Hocus Pocus escrita por Bruninhazinha


Capítulo 10
☪ Temos um acordo?




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Naruto sempre foi meio bundão

Mesmo ali, sentado no lombo de Azriel, trotando entre as árvores da tenebrosa floresta, ele só sentia pavor. Ninguém poderia culpá-lo. Passou metade da vida cabulando as aulas de esgrima só para dormir até meio dia, e a outra metade arrumando desculpas esfarrapadas para não treinar. Enquanto príncipes são, no geral, criaturas centradas e heroicas, Naruto não passava de um medroso, irresponsável, preguiçoso e dado a infringir normas. Estava longe de se encaixar nos padrões principescos, ou qualquer outro padrão, por mais medíocre que fosse. Parando para pensar, era mais fácil Hinata o salvar do que o contrário. Se ela, que é uma bruxa, não conseguia se defender, quem dirá o pobre Uzumaki.

Seria o primeiro a bater as botas.  

Com esses pensamentos – nada animadores, diga-se de passagem –, ele desceu do cavalo em um baque suave ao alcançar a clareira. O local continuava o mesmo, com o piar dos pássaros ressoando e as árvores balançando de um lado a outro, no ritmo do vento. Buscou com os olhos qualquer sinal de anormalidade, porém, não havia nada diferente desde a última vez que estivera ali.  

Sem opções, atravessou o gramado alto com passos silenciosos, atento aos movimentos estranhos. A casa continuava lá, entre as macieiras, com aspecto velho e lodoso, e a tranquilidade pairava no ar. Franziu o cenho, achando todo aquele silêncio minimamente estranho e se perguntou o que raios poderia ter acontecido de tão grave.

A resposta veio no segundo seguinte. Foi como se tivesse dito os pensamentos em voz alta.  

Algo explodiu no interior do casebre, um barulho de arrebentar os tímpanos. O plaft horrível bateu contra as janelas da casa – era uma gosma nojenta, escorrendo na vidraça pelo lado de dentro. Assustado com o barulho repentino, Naruto piscou sequencialmente, o coração batendo forte e os olhos arregalados.

Então, os gritos ressoaram.

Ele não pensou em um plano ou no passo seguinte, e como poderia pensar? A porra da casa estava... Bom, não tinha como descrever. Pegando fogo? Não. Sendo tomada por uma fumaça verde, bizarra e incrivelmente fedida? Sim. Só torcia para que não fosse venenosa. 

Não soube o que o impulsionou a agir daquela forma - talvez o desespero por saber que a amiga estava em perigo. O fato é que uma onda de coragem o invadiu, como nunca antes. Aquela centelha o fez agir como um príncipe agiria: sem pensar. Foi assim que correu até a varanda, a capa vermelha e os fios loiros esvoaçando, a espada reluzindo na mão direita, pronta para atacar quem quer que fosse o autor da explosão.

Com uma força além da necessária, chutou a porta. Bastou um para que a escancarasse.

Acontece que, infelizmente, além de impulsivo e idiota, Naruto nunca foi uma criatura inteligente. Na maioria das vezes, só fazia merda. Não foi diferente naquela situação porque A) quando um ambiente está cheio de fumaça, na qual não se sabe a procedência, o indicado é não adentrar sem proteção, B) ele tinha rinite e C) havia esquecido completamente do fato B.

E foi assim que o orgulho do País do Fogo, o herdeiro de uma nação, por pouco não morreu sufocado.

Encostou na soleira da porta, quase colocando os pulmões para fora, entre as tosses. A pose heroica foi substituída pela patética cena dele encurvado, apoiando nos joelhos, tossindo e espirrando, com o nariz escorrendo. Tentou enxergar, mas a fuligem o cegou.

O Uzumaki não ousou dar um passo a mais. Apenas esperou, escutando os gritos e as tosses que não vinham apenas deles. Eram tantas vozes juntas que demorou para identificar a de Hinata. Os contornos só ficaram mais visíveis após um minuto, à medida que a fumaça escapava pela chaminé e pela porta escancarada.

