Entre nós dois escrita por dri


Capítulo 8
Capítulo 8 - Alki Beach


Notas iniciais do capítulo

Olá, tem alguém ainda querendo ler essa história? kkk Mil desculpas pela demora, tive alguns problemas que acabaram me impedindo de postar. Espero de coração que não desistam de mim. Agora, sem delongas vamos ao capítulo, espero que gostem.



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A dor na minha cabeça me atinge antes mesmo que eu abra meus olhos, o teto branco acima de mim me faz me sentar no mesmo instante, estou em um sofá cor creme que não é do apartamento que eu moro, olho ao redor e conforme minha visão passeia pela sala bagunçada, as lembranças vêm retornando, a caixa de pizza na mesa de centro, as diversas latas de cerveja e a garrafa de vinho na qual eu bebi sozinha. Estou na casa dele, vejo uma manta que provavelmente me cobria no chão, meus sapatos estão próximo da mesa de centro. Me levanto e vou o mais devagar que posso até a cozinha pegar um copo de água, a cozinha em si está uma bagunça, acho um copo limpo no escorredor de louça e encho com água da torneira. Ao me virar de volta para sala, meu coração acelera ao vê-lo parado na única porta além da saída do apartamento.

— Porra, que susto. – Digo enquanto levo a mão na minha garganta, até a água desceu de mal jeito.

 - Bom dia. – Diz ele sorrindo enquanto me olha. – Dormiu bem no sofá?

— Bom dia, minha cabeça que não está nada bem.

— Estamos na mesma. – Ele caminha até a cozinha e pega um copo no armário e enche com água. – Tentei te acordar pra você fica na cama, enquanto eu poderia ficar com o sofá, mas você se quer se mexia.

— Eu deveria ter ido pra minha própria cama. – Digo enquanto volto pro sofá, coloco meu copo com água na mesa de centro e passo a mão pelos meus cabelos prendendo em um coque mal feito.

— Estava tarde, e como iriamos sair cedo nem valeria a pena você ir e voltar.

— Sair cedo? – Reviro minha cabeça latejante tentando lembrar o que foi acordado na noite anterior. – Aí meu Deus você vai me levar para Alki Beach.

Ele sorri com a minha animação.

— Se a dor de cabeça não te for um problema.

— Está brincando? Estou morrendo de saudades do mar, só precisamos passar uma farmácia. – Digo calçando meus sapatos.

— Então é isso... vamos rumo ao Alki Beach.

Meia hora depois eu sai de uma loja de conveniência de um posto de gasolina enquanto Edward abastecia seu carro, um Volvo prata. Entrei no banco do passageiro com dois copos de café, e um analgésico. Coloquei o copo de café dele no porta copo e o meu entre minhas pernas, enquanto tirava um comprimido da cartela.

— Café salva ressaca. – Disse ele voltando pro carro e pegando seu copo e estendendo a mão para mim, lhe dei um comprimido e assim como eu toma com um gole de café.

— O que salva é um bom dia de cama. – Digo, colocando meu copo no porta copo. – Mas temos um dia cheio pela frente.

— Você realmente ama a praia. – Disse ele sorrindo devolvendo o copo pro porta copo e dando partida.

— Você me prometeu a melhor vista de Seattle. – Sorrio.

— E nós os Cullens cumprimos nossas promessas. – Diz ele sorrindo.

— Bom temos uma meia hora de viagens, então isso nos traz meia hora de muito papo furado. – Digo.

— Papo furado?

— Sim, perguntas pessoais, constrangimentos e por aí vai.

— Seu trabalho no jornal é na segunda e não hoje, você sabe né? – Ele sorri, e como eu adoro seu sorriso.

 - Estou me preparando né... Em breve seu bar pode ser o próximo estabelecimento revelação da semana.

— Sem querer me achar, ele já é.

— Hm... um proprietário convencido. – Digo.

— Realista. – Rimos juntos. – Qual sua primeira pergunta de papo furado.

— Bom... não sei... – Penso por um minuto. – Nome dos seus pais.

— Carlisle e Esme e dos seus?

— Charlie e Renée, seus pais são de Seattle?

— Temos uma casa em Seattle onde crescemos, quase fora da cidade na verdade. Mais ultimamente eles moram em Londres.

— Ual, Londres... já esteve lá?

