Entre nós dois escrita por dri


Capítulo 11
Capítulo 11 - Retorno


Notas iniciais do capítulo

Nome do capítulo dedicado a um retorno para essa história que eu tanto quero ser mais ativa, muito obrigada a todos os comentários e toda as novas visualizações diária. Espero de coração que gostem desse capítulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/799898/chapter/11

                POV EDWARD

Quando ouvia dizer que se divorciar era bem mais difícil que se casar eu dava risada, afinal quem é que casa pensando que tudo vai ser arruinar uma hora?

Eu não pensava assim, foi do dia para a noite que Tanya e eu resolvemos nos casar, uma loucura que fazia sentido naquele momento. Eu não me lembro exatamente onde tudo começou a ruir mais sei que não foi do dia pra noite, eu passava horas me dedicando ao meu negócio com James, eu nunca podia contar com o mesmo entusiasmo da parte dele, mais não dava importância afinal eu tinha uma casa, e uma esposa tinha bem mais motivos que ele para fazer que tudo desse certo.

Tanya queria um filho, ela queria uma criança para alegrar a casa, como ela sempre dizia. Porém, nosso casamento não andava tão bem para trazermos uma criança ao mundo, principalmente ao nosso mundo. Eu vivia estressado com os problemas de fazer o negócio progredir, e Tanya estava estressada por eu estar estressado e trabalhando até mais tarde, cheguei a sugerir que ela procura-se um hobbies ou que voltasse para a faculdade de enfermagem que ela fazia quando nos mudamos para Denalli, mas dizer isso a ela fez com que ela se irritasse ainda mais.

— Um hobbie ou a faculdade não é um filho Edward. – Berra ela se levantado da cama com o lençol enrolado no corpo. – Parece que não quer ser pai.

— Tanya eu ia amar ter um filho, porém esse não é um momento para isso.

— Quando vai ser o momento? Quando aquela empresa idiota vai parar de ser prioridade? – Ela entrou no banheiro batendo a porta.

— Como vamos nos sustentar e sustentar uma criança sem quela empresa idiota? – Berrei para ela.

Lembro que desde esse dia, foi tudo se ruindo mais rápido Tanya ficou cada vez mais distante, nós ficamos cada vez mais distante um do outro, ela começo a sair à noite para beber com as irmãs ou com amigas, eu voltava cada vez mais tarde da empresa, James começo a ficar cada vez mais ausente do trabalho durante o dia, ou saindo mais cedo no meio da tarde. Hoje lembrando de tudo isso, penso que deve ter sido mais ou menos nessa época que os dois deveriam ter começado a se envolver. Mas estava cego demais para ver, e também como eu poderia esperar que ela que mal conversava com James, ou James que dizia ser meu amigo faria aquela merda comigo?

Quando finalmente saiu a papelada do divórcio pensei que estaria livre de vez dela, afinal fiz tudo que ela queria, até abri mão da metade do bar que seria dela também mais com um acordo de que não poderia vender a parte dela para ninguém de fora, afinal a exigência dela no bar me fez lembrar de tudo que Bella tentou me alertar, mais naquele momento estava puto demais para acreditar, cego como sempre. Afinal tinha coisas que não fazia sentido ela saber de coisas que eu não havia contado a ela, mas ela estava certa e graça a ela coloquei essa condição.

Sinto falta dela todos os dias, o mais engraçado que passamos tão pouco tempo juntos mais foi tempo suficiente para sentir falta da presença dela, do sorriso, do jeito que ela está sempre prendendo a mecha de cabelo de trás da orelha.

— Edward... – A voz de Alice me faz voltar para o que estava fazendo. Coloco a última bebida na prateleira antes de me virar para ela. – Pensei que estava dormindo em pé. – Diz ela se sentando.

— Estou só cansado Alice não sonambulo.

— Sua incrível ex-esposa está brincando de empresária hoje?

Rio da pergunta dela, Tanya vem no bar quase toda noite antes de abrimos finge interesse em algumas coisas e depois vai embora, não conversamos muito, porém pude ouvir ela no telefone está em busca de um apartamento em Seattle o que quer dizer que essas visitas chatas dela vai continuar acontecendo.           

— Hoje ainda não. – Passo a mão na minha nuca, estou exausto o bar está sempre bem movimentado o que é uma maravilha, mais isso anda poupando meu tempo de sono.

— Sua aparência está horrível. – Diz ela enquanto meche no celular. – Está na previsão que teremos chuva hoje. O bar não deve lotar tanto, deveria deixar que eu e Emmett cuidamos daqui por hoje, e você poderia dormir.

— Emmett disse que viria mais tarde.

— E eu estou aqui. – Ela revira os olhos.

Sei que Alice cuidaria muito bem do bar na minha ausência mais sei que se Tanya resolver aparecer, elas vão trocar farpas e não estou afim de mais problemas.

