Meu Anjo da Guarda escrita por Mrs Kress


Capítulo 21
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal!!
Estou aqui com o capítulo final dessa fic, mas na terça teremos um epílogo para finalizar com chave de ouro.

Tenham uma boa leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/800292/chapter/21

Sam abriu os olhos com dificuldade e demorou um tempo até entender que estava em um quarto de hospital. As paredes brancas e o único barulho que preenchia o ambiente eram das máquinas. Sentia a agulha de soro bem presa ao seu braço.

De início, não conseguia se recordar o que havia acontecido para chegar até ali e então alguns flashes começaram a percorrer na sua mente. Até que ela tinha se dado conta que atirara em Michael para matá-lo e conseguira isso. Seu estômago se revirou mais uma vez e se levantou rapidamente querendo vomitar.

—Sam? Está tudo bem? – a voz de seu pai ecoou pelo quarto e logo ele estava ao seu lado afagando seu cabelo.

—Não muito – ela se recostou no travesseiro sentindo o amargo em sua boca. Sabia que não vomitaria, não tinha nada para sair.

—Posso chamar a enfermeira e... – o tom dele foi de extrema preocupação.

—Não, pai, já vou melhorar... É só um mal-estar.

—Oh, Sam, sinto tanto por você estar passando por isso. Nada disso é sua culpa – ele pegou sua mão e a olhou com ternura, mas tentando segurar as lágrimas ao mesmo tempo.

—Há quanto tempo estou aqui?

—Quatro dias. Você estava muito fraca. Seu psicológico estava muito abalado também, você acordava diversas vezes gritando e chorando.

Sam se surpreendeu por não se lembrar disso, mas não queria se aprofundar nesse assunto. As últimas memórias que tinha eram o suficiente para lhe causar os piores arrepios que já havia sentido.

—Onde está o Freddie?

—Ele está em observação ainda. Quando chegou aqui teve muitas complicações durante a cirurgia, sem dizer que ele perdeu muito sangue e estava inconsciente quando chegamos – ele deu uma pausa ponderando se continuava ou não ao ver o rosto da filha perder a cor – Não pude visitá-lo, mas a Marissa como enfermeira tem cuidado muito bem dele. Vai vê-lo do quarto de uma em uma hora e até está fazendo turnos extras.

—Mas ele... ?

—Ele vai sobreviver – ele apertou levemente a mão da filha como se quisesse passar um pouco de confiança para ela – Olha, Sam, eu não sei o que aconteceu naquele lugar por completo, temos apenas as declarações daqueles quatro delinquentes. Claro que não foi fácil, mas meus homens deram uma ajudinha para conseguir, sem dizer que Freddie já tinha deixado três deles em uma situação deplorável, mas eles estão na prisão agora. Quanto ao Michael, a polícia tem suas digitais na arma que o matou, então...

—Eles sabem que eu o matei – ela sussurrou e prendeu a respiração.

—Não há nada com o que se preocupar quanto a isso. Foi por legítima defesa, mas você precisa prestar seu depoimento depois – ele a acalmou – No entanto, o que me preocupa é sua saúde mental. Não consigo nem imaginar os efeitos que isso pode ter tido em você.

John esperou por uma resposta, mas o silêncio se instalou entre eles.

—Já combinei tudo com o seu médico para você fazer uma terapia. Depois do que aconteceu nesses quatro dias, achamos que seria o melhor.

Sam viu mais alguns flashes daquele dia em sua mente. As últimas palavras de Michael. O nojo que havia sentido dele. O barulho da arma disparando. A poça de sangue. Sentiu o quarto ao seu redor girar e respirou fundo.

—Não vou protestar – ela suspirou – E quanto ao tio Jack?

—Seu tio Jack não foi mencionado com a polícia.

—O que? Como assim? – seu tom de voz se alterou, mas não tinha forças para gritar de revolta.

—Ele está sob os meus cuidados e quando for o momento, vou entregá-lo para a polícia com todas as provas que reuni contra ele.

—Mas e se ele fugir?

—Pode ter certeza de que ele não vai. Está em um lugar muito seguro.

Sam queria questionar mais seu pai sobre como as coisas seriam daqui para frente, mas estava se sentindo fraca demais para isso. Percebeu isso, John se aproximou e depositou um beijo na testa dela.

—Você precisa descansar.

Ela apenas assentiu e sentiu os olhos pesar. Não demorou até cair em um sono profundo.

(...)

Uma semana depois...

Sam já havia recebido alta há alguns dias e já tinha feito a sua primeira sessão de terapia, mas ainda era assombrada por pesadelos daquele dia. Ainda não tinha retomado seus trabalhos na empresa e aproveitando todo o tempo livre que tinha foi para o hospital buscar Freddie que havia recebido alta naquele dia. Seria a primeira vez que iria vê-lo desde o ocorrido.