Ele a enxergou. Parada no meio da cozinha, coberta até o último fio de cabelo pela gosma nojenta, a Hyuuga gritava em plenos pulmões, vermelha de raiva.

Acredite: essa não é a pior parte. Ele teve que esfregar os olhos para ter certeza de que a mente não estava lhe pregando peças.

Quando Hinata mandou aquele recado, esperava encontrar, na melhor das hipóteses, um sequestro ou algum grupo de camponeses tentando queimá-la viva. Coisas assim. Seriam situações que Naruto saberia lidar.

Nada, porém, o preparou para aquilo.

Nada.

Sete anões a rodeavam. Eram velhos, miúdos e ranzinzas. Gritavam muito, ao mesmo tempo. Alguns apontavam para ela, indignados, outros brigavam entre si.

Isso não é tudo.

As coisas sempre podem piorar.

Um deles, o mais baixinho, segurava – ou tentava segurar, na medida do possível – uma criança birrenta no colo. Quem era e de onde surgiu o loiro não saberia dizer. Devia ter no máximo cinco anos. Se debatia, carrancudo, tentando escapar do anão. Não parava de chorar, um daqueles choros irritantes que remoem os nervos.

Todos estavam cobertos de gosma verde, dos pés à cabeça. O caldeirão, velho e enferrujado, foi partido em pedacinhos. Gosma estendia-se pelo chão entre os móveis, sujando tudo.

Hinata, descabelada e incrédula, parecia à beira de um colapso, como se fosse desfalecer ali mesmo.

— Eu vou matar esse garoto! Quantas vezes mandei ficar longe do armário?! Aquilo não é brinquedo!

O menino berrou mais alto. Os anões protestaram, ao mesmo tempo. Naruto não soube para quem olhar. 

— Afaste-se dele, demônio! — o mais ranzinza deles bradou, cheio de raiva. 

— Isso não é jeito de tratar uma dama, Sete! — um segundo homenzinho esbravejou, com o rosto indignado. 

— Qualé, há cinco minutos ela nos ameaçou dizendo que ia enfiar o caldeirão na nossa bunda — outro apontou para a jovem, enquanto encarava o irmão com indignação. — e você ainda quer defender essa maldita, Quatro? Você é mesmo uma vergonha para os anões! 

— Ei! 

— Calma pessoal! Respirem! Mantenham a calma!

— Calma o meu ovo!

— Eu quero mais é que se foda!

— Cuidado com a língua, estamos com uma criança aqui!

— Será que dá para calarem a boca?

— Eu quelo a tia Tenten! — a criança gritou em meio ao choro, soluçando sem parar.

Caos, por toda parte.

Se soubesse o que o esperava, teria ficado em casa.

— Nós não mencionamos o nome dessa traíra embaixo do meu teto! — Hinata conseguiu ralhar por cima do falatório. — É outra que eu vou matar por me enfiar nessa merda! — virou-se, então, para o anão ranzinza. — Leve essa peste para tomar banho antes que eu faça picadinhos dele!

— É disso que estou falando! — apontou o dedo gorducho para ela. — É uma demônia sem coração!

— Eu vou te mostrar a demônia se não sair da minha frente AGORA, seu imprestável! — O anão murmurou uns palavrões, puxando o garoto, que ainda se debatia, para o banheiro, gingando entre os móveis. — E se o restante não calar a boca, eu juro que os mando para outra dimensão, de preferência para o inferno! Agora, vão ajudar aquele maldito a dar banho na criança, depois quero todo mundo limpando essa bagunça!

Isso pareceu causar algum efeito, porque todos ficaram muito quietos. Apenas assentiram e correram para longe das vistas dela.

Enquanto era empurrado por alguns que queriam sair da casa – “Saia da frente, idiota, não está vendo que tem gente querendo passar?” –, Naruto não teve qualquer reação. Ficou lá, com cara de idiota, segurando a espada, ainda imóvel, sem ar.

