Entre nós dois escrita por dri


Capítulo 14
Capítulo 13 - Pesadelos


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, morrendo de vergonha de aparecer depois de meses. Peço imensas desculpas pelo sumiço, minha vida anda uma correria só e acabei não tendo tempo para me dedicar a história.

E muito obrigada pelos comentários, vocês não tem ideia do quanto eu amo ver a opinião de vocês.

Sem mais delongas, espero de coração que não desistam de mim e que gostem do capítulo.



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POV BELLA

Não sei quantas horas faz que voltei de Seattle, tive que parar em três postos para abastecer minha picape, que cada dia me faz pensar que está na hora de aposenta-la de viagens longas. Quando cheguei ainda tive que fugir de todas as perguntas preocupadas do meu pai, é melhor fugir das perguntas do que ter que mentir para ele.

Sei que devia contar sobre o pai do meu bebê, mas contar a ele se implicaria a contar minha história com Edward, história pela qual eu resolvi fugir pois ele estava passando por um divórcio. E isso me levaria a contar sobre nossa ligação que começou quando eu estava saindo de um noivado e ele saindo de um casamento.

Eu só queria dormir, mais o som da chuva lá fora não me ajuda a dormir, minha cabeça que revive cada segundo da conversa frustrada que tive com Edward também não me ajuda a relaxar. Só me apavora ainda mais.

Já perdi as contas quantas vezes olhei meu celular na esperança de não ter ouvido seu alerta de uma nova mensagem, ou o som de uma chamada, já perdi as contas de quantas vezes eu andei de um lado por outro nesse quarto, ou me revirei na cama com a esperança de dormir, ou me apegar a qualquer coisa que não seja o pânico.

Como ele pode ser tão idiota? O que custava dizer alguma coisa? Qualquer coisa, que não fosse aquela metáfora idiota de fones de ouvido. Mordo meus lábios de raiva.

Será que ele tem dúvidas? Será que ele acredita em mim? Será que não acreditou ou será que ele só não quer participar?

É agoniante ter um milhão de perguntas sem nenhuma resposta, o dia começou a clarear e minha irritação só aumentou. Vou até a cadeira da minha escrivaninha e pego minha toalha de banho e saio do quarto rumo ao banheiro.

Um banho de banheira deve me acalmar, alguma coisa tem que me acalmar.

Estou lutando contra a raiva, lutando contra as lagrimas que insistem em sair sem parar, ele está ali parado na minha frente me encarando com uma cara que eu não conhecia, com um olhar de desprezo cheio de julgamentos.

— Quem me garante que é meu? – Não me lembro quantas vezes ele já me perguntou isso, mas sei que essa não é a primeira, nem a segunda e tão pouco a terceira.

— Quem você quer tentar enganar? – Berra ele para mim.

Eu quero ir embora, mais porque eu não consigo me mexer? Ele anda até na minha direção e segura meus braços com força, tento me afastar, e não consigo.

— Ela estava certa, você não passa de uma amante. Tanya sempre esteve certa sobre quem você é, uma amante.

Ele berra para mim e aperta meus braços cada vez mais forte, a ponto da minha pele queimar. O Edward que eu conheci nunca me trataria assim... Ou trataria?

Afinal o que eu sei dele? O que sabíamos um do outro. Cada vez que seus dedos apertam mais meu braço sinto o ar fugindo de mim, tudo está ficando escuro, tudo está sumindo, até não restar mais nada.

Desperto assustada com batidas, demoro um pouco para similar aonde estou. A parede a minha frente me faz respirar aliviada, estou na banheira do pequeno banheiro da casa do meu pai, estou em casa. A água que estava quente quando entrei agora está fria chega até me incomodar.

— Bella? – Mais duas batidas na porta. – Você está ouvindo?

 As batidas era meu pai batendo na porta.

— Desculpe, cochilei na banheira. Já estou saindo. – Respondo de volta.

Um pesadelo, foi só um pesadelo estupido e idiota. Passo a mão pelo meu rosto, um banho devia me ajudar a relaxar, mais invés disso me fez mergulhar em pesadelos.

— Tem uns amigos seu lá em baixo. – A voz do meu pai está mais baixa agora do outro lado da porta. – Nunca vi essas pessoas aqui em Forks, e quem visita alguém tão cedo? Falaram que são de Seattle.

Meu coração se acelera. Saio da banheira e me enrolo na toalha.

— Já estou descendo.

Escuto os passos do meu pai se afastar da porta e descer as escadas. Saio as pressas do banheiro e vou para o meu quarto. Amigos de Seattle, a única pessoa que sabe que eu estive em Seattle foi ele, provavelmente contou para Alice. Logicamente. Não sei se sinto raiva ou felicidade em saber que Alice sabe, que Alice possa estar aqui.

