She escrita por Mavelle


Capítulo 3
Capítulo 02


Notas iniciais do capítulo

Bom diaa!!!
Voltamos com mais um capítulo e as coisas vão começar a se encaminhar, prometo! Só preciso terminar de estabelecer a base da história haha
Inclusive, essa semana vamos ter mais de uma postagem. Esse capítulo e os próximos dois acontecem num espaço de tempo bem curto, então, pra manter o ritmo, vou postar esse hoje, o próximo terça e o último no sábado, beleza?
Digam o que estão achando da história nos comentários e acompanhem para serem notificades toda vez que postar um capítulo novo.

Beijos,
Mavelle



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9 anos depois...

Sophie Beckett era uma agente do MI6. Depois de 9 anos na instituição, achava que já tinha se infiltrado em basicamente todos os tipos de festa, mas agora tinha que admitir que estava enganada. Nunca tinha se infiltrado na festa de fim de ano de uma empresa, e nem achava que iria, mas para tudo havia uma primeira vez. 

Se eu estivesse planejando um golpe para trocar a linha de sucessão da monarquia britânica e devolver o trono para os Stuarts, a festa de fim de ano da empresa em que eu trabalho seria o último lugar em que eu pensaria em ter essa reunião, Sophie pensou. O que faz deste o lugar quase perfeito. Provavelmente a maior parte das pessoas vai estar entediada até os ossos e simplesmente jogando conversa fora com os colegas mais próximos enquanto se embebeda, o que torna mais fácil para um grupo de 3 pessoas conversando sobre a possibilidade de realizar um golpe contra a monarquia passar despercebido.

E então lá estava ela: entrando pela janela do banheiro do local onde a festa aconteceria, ainda usando calça e camiseta escuros, além de tênis. Estava com o cabelo arrumado e maquiagem feita, mas tinha levado uma mala com um vestido prateado curto, saltos e uma bolsa de mão. 

Obrigada papai por ter me colocado na ginástica olímpica aos 3 anos e ter me proibido de sair, ela pensou. Quis desistir quando tinha uns 12 anos, mas ele insistiu que continuasse fazendo aquilo e, bem, tinha vindo a calhar quando ela começou seu treinamento. Ela tinha a flexibilidade e uma parte da força, apesar de não praticar há 3 anos, então facilitou muito sua vida quando teve que aprender a adaptar aquilo para poder escapar, sobreviver e se infiltrar. 

— Prata, já está na posição? - a voz de Andrea perguntou pelo comunicador, que passava despercebido como um pequeno ponto na orelha dela. - Dois toques se estiver se arrumando e três se estiver pronta para entrar em circulação.

Sophie bateu duas vezes sobre o microfone, perto do peito, indicando que ainda estava se arrumando. 

Deus do céu, como era grata por Andrea a ter encontrado naquele dia. Sua vida tinha virado de ponta cabeça e ela se viu seguindo um caminho que nunca havia sequer passado pela sua mente, mas ao qual tinha se adaptado muito bem. Talvez a falta de uma família e de amigos próximos na época em que foi recrutada a tenha tornado mais aberta à experiência e, principalmente, a encontrar uma nova família no MI6. Andrea era agora a sua pessoa favorita no mundo inteiro e a que a conhecia melhor. Sua relação tinha evoluído rapidamente e Andrea a tratava quase como se fosse sua filha.

Além dela, tinha também Conrad Poole, que ela conheceu como Roxo. Ele não era nem de longe tão receptivo quanto Andrea, mas tinha paciência com ela e a ajudava nos treinamentos, principalmente no início, quando ficou muito claro que ela só era observadora e tinha uma mente rápida, mas que ainda precisaria de muito treino e condicionamento antes de conseguir derrubar qualquer pessoa que fosse. 

Checou rapidamente o telefone. Era o aniversário de Rosamund e estava torcendo que ela tivesse resolvido fazer alguma coisa, implicando que Posy e Araminta não estariam na festa. Caso não tivessem saído com Rosamund, Sophie colocaria uma peruca ruiva (jogando tempo precioso fora) e lentes de contato. Desde que não chegassem muito perto, estaria a salvo. 