— Algumas vezes, acredite não é tão legal como imagina.

 - Toda gente viajada fala isso. – Reviro os olhos. – Tem uma boa relação com eles?

 - Sim, minha mãe me liga toda semana. – Ele sorri. – E todos os dias para o Emmett, digamos que é o mais predileto.

  - Hm... aparentemente está com ciúmes? – Rio e ele ri junto.

 - Claro que não. – Seu rosto ficou corado o que me fez rir ainda mais. – Está sim.

— Lógico que não. – Seu rosto ficou mais corado ainda. – E você... sua relação com seus pais.

— Normal eu acho. – Penso um pouco, a minha relação com meu pai pelo menos é a mais normal.

— Acha?          

— Minha mãe mora no Arizona junto ao novo marido, não nos falamos muito.

— Eu sinto muito.

— Não sinta. – Suspiro. – Já foi a Nova York?

— Algumas vezes, é a cidade preferida da Alice.

— Deve ser incrível.

— Tem seu charme. – Ele me olha por um instante e volta os olhos para frente. – Podemos ir fim de semana que vem.

— Para onde?

— Nova York.

— Como se fosse a meia hora daqui. – Digo rindo.

— São umas 5h e meia mais ou menos de avião.    

— Viu, aqui do lado. – Ironizo.

— Se pensar assim não vai conhecer lugar algum.

Ele tinha razão, quando quero algo sempre penso que seria impossível e na verdade não é, obviamente precisa-se de dinheiro pra passagem e hospedagem, mas no fim não é para ter coisas assim que trabalhamos?

— Não quis ser rude. – Diz ele quando eu não respondo.

— E não foi, é um fato apenas. – Bocejo. – Falta muito?

Antes que ele possa me responder meu celular começa a tocar no meu bolso, vejo a identificação de chamada é Bree, não atendo apenas envio uma mensagem.

“Não posso atender, está tudo bem?”

Eu poderia atender mais não estava afim de conversar agora, afinal seria até uma falta de educação. Logo meu celular vibro de volta.

“Rachel, pediu para mostrar a cidade pro seu Ex, e seu Ex me pediu para te convidar. Sinto muito, ele está aqui então não tenho como só inventar uma desculpa.”

Sinto pena de Bree por estar no meio dessa palhaçada toda, ela deve pensar que negar possa lhe trazer alguma complicação no trabalho.

“Não estou na cidade hoje, sinto muito.”

Logo meu celular vibra novamente.

“Ok, nos falamos amanhã.”

Volto meu celular pro bolso, e por um instante me sinto culpada por deixar Bree sozinha nessa, mas não estou na cidade e pra ser sincera se estivesse acho que inventaria algo.

— Está tudo bem?

— Está sim. – Estendo a mão pro rádio e ligo o mesmo, deixo em uma estação qualquer e me encosto no banco. A mensagem me fez sair da minha bolha de dia normal com um cara legal e voltar para os dramas de cada dia. Tento me afastar de todo o drama fechando meus olhos e me focando na música do rádio, e quando me dou conta acordo quando Edward está desligando o carro.

— Bem vinda a Alki Beach.

Do lado de fora de onde ele estacionou, havia uma calçada que levava a areia e ao mar que separava todo aquele lado dos imensos prédios de Seattle, era incrível de se ver. Me soltei do cinto de segurança e sai do carro. Do lado de fora eu pude ouvir o som mais incrível do mundo para mim o mar... É som que inexplicavelmente me preenche por dentro me trazendo uma paz indescritível.

— É lindo, não é? – Olho para o lado e lá está ele admirando aquela vista.

— É incrível.

Edward aciona o alarme e eu tiro meus sapatos e vou com eles na mão em encontro do mar, a cada passo o som do mar ficava mais alto, meu corpo se arrepia com o mar gelado que molhava meus pés, e mesmo assim permaneci ali parada sentindo a onda chegando aos meus pés e voltando para trás, logo Edward também estava ao meu lado.

— O mar me faz pensar em páginas em branco. – Penso em voz alta.

— Páginas em branco?

— Sim... Eu vejo a vida como centenas de páginas em branco, que precisam de coragem para ser escrito cada página. Quando sai de Forks foi uma página que eu consegui escrever sem medo, e quando cheguei em Seattle o medo de escrever nelas retornaram.

— Medo de que?

