She escrita por Mavelle


Capítulo 5
Capítulo 04


Notas iniciais do capítulo

Bom diaaaaa!
Feliz dia do trabalhador!
Estou de volta novamente com um capítulo novo yayyyyy e acho que vou ficar postando realmente toda terça e sábado porque estou de férias pelo próximo mês, então se tudo der certo acho que dá pra postar dois por semana. De qualquer forma, acompanhem a história para serem notificades toda vez que um capítulo novo for postado
Enfim, espero que gostem!!!

Beijos,
Mavelle

Música recomendada: Small Talk - Niall Horan



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/800262/chapter/5

— Eu sei que está cedo, mas o que acha de sairmos daqui?

A primeira reação de Sophie foi bater de leve perto do seu peito, bem onde seu microfone estava, para tentar ativá-lo. Ela queria muito ir embora com ele, mas não queria ter de explicar que precisava pegar uma bolsa gigante no banheiro, em que estavam escondidas as roupas que ela estava usando antes, mas, mais importante, não queria explicar porque tinha uma arma presa na coxa, então teria de dar um jeito de fazer aquilo desaparecer.

E a melhor forma de fazer aquilo de uma forma segura seria pedindo indiretamente que Andrea fosse buscar.

— Prata, está tudo bem? - a voz de Andrea soou pelo ponto em sua orelha.

— É uma ideia bem tentadora. - Sophie disse. - Mas para onde iríamos?

— Bom, eu moro a dois quarteirões daqui. - Benedict respondeu. - Menos de 5 minutos a pé.

— Hm… está me chamando para voltar para casa com você, então? - ela sorriu e mordeu o lábio inferior.

— Sim. - ele sorriu de volta.

Sophie ouviu Andrea respirar fundo e resmungar alguma coisa. Aquela situação não era tão incomum, então todos já tinham feito aquilo em algum momento.

— Deixe suas coisas na bolsa no banheiro que eu pego. Vá se divertir.

Ela simplesmente sorriu e o beijou mais uma vez.

— Eu só preciso ir ao banheiro rapidinho. - Sophie disse. - Vai desistir de mim se eu sumir por 5 minutos?

— Não mesmo. E eu preciso avisar minha família que estou saindo.

— Ok. 

— Nos encontramos no bar daqui a pouco?

— Certo. - ela lhe deu um selinho. - Volto já.

Sophie se afastou dele e seguiu na direção do banheiro, trancando a porta atrás de si quando entrou. Ainda bem que era um banheiro individual. Seria muito mais difícil fazer isso caso fosse um banheiro coletivo, mas ela estava com sorte naquela noite.

— Prata, já está lá? - Andrea perguntou. - Um toque para sim, dois para não. - ela tocou uma vez apenas e não recebeu resposta.

Ela tirou a bolsa de onde a tinha escondido para poder guardar a arma e o coldre. Um minuto depois, ouviu uma batida na janela, conferiu que era Andrea e passou a bolsa, na qual agora tinha colocado a escuta e o ponto.

— Obrigada. - Sophie sussurrou.

A única resposta foi algo sendo jogado pela janela: um pacote de camisinhas.

— Roxo mandou para você. - Andrea disse.

— Eu quero mesmo isso? Se eram dele?

— Não sei, mas em último caso…

— Eu sei, eu sei.

— Divirta-se querida.

Sophie colocou as camisinhas na bolsinha que estava com ela para guardar o telefone. Então realmente usou o banheiro, lavou as mãos e saiu, encontrando Benedict já lhe esperando no bar.

— Voltei. - ela anunciou. - Vai conseguir sair sem problemas?

— Eu cheguei na mesa para avisar à minha família que ia sair e minha mãe e minha cunhada me enxotaram.

— Sério?

— Sim. Elas disseram “cadê sua amiga? Ah, você vai embora com ela? VAI LOGO”

Sophie riu e entrelaçou os dedos aos dele.

