She escrita por Mavelle


Capítulo 4
Capítulo 03


Notas iniciais do capítulo

Oi!!
Como prometido, essa semana teremos capítulo também na terça-feira, continuando de onde paramos. E, não sei porque, mas acho que vocês vão gostar desse capítulo... de qualquer forma, deem o feedback de vocês nos comentários, por favor! Me ajuda bastante saber o que vocês estão achando da história

Beijos,
Mavelle

Música: Enchanted - Taylor Swift



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Benedict não conseguia acreditar que estava se sujeitando a mais uma festa de fim de ano da Bridgerton. Ele amava muito a sua família, mas não gostava de participar da festa da empresa.

Não era mais um funcionário há pouco mais de dois anos, quando tinha cedido alegremente sua função como vice-CEO para a irmã Daphne para que pudesse se dedicar à sua arte. Ela era melhor na função do que ele e ele tinha passado dois anos treinando-a para que pudesse ocupar seu cargo quando se sentisse preparada. E a verdade é que só tinha ocupado aquele espaço para poder ajudar o irmão mais velho, Anthony, que tinha ocupado a posição de CEO depois da morte precoce do pai deles. Nunca teve um interesse real pela parte administrativa da empresa, não como Anthony ou Daphne, mas tinha ficado lá por cinco anos.

Desde aquela época, quando tinha contato com aquelas pessoas todos os dias, não gostava tanto de participar porque achava que, apesar da oportunidade de beber de graça, era geralmente algo sem graça. Não importa o quanto se esforçassem para que a festa fosse interessante, sempre continuaria sendo o mesmo: a festa de fim de ano da empresa, quando os funcionários socializavam com as mesmas três pessoas que todos os dias. O pior era que, como vice-CEO, era considerado chefe e, bom, eram poucas as pessoas que queriam (ou tinham coragem para) se divertir com o chefe. E agora que não trabalhava mais lá, não tinha mais intimidade com ninguém, só com seus irmãos e com Kate, mas ela estava na função de primeira-dama naquela noite. 

E ele não queria ir mesmo antes de saber que ela desempenharia aquela função, coisa que só tinha descoberto na semana anterior, já que, por alguma razão que jamais conseguiria compreender, seu irmão estava com ela há meses e não tinha dito a ninguém. Se não estivesse metade convencido que eles tinham um relacionamento antes de contarem, não achava que acreditaria que eles realmente estavam juntos há tanto tempo sem dizer. Como todos os irmãos tinham feito questão de dizer, era um milagre que ela estivesse com ele e definitivamente algo que devia ter sido compartilhado logo, apesar de Benedict entender porque eles demoraram a contar. Kate era praticamente parte da família, então ficaria estranho se algo desse errado, além de todos eles terem uma leve tendência a se meterem nas vidas uns dos outros. Sua mãe era provavelmente a que mais se metia entre todos, apesar de ser mais sutil que seus irmãos. Ele sabia que ela só queria o bem e a felicidade deles, mas às vezes acabava fazendo coisas que não queria por causa disso. 

Essa festa era o maior exemplo disto.

— Vamos, Benedict. - Violet insistiu, duas semanas antes. - Vai que você conhece alguém, faz uma amizade sincera por meio de bebidas, sei lá. 

— Mãe, quem eu poderia conhecer na festa? - ele retrucou. - Eu já conheço todos os funcionários, que ainda são travados perto de mim, e as pessoas que eu poderia vir a conhecer lá seriam os encontros deles. 

— É verdade. - ela disse, com um suspiro. - Acho que você podia ficar meio deslocado mesmo. 

Benedict começou a dizer que ia falar com o irmão e dizer que não iria neste ano (tinha certeza que ele entenderia), mas Violet foi mais rápida.  

— E se você, que saiu de lá há dois anos, acha que pode ficar meio deslocado, pense em como eu não vou ficar, não tendo pisado lá nos últimos dez anos? - ele ia concordar, pensando que ela ia preferir não ir pela primeira vez em mais de 30 anos, mas ela tinha outra ideia. - Então, por favor, vá para fazer companhia à sua amada mãe. Você não ia querer que eu ficasse sozinha numa mesa a noite inteira, ia? 

Ele abriu a boca para dizer que o que quer que ela estivesse tentando fazer não ia funcionar, porque ele não queria ir, mas parecia que ela ficaria realmente triste se ele não fosse. Então ele expirou com um pouco mais de força do que precisava, e Violet sorriu. 