— De me decepcionar, de me magoar, de da tudo errado... Uma vez que uma página em branco é preenchida não tem como voltar atrás e apaga-la. Não é a mesma coisa.

— Mas tem como melhora-la no capítulo seguinte.

Viro para ele e seus olhos verdes me encaram e por mais que eu tente evitar seus olhos me preenche, é como a calmaria do mar só que em forma humana.

— Nenhuma história é perfeita. – Continua ele. – Elas têm falhas, magoas, tristezas, finais, recomeços... são tantas coisas que compõem uma história, não podemos ter medo de nos arriscar, medo de não tentar, medo de fracassar. São centenas de páginas em branco, e daí se umas delas não deram certo? Ou não fico como esperado? O importante é que foram páginas vividas e não páginas intocadas por medo de estragar. A Vida é só uma, se temos centenas de páginas não sabemos quantas delas vai dá tempo de escrever, é melhor se arrepender de algo feito...

— Do que não feito. – Falamos juntos, seus olhos estavam nos meus e por um instante desceu para mirar meus lábios, fiz o mesmo com os dele, queria beija-lo, como queria senti-lo toca-lo... Mas não podia, existem caos demais na vida dele nesse momento, caos que eu já tenho na minha, e dois caos não tem como dá certo. – Muito bonito o que disse... – Digo mordendo meus lábios e voltando a meus olhos para o mar a frente.

— É uma realidade, é uma boa forma de ver a vida... – Não estou olhando para ele mais sinto seu olhar em mim, e isso faz minha necessidade de toca-lo ainda maior. – Páginas em branco... Isso diz algo sobre você.

— E o que diz sobre mim? – Me viro e ando um pouco para longe do mar e me sento na areia colocando meus sapatos ao meu lado. Ele se senta ao meu lado e faz o mesmo com os dele.

— Uma teoria. – Diz ele. – Me desculpe se estiver errado, vejo que você tem medo de se arrepender de ter deixado tudo para trás.

Suas palavras me fazem pensar no dia que decidi largar tudo para trás, o som do mar me fez reviver o momento que estava em La Push, com medo da reação de Jake com medo de magoa-lo, com medo do julgamento da cidade, medo de me arrepender...

— Eu... – Minha boca se fecha novamente, e penso e repenso na sua teoria. Eu não tinha medo de me arrepender, o que estava feito estava feito. – Eu tenho medo de ter que voltar para casa. Não pelo fim do noivado, nada disso... Minha mãe se divorciou do meu pai e foi para o Arizona, a cidade inteira dizia que ela abandonou a família, quando na verdade não foi assim...

— Você tem medo que achem o mesmo de você?

— Eles acham, só não queria o cargo de vilã.

— Um termino sempre tem os dois lados, você sabe da sua história. – Diz ele. – Só que ele não aceita muito bem, e te perseguir até aqui, e com a irmã que não para de falar no passado. – Ele se contém para se manter sério, ele riu muito quando eu contei sobre o jantar de merda da noite anterior. – Faz as coisas serem ainda piores.

— É egoísmo demais querer que ele pudesse ver que foi o melhor para nós dois?

— Não. – Ele dá um meio sorriso. – Ele vai perceber, uma hora...

— Você é tão dono de bar. – Ele ri com a minha afirmação. – Sim... de verdade... É profundo, é ouvinte... só está faltando o balcão com as bebidas.

— Meu bar não é terapia, é diversão.

— Acho que um pouco dos dois.

— É que você é bonita, é uma tática de te conquistar. – Ele me manda beijo o que me faz gargalhar.

— Meu Deus, com umas doses de tequila já estaria em cima de você.

Ele ri alto, e se levanta me estendendo a mão.

— Onde vai?

— Vamos arranjar umas tequilas.

Rio junto e seguro sua mão para levantar, sabia que era brincadeira mais já estava na hora do almoço formos um restaurante local. Almoçamos e sem nenhuma bebida alcoólica por segurança, afinal ele era o motorista de volta.

Andamos juntos pela areia de Alki Beach e admiramos a vista por um instante, e voltamos para o carro afinal o The Pub não poderia ter mais uma noite fechado, no caminho de volta ouvimos música da rádio, não conversamos muito, e nem precisamos tivemos um dia tão de calmaria que qualquer palavra não seria o bastante para transformar o dia ainda melhor.