Viu numa rede social que Rosamund tinha saído com as duas, então não havia necessidade de colocar a peruca ou as lentes. Fez um agradecimento silencioso ao universo, como sempre fazia quando algo dava certo e, até aquele ponto, tinha muito a agradecer.

Quando Andrea tinha lhe dito que tinha uma proposta para ela, Sophie tentou não se animar. E conseguiu, porque o que saiu da boca dela não era bem o que esperava.

— Nós vamos sair para jantar hoje às oito, comemorando uma missão bem sucedida. - Andrea disse, com um sorriso. - Gostaria de ir conosco? E não se preocupe, é por minha conta. 

— Gostaria sim. - Sophie respondeu, também com um sorriso. - Obrigada.

— Acho que teremos muito a conversar. 

Assim, naquela noite, Sophie saiu para jantar com Andrea e Conrad num restaurante relativamente arrumado da cidade. Apesar de ser uma quinta-feira, o lugar estava cheio, o que preocupou Sophie um pouco, mas tanto Andrea quanto Conrad estavam tranquilos. 

— Como você está se sentindo? - Conrad perguntou a Sophie, para a surpresa dela. A essa altura, Andrea já tinha apresentado os dois por seus nomes reais, apesar de ela ainda achar que Conrad não estava de todo satisfeito por sua presença naquele jantar, então ele ter perguntado diretamente como ela se sentia foi surpreendente. 

— Bem, eu acho. - ela respondeu. - Não é bem o que eu faria numa quinta-feira normal, mas foi bom, apesar de eu saber que é algo que nunca mais vou fazer. 

— Sobre isso... - Andrea começou e Sophie sentiu seu coração se encher de uma esperança que não achava que devia ter. - Te chamamos para jantar para comemorar, é claro, mas também para te fazer uma proposta.

— E então? - ela perguntou, já criando um pouco de expectativa. 

Quando chegou em casa depois daquela tarde, passou duas horas pesquisando sobre o MI6, suas atuações, entre outras coisas, incluindo como podia entrar, mas essa parte não era muito clara. Ela nunca tinha pensado em uma carreira nesse sentido, mas agora, entre ser recepcionista em uma clínica ou uma agente do serviço secreto do governo, ela preferia o último, apesar de não ter se permitido criar expectativas. Sabia que ainda era mais provável que aceitasse o trabalho na clínica, porque era o que precisava naquele momento, mas não poderia deixar de imaginar como seria se trabalhasse no MI6. Provavelmente trabalharia em outro país em algum ponto e teria a oportunidade de conhecer a cultura e a arte desses lugares. E, sim, era arriscado, mas o que ela tinha a perder? Não tinha ninguém que realmente se importasse com ela e vivia sozinha, então, mesmo que amasse estar viva e ter uma vida para viver, não se sentiria culpada por deixar alguém para trás. Posy ficaria triste se algo acontecesse com ela, mas isso seria tudo. Ela seguiria sua vida normalmente depois disso e Sophie não iria querer qualquer coisa diferente disso.

— Nós conversamos com o nosso chefe e, se você estiver interessada em fazer desse dia louco uma parte quase normal da sua rotina, tem uma vaga na academia de recrutas. - Andrea disse. - Claro que as missões são uma das partes menos frequentes do trabalho que, muitas vezes, pode ser frustrante e bem feio, mas é extremamente gratificante. 

— Você está tentando convencer a garota ou não? - Conrad perguntou a Andrea. 

— Conrad, cale a boca. Ela tem talento, mas eu não posso chamá-la para trabalhar conosco sem ela saber o que nós realmente fazemos. 

— Está tudo bem falarmos sobre isso num restaurante quando qualquer um poderia ouvir? - Sophie perguntou. 

— Essa é a beleza de um lugar lotado. - Conrad disse. - Você pode falar o que quiser e, desde que hajam conversas paralelas o suficiente, ninguém vai prestar atenção no que você diz. 

