Eu sou a Protagonista escrita por Vatrushka
Notas iniciais do capítulo
(encontrei essa imagem e nao resisti, precisei compartilhar)
— Dorinha?! — Gritei, vasculhando por todo o corredor. — Dorinha, pelo amor de Deus, está me ouvindo?!
— Denise?! — Ouvi a voz dela, abafada no fundo do quarto. Corri até ela.
Para meu desespero, a encontrei sentada como refém. Um dos robôs piratas estava com uma arma mirada em sua cabeça.
— Você. — O robô se virou para mim. Congelei.
Não precisei de muita explicação pra entender que ele me “convidava” a me sentar junto com Dorinha, apontando a arma para mim daquela forma. Obedeci, sem grandes opções.
Foi quando percebi que Xaveco não estava mais do meu lado. Fugiu e me deixou pra trás, aquele filho da...
— Ataaaaaque do Xaveco! — Foi seu grito de guerra, quando apareceu do nada jogando um balde de água em nossa direção.
Foi o suficiente pra desativar o robô? Foi, graças a Deus.
Mas eu também fiquei encharcada.
Me contive muito pra não dar na cara dele. Respirando fundo e sem me virar, peguei a arma derrubada no chão. Poderia ser útil eventualmente.
Dorinha correu pra me abraçar. Estava tremendo de medo, e chorando. A abracei de volta, e assim ficamos até ela se acalmar.
— Abraço... Triplo? — Sugeriu Xaveco, abrindo seus braços. Meu olhar furioso em sua direção foi resposta o suficiente.
— Astronauta! Cuidado! — Ouvimos o grito de Xabéu ali perto.
Fomos correndo em direção à sua voz, esperando não ser tarde demais.
—
E vimos, de longe, Astronauta dependurado no chão do parapeito. Se suas mãos escorregassem, sua queda seria feia — estava a metros do andar debaixo. Cabeleira Negra o encarava de cima, com um olhar maligno e sinistro.
Algo naquilo me lembrava da cena em que Scar mata o Mufasa.
Xabéu encarava aquela cena também de longe, desesperada. Parecia ter sido atingida, pois estava deitada no chão e tentava estancar a própria ferida com a mão. Tentava se rastejar até eles, em vão.
Cabeleira, aparentemente divertindo-se horrores, pisou em uma das mãos que ainda suportavam o peso do Astronauta com sua bota im-pe-cá-vel.
Preciso conferir em que loja ela comprou depois, inclusive...
— Not today, Satan. — Declarei, mirando com a arma em sua linda cabeleira. — Not today.
O jato lazer que saiu da arma acertou seu cabelo em cheio, fazendo-o pegar fogo. Cabeleira começou a gritar, desesperada.
— Meu aplique! — Guinchou ela. — Meu aplique!
O berro que eu dei.
Em seguida, fiz um biquinho. — Poxa vida. Descuido meu.
E ela saiu correndo e foi seguida por seus subordinados.
Pro diabo que a carregue, pensei. Todo dia isso!
Assoprei a arma, com pose de senhora Smith. — Isso é que dar se meterem comigo, otários. Achavam que era pouca bosta?
— É muita bosta! — Gritou Xaveco, me abraçando forte. — Minha heroína!
— Xaveco! — Chamei sua atenção. — Sua irmã tá quase morrendo ali!
Ele logo saiu do estado de euforia para extrema preocupação, correndo em direção de Xabéu para acudi-la. Enquanto isso, corri com Dorinha até Astronauta na expectativa de puxá-lo.
Mas desgraça pouca é bobagem. Para nossa vergonha, não fomos rápidas o suficiente.
Perdendo a consciência, Astronauta se soltou e caiu.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Entenderam o título do capítulo agora?
kkkkkkkkk
eu vou pro inferno de tobogã, eu sei