— Acho que devíamos realmente nos apressar então, já que você está sendo expulso.

— Faz mais de cinco anos desde a última vez que eu fui expulso de verdade de uma festa.

— Você não parece alguém que já foi expulso de uma festa.

— Só uma vez, mas foi merecido.

— O que você fez?

— Fui na festa do meu ex-namorado uma semana depois de terminarmos.

— E não tinha sido um término amigável?

— Na verdade, foi sim, mas eu fiquei meio bêbado e acabei beijando a irmã dele.

— E ele ficou puto.

— Sim. Principalmente porque ela tinha acabado de fazer 18 anos e eu tinha 23.

— E vocês tinham terminado uma semana antes?

— Sim.

— A irmã dele? - ela parecia um pouco incrédula.

— Eu sei. - Benedict estava envergonhado quando chegaram ao armário em que estavam os casacos de todos. - Não foi meu ponto mais alto, mas conseguimos nos resolver depois.

— Mas não agora.

— Não. Acabamos decidindo que não éramos mais as mesmas pessoas. - ele disse, pegando seu sobretudo. Não queria falar sobre Henry. - Não vai pegar seu casaco?

Estavam em Londres.

Em dezembro.

Ela devia ter levado um casaco, certo?

Certo. Ela tinha levado quando Conrad passou para pegá-las na casa de Andrea, mas como planejara sair do mesmo jeito que entrou (pela janela quase do lado de onde a van estava estacionada), não viu necessidade de levar o casaco para dentro da festa.

— Eu esqueci de pegar. Como vim de táxi e voltaria também, não achei que seria um problema. Não imaginei que sairia daqui a pé.

— Quer chamar um táxi?

— Não. Você mesmo disse que mora aqui perto, então eu sobrevivo.

— Pegue. - ele estendeu o sobretudo para ela, que hesitou em pegar. - Por favor. Eu tenho o terno para cortar o vento.

— Obrigada. - ela disse, já colocando o sobretudo dele enquanto saíam pela rua, sua mão entrelaçada na dele. A brisa fria do fim do outono tocou seu rosto e ela se sentiu agradecida pelo sobretudo de Benedict. Ele devia estar com frio. - Tem certeza que não quer o casaco?

— Sim. - ele olhou para ela e sorriu enquanto esperava o sinal para pedestres abrir. - Meu pai disse que sempre devia emprestar meu casaco para a pessoa que quisesse conquistar.

— E se a pessoa não quiser seu casaco?

— Eu deixo disponível até que aceite.

— Mesmo com frio? - ele assentiu. - Você é um perfeito cavalheiro.

— Nem tanto. Um perfeito cavalheiro de verdade seria tedioso, não acha?

O sinal abriu e eles atravessaram a rua.

— Um pouco. - ela sorriu.

— Além disso, um perfeito cavalheiro nunca chamaria uma dama para sair cedo de uma festa.

— Sorte a minha que eu não quero um perfeito cavalheiro e sim o Benedict.

Benedict simplesmente a parou e a beijou. Não importava o frio que estava fazendo, apenas a necessidade de beijá-la. Ela o queria e ele a queria e o resto do mundo podia muito bem explodir. Então ele tocou seu rosto e Sophie estremeceu com o frio de seus dedos. Não tinha notado o quanto sua mão estava fria enquanto a segurava.

— Vamos logo. - Sophie disse. - Eu quero te beijar, mas acho que seus dedos vão cair se continuarmos aqui mais 30 segundos. 

Ele riu. 

— Vamos.

Eles entrelaçaram os dedos novamente e, após mais dois minutos, chegaram ao prédio de Benedict, onde o aquecedor estava ligado. 

— Muito melhor. - Sophie disse, já tirando o sobretudo.

— Acho que você fez minha função. - Benedict disse, já chamando o elevador e passando uma mão pela cintura dela. 

