O Retorno Do Fantasma Vigilante escrita por M F Morningstar


Capítulo 5
Encontro Noturno


Notas iniciais do capítulo

Olá, capítulo novo!

Boa Leitura!



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P.O.V Mônica Sousa

Ansiedade, isso é exatamente o que estou sentindo. O Fantasma Vigilante havia me mandado outra carta e dessa vez “marcando” um encontro, e é justamente por isso me sinto tão nervosa, tão ansiosa.

Olho a hora para me certificar que não me atrasaria, faltava trinta minutos para as onze da noite que era o horário que ele havia proposto. Realmente não entendo porque ele marcou de noite, mas como seria no parquinho do Limoeiro, é mais tranquilo, não teria perigo algum.

Coloco uma blusa de manga comprida transparente em tom preto em cima do meu top preto, arrumo o zíper da minha calça de estampa militar e amarro meus coturnos. Como de noite faz mais frio, opto por uma roupa um pouco mais “quente”. Arrumo meu cabelo e pego minha bolsa pequena preta colocando minha carteira, a chave de casa e meu celular.

Meus pais haviam viajado por uma semana então não reclamariam da hora que estou saindo de casa. Mesmo sabendo que não é um horário padrão, eu não aguentaria ficar na dúvida do que seria se eu fosse ou não a esse encontro noturno.

O parquinho não era longe, então rapidamente chego sem esforço algum. Estava deserto, apenas a lua e alguns postes de luz, que não estavam queimados, iluminava o local.

— Você veio. – Uma voz atrás de mim, diz em tom audível.

— Fantasma. – Assim que me viro vejo sua figura, ele ainda usava a mesma fantasia.

— Fico feliz que tenha comparecido. – Ele me estende seu braço para que eu o segure.

— As cartas foram boas, mas prefiro fazer uma troca de palavras pessoalmente. – Dou uma risadinha.

Depois que seguro seu braço, começamos a andar pelo parque.

— Compreendo.

Faz-se silêncio por um tempo, apenas caminhamos e olhamos ao nosso redor, o parque estava calmo e era uma noite linda, inúmeras estrelas e uma lua cheia enorme no céu.

— Quem é você afinal? – Pergunto olhando o Fantasma que me olha com um sorriso brincalhão.

— Já te disse, sou o Fantasma Vigilante. – Reviro meus olhos e solto um suspiro.

— Você sabe, o verdadeiro Fantasma por trás da máscara. – Digo encarando-o fixamente.

— Você é muito curiosa, milady. – Ele sorri.

— Apenas gostaria de conhecê-lo realmente e não apenas sua “fantasia”. – Admito, e ele diminui o sorriso.

— Em breve você irá descobrir minha verdadeira identidade. – Ele responde simplesmente e voltamos a observar a nossa volta.

Estar ao lado dele, mesmo sem fazer nada, sem falar nada, é surpreendentemente bom, traz uma calmaria sem igual. Não saberia explicar, mas ele tem um jeito de me fazer ficar tranquila e calma, como se nada pudesse ser estragado.

— Perdida em pensamento, bela dama? – Pergunta ele me olhando curioso.

— Oh, sim. – Dou uma risada envergonhada. – Você tem um efeito de me tranquilizar.

— Ah, é mesmo? – Pergunta ele curioso.

— Sim. É como se nada ruim pudesse acontecer enquanto estou ao seu lado, me sinto segura e calma. – Respondo com sinceridade.

— Agradeço por compartilhar o que sente. Devo admitir que me sinto igualmente ao seu lado. É sempre maravilhoso estar em sua presença. – Seu sorriso parecia iluminar mais do que a lua.

— Fico contente. – Dou um sorriso tímido enquanto coro pela sua confissão.

Saber o que aquela misteriosa figura sente é realmente uma bela surpresa, por mais que eu não ficasse tímida facilmente, estar na presença de quem você nutre sentimentos amorosos sempre me fez ficar acanhada.

— Que frio. – Reclamo tremendo um pouco após um sopro de vento me atingir em cheio.

— Não se preocupe. – Ele tira sua capa colocando-a em volta de mim, me aquecendo. – Isso deve resolver.

— Obrigada. – Corada, sorrio com sua atitude cavaleira.