— Por que você sempre sabe como me convencer a fazer o que eu não quero?

— Porque você é meu filho e eu te conheço desde antes de você nascer, então eu sei exatamente o que dizer para te convencer a fazer o que eu quiser. - ela disse, e segurou o queixo dele de leve. - Não precisa usar gravata, ok? 

Então lá estava Benedict na festa da Bridgerton, usando um terno e gravata (porque sabia que com “não precisa usar gravata, ok?”, sua mãe queria dizer “você precisa usar gravata”), e se perguntando como tinha conseguido passar cinco anos de sua vida usando aquilo todos os dias. Amava trabalhar no seu ateliê com a camiseta mais velha e macia que tinha e com uma calça de moletom qualquer e, cada dia mais, tinha certeza de que não queria voltar para essa vida corporativa nem a pau.

Tinha aproveitado a chegada de Daphne e Simon à mesa para ir procurar algo para beber. Um pouco de champanhe ou uísque ou qualquer outra coisa alcoólica faria a sua noite consideravelmente melhor.  

Ele logo aceitou uma flute de champanhe que um garçom passou oferecendo. Em seguida, lhe ofereceram um petisco de frango, que estava cheio de azeitona. Benedict gostava bastante de azeitona, mas, até para ele, tinham azeitonas demais num pedaço muito pequeno de comida. Será possível que nem a comida vai me fazer sentir grato por estar aqui?, ele pensou. Mas então um terceiro garçom passou, servindo um tipo de salgado com calabresa. E, para a sorte de Benedict, era delicioso.

— Finalmente alguma coisa gostosa o suficiente para valer a pena ter saído de casa. - ele disse distraidamente, enquanto comia o salgado. Meu Deus, estou até parecendo o Colin, ele pensou. 

— O que disse? - uma voz levemente ofendida questionou e ele se virou para encarar a mulher a quem ela pertencia. 

Não pôde focar nela precisamente. A primeira coisa que notou foram os olhos dela. Eles eram o par de olhos mais bonito que Benedict já tinha visto na vida. Eram castanhos, mais que comuns, mas tinha algo de extraordinário no olhar dela. Algo vivo. Ainda assim, ele tinha de admitir que, apesar dos belos olhos, o que lhe chamou mais a atenção foi o resto do rosto. Sua boca estava fechada e ela tinha uma sobrancelha levantada, pedindo - não, exigindo - uma retratação ou um pedido de desculpas. 

— Me desculpe, moça. - ele disse. - Estava falando dos enroladinhos de calabresa. - Benedict mostrou o pedaço restante do salgado.

— Ai, meu Deus. - a mulher disse, escondendo o rosto atrás de ambas as mãos ao perceber que o garçom estava a cerca de 5 metros de distância. - Eu que devia me desculpar. Estava de costas e não tinha visto que o garçom tinha acabado de passar. 

— Tudo bem. Teria sido nojento se eu não estivesse falando disso, apesar de, se me permitir dizer, você ser muito bonita. 

— Obrigada. - ela disse, com um sorriso. - É um elogio muito mais cabível. 

— Por nada. - ele sorriu e Sophie só podia pensar que ele tinha um sorriso lindo. Ele todo é lindo, na verdade, ela pensou. 

— Mas agora eu fiquei curiosa. Preciso provar esse negócio que é gostoso a ponto de você dizer isso em voz alta no meio de uma festa. Posso? - ela perguntou, apontando para o último pedaço do salgado. 

— Claro. - ele estendeu o pedaço para ela. 

Ela pegou o pedaço do salgado e seus dedos se tocaram por um momento. Então a coisa mais estranha aconteceu: parecia que o tempo tinha parado, prolongando aquele pequeno contato entre os dois. Benedict sentiu o coração bater mais forte. Nunca tinha sentido uma atração tão forte e tão instantânea quanto naquele momento, e ainda nem sabia o nome dela. 

O pequeno contato entre eles foi quebrado e o tempo voltou a andar, mas a atração que ele sentia por ela continuou ali. Benedict a observou enquanto ela comia o resto de seu salgado e sentiu o coração acelerar quando ela deixou um suspiro de prazer escapar.

— Ok, agora acho completamente compreensível você ter dito que isso era gostoso o suficiente para valer a pena ter saído de casa. - Sophie disse, depois de terminar o pedaço que estava em suas mãos. 