— Acho que ainda tem muito a ser tirado. - ela respondeu, entrando no elevador, que tinha acabado de chegar. - Quer dizer, não muito, mas você entendeu. 

— Sim, eu entendi. - ele sorriu de lado e apertou o botão para o 7º andar. 

— Se importa se eu começar o meu trabalho? 

— Aqui? - ele pareceu um pouco surpreso. 

— Não esse trabalho. O mesmo que eu comecei em mim. - ela disse, levando suas mãos para o pescoço dele, afrouxando sua gravata e a soltando. Não fazia a menor ideia de como fazer aquele nó, mas era bem simples de desfazer. E então lhe deu um beijo no canto da boca e sorriu. - Viu? Dentro de todos os padrões de propriedade exigidos pelo elevador. 

— Ainda bem. Margareth, nossa porteira, jamais me deixaria em paz se tivesse passado. - Sophie riu e as portas do elevador se abriram. - Chegamos.

— Eu posso finalmente te beijar como eu queria sem risco de alguém congelar? 

Ele sorriu, a puxou para fora do elevador e a beijou. Sophie simplesmente retribuiu o beijo e se aproximou ainda mais, praticamente se moldando ao corpo dele. Ele tirou a boca da dela apenas por tempo o suficiente para abrir a porta, sendo que ela ficou com a cabeça enterrada no pescoço dele. E só percebeu que poderia parecer estranho depois que ele passou os braços ao redor de seu corpo. Ele queria prendê-la ali, manter aquele momento congelado no tempo, mas sabia que não era isso que aconteceria. Ela não tinha nem lhe dado seu nome de verdade e era bem claro que não planejava ficar. 

— Desculpe se isso parece estranho, mas você tem um cheiro muito bom. - ela disse, finalmente tirando a cabeça dali e deixando um beijo no ponto em que o pescoço e a mandíbula se encontravam. 

— Não foi estranho. Um pouco inesperado, talvez, mas não estranho.

— As melhores coisas da vida são assim. - ela disse. Sabia que provavelmente era o maior dos clichês, mas acreditava piamente naquilo. Onde estaria hoje se não fosse pelas viradas altamente inesperadas da vida? - Eu não fazia ideia de que te encontraria hoje. 

— E eu jamais imaginei que sairia de lá com você. Nunca imaginei que sairia com a mulher mais linda que já conheci.

— Ah, Benedict. - ela disse e tomou seus lábios em um beijo mais uma vez. 

Sophie tirou o blazer do terno que ele estava usando e já começou a desabotoar sua camisa. Jogou o blazer e a gravata dele em algum lugar da sala. Benedict a puxou para seu colo e ela passou suas pernas pela cintura dele. As mãos dele estavam por baixo de seu vestido, apertando sua bunda de leve, e tudo o que ela conseguia pensar é que queria sentir essas mãos pelo seu corpo inteiro. Bendito seja o inventor do vestido curto, ele pensava.

Quando chegaram ao quarto, Benedict a colocou no chão e ela tratou logo de tirar os saltos que estava usando a noite toda. 

— Você parece muito mais alto agora. - ela comentou.

— Isso é bom ou ruim? - Benedict perguntou com um sorriso, sentando na cama e tirando os sapatos também. 

— Bom. Muito bom. - Sophie respondeu, já se sentando com uma perna de cada lado dele. 

Ela o beijou mais uma vez e tratou logo de terminar de desabotoar sua camisa e tirá-la, enquanto ele descia o zíper de seu vestido. Enquanto passava as mãos por dentro para baixá-lo, percebeu que ela não usava sutiã e apenas o contato de suas mãos com a pele nua das costas dela foi o suficiente para levá-lo quase que à loucura. Isso e ouvir o gemido que ela soltou quando ele passou o dedo pela lateral de seu seio. Em seguida, terminou de baixar o vestido até que ele ficou embolado na cintura dela. 

