Entre nós dois escrita por dri


Capítulo 6
Capítulo 6 - Despertar


Notas iniciais do capítulo

Olá, mais um capítulo grande espero que gostem. E muito obrigada pelos comentários anteriores :)



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Sou a esposa de Edward, a voz de Tanya se repetia na minha cabeça meu estomago começou a girar, tudo começou a girar. Ela era esposa de Edward, ele ainda era casado, eu beijei um homem que é casado, minha cabeça volta pro segundo dia que conversei com Edward ele havia dito que a esposa havia tido um caso com um amigo, que estava recomeçando. Ele não disse que tinha se separado, ou será que disse? E mesmo que tivesse dito não muda o fato que eu havia beijado ele, mesmo que a esposa havia traído, ele ainda é o esposo dela. Passo a mão pelos meus cabelos com imensa agonia que meu estomago está me causando.

— Bella? – Ouço Alice me chamar. – Você está bem?

— Eu estou muito enjoada... desculpe eu preciso me deitar.

Vou direto pro meu quarto evitando o máximo olhar para a mulher loira que me encarava confusa da mesma forma que Alice, sento na cama e respiro fundo isso não pode estar acontecendo, porque será que ela está aqui? Porque não foi direto para a casa dele? Eu sinto minhas bochechas queimar eu me sinto envergonhada, por ter beijando-o, mais como eu poderia saber que ele ainda é casado? E a pergunta que não quer calar é, por que ele ainda continua casado com ela depois de tudo?

Não sei se é por causa da bebida, ou pelo meu estado de choque, mas começo a rir, e isso tudo não tenha a menor graça. Tomo um banho e passo o dia dormindo, em algum momento acordo com vozes na sala acho que ele estava aqui, cobri meus ouvidos com o travesseiro e me forcei a voltar a dormir, eu não quero entrar nesse drama todo. Acordei algumas horas depois com meu celular tocando. Me levanto de má vontade e atendo sem ver a identificação.

— Bella? – A voz que responde meu alô me pega de surpresa olho no identificador para ter certeza se estava certa, e sim era ela.

— Rachel. – Digo seu nome surpresa. – Faz tanto tempo... você está bem?

Rachel era gêmea de Rebecca e as duas são irmãs mais velhas de Jacob, quase não nos falamos pelo fato delas não morarem mais na reserva, elas sempre apareciam no fim do ano para passar o natal com o pai e Jacob e consequentemente comigo.

— Estou bem... poderíamos conversar? – Perguntou ela. – Soube que também está Seattle.

— Sim me mudei faz uma semana. – Comento sabendo que ela já sabe disso. – Onde seria?

— Vou sair com umas amigas em um bar novo, posso chegar mais cedo e conversamos um pouco.

Meu coração acelera em ouvir o bar novo, por favor que não seja o mesmo bar.

— Claro, onde? – Fecho meus olhos na esperança que o nome seja outro.

— The Pub, fica no centro... Conhece? Posso passar o endereço aí nos vemos umas sete? Prometo que serei rápida.

— Claro, sei onde fica. – Sei de muitas coisas sobre The Pub menos sobre o dono. – Até as sete.

— Até.

Olho no relógio faltam uma hora para sete, respiro fundo e visto um jeans e uma blusa qualquer e coloco meu velho e querido tênis. Vou pra cozinha comer alguma coisa olho na geladeira ainda bem que sobrou lasanha, deixo esquentando no micro-ondas enquanto volto no quarto para escovar meus cabelos. Quando volto Rose estava entrando em casa.

— Olá. – Digo a ela enquanto me sento na bancada com meu prato.

— Olá. – Responde ela olhando ao redor. – Saiu?

— Se for a Tanya só a vi de manhã.

— Tomara que tenha se mancado e voltado pra Denali. – Diz ela se sentando no sofá. – Edward saiu de si quando finalmente atendeu o telefone e veio aqui, ele perguntou por você quando eu abri a porta... foi estranho.

Estranho é você passar por cima de seus medos e beijar alguém e no mesmo segundo descobrir que ele ainda está casado.

— Estranho mesmo. – Respondo. – Ela foi ficar com ele... na casa dele?

— Acho que não, Emmett e eu saímos e Alice ficou pra controlar os ânimos com Jazz. – Ela suspira ligando a TV. – Estavam bem alterados.

