vida?

Naruto abriu um sorriso confiante, mas a verdade é que, hm, é óbvio que ele nunca havia feito uma faxina na vida, era a porcaria de um príncipe e crescera rodeado por empregados, porém, não admitiria suas inutilidades em assuntos básicos.

— Claro que sim.  

— Certo. — ela não pareceu convencida. — É que você está segurando o esfregão errado. — pontuou, achando graça da situação. — Sabe, a parte cabeluda fica para baixo, a ideia é basicamente esfregar, por isso se chama esfregão.

Estava debochando dele. Naruto estreitou as sobrancelhas, muitíssimo irritado.

— Eu sei disso.

— Façamos o seguinte: te ensino a usar os materiais de limpeza e depois finjo que nada disso aconteceu, o que acha?

Ele deu de ombros, murmurando algo sobre ela ser uma indelicada, e Hinata começou a ensinar como usar o esfregão, o balde e todos os produtos de limpeza. Depois de aprender, até que se saiu bem e a varanda agora brilhava e cheirava a rosas. Era agradável a sensação de dever cumprido.

Nessa altura do campeonato, Hinata já estava do lado de dentro da casa, enchendo um copo com aquela coisa que borbulhava no caldeirão preto. Ele aproximou, observando a cena. A imagem de Hinata naquele vestido vermelho, usando um avental velho, perto daquele velho caldeirão dava um ar místico a casa.

Sentou-se na mesinha, ainda mirando-a, cheio da curiosidade.

— Que foi? — questionou, sem virar-se, sentindo o olhar dele queimar em suas costas.

— O que raios é isso?

— Um elixir.

— Elixir? — arqueou uma das sobrancelhas loiras.

— É. — deu de ombros e bebeu um golinho, tremelicando um pouco. — Acordei com uma dor de cabeça horrível hoje. Acho que foi a cerveja.

Naruto sorriu largamente, achando graça da situação.

— Isso se chama ressaca, minha cara.

— Ressaca, seja lá o que for — pausou — é bem desagradável.

— É, de fato. — e deu uma espiada nos armários. Pareciam bem mais abastecidos que o dia anterior. — Ainda não entendi muito bem o que você faz da vida, Hinata.

— Por que toda essa curiosidade? — desligou o fogão. 

— Sei lá. — deu de ombros. — Você não parece ser uma curandeira, dado todo o conteúdo do armário. Seus ofícios parecem ser do tipo... Hm... — não tinha como dizer sem soar como uma acusação. —... ilegais.

Hinata parou abruptamente, e o encarou por cima dos ombros, os olhos perolados brilhando de maneira indecifrável para ele.

— Talvez sejam, talvez não. E se fossem, o que você faria? Por acaso me prenderia no calabouço do seu castelo de marfim?

— Meu castelo é de pedras. — o que, certamente, não vinha ao caso. — E não te prenderia. Quer dizer, você não está embaixo das leis de Konoha, já que mora fora dela, na floresta. O que você faz ou deixa de fazer é problema completamente seu.

— E se, por acaso, eu morasse em Konoha?

— Bom, — deu de ombros, sorrindo para ela. — não sou fofoqueiro.

Ela sorriu de volta, satisfeita com a resposta, os braços cruzados. Encostou-se na pia, fitando-o longamente.  

— Acho melhor deixar isso em segredo, por enquanto. 

— Por qual motivo? 

Ela não respondeu, apenas apertou os lábios, pensativa. 

— Talvez, daqui algum tempo, eu conte, quando você se mostrar digno da minha confiança.

— Então quer dizer que ainda não sou? — soou bem ofendido.

— Claro que não. — crispou os lábios. — Te conheci ontem.

Ele pensou que ela estava certa, então não retrucou.  

— Acho que terei que voltar ao castelo. — olhou para a janela. O sol ia se pôr em poucas horas. — Minha mãe já deve estar surtando.  

— Oras, — Hinata, que guardava os frascos com o elixir para ressaca, virou-se para o rapaz, ligeiramente curiosa. — e por que a rainha surtaria?

— Minha prima, Ino, chega hoje ao castelo.

— Aquela doida que fala com ratos e fica perdendo os sapatos?

Naruto arqueou as sobrancelhas, encarando a moça de forma incrédula.

— Que é? — ela deu de ombros. — As pessoas acabam comentando.

Mas a verdade é que a madrasta de Ino, antigamente, era uma cliente fiel de sua falecida mãe. Vivia encomendando Poções para Confundir, para que a garota não procurasse algum advogado ou coisa parecida e revogasse todos os bens que lhe eram direitos.

Trabalho de merda.

— Você está certa. — recostou mais na cadeira, relaxado. — Ela chega hoje e minha mãe é meio, não sei explicar, hm...

Maluca?

— Eu ia dizer perfeccionista, mas isso também serve.

Os dois sorriram um para o outro.

— Ela está organizando até um festival na cidade, para minha prima ter o que fazer amanhã, dá para acreditar?

— A rainha parece ser uma pessoa bem... exagerada.

— Ela é. Mas tem bom coração.

— Não duvido disso.

Ele se levantou, ajeitou a capa e lançou uma olhadela para a moça. Ela continuava na mesmíssima posição, analisando-o daquele jeito de sempre.

— O que acha de ir ao festival, amanhã?

A risada feminina soou pelo cômodo.

— Eu? — apontou para si mesma. — Ir para a cidade? Mas nem morta!

— Qual é o problema?

— Nenhum. — exceto que as pessoas provavelmente a reconheceriam. — Mas já disse que minha família não era muito bem-vinda naquele lugar.  

Na cidade, corria lendas sobre bruxas de olhos de pérolas que viviam nas florestas. Bruxas más e impiedosas. Ainda se perguntava como Naruto não tinha notado.

Ou ele era muito lerdo ou muito burro.

Ou quem sabe os dois.

— Você pode ir disfarçada.

— Disfarçada? — arqueou uma das sobrancelhas, ainda atordoada. — E como eu me disfarçaria?

Ele deu de ombros.

— Sei lá, se vira. Passo aqui amanhã cedo para te buscar.

E, antes que ela pudesse protestar ou qualquer coisa do tipo, Naruto saiu pela porta, deixando-a sozinha e boquiaberta para trás.


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Notas finais do capítulo

Olá, pessoal! O que estão achando da história? Quais as suas teorias? Hahahahahaha espero que estejam gostando!



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