— Prata… eu preciso saber quem você é. - Benedict disse, beijando seu pescoço e seu colo. Então olhou nos olhos dela. - Toda vez que você abre a boca eu gosto mais do que eu escuto. Não quero que isso seja uma noite e nada mais. 

Ele foi beijá-la novamente, mas ela o parou.

— Benedict, eu não posso ficar. - ela disse, olhando-o nos olhos. - Minha vida é em outro lugar e amanhã eu vou desaparecer.

— Então pode ao menos me dizer qual o seu nome? 

— Se você souber quem eu sou, vai perder uma parte do encanto. - ele pareceu um pouco frustrado e ela segurou o queixo dele com dois dedos, erguendo o olhar dele para ela. - Vamos ser só a Prata e o Benedict hoje. Qualquer coisa diferente disso, como com o que trabalhamos, onde moramos ou os nossos sobrenomes, não importa hoje à noite. Só eu e você importamos.

Ele respirou fundo. 

— Só uma noite, então. - ele disse, alisando as coxas dela. 

— Só uma noite. - ela reafirmou, passando as mãos pelo cabelo dele. 

— Então teremos de fazer uma vida inteira caber em uma noite. 

***

Na manhã seguinte, Benedict acordou se sentindo renovado. Sim, tinha se cansado à noite depois das atividades com Prata, mas adormecer ao lado dela e acordar sentindo o cheiro dela no seu quarto tinha sido mais que o suficiente para renovar suas energias.

Ainda de olhos fechados, ele estendeu o braço, tentando puxá-la para mais perto, mas não a encontrou ali: ao bater com a mão no lugar onde ela deveria estar, sentiu algo diferente do que esperava e que fez um som mais que familiar. 

Era um pedaço de papel.

Ele resmungou, já imaginando que era um adeus, mas se sentou na cama e pegou os óculos na mesinha ao lado da cama para que pudesse examinar o conteúdo.

 

Benedict,

Obrigada pela noite. Sem exagero nenhum, acho que foi a noite mais divertida que eu tive em anos! (sim, eu sou um bichinho do mato e não saio de casa, mas isso não vem ao ponto) Por mais que me interesse repetir a dose, eu tenho coisas a resolver e preciso ir embora agora. Você estava no 20° sono (e fica muito fofo dormindo), então não quis te acordar.

Não posso manter contato com você, mas queria te dizer que foi encantador te conhecer e ser sua por esta noite.

E quem sabe?

Talvez um dia nossos caminhos se cruzem novamente. Se não nesta vida, então em outra.

Até lá, fica bem.

Prata

 

Ele bufou, frustrado.

Sabia que seria só uma noite, mas tinha esperanças de conseguir convencê-la a ficar (ou pelo menos a lhe passar seu número) de manhã.

Aparentemente, ela tinha planos diferentes.

Foi checar seu telefone. Não havia nada que pudesse fazer sobre Prata e sua saída repentina, então podia muito bem se distrair. Logo viu que seus irmãos já estavam dando (e cobrando) sinais de vida.

"Colin: Benedict tá vivo?

Daphne: Tu acha mesmo que ele vai aparecer tão cedo?

Eloise: Ainda não acredito que perdi a festa e tive que saber pela mamãe

Eloise: Ano que vem estarei lá para ver com meus próprios olhos se realmente é possível alguém conhecer uma pessoa na festa da empresa

Hyacinth: E aí você me conta, porque ainda não vão me deixar ir e ninguém pega mais detalhes que você

Anthony: Eu também não achava que era possível, mas o Benedict conseguiu

Daphne: Jurava que você também ia demorar a aparecer

Daphne: A Kate disse que ia se aproveitar da Edwina de babá

Anthony: Aproveitamos sim e ainda estamos, mas não como você imaginaria

Anthony: Ela ia fazer o café da manhã, aí a manteiga acabou

Anthony: Então saímos para tomar café e ela decidiu que devíamos ir fazer compras, porque ela também estava precisando comprar umas coisas pra casa