Realmente ele tinha razão, a capa era quentinha e depois que ele a colocou em mim, não senti mais frio algum. Sentamos em um banco de madeira na frente do lago. Ter o Fantasma por tanto tempo sem ele fugir, acaba se tornando um pouco estranho, era como se não tivéssemos o que conversar, é diferente de quando estou com o Cê, ele sempre acha algo para que possamos falar, seja relembrando algo que vivemos ou apenas uma conversa “furada”.

— Você sempre é tão quieto? – Pergunto, e ele solta uma risada involuntária.

— Nem sempre. Para ser honesto, não sei muito como reagir ao seu lado. – A sinceridade em seu tom de voz me faz corar.

— Ah, entendi. – Sorrio com sua “confissão”.

— O que gostaria de fazer? – Pergunto, e ele me olha profundamente.

— Algo que ainda não fizemos, mas não sei se não seria muito atrevimento meu. – Seu “enigma” me deixa confusa.

— E o que seria? – Arqueio uma sobrancelha, e ele se aproxima lentamente de mim.

— Isso.

Em poucos segundos, Fantasma sela nossos lábios com um doce e gentil beijo, não havia intensidade e nem luxúria, apenas gentileza, sentimentos e delicadeza. Um beijo suave e perfeito.

— Tem razão. – Sussurro assim que nos afastamos do beijo, não havia demorado muito, mas foi o suficiente para eu achar incrível.

— O quê? – Ele pergunta olhando em meus olhos.

— Foi atrevido. – Dou um sorriso provocador, e ele ri. – Mas eu gostei.

— Então me permita ser atrevido novamente. – Sem me dar chances para falar algo, ele me beija novamente.

O beijo é mínima coisa diferente do anterior, mas algo nele me era familiar, só não saberia dizer o quê. Nossas línguas “dançam” uma dança lenta enquanto nossas mãos acariciam suavemente pontos específicos do outro, ele acaricia minha bochecha, e eu, acaricio seu pescoço.

— Acho que a levarei de volta para sua casa. – Diz ele depois de um tempo em que nos afastamos do nosso beijo.

— Já? – Pergunto, e ele dá um sorriso de lado.

— Já é meia noite e você tem aula amanhã, prefiro que descanse bem. – Ele responde me guiando para a saída do parque.

— Nossa. Nem vi o tempo passar. – Dou uma risada. – Bem, é por aqui.

Começamos a seguir o caminho até minha casa. Conversamos sobre qualquer coisa enquanto rapidamente paramos em frente ao meu destino final. Ele faz um reverencia e deposita um beijo em minha testa, um doce e suave beijo de despedida.

— Quando nós nos veremos de novo?

— Em breve. Tenha uma boa noite, milady. – Ele diz com um sorriso.

— Boa noite... – Assim que ele vai embora desaparecendo pela noite, entro em minha casa indo direto para meu quarto após me certificar que tudo estava trancado.

Um beijo, nosso primeiro beijo. Foi surpreendente e bom, mas por mais que eu tivesse gostado, algo me diz que ele estava se segurando para manter o papel de cavaleiro. Enfim, o que me resta é esperar para um quem sabe próximo encontro.

P.O.V Cebola Menezes da Silva

Ótimo! Agora fiz a Mônica se apaixonar ainda mais por um personagem. Qual o seu problema Cebola? Você devia se segurar e não dar um beijo nela!!! Ainda que consegui segurar minha vontade de aprofundar aquele beijo. Cara, que saudades que eu estava de beijar aqueles lábios doces.

Os beijos da Mônica sempre foram perfeitos e ter que me limitar a beijos tão sem graças me faz enlouquecer. A minha vontade era de beijá-la como nunca, de mostrar a ela o quanto sinto a falta dela e do quanto apenas ela sabe fazer meu coração disparar.

Com um suspiro, termino de tirar a fantasia do Fantasma Vigilante a colocando no cabide e na porta do meu guarda-roupa. Eu devia terminar logo com isso, não sei porque continuo virando esse personagem que parecia ser uma boa no começo. Contudo, depois de fazer isso até agora, não tenho mais como fugir, eu preciso terminar logo com isso, mas a única maneira certa é revelando quem ele é, ou seja, eu.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?



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