— Entendo.

Rose se focou no programa que passava na tv, e eu me apressei pro meu encontro. Quando entrei no bar estava vazio ainda por conta do horário parecia que tinha acabado de abrir, fiquei feliz quando entrei e não vi Edward, perto da janela estava Rachel sentada me aguardando se levantou quando me aproximei e nos abraçamos. Sempre gostei das gêmeas ambas sempre foram receptivas comigo.

— Que bom que veio. – Disse ela enquanto nos sentamos. – Pedi uma cerveja para mim gostaria de algo?

— Não obrigada, na verdade tenho umas coisas para fazer... não posso me demorar. – Minto.

—  Não vou tomar seu tempo... Jacob me procurou ontem. – Diz ela. – Já sabia que vocês tinham terminado... Fiquei triste por isso. Não sabia que você estava aqui, enfim ele ficou sabendo sobre meu projeto novo no trabalho e conversou comigo sobre você.

“Jabob saiu para resolver umas coisas” lembro de Embry me falando na noite anterior, Rachel era jornalista em um jornal bem conhecido em Seattle seu pai tinha um álbum dedicado a todas as matérias feitas por ela, me surpreendo em saber que Jacob foi atrás dela para falar de mim, e falar bem de mim.

Ele não me queria em Seattle, não me queria longe dele... e mesmo assim me indicou ao tal projeto que visivelmente era um emprego... Jacob sempre me apoio na faculdade e me incentivava a escrever, para ele era como um hobbie, lembro que mencionei como gostaria de trabalhar em alguma editora, porém ele não levou a sério pelo simples fato de correr atrás desse sonho se implicaria em correr para fora de Forks.

— O salário não é muito alto – continuou ela. – Preciso de uma pessoa para me ajudar com algumas matérias sobre assuntos locais, ele disse que você escreve muito bem e caso esteja interessada poderia vir trabalhar comigo, nem sei se vai dar certo... é algo pequeno...

— Está me oferecendo um emprego? – Pergunto para ter certeza se estava pensando certo.

— É algo temporário, pelo menos até vermos como vai ser as primeiras publicações.

Sempre gostei de escrever, nunca me imaginei escrevendo em um jornal é algo que não consigo nem imaginar. Além de ser uma boa experiência enquanto não encontro algo na área que quero atuar poderia, ser algo bom que me agregaria conhecimento e ainda me ajudaria com um dinheiro entrando.

— Quando começo? – Pergunto animada.

Rachel sorriu com a minha resposta e me passou as coordenadas para seguir com o andamento da contratação, logo depois nos despedimos. Logo quando sai volto a pensar no fato de Jacob ter me indicado a ela. Quando chego em casa e conto para Rose ela não acha uma boa ideia o emprego, ela praticamente afirmou que Jacob não faria algo legal para mim depois de tudo que aconteceu quando ele veio atrás de mim. E talvez realmente não seja uma boa ideia eu ter aceito, porém eu preciso do emprego e é algo temporário até eu poder arrumar algo. No momento trabalhar com Rachel é melhor do que não trabalhar.

Alice não retornou para casa até a hora que voltei pro quarto, queria muito tentar descobrir algo mais sobre a esposa dele, saber para onde ela foi, me sinto agoniada em pensar que talvez ela tenha ido para a casa dele, mais como Rose falou é difícil que Edward a aceitaria em casa..., mas da mesma forma que é difícil que ele ainda esteja casado com ela, é realmente impossível de entender.

Queria muito poder ligar, falar com ele tentar entender o que aconteceu mais vejo que não é o momento, não queria ter que pedir o número dele para Alice ou para Rose, e uma pequena parte de mim tinha medo de descobrir as respostas dessa situação, e se ele ainda estiver casado por escolha? E se ele tiver disposto a perdoa-la? Pensar nisso me causa náusea. Tentei pensar em como seria meu primeiro dia no jornal, mas pensar nisso me faz ter medo de estar caindo em uma “armadilha” tenho medo que as intenções de Jacob não tenha sido das melhores, mais em todo caso quero acreditar que ele fez isso de coração.

“Jacob, conversei com Rachel hoje ela me contou sobre sua atitude de me indicar ao novo projeto do jornal, achei legal da sua parte, muito obrigada.”

Depois que enviei a mensagem não demorou muito para ele me enviar uma resposta.