— Por incrível que pareça, é bem menos suspeito do que nós três numa sala privada, por exemplo. - Andrea complementou.

— Entendi. - Sophie respondeu e ajeitou a postura. - Bom, eu tenho interesse na vaga que vocês arranjaram. 

Andrea relaxou contra a cadeira e sorriu. 

— Pois bem. - ela disse. - Você mostrou hoje à tarde que tem potencial e a vaga é sua, mas eu quero mostrar para o Con que estava certa, então se importaria de passar por um pequeno teste? 

— Um teste sem caráter eliminatório. - ele complementou. 

— Claro. - Sophie respondeu, mas logo lembrou de um detalhe. - Não é um teste físico, é? 

— Não, não. - Andrea disse. - Você vai ter esse tipo de teste depois de vários treinos, mas no momento é só responder a uma pergunta simples. 

— Pode perguntar. 

— Qual o nosso tipo de relação? - ela perguntou, apontando para si mesma e para Conrad. 

Sophie parou para pensar por um momento. Estava fazendo aquele questionamento na sua cabeça desde aquela tarde, mas não sabia se tinha chegado a uma conclusão satisfatória. Era perceptível que eles eram mais do que só colegas de trabalho pela maneira como se portavam e como falavam um com o outro, mas até alguns minutos antes, ainda não tinha conseguido decidir se eles eram apenas bons amigos ou se havia algum envolvimento romântico entre eles. 

— Vocês são amigos, quase como irmãos. - ela respondeu e os dois continuaram com a mesma expressão, sem demonstrar qualquer reação ao que ela tinha dito, impedindo que ela soubesse se tinha acertado ou não.

— Por que você acha isso? - Conrad perguntou.

— Pela forma que vocês implicam um com o outro, dá pra perceber que existe afeição e até amor, mas não tem uma faísca de desejo. Além disso, vocês se mantém distantes, como se houvesse alguém que deveria estar entre os dois. Vocês eram um trio. 

Eles trocaram um olhar e ficaram em silêncio por um momento. Sophie ainda não tinha ideia se tinha acertado ou não, mas Andrea respirou fundo, o que a fez acreditar que tinha acertado. Ela sorriu.

— Inferno de talento nato. - Conrad reclamou com um toquezinho de raiva na voz que fez Sophie rir, apesar do clima levemente pesado. - Por que você não tinha aparecido antes? 

— Eu estava na escola até pouco tempo atrás. Não tive oportunidade de sair para o mundo.

— Acho que você vai se dar muito bem no MI6. - Andrea disse, brincando com uma corrente que usava. Era claro que ela não estava completamente investida naquela conversa. Sophie logo pensou que talvez tivesse a ver com a terceira pessoa do trio e achou que talvez fosse melhor deixar esse tópico fora das conversas que tivesse com eles. Tinha acabado de conhecê-los e esse devia ser um assunto sensível (e talvez uma ferida recente), então deixaria de lado. Se algum dia eles tivessem intimidade o suficiente para isso e decidissem compartilhar, Sophie, curiosa como era, escutaria, mas, por enquanto, respeitaria esse limite. 

— Observação é uma boa parte do trabalho, apesar de não se resumir a isso. - Conrad disse. - E mesmo a observação na prática pode ser bem menos agradável do que imaginamos.

— Eu pesquisei um pouco enquanto estava em casa e estou ciente de que na prática pode ser muito mais feio do que na teoria. - Sophie respondeu. - Ainda assim, é isto que eu quero. 

Sophie quase riu ao se lembrar daquela conversa. Lá estava ela, mais bonita e arrumada do que provavelmente já teve oportunidade de estar antes de entrar naquele trabalho, lembrando que as coisas podiam ser muito feias. 

Claro que, a essa altura, já tinha comprovado que as coisas realmente eram feias na maior parte do tempo, mas, em alguns momentos, como aquele, também usavam a beleza a seu favor. Nunca para se destacar, apenas para se manter misturado. 