Anthony: Resumindo, estamos no supermercado

Daphne: MENTIRA KKKKKKKKKKKK

Colin: EU AMO A KATE PQP KKKKKKKK

Francesca: Vocês se assumiram semana passada e já são casados, como o tempo voa

Anthony: Só pra eu não passar de ruim, queria dizer que ele tá com um humor excelente hoje e me agradeceu de estarmos indo no supermercado porque não ia ter tempo de ir na semana -K

Colin: GADO

Eloise: GADO

Benedict: GADO

Anthony: Apareceu a margarida

Anthony: AAAAAAAAAA E AÍ BENNY? -K

Hyacinth: Vocês dois vão mesmo ficar mandando mensagem juntos?

Anthony: Não

Anthony: Sim -K

Anthony: Minhas visões não são iguais às dele, já estou inteirada demais nesse assunto em particular e preciso emitir opiniões, mas já já eu paro e vocês podem voltar à programação normal do grupo -K

Colin: Se for pra ficar só um falando, pode ir embora, Anthony

Anthony: Nossa, mas você me ama muito, né?

Daphne: VOLTA BENEDICT

Daphne: A não ser que ainda esteja com a moça, nesse caso, pode ficar aí

Francesca: Sim, é a sua única chance de desencalhar em muito tempo, vai atrás dela

Benedict: Mas eu tava namorando o Henry até junho?

Francesca: COMASSIM

Benedict: A gente tinha voltado em março e terminamos de novo em junho

Francesca: Só eu que não sabia disso?

Eloise: Sim

Hyacinth: Sim

Anthony: Sim -A e K

Daphne: Sim

Colin: Sim

Francesca: Gente, só porque eu moro longe não quer dizer que eu não queira saber!!!!

Gregory: Você tinha voltado com o Henry?

Gregory: Ele nem me chamou pra ir jogar futebol, que fdp

Eloise: Sinto lhe informar, Greg, acho que ele te chamava pra jogar futebol pra (re)conquistar o Benny

Eloise: Era a mesma coisa com a Siena levando você e a Hya pra tomar sorvete

Colin: E o Simon chamando a Frannie pra andar de cavalo num haras com ele e a Daphne

Anthony: E o Anthony assistindo o live action de Dora, a Aventureira com a Lottie no que era pra ser nosso terceiro encontro -K

Colin: Cacete

Colin: Esse tava empenhado de verdade

Francesca: Mas aí o que muda é que a Siena era realmente só pra conquistar e depois ela começou a fingir que a gente não existia, mas Anthony, Simon e Henry tinham intenções verdadeiras (eu acho) 

Eloise: Você tá botando muita fé em homem, Francesca

Benedict: Henry era pra me reconquistar (ele mesmo disse), mas parou de jogar no geral porque lesionou o joelho 

Daphne: Simon disse que na época era só pra conquistar, mas que ele gosta de você e repetiria o passeio 

Anthony: No meu caso, era pra conquistar a Kate sim, mas eu adoro a Lottie a ponto de ter assistido DE NOVO o filme horroroso da Dora com ela essa semana

Anthony: AWWWWWW -K

Anthony: Acabei de ser atacado, não sei se volto

Benedict: O que que rolou aqui? 

Daphne: Eu não quero saber

Francesca: Nem eu

Benedict: Menos dois intrometidos, tchau

Anthony: Você acaba de cair no meu conceito, meu cunhado favorito agora é o Greg -K

Gregory: HAHAHAHAHAHA pega Benedict 

Colin: Nossa, pra que se dedicar a uma amizade por mais de 26 anos se no fim vai ser trocado pelo moleque espinhento? 

Gregory: Moleque posso até ser, mas espinhento não, respeita os cremes que a Eloise me indicou

Eloise: Que orgulho desse menino, todo trabalhado na skin care

Benedict: Sim, gente fiquei com a Prata

Benedict: Ela não me deu um nome, então vai ficar sendo Prata mesmo

Benedict: E ela foi embora antes de eu acordar...