— Mesmo correndo o risco de ofender uma moça desavisada? 

— Bom, se ela for inteligente, vai confrontar a pessoa que disse isso. E, caso se prove ser sobre comida, ela vai provar para dizer se vale a pena quase ser ofendida por causa dessa comida.

— Estou perdoado então? 

— Está sim. - os dois sorriram. - Principalmente se conseguir arranjar mais disso. 

— Seu desejo é uma ordem. Só preciso encontrar o garçom de novo. - Ambos olharam para o salão lotado e não foram capazes de ver um só garçom. - Acho que pode ter sido uma miragem. - Benedict disse e ela riu.

— Então foi um delírio coletivo, porque eu tenho certeza que comi aquele negócio também e que estava muito bom.

— A não ser que você seja uma parte da miragem também.

— Posso te assegurar que sou bem real. - ela sorriu. 

— Isso parece bastante com algo que uma miragem falaria. 

— Droga, você me descobriu. - ela disse com pesar. - Estamos em uma simulação gerada pela Matrix para testar suas habilidades sociais e eu sou um algoritmo. 

— Como estou me saindo até agora? 

— Considerando que você colou em mim e conseguiu manter uma conversa interessante pelos últimos minutos, acho que bem.

Ele sorriu.

— Não sei se algoritmos comem, mas precisamos encontrar mais daquele negócio… - ele ia completar dizendo o nome dela, mas não pôde porque percebeu algo: apesar de conhecer 90% do quadro de funcionários da Bridgerton, não fazia ideia de quem era a mulher com quem conversava. - Desculpe, acabei de perceber que não te conheço e nem sei o seu nome. 

— E nem deveria. Não era pra eu estar nessa festa.

Ele estreitou os olhos. 

— Está aqui de penetra, então? 

— Se quer usar esse termo, sim.

— Por que quis entrar na festa? - ele estava genuinamente curioso. - Não consigo pensar em uma única razão pela qual eu quisesse vir. Exceto talvez o enroladinho de calabresa. 

— Então por que veio? 

— Minha mãe. - ele respirou fundo. - Ela insiste que eu venha todos os anos, mesmo que eu não trabalhe mais na empresa.

— É fofo que você ainda faça coisas para agradar sua mãe, mesmo que claramente não more mais com ela.

— Alguém tem que fazer as vontades dela, mesmo que a contragosto. E você não respondeu minha pergunta.

— Eu vim porque soube que teria bebidas de graça e queria uma oportunidade para usar meu vestido novo. - ela mordeu o lábio inferior. Não era verdade, mas ela queria tentar parecer normal por pelo menos uma noite. Flertar com um cara atraente e aparentemente bem educado encaixava perfeitamente na sua concepção de normal. Notou então que o olhar dele foi atraído para seus lábios e quase sorriu. 

— Qual o seu nome? 

Ela pensou por um momento.

— Você pode me chamar de Prata. 

— Prata. - ele disse, experimentando a forma como o nome saía pela sua boca. Sabia que (muito provavelmente) não era o nome verdadeiro dela, mas, se era isso que ela lhe daria, era assim que a chamaria. - Eu sou o Benedict. 

— Combina com você. Não que eu fosse capaz de adivinhar, mas você tem cara de Benedict.

—  Queria poder dizer o mesmo, mas você não tem cara de Prata. 

— Meu vestido é prateado. 

— Mas o vestido não é você. 

— É verdade, já que nós nascemos nus e todo o resto é drag.

— Você está citando RuPaul? - ele colocou a mão sobre o peito. - Estou começando a achar que você não é um algoritmo, mas que foi criada por um. 

— Só tem um jeito de saber. Essa é a pergunta mais importante que você vai responder a sua vida inteira, então pense bem. - ela disse e fez uma pausa dramática, olhando bem nos olhos dele. Benedict se sentia preso pelo olhar dela, mesmo que fosse ela a olhar para cima e não ele. - Você gosta de azeitona? 

Ele fez uma pausa dramática, muito semelhante à dela apenas alguns momentos antes. 

— Sim. E você? 

— Odeio. - ela sorriu. 

— Deus do céu, você é o produto de um algoritmo. 

— Feita para saber exatamente o que você gosta e te mostrar algo parecido ou complementar? - Sophie perguntou com um sorriso e com a certeza de que teria corado se isso tivesse acontecido alguns anos antes. Alguma vez já tinha falado algo tão descaradamente assim? Pareceu que Benedict ia dizer alguma coisa, mas ela foi mais rápida. - Olha, parece que estão abrindo a pista de dança. 