Ela bateu 3 vezes no microfone. Já tinha escondido a bolsa no tubo de ventilação e agora estava pronta para sair do banheiro. Ela poderia muito bem se misturar na festa, mas, se alguém a encontrasse no banheiro, teria de jogar conversa fora e podia ser pega dessa forma, já que lhe perguntariam com quem estava e as coisas podiam se complicar daí. 

Sophie conseguiu sair do banheiro sem incidentes e resolveu olhar discretamente ao seu redor. Um garçom passou e lhe ofereceu uma flute de champanhe que ela logo aceitou, mas tomou apenas um pequeno gole. Tinha que fingir realmente estar na festa, mas não podia ficar bêbada e começar a contar segredos de Estado por aí. Na verdade, parte de seu treinamento (informal) tinha sido para aumentar sua resistência a álcool. Quando entrou, ainda com 18 anos, compreensivelmente não tinha tanta resistência, mas Conrad disse que precisavam resolver aquilo. Ele nunca ficava realmente bêbado, não importava o quanto bebesse, e se esforçara bastante para que Sophie ficasse como ele, o que não aconteceu (nas palavras de Andrea, ele devia ter algum tipo de acordo com os deuses das bebidas), mas a resistência dela aumentou bastante. Ela raramente bebia em serviço, mas, às vezes, se tornava necessário para que pudesse se misturar.

Olhou ao seu redor, procurando pelos três alvos daquela noite: Kai Martin, autor contratado pela Bridgerton e apoiador da causa por ser um Stuart por parte de mãe; Polly Goodwin, esposa do dono de uma grande loja de eletrodomésticos e possível apoiadora; e Mirabelle Stuart, irmã de James Stuart, também conhecido como o homem que queria ocupar o trono da Inglaterra. Eram três pessoas relativamente influentes em seus próprios círculos, mas desconhecidas para a maior parte do mundo. O nome de Kai era o mais conhecido dentre os três, mas seu rosto nem tanto. 

Não tinha visto nenhum dos três em sua primeira varredura do salão, mas podiam ainda não ter chegado. Ainda eram 20:15 e a festa tinha sido marcada para começar às 20 horas, então podiam muito bem não ter chegado ainda, apesar de o salão já estar quase cheio. Depois de quase 3 anos na França, é fácil esquecer que britânicos chegam na hora em festas, ela pensou. Tinha ficado alternando entre o Reino Unido e a França pelos últimos 9 anos, mas, pelos últimos 3, tinha ficado quase que exclusivamente na França, e, inclusive, retornaria para lá na segunda-feira. O Sturoyal tinha começado lá praticamente assim que James Francis Edward Stuart morreu. No começo do século XVIII, houve um conflito na linha de sucessão e ele deveria ser colocado no trono, mas, como era católico, o parlamento não queria que  assumisse o trono da Inglaterra e da Escócia. Foi criado então o Decreto de Estabelecimento em 1701, que determinava que os monarcas deveriam ser protestantes, e que estaria fora da linha qualquer um que se tornasse católico ou que se casasse com um católico.

Tanto James quanto seu filho mais velho, Charles, tentaram retomar o trono, mas sem sucesso. Após a morte de Charles, seu filho e neto perceberam que não conseguiriam desfazer o que estava determinado no Decreto de Estabelecimento e decidiram que, entre serem os representantes de um país e terem todas as regalias que vinham com isso ou serem católicos, preferiam o primeiro. Então se converteram ao protestantismo e assim o Sturoyal passou a parecer mais sólido. Nunca houve um momento em que eles foram particularmente influentes, mas em alguns momentos da história mais recente, principalmente quando havia insatisfação popular com os monarcas, algumas pessoas lembravam da existência deles. Logo após a separação de Diana e Charles, o movimento ganhou um pouco de força, que aumentou após a morte dela. Com o passar do tempo, o apoio foi reduzindo, porém continuava maior do que antes, principalmente por causa da internet. Tudo sempre ocorria de forma não oficial, mas eles tinham planos de se colocar publicamente agora. 