Quando estacionamos na frente do prédio de Alice sinto uma leve tristeza de sair daquela bolha de calmaria.

— Obrigada pelo passeio. – Digo desfivelando meu cinto.

— Obrigado pelo resgate de ontem. – Ele sorria.

— Foi um resgate reciproco.  – Digo sorrindo.

— Me promete uma coisa?

— Claro. – Minha resposta saiu antes mesmo que eu pensasse e ele notou isso.

— Promete não fingir amanhã que nada disso rolou?

Demoro um pouco para entender, e então entendo ele está se referindo ao beijo, o beijo que me fez desaparecer do mapa por dias.

— Prometo.

— Nos vemos em breve então?

— Sim. – Digo. – Provavelmente na semana vou precisar de mais conselhos.

 - Estarei esperando... com tequilas. – Brinca ele.

 - Eu imagino que sim. – Sorrio, não queria ir embora, não queria encarar o resto do dia sem ele, mais sei que ele precisava ir. – Então até breve.

 - Até breve. – Disse ele nossos olhos um no outro transformava aquele momento tão intenso, ele se aproximou de mim e beijo minha bochecha.

Senti minhas bochechas corarem e me senti uma boba, tentei tirar o sorriso bobo da minha cara e sai do carro, e entrei no prédio. Quando saio do elevador me dou conta que esqueci minha bolsa na casa dele, espero que Rose ou Alice esteja em casa para abrir a porta quando toco a campainha, demora um pouco mais ouço barulhos do lado de dentro e me animo em saber que tem alguém.

 - Apareceu a miss sumida. – Disse Alice ao me ver.

 - Desculpe, esqueci de avisar que ia passar o dia fora. – Digo entrando tirando meus sapatos.

 - Sua sorte que estou de saída, porque quando voltar quero saber de tudo.

 - Tudo o que? – Me faço de desentendida.

 - Do jantar de ontem, do seu sumiço. – Ela revira os olhos. – Olha só como você está com uma aparência boa quero muito saber de tudo.

 - Deixe de ser curiosa. – Brinco com ela.

 - É como pedir o impossível. – Ela sorri. – Tenho que ir estou atrasada, amanhã no café te conto os acontecimentos de ontem, e você me conta os seus acontecimentos.

— Não vai voltar hoje?

— Também mereço me divertir, vou voltar tarde.

— Divirta-se. – Digo indo pro meu quarto enquanto ela caminhava pra saída.

— Pode deixar. – Grita ela saindo e fechando a porta.

Entro no meu quarto e me jogo meus sapatos no chão e me jogo na cama, não consigo evitar um sorriso bobo, não consigo não pensar no sorriso dele, nos olhos dele, em tudo que conversamos, era tão gostoso passar um tempo com ele, fico pensando como seria nós dois sem todo o drama que nos rodeia, será que teríamos a mesma conexão?

Me levanto e vou tomar um banho quente, quando termino visto um pijama velho e vou para a cama nem sei que horas são, mas não quero pegar meu celular, tento dormir por diversas vezes, mas não consigo, continuo pensando em tudo que ele disse sobre minha expressão páginas em branco, pensar em como queria beija-lo, senti-lo novamente, e querer não pensar nisso ao mesmo tempo, queria poder não sentir a atração, porém do que adianta negar?

Do que adianta pensar, que não é o momento correto? Ou melhor que ele ainda estava casado no papel? Essa história tem tudo para subtrair mais ao mesmo tempo sinto que poderia somar, somar um momento que seja, afinal tudo se baseia em um momento, não é?

Fico pensando, repensando, revirando na cama até desistir de dormir, tentei ver TV e não consegui. Respiro fundo desligo a TV da sala e vou até a cozinha pegar um copo de água, quando estava pra retorna pro quarto alguém bate na porta. Provavelmente Rose deve ter esquecido as chaves, quando abro a porta, meu coração acelera era Edward, e estava com a minha bolsa em mãos, ele havia trocado de roupa não era as mesmas e seu cabelo ainda estavam úmidos.

— Oi. – Disse ele. – Esqueceu isso em casa. – Ele ergue minha bolsa.

— Oi, não deveria estar dando conselhos no bar? – Digo pegando minha bolsa. – Obrigada percebi quando cheguei em casa.