Ele percebeu então o que estava acontecendo. Notou a música lenta que a banda tocava e viu Anthony e Kate no meio da pista, trocando algumas palavras entre sorrisos. Ele queria aquilo para si um dia. Queria aquela cumplicidade que era tão óbvia entre eles, mesmo que fizesse relativamente pouco tempo que estavam juntos. 

— São meu irmão e minha cunhada. - ele disse, sem saber muito o porquê. - Acho que alguém tinha que fazer isso, mas acredito que, por ela, não teriam sido eles.

— Ela realmente parece meio nervosa. - Sophie comentou. Mesmo de longe, isso era perceptível para ela.  

— Isso é porque ela não dança tão bem e odeia ser o centro das atenções. - Benedict disse.

— Deve ser muito difícil para ela ter que abrir a pista de dança e, ainda por cima, continuar sendo o único casal dançando. 

— Acho que os outros só estão esperando que mais alguém tome a iniciativa. - ele respirou fundo e estendeu a mão para ela. - Quer dançar comigo? Pela sanidade mental da minha cunhada. 

— Sim. - Sophie respondeu, segurando a mão dele. 

No momento em que se tocaram, sentiram novamente aquela eletricidade, aquela tensão construindo no ar, mas dessa vez de forma ainda mais intensa. A tensão parece aumentar cada vez que nos tocamos, Benedict pensou. O que aconteceria se eu a beijasse?

A pergunta logo sumiu de sua mente enquanto colocava suas mãos ao redor da cintura dela e ela tinha as suas ao redor de seu pescoço. Fazia bastante tempo que eu não colocava minhas mãos no pescoço de alguém de uma forma tão inocente, Sophie pensava, levemente divertida. Eles começaram a dançar seguindo o ritmo da música e Benedict simplesmente não conseguia focar em outra coisa que não no olhar dela, que também estava preso ao dele. 

Tentando desviar da intensidade daquele olhar, Sophie olhou para um ponto além do rosto dele, e viu algo que não esperava: alguém olhando de volta para ela. 

— Sua cunhada está nos encarando. - ela disse, querendo rir e Benedict olhou de relance para onde ela estava olhando, percebendo que Kate cochichava algo com Anthony. - Acho que ela relaxou.

— Coitado do meu irmão. Quando ela relaxa, começa a dançar pior do que antes. - Sophie riu. - É sério. Ano retrasado, eu fiquei com o dedo mindinho roxo por causa de uma pisada particularmente pesada que ela deu quando se distraiu.

— Ai. - ela fez uma careta simulando dor e Benedict teve que rir. - Deve ter doído muito. Seu dedo se recuperou?

— Sim, claro, mas eu evito dançar com ela desde então. 

— Não deve ter sido muito difícil, considerando que seu irmão parece mais que feliz por estar dançando com ela. 

— Até onde eu saiba, ele é a única pessoa que nunca se importou por ela pisar nos pés dele.

— Deve ser o costume. Só pela forma como ele está olhando para ela, como se ela fosse o último copo de água na Terra, acho que ele faz questão de sempre dançar com ela. 

— Na verdade, esse é o primeiro ano que eles estão juntos. - Ah, então é pouco tempo de namoro, Sophie pensou. Explica um pouco a estranheza entre eles. - Todos nós esperávamos que acontecesse há muito tempo, mas os dois foram meio lentos e a vida foi acontecendo. 

— A vida? - Sophie perguntou, levantando uma sobrancelha. 

— Ele casou com outra pessoa e depois enviuvou e ela teve uma filha.

— Ah, entendi. Realmente, a vida aconteceu. E me desculpe, você deve estar me achando uma bisbilhoteira a essa altura. 

— Acho que você só é curiosa e pegou uma pessoa que te deu corda.

Ela pareceu refletir um momento.

— Hm, acho que pegar ainda não. 

— Ainda não, mas está nos seus planos para a noite? - ele perguntou, já puxando-a um pouco mais para perto.

— Se a pessoa em questão também estiver interessada, sim.

— Como poderia não estar?

Ele começou a baixar sua cabeça com o intuito de beijá-la, mas ela soltou um arquejo de surpresa e começou a sorrir. Só então ele percebeu que a música tinha mudado. 