Sophie queria revirar os olhos toda vez que ouvia falar sobre aquilo. Trabalhava para o governo, mas achava que a monarquia, mesmo que parlamentarista, como era o caso do país, era um sistema que estava com os dias contados. Ainda assim, era seu dever proteger a instituição e, para ela, era melhor aquilo que conhecia do que o que não conhecia.

Os Windsor eram desprezíveis, mas eram desprezíveis com um comportamento relativamente previsível. Depois de três séculos guardando rancor e ressentimento, ela não fazia ideia do que os Stuart poderiam fazer se chegassem ao poder e se tornassem uma das famílias mais influentes da Terra. Não vão conseguir chegar para que descubramos, não se depender de mim, Sophie pensou. 

Voltou a olhar ao seu redor e passou a observar a entrada. Havia um casal que recepcionava os convidados que chegavam, mas tinha alguma coisa esquisita sobre eles. Era bem claro que havia afeição mútua, mas algo parecia meio estranho. Como se fossem um casal novo e ainda não soubessem se portar tão bem perto um do outro. Ou talvez tivessem tido uma briga recente e fingissem estar bem. Quem sou eu pra julgar se alguém está fingindo alguma coisa, Sophie pensou. Qualquer que seja a opção, eles fingem bem

— Prata, tussa duas vezes para sabermos se você está ouvindo. - a voz calma de Andrea chamou no ponto. Sophie logo obedeceu o comando, tomando um gole pequeno da champanhe em seguida. - O Sturoyal descobriu que um dos nossos ia hoje e cancelou a reunião. 

— Droga. - ela disse baixinho, com a taça encobrindo a boca. 

Já tinha passado por missões frustradas vezes o suficiente para que isso não a afetasse mais tanto quanto afetava no começo, mas, ainda assim, era uma grande chateação já estar num lugar e ter a missão cancelada. Especialmente nesse momento, em que estava no meio de uma festa lotada de gente e na qual potencialmente poderia encontrar com sua ex-madrasta. Sim, sabia que ela tinha saído com Rosamund, mas a cabeça dela funcionava de um modo estranho à s vezes. Podia ter planejado sair do aniversário de Rosamund e passar por lá, mesmo que, quando morassem juntas, uma eternidade antes, ela vivesse reclamando da empresa e dos outros acionistas e dos Bridgertons e blá, blá, blá. 

Sophie honestamente não conseguia entender do que ela reclamava. Tudo o que ela dizia que estava errado pareciam coisas completamente normais aos seus ouvidos.

— Eu sei. - Andrea disse. - E agora você não pode simplesmente sair. Com certeza, alguém já te viu aí e sair agora, tão no começo da festa, vai ficar suspeito. 

— E o que eu deveria fazer? - ela disse, baixinho, olhando para baixo para alisar o vestido. 

— Prata, pelo amor de Deus, você é jovem, bonita e solteira, está numa festa open bar e está me perguntando o que fazer? Desligue o comunicador e vá se divertir. 

— E...

— Se a informação que recebermos for errada, você liga de novo. - ela cortou. Sabia o que Sophie ia perguntar e falar sozinha podia muito bem acabar com o disfarce dela. - Vamos estar aqui a noite inteira jogando buraco e você conhece os rostos dos alvos de hoje. Se algum deles aparecer, você nos avisa, e se recebermos informação de que algo vai acontecer, eu reativo seu comunicador daqui ou te ligo. Fora isso, vá beber um pouquinho e se divertir, ok? 

Ela respirou fundo uma vez e Andrea sabia que tinha ganho aquela discussão. 

Eles desligaram seu comunicador remotamente, então Sophie teria de religar o microfone se precisasse falar com eles, o que não imaginava que seria o caso. O que poderia acontecer numa festa como aquela? Nada emocionante, ela tinha certeza. 

Simplesmente terminou sua flute e decidiu que, já que estava ali, podia ao menos comer alguma coisa. E então, enquanto ia na direção do buffet, ouviu a frase mais estranha que poderia ter ouvido naquela noite.

— Finalmente alguma coisa gostosa o suficiente para valer a pena ter saído de casa.


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