Francesca: Vish…

Colin: Queria poder fazer brincadeira com isso, mas só é triste mesmo 

Daphne: Mentira, né? 

Daphne: E perder suas panquecas mundialmente famosas? 

Anthony: Desculpa ter te baixado do conceito de cunhado antes de saber tudo -K 

Hyacinth: Quer que eu cace ela?

Anthony: Você vai encontrar outra pessoa

Benedict: ...mas me deixou um bilhete dizendo que tinha sido a noite mais divertida que ela teve em anos e que adoraria repetir…

Daphne: HÁ ESPERANÇA

Hyacinth: MOÇA VOLTA PRO MEU IRMÃO PRA ELE DEIXAR DE SER CHATO

Colin: AI AI PRAZER

Eloise: VAI ATRÁS DELAAAAA

Anthony: AAAAAAAAA JÁ TÔ FANFICANDO OS ENCONTROS DUPLOS -K 

Anthony: Katharine????? 

Anthony: ME DEIXA SONHAR, SEU HOMEM FRIO -K

Anthony: Pensei que era pra cortar sonhos pela raiz

Eloise: ...

Eloise: Vou assumir que é piada interna e não algo sério

Francesca: Oh Deus

Francesca: Tem mais, não tem? 

Benedict: ...mas que ia embora e não podia manter contato, então me agradeceu e disse que tinha sido encantador me conhecer

Colin: AI AI DOR

Daphne: ELA CITOU ENCHANTED MEU DEUS CASA COM ELA BENEDICT EU QUERO UMA CUNHADA SWIFTIE

Anthony: Não creio que ela já destruiu minha fanfic -K 

Benedict: Como que eu vou casar com ela se ela SUMIU? 

Francesca: Você tava considerando mesmo? 

Benedict: Nem eu sou tão emocionado assim, Frannie, calma lá

Benedict: Mas queria sair com ela de verdade 

Anthony: Que chá forte

Anthony: ANTHONY TEM CRIANÇA NO GRUPO CACETE -K

Anthony: Por que você acha que eu botei só chá? 

Hyacinth: O que é que chá tem a ver? 

Anthony: Tá vendo? Ela não entendeu (se mantenha assim, por favor)

Colin: Fortíssimo, tenho que concordar com meu irmão

Eloise: Ele queria mais chá, tenho certeza

Francesca: Se for bom como tá parecendo, até eu queria

Colin: Francesca você tem 8 anos, o que você tá fazendo nessa conversa?”

Benedict bloqueou o telefone e o deixou de lado, voltando a se deitar na cama. Como achar uma pessoa que não queria ser achada sem ser um maníaco invasivo? Ela tinha dado a entender que não era de Londres. Não que se ela fosse facilitaria sua busca, dado que estava falando da maior cidade do país, que também era uma das maiores cidades do planeta, mas ainda haveria esperança de trombar com ela em algum lugar. 

Se ela ao menos tivesse ficado…, ele pensava. Eu só queria conhecê-la melhor. A pessoa mais encantadora que eu já conheci foi minha por uma noite e agora eu estou completamente sozinho

Ele tentou simplesmente fechar os olhos para tentar tirá-la da mente, mas era o rosto dela que visualizava: seu sorriso depois de dizer que odiava azeitonas, o prazer em seu rosto ao comer o pedaço do enroladinho de calabresa e a expressão de seu rosto enquanto chegava ao clímax com ele dentro dela pela segunda vez naquela noite.

Sabia que não esqueceria a última (ou os deliciosos sons que a acompanharam, com ela chamando seu nome) tão cedo.

