Era uma vez, o amor escrita por Alina Black
Jacob
Jacob saiu do carro apressado, ele havia recebido uma ligação da escola técnica onde o irmão mais novo Seth, estudava, qualquer pessoa no lugar de Jacob estaria nervoso, desesperado, mas ele não estava, desde que seu irmão havia nascido aquilo era algo corriqueiro.
— Não adianta tentar controla-lo! Reclamou o diretor da escola – As expressões de seu irmão mostram que ele é perigoso, já imaginou se ele tivesse com algum tipo de ferramenta nas mãos?
Seth ouvia tudo do lado de fora da sala, sua mente confusa lhe perturbava enviando imagens de momentos anteriores a chegada de seu irmão, os gritos de seus colegas de sala o incomodava, os gritos do diretor o incomodava, tudo girava ao seu redor.
— Não adianta continuar pisando em ovos! Insistiu o diretor.
“ Ele está brigando com o Jake, ele está com raiva” Seth murmurou esfregando ambas as mãos e olhou pelo pequeno vidro da porta.
— Quer um conselho Jacob, o interne em uma escola especial ou em uma clinica, olhe para você, um jovem com um futuro promissor, eu estou lhe dando um conselho.
Jacob olhou para o homem em silêncio.
— Diga alguma coisa! Insistiu o homem.
Seth olhou novamente pelo vidro e Jacob ainda em silêncio apenas o encarou.
“ Jake está bravo” Seth murmurou novamente.
Jacob não respondeu nada, apenas se levantou deixando o homem sem respostas, abriu a porta e após puxar o irmão pelo braço até seu armário, abriu e retirou seus materiais colocando dentro da mochila, parou por um segundo e leu a capa do livro “ o menino que se alimentava de pesadelos” olhou para Seth e o guardou.
Olhou novamente para o irmão e viu o mesmo esfregar as mãos denunciando seu nervosismo, então sorriu o olhando carinhosamente – Hey Seth, o que acha de antes de irmos para casa, parar para um lanche?
As mãos de Seth pararam e ele sorriu para ele.
— Então o que quer comer? Jacob perguntou enquanto seguiam para o estacionamento, percebendo a frustração do irmão mais novo tentou acalma-lo novamente – Não fique assim, nós sabíamos que não seria por muito tempo, olha eu consegui um novo emprego e encontraremos uma escola melhor quando nos mudarmos.
Seth o olhou em silêncio.
—Você está chateado, o que acha de comermos batatas?
— Batatas? Perguntou Seth.
— Mas é claro, te pago um big mac feliz!
Seth sorriu e Jacob passou um dos braços em volta da nuca dele enquanto aproximavam-se do carro.
—Tem bonequinhos? Perguntou Seth enquanto Jacob abria a porta do carro para ele.
— Com certeza deve ter! Ele respondeu.
— Não está mais bravo?
— É claro que não! Disse Jacob ligando o carro – Eu sou seu melhor amigo e seu irmão mais velho, eu nunca fico bravo com você.
Renesmeee
A ruiva estava sentada em um lugar reservado do caro restaurante do centro de Nova York, havia uma pequena corrente que demarcava a área de onde ela estava para outros clientes, suavemente ela levou o dedo a beira da taça de sorvete e levou a boca a provando, estava delicioso para o valor alto que ela havia pago, embora isso não importasse para ela.
Deixou o sorvete de lado e levou o guardanapo a boca limpando os lábios, quando seus pensamentos foram interrompidos pela mulher que parou próximo a sua mesa acompanhada de uma menina de no máximo seis anos.
— Desculpe interromper, mas você não é a escritora Renesmee Cullen? Perguntou a mulher de forma gentil.
— Sim! Respondeu Renesmee levando um pouco de sorvete a boca a olhando de soslaio.
— Eu disse que era ela mamãe – a menina sussurrou animada.
— Minha filha é uma grande fã sua, me desculpe por incomoda-la – Disse a mulher tirando um dos livros da ruiva da bolsa – Você poderia nos dar um autografo?
Sem esboçar reação, Renesmee deixou a colher dentro da taça e apenas pegou o livro e uma caneta que estava no meio dele – Como se chama criança? Perguntou ela.
— Madelaine! Respondeu a menina.
— Ela é muito linda na vida real não é? Disse a mulher a filha enquanto Renesmee autografava seu livro.
—Sim mamãe, parece uma princesa dos contos de fadas.
A ruiva parou, finalizou seu rabisco e olhou para a menina – Porque acha que sou uma princesa? Perguntou ela.
—Porque você é bonita – respondeu a menina.
Renesmee sorriu – O que acham de tirar uma foto?
A mulher sorriu emocionada, imediatamente mandou a filha aproximar-se da ruiva que gentilmente a sentou em seu colo, enquanto a mulher pegava o celular a expressão de Renesmee se tornou mais séria.
— Você não é minha fã não é criança? Sussurrou ela no ouvido da menina.
— O que? Perguntou a menina confusa em um tom doce de voz.
— Em todos os meus contos de fadas, as bruxas são mais bonitas- respondeu Renesmee – Quem disse que as princesas são gentis e bonitas? Sua mãe?
A mulher sem ouvir a pequena conversa chamou a atenção de ambas para olharem na direção da câmera.
— Se você quer ser bonita quero que repita isso, “ mamãe eu vou ser uma linda bruxa.”
A menina pulou do colo de Renesmee e gritou em desespero antes de sair correndo, sem compreender a mãe apenas olhou para Renesmee e correu atrás da filha encontrando um rapaz que passava pela porta do restaurante.
— Porque fez aquela criança chorar tão cedo? Perguntou ele ao aproximar-se da mesa.
—Eu diria que apenas corrigi um grande equivoco! Respondeu ela – E ela ficou emocionada, tadinha.
Ele sorriu puxando uma cadeira e se sentou – Oh deve ser muito difícil para uma criança mas que bom que corrigiu o equivoco – disse ele aplaudindo – Você é incrível Renesmee Cullen.
— Se você diz Nahuel.
O rapaz olhou para o aparelho celular – Bom ainda temos tempo para que vá ao salão de beleza antes de seu compromisso.
— Porque eu tenho que ir ao salão?
— Por que você está parecendo a Morticia a caminho de um funeral da familia Addams, não pode ir vestida assim a um hospital infantil – Ele sorriu – Você não está indo assustar crianças, está indo dar esperança a elas, vai ler seu conto de fadas, vamos lá Renesmee você não pode viver assustando crianças e...
Nahuel colocou ambas as mãos em seus ouvidos ao ouvir o som ensurdecedor da faca arranhando o prato de porcelana vazio.
— Okay, você venceu, vou pedir para eles virem até você.
— Você sabe porque eu amo esse restaurante Nahuel?
— Porque o bife daqui é bom?
— Não, porque a faca daqui, é incrível!
Disse ela cortando o próprio dedo, Nahuel a olhou assustado, então ela sorriu limpando o sangue no metal e se levantou caminhando com a faca na mão e a guardando dentro da bolsa.
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