Era uma vez, o amor escrita por Alina Black


Capítulo 2
O menino que se alimentava de Pesadelos (parte 1)




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Jacob

Jacob saiu do carro apressado, ele havia recebido uma ligação da escola técnica onde o irmão mais novo Seth, estudava, qualquer pessoa no lugar de Jacob estaria nervoso, desesperado, mas ele não estava, desde que seu irmão havia nascido aquilo era algo corriqueiro.

— Não adianta tentar controla-lo! Reclamou o diretor da escola – As expressões de seu irmão mostram que ele é perigoso, já imaginou se ele tivesse com algum tipo de ferramenta nas mãos?

Seth ouvia tudo do lado de fora da sala, sua mente confusa lhe perturbava enviando imagens de momentos anteriores a chegada de seu irmão, os gritos de seus colegas de sala o incomodava, os gritos do diretor o incomodava, tudo girava ao seu redor.

— Não adianta continuar pisando em ovos! Insistiu o diretor.

“ Ele está brigando com o Jake, ele está com raiva” Seth murmurou esfregando ambas as mãos e olhou pelo pequeno vidro da porta.

— Quer um conselho Jacob, o interne em uma escola especial ou em uma clinica, olhe para você, um jovem com um futuro promissor, eu estou lhe dando um conselho.

Jacob olhou para o homem em silêncio.

— Diga alguma coisa! Insistiu o homem.

Seth olhou novamente pelo vidro e Jacob ainda em silêncio apenas o encarou.

“ Jake está bravo” Seth murmurou novamente.

Jacob não respondeu nada, apenas se levantou deixando o homem sem respostas, abriu a porta e após puxar o irmão pelo braço até seu armário, abriu e retirou seus materiais colocando dentro da mochila, parou por um segundo e leu a capa do livro “ o menino que se alimentava de pesadelos” olhou para Seth e o guardou.

Olhou novamente para o irmão e viu o mesmo esfregar as mãos denunciando seu nervosismo, então sorriu o olhando carinhosamente – Hey Seth, o que acha de antes de irmos para casa, parar para um lanche?

As mãos de Seth pararam e ele sorriu para ele.

— Então o que quer comer? Jacob perguntou enquanto seguiam para o estacionamento, percebendo a frustração do irmão mais novo tentou acalma-lo novamente – Não fique assim, nós sabíamos que não seria por muito tempo, olha eu consegui um novo emprego e encontraremos uma escola melhor quando nos mudarmos.

Seth o olhou em silêncio.

—Você está chateado, o que acha de comermos batatas?

— Batatas? Perguntou Seth.

— Mas é claro, te pago um big mac feliz!

Seth sorriu e Jacob passou um dos braços em volta da nuca dele enquanto aproximavam-se do carro.

—Tem bonequinhos? Perguntou Seth enquanto Jacob abria a porta do carro para ele.

— Com certeza deve ter! Ele respondeu.

— Não está mais bravo?

— É claro que não! Disse Jacob ligando o carro – Eu sou seu melhor amigo e seu irmão mais velho, eu nunca fico bravo com você.

Renesmeee

A ruiva estava sentada em um lugar reservado do caro restaurante do centro de Nova York,  havia uma pequena corrente que demarcava a área de onde ela estava para outros clientes, suavemente ela levou o dedo a beira da taça de sorvete e levou a boca a provando, estava delicioso para o valor alto que ela havia pago, embora isso não importasse para ela.

Deixou o sorvete de lado e levou o guardanapo a boca limpando os lábios, quando seus pensamentos foram interrompidos pela mulher que parou próximo a sua mesa acompanhada de uma menina de no máximo seis anos.

— Desculpe interromper, mas você não é a escritora Renesmee Cullen? Perguntou a mulher de forma gentil.

— Sim! Respondeu Renesmee levando um pouco de sorvete a boca a olhando de soslaio.

— Eu disse que era ela mamãe – a menina sussurrou animada.

— Minha filha é uma grande fã sua, me desculpe por incomoda-la – Disse a mulher tirando um dos livros da ruiva da bolsa – Você poderia nos dar um autografo?
Sem esboçar reação, Renesmee deixou a colher dentro da taça e apenas pegou o livro e uma caneta que estava no meio dele – Como se chama criança? Perguntou ela.

— Madelaine! Respondeu a menina.

— Ela é muito linda na vida real não é? Disse a mulher a filha enquanto Renesmee autografava seu livro.

—Sim mamãe, parece uma princesa dos contos de fadas.

A ruiva parou, finalizou seu rabisco e olhou para a menina – Porque acha que sou uma princesa? Perguntou ela.

—Porque você é bonita – respondeu a menina.

Renesmee sorriu – O que acham de tirar uma foto?

A mulher sorriu emocionada, imediatamente mandou a filha aproximar-se da ruiva que gentilmente a sentou em seu colo, enquanto a mulher pegava o celular a expressão de Renesmee se tornou mais séria.

— Você não é minha fã não é criança? Sussurrou ela no ouvido da menina.

— O que? Perguntou a menina confusa em um tom doce de voz.

— Em todos os meus contos de fadas, as bruxas são mais bonitas- respondeu Renesmee – Quem disse que as princesas são gentis e bonitas? Sua mãe?

A mulher sem ouvir a pequena conversa chamou a atenção de ambas para olharem na direção da câmera.

— Se você quer ser bonita quero que repita isso, “ mamãe eu vou ser uma linda bruxa.”

A menina pulou do colo de Renesmee e gritou em desespero antes de sair correndo, sem compreender a mãe apenas olhou para Renesmee e correu atrás da filha encontrando um rapaz que passava pela porta do restaurante.

— Porque fez aquela criança chorar tão cedo? Perguntou ele ao aproximar-se da mesa.

—Eu diria que apenas corrigi um grande equivoco! Respondeu ela – E ela ficou emocionada, tadinha.

Ele sorriu puxando uma cadeira e se sentou – Oh deve ser muito difícil para uma criança mas que bom que corrigiu o equivoco – disse ele aplaudindo – Você é incrível Renesmee Cullen.

— Se você diz Nahuel.

O rapaz olhou para o aparelho celular – Bom ainda temos tempo para que vá ao salão de beleza antes de seu compromisso.

— Porque eu tenho que ir ao salão?

— Por que você está parecendo a Morticia a caminho de um funeral da familia Addams, não pode ir vestida assim a um hospital infantil – Ele sorriu – Você não está indo assustar crianças, está indo dar esperança a elas, vai ler seu conto de fadas, vamos lá Renesmee você não pode viver assustando crianças e...

Nahuel colocou ambas as mãos em seus ouvidos ao ouvir o som ensurdecedor da faca arranhando o prato de porcelana vazio.

— Okay, você venceu, vou pedir para eles virem até você.

— Você sabe porque eu amo esse restaurante Nahuel?

— Porque o bife daqui é bom?

— Não, porque a faca daqui, é incrível!

Disse ela cortando o próprio dedo, Nahuel a olhou assustado, então ela sorriu limpando o sangue no metal e se levantou caminhando com a faca na mão e a guardando dentro da bolsa.


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