Ligou a televisão, sabendo que precisava se distrair. De nada adiantava ficar pensando nela quando sabia que não a teria de volta. Porém, estava passando o filme da Cinderela e ele lembrou dela. Uma estranha misteriosa com um sapatinho de cristal que some à meia-noite e uma estranha misteriosa com um vestido prateado que some ao amanhecer são praticamente indistinguíveis, certo?, ele pensou. Tentou mudar de canal, mas não adiantou: ela ainda estava em sua mente.

Respirou fundo e se levantou, colocando logo suas roupas de trabalho e indo para o ateliê. Se não conseguia tirá-la da mente, podia muito bem ser produtivo sobre isso.

E, enquanto ele começava a fazer um rascunho, Sophie tocou a campainha...

...de um outro apartamento, um pouco longe dali.

A porta logo foi aberta, revelando Andrea com um roupão, pantufas e um pijama. Se Sophie não a conhecesse, acharia que era uma senhora de meia-idade inofensiva.

— Mas já?

— Eu sei, está cedo considerando que você trabalhou até as 2 da manhã. - Sophie passou pela porta, que foi prontamente fechada. - Mas trouxe uma oferta de paz. - ela disse, estendendo uma sacola com donuts de uma padaria que Andrea gostava bastante (e que ficava perto da casa de Benedict).

Andrea respirou fundo e pegou a sacola.

— Você tem muita sorte que eu te amo, Sophia. A roupa que eu tinha levado ontem não era feita para pular muros.

— Desculpe.

— Me diga que pelo menos valeu a pena eu ter perdido uma das minhas blusas favoritas.

Sophie sorriu.

— Valeu sim. Definitivamente valeu a pena. Foi difícil sair da cama dele hoje de manhã e fingir que nunca tinha estado ali.

— E por que não ficou? Não temos nada para fazer hoje e o voo de volta para a França só sai amanhã de noite. Se tivesse sido tão bom assim, você teria ficado.

— Mas foi muito bom. Acho que foi a noite mais divertida que eu tive em anos. Fazia muito tempo que eu não tinha a oportunidade de ficar tão livre e desimpedida, mas eu não conseguiria ficar e deixar que criássemos mais memórias precedendo algo que nunca poderia acontecer. O Benedict é tão legal, parecia o tipo que faria café da manhã e tudo o mais, mas eu não conseguiria passar o dia com ele porque uma parte de mim começaria a se iludir achando que, talvez, pudesse fazer algo como isso dar certo.

— Sophia… - Andrea começou, aquele tom de preocupação materna mais que evidente em sua voz.

— Está tudo bem. Eu sei que esse tipo de coisa não combina com o nosso estilo de vida e estou completamente conformada com isso. - ela deu um sorriso que não atingiu seus olhos e Andrea ia argumentar, mas ela não a deixou falar. - Nossa, eu estou com fome. Tem café? Falando em café, quem ganhou o torneio de buraco ontem à noite?

A mulher mais velha respirou fundo, sabendo que não conseguiria extrair nada dela, então colocou o café no fogo e conversou sobre a noite que teve dentro da van com Conrad e Blake. Sabia que a noite de Sophie devia ter sido muito mais interessante que a deles (afinal, aquilo era algo que faziam com uma frequência quase absurda), e, apesar de ter deixado várias brechas para que pudesse falar sobre, ela não disse nada.

E, no fim das contas, o que ela tinha dito era exatamente o que queria compartilhar com Andrea.

Aquela noite tinha marcado Sophie. Tinha certeza de que se lembraria de Benedict pelo resto da vida e que seria para sempre grata por aquelas memórias, não importa quão pouco tempo tivessem passado juntos. Aquele encontro a modificou, mas ela sabia que o mundo continuaria girando exatamente do mesmo jeito.

O que ela não sabia é que, do outro lado da cidade, duas outras pessoas também se encontraram naquela manhã. E, enquanto à primeira vista parecia algo inofensivo, era um encontro que tinha o potencial de fazer o mundo girar num sentido diferente daquele que sempre tinha girado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "She" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.