Meu Anjo da Guarda escrita por Mrs Kress


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal!! Mais um capítulo saindo para vocês... Tenham uma boa leitura *-*



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“Mais um dia aqui”, Freddie pensou frustrado assim que abriu os olhos e se deparou com o antigo quarto novamente. Precisava ir embora dali o mais rápido que pudesse.

Virou-se à procura de Sam, pois sabia que ela viera dormir com ele, mas ela não estava mais lá. Provavelmente estaria tomando café da manhã, e, se estivesse com sorte, sua mãe já teria saído para trabalhar.

Fez menção para se levantar e sentiu novamente a dor percorrer pelo corpo, resmungou baixo para si mesmo, e depois longos segundos se esforçou mais um pouco e conseguiu ficar de pé.

Estava caminhando até a porta do quarto, quando escutou alguém a abrindo. Marissa segurando uma bandeja com um copo de suco, waffles e frutas picadas.

“Incrível como mesmo depois de tantos anos, ela ainda faça isso.” Foi seu primeiro pensamento ao sentir seu estômago embrulhar quando as memórias de quando era mais novo invadiram sua mente.

—Bom dia – ela forçou seu melhor sorriso para esconder o nervosismo que sentia no momento – Está melhor? Trouxe alguns remédios para dor, se quiser – apontou com os olhos para os remédios na bandeja.

—Vou tomar – o moreno apenas se limitou a dizer.

Dois minutos de silencio se instalaram entre os dois.

—Onde está a Sam? – Freddie quebrou o silêncio.

—Está na cozinha terminando o café dela.

—Preciso falar com ela.

Mas que ele pudesse fazer qualquer menção para caminhar até a porta, Marissa se parou em sua frente firmemente.

—Preciso conversar com você. Eu imaginei durante anos o dia que fosse reencontrar com você.

—Não temos nada para conversar.

—Mas eu tenho coisas que precisam ser falar com você – assumiu um tom mais firme e sério. Suspirou e deixou a bandeja na cômoda ao lado da cama do moreno – Freddie, eu sei que você ainda está ressentido pelo que aconteceu da última vez que nos vimos... Eu sei por que eu demorei anos para me perdoar... Eu nunca quis machucá-lo. Você é meu filho! E se tivesse qualquer coisa que eu pudesse fazer para mudar aquele dia, acredite, eu faria. A morte do seu pai me afetou de formas que eu não entendo até hoje, afinal, vocês eram a única coisa que eu tinha e do nada senti meu mundo desabar.

—Eu estava voltando para a casa e você me recebeu daquela forma.

—Eu sei, eu sei. Falei tantas coisas horríveis, mas não eram verdades, nunca foram. Na época eu pensava que sim, mas eu não tinha o direito de te machucar e quando vi que o pior estava feito, eu me senti a pior mãe do mundo. Eu queria correr atrás de você e me desculpar, mas eu não conseguia me mover, estava totalmente atordoada – parou por um tempo dando um longo suspiro – Eu não culpo você pela morte do seu pai – o olhar de Marissa transmitia toda sinceridade que Freddie jamais tinha visto antes.

—A senhora não estava tão errada nisso, afinal de contas – o moreno sentou-se na cama e encarou um ponto fixo qualquer no chão por um tempo.

—Eu estava. Você não teve culpa e eu preciso do seu perdão. Perdão por ter te culpado por tudo de ruim que aconteceu, eu reconheço que seu pai e eu deveríamos ter tentado mais. Perdão por ter acertado você com uma faca no momento em que eu mais estava atordoada, mas aquela não era a vida que eu sonhei para o meu menino.

—Não era a vida que eu queria ter tido também, pelo menos quando lembro de tudo agora. Naquela época parecia divertido – deu de ombros.

—Mas não há motivo para remoer seu passado. Vejo que se tornou uma pessoa incrível – sorriu amigavelmente enquanto se sentava ao lado dele na cama – E conhecer alguém muito especial.

—Eu sou só uma pessoa tentando mudar, mas a Sam é incrível. Ela me entende como ninguém, estar com ela me faz querer ser ainda melhor, alguém que a mereça de verdade – as palavras simplesmente saíram de sua boca ao pensar no sorriso da loira que o encantava tantas vezes – Mas eu te perdoo – se virou para mãe ao se lembrar do motivo da conversa a primeiro momento – Não posso garantir que tudo será mil maravilhas, mas não quero fugir mais disso.

—Obrigada, isso significa tanto para mim – segurou o braço dele por rápidos segundos fazendo um carinho e depois soltou – Sabe, eu adotei o Ben poucos anos depois de tudo isso. Ele me lembrava muito você quando criança e de certa forma eu pensei que poderia consertar as coisas, mesmo que tivesse falhado com você. Espero que um dia vocês possam se conhecer melhor.

—Talvez – Freddie se limitou a dizer, mas já pensando na possibilidade.

Toda conversa havia, de certa forma, diminuído um pouco o peso do passado que Freddie carregava. Tinha de fato perdoado sua mãe, mas ainda havia um caminho a ser percorrido até a confiança de ambos ser reconquistada, mas queria ver onde isso daria.

Nesse momento, só conseguia pensar em Sam, mesmo que eles tivessem tido aquela pequena discussão um dia antes, sabia que a loira ficaria feliz por ele estar tentando deixar toda aquela história de lado e recomeçar de verdade.

Afinal de contas, por mais que todas essas coisas ruins tivessem acontecido em sua vida, de uma coisa ele tinha certeza: todas elas o levaram a conhecer Samantha Puckett. E, como ele era sortudo por isso. Com esse pensamento teve certeza de que a amava.

—MÃE! MÃE! – os gritos de Ben ecoaram pelo corredor – AJUDA AQUI!

Freddie e Marisa se entreolharam e não demoraram a sair do quarto e ir em direção aos gritos do garoto.

O moreno ainda sentia algumas dores no corpo que pareceu esquecer no momento em que vira Sam caída no chão. Sentiu seu corpo inteiro gelar.

—Ben, o que aconteceu aqui? – Marissa perguntou já se apressando ao lado da loira para examiná-la.

—Eu não sei, estávamos conversando e ela do nada derrubou a xícara de café no chão e caiu.

Freddie observava a cena um pouco distante, imóvel e sem saber o que fazer. Não gostava nem de pensar na possibilidade de perdê-la.

—O pulso dela está muito fraco, não sei se consigo ajudar muito daqui de casa. Ela precisa ir a um hospital agora.

—Tem certeza? O pai dela não quer ela na cidade agora – Freddie se arriscou a dizer com a voz fraca.

—Eu tenho, ela precisa de um médico.

Freddie não pensou duas vezes, sentindo a adrenalina percorrer pelo corpo anestesiando qualquer tipo de dor que pudesse estar sentindo, foi até Sam e a pegou no colo.

—Vou levá-la para o carro e ligo para o pai dela no caminho.


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Notas finais do capítulo

É, tudo que é bom dura pouco...

E aí, o que acharam? Não se esqueçam de deixar um comentário me contando ;*

Lembrando que já estamos na reta final dessa fic...



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