“Sempre estarei aqui pro que você precisar, sabe disso. Sempre.”

Leio sua mensagem e não respondo, depois de um tempo acabo caindo no sono. Meu domingo foi regado de vários nada Rose e Alice não ficaram em casa tiveram que arrumar os detalhes de um desfile na agencia, então passei o dia lendo e comendo besteiras na cama.

No dia seguinte acordo com meu despertador, me levanto e me arrumo pro meu primeiro dia, quando saio do quarto Rose e Alice estão tomando café da manhã.

— Bom dia. – Diz Alice animada. – Fiz panquecas.

— Bom dia, que delícia. – Digo me servindo uma panqueca e me sentando, Rose conta como foi o domingo estressante na agência e quando termina conto para Alice sobre meu emprego.

— Talvez ele esteja tentando se redimir pelas coisas ruins que te disse. – Comentou Alice, Rose revirou os olhos. – Sim, Rose nem todo mundo vive com segundas intenções.

— Tomara. – Respondeu ela.

— Como não te vi ontem queria te perguntar Alice... deu tudo certo com a Tanya? – Pergunto casualmente.

— Edward estava péssimo. – Suspirou ela. – Acabei indo pro bar no fim da noite para fechar, ele não conseguiu trabalhar. Deu tudo certo, estava lotado graças a Deus, pena que ele não pode curtir isso.

— Tanya voltou pra Denali? – Agradeço mentalmente a pergunta de Rose.

— Está em algum hotel, queria ficar aqui, graças a Deus que o quarto já tem dona. – Alice volta pro seu ânimo anterior – Falando em hotel... Eu vou ficar dois dias fora. Peguei folga e vou ficar com Jazz já que ele também está de folga.

— Aproveite. – Digo colocando meu prato na lava louça. – Tenho que ir, não quero me atrasar.

— Bom primeiro dia. – Diz as duas em couro.

Tento expulsar da minha cabeça todos os pensamentos que envolvem Edward já basta ter pensado nele o domingo todo, o jornal ficava a dez minutos de carro, quando cheguei Rachel já me aguardava, me apresentou a Bree que também fazia parte do projeto. O trabalho consistia em escrever sobre pequenos comércios locais ou da região, uma forma de apresentar aos leitores lojas e serviços novos, que traria mais clientes aos comércios, essa semana seria a nova loja de artesanato que ficava no centro Bree já tinha feito maior parte do trabalho, já havia conversado com a dona e me passou toda as informações para que eu montasse o texto, hoje ela retornaria lá para tirar fotos da dona que queria a presença da mãe na foto.

O projeto era pequeno e ficávamos em uma pequena sala com uma mesa grande com três computadores Rachel mal ficava na sala o que era bom, era estranho conversar com ela, sempre que ela voltava dizia se lembrar de alguma história que aconteceu em algum jantar de fim de ano na casa do pai, ou mencionava alguma frase de Jacob. Me sinto um pouco desconfortável mais entendo afinal ele é a família dela, e eu praticamente me tornei oficialmente da família, deve ser normal ela falar sobre isso pelo menos eu acho.

Meu dia passa depressa Bree retornou cedo, como somos temporárias não tínhamos hora de almoço, tínhamos apenas uma pausa de 20 minutos saímos para tomar um café e conversamos sobre a loja de artesanato, quando retornamos mostrei meu texto para ela e a mesma gostou bastante. Rachel também gostou bastante e disse que iria ser publicado, o que me deixou bastante feliz e cheia de mim, nunca tive nada que escrevi publicado, sei que a parte de comercio locais ficará no fim do jornal e que hoje em dia quase não se compra mais jornais, não vai ser nada de destaque, mas é algo que me anima, afinal eu escrevi.

Chego em casa e ligo pro celular de Charlie e conto sobre meu dia, ele ainda estava na delegacia e se anima com a notícia, ao contrário de mim ele não vê nada de entranho na indicação de Jacob e me pediu que guardasse o jornal com a matéria para mostra-lo quando fosse visita-lo. Conversamos mais um pouco, e quando desligo vou arrumar meu quarto e vou pro computador na escrivaninha dou uma olhada nos anúncios de emprego em editoras e como na semana anterior não havia vagas abertas.