Hinata notou a presença dele. Pareceu ligeiramente decepcionada.

— Ah, você veio. Por que demorou tanto?

Ele não soube o que fazer, o que falar, como agir.

A primeira reação só apareceu depois de dois minutos, não antes de uma tosse engasgada.

— Será que dá para abrir as janelas? — fungou alto, em seguida espirrou. — Não sei se percebeu, mas eu estou morrendo aqui.

Ela correu para abrir as janelas da cozinha. Naruto guardou a espada e a ajudou com uma delas que estava emperrada. Foi um alívio quando o ar fresco adentrou a casa. Ele inspirou profundamente, sentindo-se um pouco melhor, apesar do nariz ainda escorrer.

Então encarou Hinata, com as sobrancelhas loiras arqueadas.

— Agora me explique — apontou para a porta. Um anão entrou por ela e passou correndo entre os móveis, para o corredor. Mesmo com as paredes abafando o som, conseguiam escutar o falatório incessante dos velhinhos, vindas do banheiro, e o choro insuportável da criança. — que porra é essa?

Hinata suspirou pesadamente. Parecia cansada.

— É uma longa história.

— Tenho muito tempo. — cruzou os braços. 

— Não sei se quero contar. 

— Você me deve essa explicação, Hinata. — apertou os ombros dela e a sacudiu de leve, sem se importar se estava suja ou fedendo. A morena arregalou os olhos, meio surpresa. — Tem noção do quanto eu fiquei preocupado? — ela piscou sequencialmente, ainda sendo sacudida. — Depois que li aquela carta dramática, achei que estivesse sendo atacada! Eu mereço essa explicação! 

— Bom, — o afastou delicadamente, ainda surpresa com a reação. — não tenho culpa se soou dramático... eu meio que estava apavorada quando escrevi aquilo. — percebeu que não adiantaria. Naruto encheria seu saco até que contasse. Buscou na mente as palavras certas para resumir a história. — A idiota da minha amiga — trincou os dentes, ainda muito chateada com Tenten. — me pediu um favor. Queria que eu cuidasse daquele moleque; eu recusei, enfaticamente, e mesmo assim ela o largou aqui, ainda deixou de brinde aqueles sete anões filhos da puta. 

Os olhos azuis fitaram-na longamente, e o semblante do príncipe, antes raivoso, tornou-se inexpressivo. A moça não soube dizer se era ou não um bom sinal. 

— Puta que pariu, hein. — exprimiu, parecendo encabulado, como se finalmente entendesse a situação. 

— É. — ciciou. — Eu odeio crianças, Naruto, e elas também não gostam de mim. Para variar, ainda tem os babacas dos anões. Eu e aqueles sete não tivemos uma boa história. — revelou, lembrando-se de quando Mitsashi comeu uma de suas maçãs. Eles ainda juravam que havia envenenado a princesa de propósito. — Faz só duas horas que chegaram e o pivete quase explodiu minha casa depois de colocar pelo de unicórnio no que devia ser o almoço. 

Isso explicava a gosma nas paredes e o caldeirão em frangalhos. 

Uma pergunta, porém, não queria calar.

— E o que eu tenho a ver com isso? Por que me chamou? 

Ela deu de ombros.

— Não é óbvio? — Não, não era. Ele pensou que devia estar com cara de idiota, porque ela suspirou pesadamente, como se não acreditasse. — Você é um príncipe. Príncipes se dão bem com crianças.

Encarou-a com descrença.

— De onde você tirou isso? 

— Preciso mesmo responder? — rolou os olhos. — É questão de lógica. Estudei bastante a respeito e está nos genes de vocês. Crianças são loucas por príncipes e princesas. 

— Para a sua informação, ó grandiosa Sabe-Tudo, — observou-a franzir o cenho para o apelido. — você não é a única aqui que detesta crianças. 