— Emmett ficou de fechar pra mim hoje, acho que agora ele é meio dono do The Pub também, do tanto que me ajuda. – Ele sorri. – Não vai me convidar pra entrar?

— Ah sim, desculpe. – Dou espaço para que ele entre e fecho a porta, ponho minha bolsa na bancada da cozinha.

— Gostei do pijama. – Disse ele me olhando de cima a baixo.

— Bem sexy, não é? – Brinco, meu pijama era velho e surrado tudo que ele não me deixava era sexy.

— Você de toalha ganha, não vou negar. – E lá está seu sorriso malicioso, me fazendo esquecer todos os motivos que eu pontuei como caos.

— Deveria ter tomado banho mais cedo, aí eu poderia te ver de toalha na sua casa.

— Bom não seja por isso. – Ele tira as chaves do bolso e joga para mim. – Pode ir quando quiser.

Rio e coloco suas chaves na bancada.

— Assim não tem graça com você sabendo.

— Eu juro que sou bom em fingir surpresa. – Ele se aproxima de mim.

— Aposto que seja. – Eu me aproximo dele, quero toca-lo sentir seus cabelos úmidos, seu cheiro.

— No que está pensando? – Pergunta ele parando na minha frente, ele não me toca, e a expectativa por ser tocada a cada momento transforma o momento ainda mais excitante, mordo meus lábios, meus olhos estão nos seus lábios. – Bella? – Seu meio sorriso está bem ali, volto meus olhos para os seus.

— Não veio só trazer a bolsa, não é?

— Quer que eu vá embora? – Ele estende a mão e põe uma mecha dos meu cabelo atrás da minha orelha, meu corpo se arrepia.

— Me promete uma coisa? – Pergunto.

— Sim. – Ele responde rápido demais, que nem eu no carro mais cedo.

— O que acontecer aqui fica aqui?

 - E o que vai acontecer aqui? – Ele sorri maliciosamente.

Ele não vai dá o último passo, ele vai cumprir com o que disse, não ia me beijar sem que fosse uma atitude minha, e isso me irrita um pouco, ele está jogando, e eu estou pra perder. Porque no momento não quero pensar no que soma e tão pouco no que diminui, eu só quero sua boca na minha e é o que eu faço.

 Eu dou o passo que nos separa e coloco a mão em sua nuca. Ele fecha os olhos ao sentir meu toque, e me faz pensar que assim como eu, ele ansiava pelo meu toque, assim como eu ele pensou nessa sensação o dia todo, assim como eu ele pensou nesse momento. Ele envolve as mãos em volta da minha cintura fazendo meu corpo se arrepiar, e então finalmente faço o que mais queria fazer durante todo o dia, puxo-o para mim envolvendo meus lábios nos dele.

Nosso beijo é intenso e urgente, seus lábios tão macios acompanham os meus em um sincronismo perfeito, meu corpo se arrepia com o seu toque, me fazendo puxa-lo ainda mais para mim, agarro seus cabelos por trás da nuca quando ele me suspende envolvendo minhas pernas em volta do seu quadril, sem interromper nosso beijo.

 Quando me dou por mim já estamos no meu quarto, na minha cama, um tirando a roupa do outro, me fazendo revirar os olhos e morder os lábios, enquanto ele desliza seus lábios pelo meu corpo, em questão de minutos, estamos nus, enquanto ele rompe uma embalagem do preservativo, e logo me penetra, me fazendo gemer e arranhar suas costas em cada movimentos. Seus lábios passeiam pelo meu pescoço me fazendo me perder e me entregar aquela imensidão de sensações que eu queria sentir desde nosso primeiro beijo.

 Quando atingimos nosso clímax ele desaba sobre mim, enquanto tentamos controlar nossa respiração.

  - Bella? – Sua voz ofegante no meu ouvido faz meu corpo se arrepiar. – Acho que não consigo prometer. – Continua ele com a voz rouca. – O que aconteceu aqui, foi uma das melhores página em branco preenchida em anos na minha vida.

  Ele levanta a cabeça para me encarar, e sorri e não consigo não sorrir de volta e puxa-lo novamente para um beijo. Seja o que for que eu tenha feito na minha página em branco nas ultimas 48h, tudo que importa nesse momento é aproveitar, sem medo de errar e tão pouco se arrepender. Afinal, o que vale é viver o momento não é mesmo?


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Notas finais do capítulo

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