Tento não me abalar com isso e me focar que bem ou mal eu estou trabalhando, volto a pensar em Edward evitei pensar nele o dia todo mais sinto falta dele, e me sinto curiosa em saber dele o que está acontecendo, lembro de nosso beijo e logo lembro que é errado pensar nele. Saio do banho e quase tenho um infarto quando vejo ele sentado na minha cama me olhando, minha mão vai ao peito segurando a toalha com força enquanto tento recuperar o folego, mesmo assustada sinto um imenso alivio de finalmente vê-lo de novo, ele abriu um sorriso com a minha reação.

— Desculpe, não queria assustar você. – Diz ele.

— Não me assustaria se tocasse a campainha, se espera-se na sala, ou se bate-se na porta antes de entrar... são tantas possibilidades. – Tento o máximo não retribuir o sorriso, tento o máximo não mostrar que fora o susto, eu estava feliz em vê-lo.

— Rose poderia chegar. – Explica ele. – E eu bati antes de entrar mais como você não respondeu eu entrei.

— O que faz aqui?

— Precisava te ver. – Diz ele em voz baixa. – Deve está me achando um canalha ou algo pior...

 Os olhos dele não se desvia de mim por nenhum segundo, eu não o achava um canalha, mais não mudava muitos fatos.

— Deveria ter me dito que ainda era casado.

— Eu ainda sou no papel, por enquanto. – Ele suspira. – Poderia se vestir? É difícil conversar com você de toalha.

 Depois que me dou conta que estou enrolada na tolha, vou até o armário pego meu pijama e volto pro banheiro, quando termino me olho no espelho e penso onde estava na cabeça quando peguei esse pijama estava bem velho, não que minha aparência importava no momento afinal ele é casado. Prendi meus cabelos ainda úmidos em um coque bagunçado e voltei pro quarto. Ele me olhou por um instante e sorrio dando uma palmadinha na cama para que eu me senta-se o que é ridículo afinal o quarto é meu.

— Agora pode prosseguir. – Digo me sentando.

— Eu não me separei legalmente. – Diz ele. – Quando descobri do caso, só tratei de me desfazer minha parceria e pegar minha parte e sair fora de lá. Depois que cheguei aqui corri atrás de advogado para da entrada na papelada, mas aí eu me enrolei com a compra do bar, teve a mudança de apartamento, toda a burocracia com a documentação do bar. Mal tive tempo em me focar com o divórcio que está parado porque ela não quer assinar.

— Porque ela está dificultando?

— Está aí uma coisa que queria saber. – Diz ele por fim. – Eu queria ter falado com você antes, mas não pude vir, só não quero que pense mal por mim ainda, mais depois do beijo.

— Foi só um beijo... – Digo depressa. – A gente tinha bebido, não significou nada. - Minto.

— Não estávamos bêbados. – Confirmou ele.

— Mais você está casado.

Ficamos um momento em silencio, pude ver em seus olhos o quanto esse assunto o incomodava.

— Eu arrumei um emprego. – Digo mudando de assunto. – Agora trabalho no jornal local, escrevo matérias de pequenos negócios.

— Jornalista senhorita Swan? – Diz ele sorrindo. – Eu disse que arrumaria um emprego logo.

— É meio período enquanto não arrumo outra coisa.

— Vai escrever sobre o que? Preciso saber pra ir direto a página quando começar a comprar jornal. – Diz ele casualmente.

— Sério? – Sinto minhas bochechas aquecerem. – Leria de verdade?

— Lógico, estou ansioso para ver.

Fico feliz em ouvir isso, e antes que me dou conta digo a ele tudo sobre meu dia, menos a parte que Rachel é irmã de Jacob e que ela falou dele quase meu horário inteiro, não quero que mais uma pessoa diga que tenha algo aí. Edward me escuta com atenção como se o que eu falasse fosse muito incrível para ele, seus olhos sorriam para mim como seus lábios, e ter essa troca de conversa com ele me aquece por dentro.

— Você ama escrever. – Conclui ele sorrindo. – Tenho certeza que veremos muitas coisas escritas por você em breve.

— Não deveria estar no The Pub? – Digo mudando de assunto.

— Passei mais cedo lá, está tudo bem. Emmett está lá hoje cuidando das coisas.

— Fico feliz por você. – Os olhos dele tem um tom de verde azulado quando está em pouca luz, é lindo de ver – Como conseguiu entrar aqui? – Pergunto desviando o olhar.