A música que começou era mais que conhecida para Sophie. Ela tinha 17 anos quando o álbum foi lançado, e tudo o que fazia era passar o dia inteiro escutando o Speak Now no Youtube. Ela não tinha nada, e era um tempo do qual ela não necessariamente sentia saudades, dado que sua situação atual era muito melhor e bem mais confortável, mas que lhe dava uma sensação de nostalgia. Sentia falta daquela inocência e dos sonhos que ainda se permitia ter quando tinha só 17 anos. Se ainda fosse aquela mesma menina, se permitiria acreditar que tinha sido o destino que a colocara nos braços de Benedict e que aquele era o lugar em que devia estar. E talvez o lugar onde sempre deveria ter estado.

Como não era mais aquela menina, mas queria ser por um momento, se permitiria pensar aquilo durante aquela música.

There I was again tonight / Lá estava eu novamente esta noite

Forcing laughter, faking smiles / Forçando risadas, fingindo sorrisos

Same old tired, lonely place / O mesmo velho, cansado e solitário lugar

Walls of insincerity / Paredes de insinceridade

Shifting eyes and vacancy  / Olhares perdidos e o vazio

Vanished when I saw your face / Desapareceram quando eu vi seu rosto

All I can say is it was enchanting to meet you / Tudo o que eu posso dizer é que foi encantador te conhecer

Benedict percebia o quanto Prata estava feliz simplesmente por estar dançando aquela música. Na verdade, ela parecia feliz com tudo, exceto na hora em que pensou que ele a estava assediando, mas ninguém passaria por uma situação daquelas parecendo feliz. Ele não podia deixar de notar que aquilo era parte da beleza dela: o simples fato de parecer feliz por estar onde estava e ser quem é. Ele também conhecia a música (graças à fase Taylor Swift da Daphne) e achava que combinava perfeitamente com a situação. 

Foi encantador conhecê-la.

Your eyes whispered "have we met?" / Seus olhos sussurraram "já nos conhecemos?"

Across the room your silhouette starts to make it's way to me / Do outro lado da sala, sua silhueta começa a vir na minha direção

The playful conversation starts / A conversa brincalhona começa

Counter all your quick remarks / Contra todas as suas observações rápidas

Like passing notes in secrecy / Como passar bilhetinhos

And it was enchanting to meet you / E foi encantador te conhecer

All I can say is I was enchanted to meet you / Tudo o que posso dizer é que estava encantada por te conhecer

Benedict simplesmente olhou nos olhos dela e se inclinou para poder beijá-la. Prata, percebendo o que ele estava prestes a fazer, simplesmente se permitiu estar ali naquele momento. Quando seus lábios se encostaram, foi como se toda a eletricidade que vinham sentindo antes terminasse de se acumular. Ele tinha certeza de que, se a soltasse, se deixasse de tocá-la por um segundo que fosse, sentiria aquilo atingi-lo de verdade, como um raio. Nunca tinha se sentido assim com ninguém.

Sophie nunca achou que seria o tipo de pessoa que ficaria com as pernas fracas depois de um beijo, mas nunca tinha sido beijada daquele jeito. Agradeceu por estarem dançando e já estar com suas mãos ao redor do pescoço dele, porque definitivamente precisava daquele ponto em que se agarrar. 

Quando finalmente se soltaram, ficaram apenas se encarando com uns sorrisos bobos no rosto. 

— Isso foi incrível. - Sophie disse. - Me faz querer mais. 

— Está bem aqui à sua disposição. - ele lhe deu um selinho. - E, só para você saber, valeu a pena ter saído de casa por esse beijo, mas, antes disso, valeu a pena pela dança. Ainda antes disso, pela conversa. E, mesmo que não tivéssemos conversado, teria valido a pena sair de casa apenas para trocar olhares com você. 

Sophie sentiu seu coração bater mais forte. 

— Essa é a coisa mais linda que alguém já me disse, Benedict. - ela o beijou novamente. 

Passaram mais alguns momentos se beijando e, de alguma forma, tinham acabado num dos cantos do salão. Eles pararam quando Sophie ficou contra uma parede, coisa que ela não gostava, porém tinha de admitir que abriria uma exceção para aquele momento. Benedict começou a beijar seu pescoço e ela simplesmente inclinou a cabeça para trás dando-lhe mais acesso. 

— Eu sei que está cedo, mas o que acha de sairmos daqui?


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