Meu Anjo da Guarda escrita por Mrs Kress


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal!!
Estou aqui com mais um capítulo e passando para avisar que essa fic já está entrando na reta final, teremos mais seis capítulos no máximo...

Boa leitura a todos e em breve teremos uma explicação clara para tudo isso ;*



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Freddie abriu os olhos com certa dificuldade sentindo a dor percorrer por todo seu corpo, isso o lembrava das inúmeras brigas que enfrentava quando ainda morava nas ruas. Flashes passavam em sua cabeça da última coisa que se lembrava.

O baile. Sam sendo levada. Dois homens o espancavam. Um tiro. Dor lancinante na cabeça e no braço. Depois disso tudo era um borrão.

Encarou o teto do lugar em que se encontrava, tudo estava escuro, mas tinha certeza de que não estava na pequena casa dos fundos que Gibby lhe permitiu morar. Se sentou na cama resmungando quando a dor insistia em piorar e olhou ao seu redor. Precisou de alguns minutos para assimilar o ambiente e então reconheceu a escrivaninha perto de seu antigo guarda-roupa, alguns pôsteres na parede de bandas que costumava ouvir quando mais jovem.

Era seu quarto na casa de Yakima.

—Mas que merda está acontecendo? – resmungou baixo.

Não vestia mais a roupa formal do baile e sim um pijama surrado que já não lhe servia direito. Fez menção de levantar-se, mas voltou ao lugar quando sentiu tudo a sua volta girar e a dor na cabeça o consumir.

A porta se abriu revelando uma Sam com os cabelos despenteados, o rosto limpo da maquiagem que usava desde a última vez que a vira, mas agora as olheiras eram evidentes em seu rosto, estava usando uma camiseta e um moletom grandes em seu corpo que logo reconheceu serem seus de quando mais jovem.

—Você acordou – forçou um sorriso e se sentou na cama de frente para o moreno.

—Você está bem? – acariciou a bochecha da loira e logo sentiu seus dedos úmidos pelas lágrimas que ela tentava ao máximo segurar.

—Eu que deveria te perguntar – forçou mais um sorriso e logo enxugou o rosto com a palma da mão – Você teve muita sorte do tiro ter pegado de raspão no seu braço. Sua mãe se ofereceu para nos trazer até aqui e cuidou de você.

—Eu não queria ter vindo para cá – afastou a mão do rosto dela.

—E eu deveria deixar você lá? – o fitou incrédula – Eu não faria isso. E que bom que entrou nesse assunto porque o que você fez no dia do baile foi muito perigoso.

—Você não me deixaria, mas eu deveria não deveria te procurar? – seu tom de voz ficou mais sério do que o normal.

—Não estou falando isso, mas que deveria ter pelo menos ido chamar alguém. Não sei. Não deveria ter se arriscado sozinho assim – levantou-se da cama e o encarou por longos segundos ainda lutando contra as lágrimas.

—Eu não pensei nisso, eu só precisava te encontrar. Logo.

—Não pode colocar sua vida em risco por minha causa.

—Mas coloquei e não me arrependo. Faria mais uma vez se fosse necessário.

—Não, não faria. Não quero ser mal-agradecida, porque se não fosse por você, não consigo nem imaginar como poderia estar agora, mas eu não quero você se arriscando desse jeito. Eu não vou suportar te perder por minha culpa.

—Eu não iria suportar te perder sabendo que poderia ter feito algo – seu tom de voz saiu mais alterado do que antes.

O punho de Freddie estava cerrado, a dor pelo corpo estava se espalhou mais rápido e com mais força, mas ele não iria deixar transparecer. Não agora. Não conseguia acreditar no que estava ouvindo, assim como Sam. Ambos orgulhosos demais.

—Você poderia ter chamado alguém, Tyler ou qualquer outro segurança.

—Fala sério, a segurança daquele lugar estava precária.

—Ainda assim tinha o Tyler.

Freddie se calou, não tinha argumento contra isso. Tyler era de confiança e a verdade é que nem pensou nessa possibilidade no momento e agiu no calor do momento.

—Precisamos ir embora daqui – mudou o assunto.

—Nós vamos ficar aqui até você se recuperar.

—Estou me sentindo melhor – mentiu – Não precisamos mais ficar aqui.

—E eu não posso voltar para casa por enquanto. Ordens do meu pai.

—A gente acha outro lugar para ficar.

—Eu sei que não aprova ficar aqui por causa da sua mãe, mas não se esqueça de que ela cuidou de você nesses últimos dois dias.

—Isso não muda o que ela fez – cerrou o punho mais uma vez tentando conter a dor que estava sentindo.

—Eu sei. E você precisa superar isso antes que seja tarde demais. Para o seu próprio bem.

Freddie encarou o chão por um momento e percebendo que ele não falaria mais nada, Sam caminhou até a porta.

—Vou trazer algo para você comer – não esperou por nenhuma resposta e já saiu do quarto.

(...)

O resto do dia pareceu se arrastar para Freddie e Sam. Enquanto o moreno ficava no quarto apenas encarando o teto, a loira ficava em um canto do sofá na sala encarando a televisão ligada sem de fato prestar atenção no que estava passando. De vez em quando entrava no quarto de Freddie para levar comida, medir sua temperatura e ver se ele estava sentindo alguma coisa, conforme recomendado pela Marissa.

Ela passou o dia inteiro no hospital e só chegaria em casa depois das onze da noite. Ben, que fora apresentado a Sam no caminho até Yakima, era o filho adotivo de Marissa e optou por ficar em seu quarto jogando.

Sam não queria ter falado aquelas coisas para Freddie nesse momento, por mais que isso estivesse a perturbando, mas não se conteve, apenas não queria que ele se machucasse. Afinal de contas, ele já tinha sua própria carga emocional para carregar, não precisava da dela também.

Freddie, por outro lado, ficava repetindo mentalmente que faria o que fosse possível para manter Sam em segurança. Mas sabia que em partes, ela tinha razão no que falou. Não precisava tentar protegê-la sozinho, mas também, não se arrependia de nada que tinha feito.

(...)

O ranger da porta ao se fechar despertou Sam e viu Marissa entrando.

—Oi Sam, desculpe, não quis acordá-la.

—Sem problemas. Eu deveria ir para o quarto já também – desligou a televisão e levantou-se do sofá.

—Como ele está?

—Ainda com dores. Não conseguiu almoçar direito, mas jantou, pelo menos.

—Ótimo. Aproveitei para ir à farmácia e comprei alguns remédios para dor, você pode dar a ele amanhã no café – Marissa tirou algumas caixas de comprimido da bolsa e colocou na mesa de jantar que ficava a alguns metros atrás do sofá.

—Bom, se a senhora quiser... tentar levar para ele... Tudo bem. Talvez seja melhor também.

—Está tudo bem entre vocês? – ela a encarou preocupada.

—Sim – decidiu omitir a pequena conversa de cedo – Mas acho que talvez vocês poderiam conversar melhor, não sei...

—Muito obrigada, querida – Marissa sorriu e afagou o braço de Sam.

Sam retribuiu o sorriso e voltou para o quarto de Freddie. Tentou fechar a porta o mais silenciosamente possível e quando se aproximou viu que ele realmente dormia.

Deitou-se ao lado dele na cama de casal e puxou um cobertor para si mesma. Encarou o rosto do moreno, que ainda apresentava arranhões da recente briga, e depois de um longo tempo conseguiu pegar no sono.


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Notas finais do capítulo

Parece que o clima ficou pouco tenso para Seddie...
Mas não deixem de me contar o que acharam nos comentários ;*



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