Ao mesmo tempo meu estomago se revira e se Alice também duvidar de mim?

Visto as primeiras roupas que encontro na minha mala no chão, nem olho meu rosto ou meu cabelo só saio do quarto e desço as pressas para o andar de baixo.

Quando chego na sala, vejo meu pai sentado em sua poltrona com uma caneca de café, a sua frente está Alice sentada no sofá e ao seu lado está Edward... Edward está aqui.

 Meu coração se acelera. Mais um pesadelo? Belisco minha mão, como se isso fosse me fazer despertar novamente, mais dessa vez ao contrario do pesadelo, nada acontece não há uma escuridão que me traga para a realidade. Afinal essa é a realidade.

Edward está aqui, ele veio até aqui.

Mais como ele me encontrou aqui? Como eles me encontraram aqui? Alice tinha meu endereço? Não me lembro, porque não consigo me lembrar sobre isso? 

— Bella, você está bem? – Meu pai se levanta da sua poltrona com um olhar confuso, ao mesmo tempo Alice e Edward notam minha presença e logo estão de pé me encarando. Meus olhos estão fixos nos dele, ao contrário do meu pesadelo não tem desprezo, está do mesmo que jeito que a noite anterior, só parece ainda mais cansado, seus olhos estão com uma cor escura ao redor, o que mostra que ele não dormiu. Assim como eu.

— Bella? – A voz doce de Alice me faz desviar meu olhar dele, ela vem até a mim e me abraça, seu abraço me faz sentir que ao contrário da minha dúvida ela sabe de tudo que aconteceu no apartamento dele. Sabe que estou gravida, sinto que ela sabe e também sinto que ela acredita em mim. – Senti tanta sua falta.

— Também senti a sua. – Digo em um sussurro, retribuindo seu abraço.

Alice me aperta por um instante e logo se afasta de mim e se vira para o meu pai.

— Charlie, acho que agora eu adoraria um café.

— Você acabou de dizer que já havia tomado.

— Quis dizer que adoraria te fazer um café. – Corrige ela. – Aposto que esse não deva ser de hoje.

Meu pai fica sem reação, o café da cafeteira sempre dura dois dias, ele me olha confuso e olha para Edward e de volta para mim. Sei que ele está confuso e sei que vai querer uma explicação completa.

— Está tudo bem pai, Alice faz um ótimo café. – Digo.

— Claro que faço, Bella amava tomar café da manhã quando eu fazia. – Ela puxa meu pai pelo braço pra cozinha fechando a porta assim que passam por ela, sei que ela está fazendo isso para nós dois ter privacidade.

Não estou olhando para ele mais sei que ele está me olhando, meus olhos estão grudados na porta que da cesso a cozinha que Alice acabou de fechar. Sinto meu coração acelerado, fecho os olhos por um instante antes de respirar fundo e olha-lo. É hora de finalmente conversarmos.

— Como me encontrou aqui? – Minha voz saiu firme e sou grata a mim mesma por isso.

— Alice tinha salvo suas informações quando você alugou o quarto. Chegamos a um tempo, mais esperamos amanhecer...

Faz sentido, nem me lembrava disso. Mas lembro que passei meus dados a ela, se faz um tempo quer dizer que vieram de madrugada para Forks.

— Bella... eu nem sei por onde começar. – Diz ele respirando fundo.

Não digo nada, tenho medo que minha voz me denuncie. Tenho medo que minha voz mostre o quanto estou com medo do que estou prestes a ouvir.

Seja forte, respira. Não fomos atrás dele porque precisávamos dele, mais sim para contar o que é direito dele saber. Se ele acreditar ou não, se quiser participar ou não. Não vai mudar nada. Digo a mim mesma.

No fundo sei que independente da decisão dele tudo pode mudar a qualquer momento.

— Eu não sabia como reagir ontem. – Continua ele quando percebe que não vou dizer nada. – Foi uma bomba nos meus braços, e você foi embora.

— Fui embora porque você está sendo um babaca.

— Eu estava com medo e confuso.

— Todos nós estamos Edward. – Respiro fundo novamente. Não chore. Digo a mim mesma.

— Eu sei. E... eu nem sei por onde me desculpar, eu tentei ir atrás de você. Mais você já tinha ido, e eu não sabia o que fazer... pensei que você tivesse ido ver Alice, mais não estava no bar.

— Eu deixei um telefone, e você não ligou.