—Sam! Que bom ver você, querida – Marissa a recebeu na sala de espera com um abraço – Como você está?

—Melhorando – sorriu se desfazendo do abraço – Ele já vai sair?

—Sim, estão terminando de prepará-lo. Vou ver se estão precisando de algo.

—Certo.

Depois de alguns minutos aguardando com muita ansiedade, Freddie, enfim apareceu, em uma cadeira de rodas, acompanhado por Marissa.

A aparência do moreno estava bem melhor desde a última vez que o vira, embora, ainda tivesse algumas cicatrizes que poderiam sumir com o tempo se bem tratadas. E, pela primeira vez, em muitos dias, Sam sentiu seu coração se aquecer e não pode conter o sorriso. Foi até ele, com cuidado, se abaixou e o abraçou, se dando conta de quanto sentia falta dele.

—Já conversei com sua mãe e você vai para minha casa. É melhor do que você voltar para o Gibby – ela lhe afagou o cabelo assim que se separam e sorriu.

—Também acho – ele retribui o sorriso.

—Bom, então, aqui está a lista de remédios que ele ainda precisa tomar por alguns dias e os cuidados que precisa ter – Marissa entregou duas folhas para a loira que as guardou na bolsa.

—Certo, já vou providenciar tudo.

—E se precisar de algo, pode me ligar sempre que quiser. Ainda quero visitá-los, seu eu puder, claro – Marissa direcionou seu olhar ao filho como se esperasse uma confirmação da parte dele e o moreno apenas assentiu.

—Pode deixar – Sam sorriu – Vamos indo agora então.

Sam segurou firmemente na parte traseira da cadeira de rodas e o guiou até o carro. Marissa os acompanhou até lá e quando o moreno se acomodou no carro, ela levou a cadeira de rodas de volta para o hospital, afinal de contas, ele não precisaria dela, era apenas para evitar o esforço.

(...)

—Ei, Sam! Está tudo bem? – Freddie a chamava depois de acordar durante a noite ouvindo o choro – Sam!

—Freddie – ela sussurrou ao se virar de frente para ele na cama – Desculpa te acordar – enxugou o rosto com as palmas das mãos.

A única luz que iluminava o quarto era o abajur que o moreno havia ligado quando a escutou chorando.

—O que aconteceu? – ele fez carinho em sua bochecha e se aproximou mais dela.

—Nada, é só que... – ela suspirou – Aquele dia ainda me assombra muito. Acho que você não deve saber o que eu fiz com o Michael.

—Não precisa dizer se não quiser – ele continuou o carinho na bochecha dela já imaginando como foi o desfecho daquele dia – Eu estou aqui com você. Sempre.

—Eu sei – lágrimas começaram a rolar pelo rosto dela sem parar – E eu nem sei o que teria sido de mim sem você. Sinto muito por ter sofrido as consequências por mim.

—Sam, não precisa... – ele começou, mas foi interrompido.

—Eu preciso. Eu achei que você tinha morrido e eu só conseguia pensar em tudo o que não disse para você – ela respirou fundo afim de controlar as lágrimas – Você se tornou uma das pessoas mais importantes da minha vida em tão pouco tempo e eu amo você – ela retribuiu o carinho na bochecha dele – Você salvou minha vida, mas eu já te amava antes disso, só não tinha admitido.

—Na verdade, você quem me salvou – ele riu – E eu amo você. Você iluminou minha vida de um jeito que eu nunca vou entender, eu só quero você.

Ambos sorriram e sentiam-se totalmente completos na presença um do outro.

Freddie se aproximou ainda mais dela e a beijou. Sam não demorou a corresponder e logo aprofundaram o beijo como se quisessem explicar todos seus sentimentos naquele simples ato.

Sam começou a passar as mãos pelo corpo do moreno arrancando suspiros dele entre os beijos, mas por descuido seu acabou apertando demais o ombro machucado dele. Dessa vez, ele gemeu de dor e se afastaram.

—Me desculpa – ela riu fazendo carinho no local machucado.

—Está tudo bem.

—Acho melhor só dormirmos então.

—Temos todo o tempo do mundo para isso.

Sam se aninhou ao peito dele do outro lado da parte que estava machucada e não demorou para que ambos caíssem em um sono profundo. Nessa noite, ela não teve mais pesadelos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?

Desde já, quero deixar o meu agradecimento a todos vocês que acompanharam e comentaram a fic... Não consigo nem expressar minha felicidade por estar de volta e por isso essa fic, em específico, se tornou tão importante para mim.
Em breve teremos mais uma novinha em folha, além de Back to the Past, que venho trabalhando há alguns meses hahahah



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meu Anjo da Guarda" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.