— Pela escada de incêndio.

— Escalou a escada de incêndio? – Digo chocada.

— O que eu não faria para te ver. – Diz ele sorrindo se deitando e se espreguiçando. – Estou todo quebrado, é degraus demais até aqui em cima.

— Está mentindo. – Digo rindo.

— Como assim? Eu subi a escada. – Ele me olha nos olhos sérios mais logo começa a rir. – Tenho a chave reserva em casa, pra caso uma emergência.

— Não tinha nenhuma emergência. – Digo me deitando ao lado dele.

— Claro que tinha, te ver é sempre algo urgente para mim.

— Não deveria dizer essas coisas...

Ele se vira para mim de mim, suas mãos deslizam pelos meus braços até minha nuca fazendo com que meu corpo todo se arrepie, seus olhos estão fixos nos meus, ele aproxima o rosto para junto do meu. Sinto seu cheiro, meus olhos se desprendem dos seus e se fixam em seus lábios que se aproxima ainda mais me fazendo fechar os olhos para enfim voltar a sentir seus lábios, mas ele não me beija ao invés disso beija o canto da minha boca. Abro meus olhos e vejo seus olhos em mim, e seu sorriso torto estava estampado nos seus lábios.

— Uma pena aquele beijo não ter significado nada. – Diz ele em voz baixa.

— Você é casado. – Minha voz sai como um sussurro como uma forma de lembrar a mim mesma dessa informação.

— Não estou mais casado, só um papel me prende. – Ele desliza os lábios pelo meu pescoço, mordo meus lábios ele só pode estar de brincadeira, não é justo não podemos ficar juntos. – E em breve tudo estará assinado. – Diz ele em meu ouvido.

— Essa é a desculpa que todos os casados dão e você sabe.

Ele volta seus olhos para os meus, e dessa vez não havia malicia mais sim tristeza.

— Acha mesmo que eu faria isso?

— Não. – Ele quase sorri quando respondo sem ao menos pensar. – Não podemos nos envolver... não agora. Você tem seus problemas e eu sai de um noivado. Isso não daria certo.

Ele não diz nada apenas se levanta, e eu faço o mesmo não posso ver seus olhos mais sei que estão tristes porque eu sei que os meus estão.

— Eu tenho que voltar pro bar. – Diz ele indo em direção a porta.

— Edward... – Tento dizer algo, mas eu não sei o que dizer. Eu queria beija-lo, queria esquecer todo o seu passado, esquecer o meu passado, e me unir a ele no momento presente, porém sei que não posso fazer isso.

— Sinceridade pura? – Diz ele voltando seu olhar para mim. – Tenho quase certeza que aquele beijo significou muita coisa e não só pra mim.

— E o que significou pra você? – Pergunto.

Invés de responder ele simplesmente volta para perto de mim e coloca suas mãos em minha nuca, meu corpo todo se arrepia e meus olhos automaticamente se fecha seus lábios toca ao meus, e não tem como não me entregar. É como se cada parte do meu corpo aguardasse por aquilo o dia todo, sua língua é delicada com a minha, suas mãos descem deslizando pela lateral do meu corpo até minha cintura, enquanto minhas mãos se envolvem em seu pescoço, seu cheiro, seu toque, sua boca na minha é uma explosão de sentimentos e desejo ao mesmo tempo, aos poucos nosso beijo parou de ser gentil e começou a ser cada vez mais intenso e por fim ele se separou de mim, nossa respiração esta ofegante quando abro meus olhos, ele está me olhando com um sorriso torto no rosto.

— O mesmo que significa pra você, e mal vejo a hora de você admitir. – Diz ele.

Ele volta os lábios nos meus e me dá um selinho junto com um aperto na cintura e sai pela porta, meu coração está acelerado, meu corpo implorando por ele, meu cérebro gritando o quanto toda essa sensação é errada. E Eu entendo o que ele quer dizer, o beijo para mim significa um despertar para algo novo, algo que nem eu e nem ele esperava acontecer, algo entre nós dois. Pode ser só atração e desejo, mas é algo que eu nunca senti na vida antes, não nessa intensidade. É como uma droga eu sei que não posso, mas ao mesmo tempo é tudo o que eu quero.


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram? Espero que sim, não deixe de comentar o que está achando da história. Um beijo e até breve :)



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