— Eu não queria e nem podia te ligar, como eu poderia... – Dessa vez ele que fecha os olhos e respira fundo por uns minutos, e nesse momento vejo que ele está cansado. Vulnerável, é como se ele quisesse se abrir mais não conseguisse. – Eu não podia ter deixado você ir embora. – Ele volta a me encarar. – Eu não podia ter envolvido você nisso tudo. Envolver vocês nisso tudo...

— Vamos ter um filho Edward. – É inútil, as lagrimas já estão escorrendo pelo meu rosto. – E você está sendo tão confuso, eu não sei o que você quer dizer. Se você quiser cair fora tudo bem... não precisava vir até aqui pra dizer isso. Era só não ter ligado.

Ele anda até a mim e dessa vez não excita ao se aproximar de mim e estender a mão até minha barriga, fecho meus olhos ao sentir seu toque, ao contrário do pesadelo sua aproximação não me traz medo, mais sim alivio.

— Cair fora? – Diz ele em um sussurro. –  Você só pode está doida se achou por algum minuto eu não ia querer fazer parte, é o meu filho também. Eu só... – Ele tem algo a me dizer, sei que tem mais por algum motivo ele aparenta está relutante em falar, ou de encontrar as palavras para isso. - Só queria que vocês não fizessem parte das merdas que me rodeiam.

— Ainda está sendo confuso. – Minha voz também sai como um sussurro.

— Volta comigo para Seattle? – Meus olhos se abrem, e seus olhos verdes estão nos meus. Nesse momento minha teoria que ele está lutando para me dizer algo é confirmada, posso ver isso em seus olhos, vejo também a sinceridade em suas palavras. – Me deixa fazer parte do seu medo e dessa confusão toda... Vamos passar por isso juntos Bella.

Antes que eu possa raciocinar tudo que está acontecendo, escuto a porta de acesso a cozinha se abrir e automaticamente me afasto dele, ele me olha confuso ao ver me afastando de seu toque em minha barriga. Meu pai nos encara com uma caneca de café nas mãos.

— Vocês não vão tomar café? – Pergunta ele desconfiado encarando Edward, depois seus olhos voltam para mim.

— Não, obrigado senhor. – Diz Edward, desviando seus olhos de mim para Charlie.

— E então, são amigos né? – Pergunta meu pai desconfiado.

— Na verdade senhor, eu sou...

— O irmão da Alice. – Digo interrompendo-o.

Sinto que Edward me olha, meu olhar estão fixos no meu pai.

— Bella, eu acho que...

— Que vocês têm que ir. Sinto muito. – Digo olhando pra ele me afastando. – Mas vocês precisam ir embora.

— O que ia dizer rapaz? – Pergunta meu pai me ignorando.

Edward me encara, meu olhar vai dele pro meu pai que o encara. Alice agora está do lado do meu pai. Não sei se de repente a casa toda estava quente ou sou eu que estou prestes a surtar.

Sei que Edward quer dizer que é o pai do meu bebê para o meu pai, mas não quero contar isso agora. E se não for real e se que ele quiser da o fora quando o dia amanhecer? E como contar essa história toda?

Sei que mais cedo ou mais tarde vou ter que contar, mais não hoje. Eu não tive tempo nem de pensar em tudo que está acontecendo nesse instante.

A campainha toca dando um sobressalto em todos naquela sala, não penso duas vezes ao andar até a porta para abri-la e me arrependo com a mesma velocidade de tempo que abri. Antes que eu possa fechar a porta novamente Jacob simplesmente entra na minha casa.

— Quase nem acreditei quando soube que você estava na cidade... – Diz ele passando por mim ignorando minha tentativa inútil de barra-lo. – Que porra ele está fazendo aqui?

— Olha a boca na minha casa Black. – Corrige meu pai. – Conhece os amigos da Bella?

— Não sou só amigo da Bella. – Corrige Edward, sem tirar os olhos de Jacob. – Sou o pai do bebê que ela está carregando.

— O que foi que você disse? – Berra Jacob indo em direção ao Edward.

— Sou o pai do bebê que ela está carregando Sr. Swan. – Repete Edward a confirmação para o meu pai sem tirar os olhos de Jacob.

Jacob para no meio do caminho como se tivesse sido atingido por algo, ele me olha e sua voz sai com todos os julgamentos que eu temia, com um olhar de desprezo e raiva.

— Você está gravida? gravida dele? — Berra Jacob.

E de repente a minha realidade se tornou um pesadelo maior do que tive enquanto dormia.


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Notas finais do capítulo

E é isso gente, o que acharam?

Será que Edward vai deixar em segredo tudo que descobriu de Tanya?

Espero que tenham gostado e não deixe de comentar.

Até breve, beijos.



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