Ela piscou sequencialmente, em choque com a informação. Buscou qualquer vestígio de inverdade, mas a única coisa no rosto dele era uma expressão cética. 

— Merda. — passou os dedos pela franja, molhada pela gosma. — Eu estou mesmo muito fodida.

Eles se encararam por um longo tempo. Olhos perolados contra safiras azuis. Enquanto Hinata afundava-se em desespero e autopiedade, Naruto engoliu o seco, sentindo-se estranho, porque aquela foi a primeira vez que reparou tão bem nos olhos dela. Quase não conseguia enxergar a pupila, mas estava ali, em um tom claro, imperceptível, mesclado ao lilás.

Eram olhos vívidos, nebulosos, místicos.

Olhos de bruxa.

— Hm, Hinata... — coçou a nuca, meio sem jeito. — Tenho uma pergunta. 

— O que foi? 

Ele questionou a si mesmo se seria sensato dizer, em um momento como aquele, que sabia dos segredos dela. Talvez não, talvez sim. De qualquer maneira, se não dissesse agora, possivelmente jamais o faria. 

Podia até ser um príncipe meia-boca, idiota e impulsivo; as vezes, porém, há vantagens em ser assim.

— Bom, nós somos amigos, não somos? — apertou os lábios. — Ao menos, para mim, nós somos. 

A jovem arqueou as sobrancelhas, sem entender aonde queria chegar. Até pensou em retrucar, dizendo que “amigos” é uma palavra muito forte, contudo, não conseguiu. Talvez fosse a maneira que os olhos azuis brilhavam, ou talvez fosse porque considerasse o mesmo. Ele nunca lhe deu motivos para dizer o contrário.  

— Hm... Acho que sim. 

— Então por que escondeu de mim todo esse tempo que é uma bruxa?

O rosto feminino transfigurou-se em pura surpresa. O loiro pensou que ela, sei lá, desviaria os olhos, sentiria medo ou culpa, mas nada disso aconteceu. Parecia calma, até demais na opinião dele, como se não existisse perigo em um príncipe saber um segredo dessa magnitude. 

De fato, não tinha.

Naruto jamais faria mal a Hinata, fosse bruxa, princesa ou qualquer outra coisa. Claro que havia aquela nota acusatória na voz dele, porém, estava mais para um ressentimento por não ter lhe contado desde o início. 

Justamente por isso a reação dela foi a tranquilidade, embora ainda houvesse um quê de surpresa na feição. 

No fundo, Hinata sabia que ele era confiável, mesmo que se conhecessem tão pouco. Se ele, de fato, fosse lhe causar algum mal, por qual motivo teria atravessado a floresta às pressas quando lhe pediu ajuda? Por que teria ficado tão preocupado? 

— Não escondi nada. — respondeu, por fim, o rosto suavizando. — Tecnicamente, estava na cara. Você não notou porque é idiota.  — Ele franziu as sobrancelhas, muito infeliz com a provocação. — Quem te contou?

— Como sabe que alguém me contou?

— É evidente. Você passou os últimos dias vindo a um covil de uma bruxa sem perceber; sinceramente, não acho que exista a menor possibilidade de ter descoberto isso sozinho.

— Está me chamando de burro?

— Entenda como quiser.

Ele rolou os olhos.

— Gaara me disse.

— Faz sentido. — exprimiu, lembrando-se de quando conheceu o príncipe do País do Vento. — Bem que ele me encarou de um jeito estranho. Ino reparou? 

— Francamente, talvez. Não falei com ela a respeito. — o silêncio reinou entre os dois por alguns segundos.  — E tenho mais perguntas.

Hinata meneou a cabeça, como se já esperasse por isso. 

— É claro que tem. Só que terá que deixá-las para depois. — lançou uma olhadela aos arredores, com o desânimo perfurando cada poro de seu corpo ao vislumbrar a casa toda destruída. — Preciso limpar essa bagunça. E tomar um banho.

— Você não pode, sei lá, fazer umas bruxarias para resolver isso? — questionou, seguindo-a entre os móveis, enquanto ela se dirigia para pegar os materiais de limpeza. — Tipo, colocar uns esfregões para trabalharem sozinhos.  

A Hyuuga o fitou por cima dos ombros com cara de quem acabou de levar uma bofetada.

— Não uso magia para coisas levianas. É difícil, suga minhas energias e só me deixa mais cansada.

— Entendi. Nesse caso, — retirou o balde das mãos dela. — eu vou ajudar.

Hinata não fez objeções. De qualquer forma, não conseguiria terminar aquilo tão cedo se fizesse todo o trabalho sozinha. Assim, Naruto ficou encarregado de arrumar a sala. Ela recolheu os destroços do caldeirão e tentou se livrar da gosma grudada nas paredes. Quatro anões apareceram e, entre reclamações, esfregaram o chão e os móveis. A criança, por outro lado, estava no quarto, trancada com os três anões restantes, que ficaram com a parte mais complicada: fazer o garotinho dormir. 

O sol se punha quando terminaram. Hinata, depois de tomar um longo banho, vendo o príncipe cansado e faminto, insistiu para que ficasse para o jantar. Naruto aceitou o convite e, sentado à mesa, observou a morena andar de um lado a outro, recolhendo ingredientes e panelas nos armários da cozinha, o cabelo úmido e limpo escorrendo pelas costas lindamente. 

— O que vai fazer com o garoto? — quebrou o silencio para puxar um assunto aleatório, apoiando o queixo na mão. Tentou, com força, não reparar em como a moça estava bonita naquele vestido branco de alças.

— Minha vontade é jogar ele no esgoto. — respondeu, de costas, picando os legumes. Ouviu-o soltar uma risada engasgada e sorriu involuntariamente. — Infelizmente, não posso fazer isso. Então, o que me resta é contar com a sua ajuda, mesmo que seja uma ajuda inútil — lançou um olhar por cima do ombro. — já que você é um príncipe que não gosta de crianças.

— Eu nunca disse que ia ajudar. — pontuou, apoiando-se mais na cadeira.

— Você veio até aqui, não foi?

— Porque achei que você estivesse em perigo.

— Poderia ter ido embora, quando soube que não era nada demais. — olhou-o com aquela cara de quem sabe das coisas. Naruto abriu a boca para retrucar, contudo, não conseguiu. Ela sorriu, satisfeita, afinal, contra os fatos não há argumentos. — Você não só ficou, como me ajudou e continua aqui. 

— Tenho meus motivos. — murmurou, emburrado por perder a discussão. — Sua comida é muito boa, seria falta de educação recusar.

A morena riu, voltando a atenção para o fogão aceso, colocando os ingredientes na panela quente. O loiro permaneceu quieto, pensando nas palavras dela. Ficou assim até que ela terminasse o jantar. Só quando a bruxa organizava os pratos e talheres sobre a mesa – dessa vez, sete conjuntos a mais, para os anões –, que ele resolveu questionar.

— E o que eu ganho em troca, te ajudando?

As sobrancelhas escuras arquearam-se em deboche.

— Minha gratidão não é suficiente?

— Claro que não. — sorriu ladino. — Achou mesmo que eu ia lidar com um miniprojeto de demônio e um bando de anões de graça

— E o que você quer?

Pensou. Estava diante de uma bruxa, podia pedir literalmente qualquer coisa. Um amuleto de sorte, um feitiço protetor...

Mas não.

Naruto já sabia muito bem o que queria.

O mundo é dos espertos, já dizia o ditado.  

— Quando chegar o dia em que terei que salvar a princesa da torre, para cumprir minha profecia, — alargou o sorriso. — quero que vá comigo.

Ela piscou sequencialmente, o rosto transfigurando-se para uma expressão que o Uzumaki não soube dizer se era choque ou descrença. Ainda assim, ele não se abateu. 

Esticou a palma da mão, na direção dela.

— Temos um acordo?


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