— E se Tanya aparecer vou ficar na minha. – Diz ela como prevê-se o que eu estava pensando.

— Os funcionários vão começar chegar daqui a pouco.

— Mais um motivo para não se preocupar.

Alice me encara com um meio sorriso, e eu me dou como vencido. Estou exausto vai ser bom dormir um pouco.

— Promete me ligar se acontecer qual quer coisa fora do comum?

— Sim senhor chefe. – Ela bate continência sorrindo. – Edward... relaxe eu tanto Emmett ficamos tanto aqui cuidando de tudo, não é hoje que tudo vai sair de controle.

— Vou confiar.    

Ela bate palma e guarda o celular na bolsa, e dá a volta no balcão e me empurra para fora de lá.

— Vai descansar que eu termino de abastecer as estantes.

Puxo minha irmã para mim e beijo o topo da cabeça dela.

— Obrigado.

— Vou querer receber por isso. – Diz ela rindo me afastando para fora de novo.

Volto pra casa andando, e a previsão de Alice estava certa ia cair uma chuva em breve o céu estava cheio de nuvens carregadas, quando chego no prédio começou a cair uma garoa que estava ficando forte a cada instante.

Entro em casa e vou direto para o banho, quando saio do banho visto uma calça jeans preta e uma camiseta branca, caso tenha que voltar para o bar. Olho pela janela e a chuva está cada vez mais forte.

Pego o telefone e vou até a geladeira e olho os imãs de propaganda de comida e sorrio ao ver de uma pizzaria, a mesma pizzaria que Bella e eu comemos pizza. Pepperoni, a última vez que comi pizza foi com ela parando pra pensar.

Disco o número da pizzaria peço uma pizza de pepperoni, assim que desligo o telefone me jogo no sofá e faço o que faço todas as noites, fecho os olhos e rebobino minha lembrança preferida com Bella nossa viagem a Alki Beach.

POV BELLA         

Entro pela portaria encharcada pela chuva, tiro capuz da minha cabeça tem um entregador de pizza conversando com o porteiro, os dois se viram pra mim quando escutam a porta se fechar atrás de mim, do um meio sorriso e caminho até eles.

— Olá. – Digo. – Sabe me dizer se Edward está em casa?

— Cullen? – Pergunta o entregador, confirmo com a cabeça e o mesmo estende a caixa de pizza para mim. – São 32 dólares.

— Senhor, não pode deixar a pizza aqui. – Diz o porteiro.

— Meu amigo eu tenho mais entregas a fazer, não posso ficar esperando o cara atender o interfone. – Reclama ele.

Merda ele está em casa. Reviro meus bolsos, e fico feliz de não ter deixado o dinheiro na picape, tiro uma nota de cinquenta e entrego para o entregador.

— Eu levo pra ele digo pro porteiro. – O entregador me passa o troco e a pizza, sorrio ao sentir o cheiro de pepperoni, ele ainda gosta desse sabor porque se lembra de mim?

— Tanto faz. – Diz o entregador saindo porta a fora. – Bom apetite.

— E você quem é? – Pergunta o porteiro.

— Amiga do Edward, ele está me esperando vamos comer pizza. – Levanto a pizza tentando ser convincente na mentira. – Não deixo avisado que eu vinha?

— Não. – Diz ele respirando fundo. – Enfim pode subir, diga que eu pedi pra ele ver se o interfone está com problemas, liguei diversas vezes e ninguém atendeu.

— Pode deixar.

Vou para o elevador, feliz pelo porteiro não ter tentado avisar é melhor ele não saber que estou subindo, ou talvez ele já deva ter saído o que seria melhor ainda. Ou pior porque teria que vir um outro dia.

É engraçado como me lembro de tudo como se fosse ontem, o corredor até o apartamento dele continua o mesmo até porque não teria motivos para estar mudado não é mesmo?

Caminho até a porta do apartamento e toco a campainha, ninguém atende, toco duas e nada, três, quatro, cinco e nada encosto a cabeça na porta pra tentar escutar algum movimento enquanto toco pela sexta vez, é quando a porta abre de vez me fazendo tropeçar pra dentro com a caixa da pizza que vai direto para seu estomago, meu coração se acelera com o susto junto com o borbulhar do meu rosto ao ouvi-lo.

— Mais que merda é ess... – Antes que ele termine a frase eu levanto a cabeça e o vejo, seus olhos verdes estão ali, mais bonitos que antes, seu rosto está com olheiras como se tivesse dias sem dormir, seus cabelos visivelmente estão úmidos e bagunçado. Me afasto dele, e todos os meus pensamentos sobre ele está com raiva de mim, se evaporam quando o vejo sorrir. – Bella. – Sorrio de volta enquanto meu estomago se revira de nervoso, seus olhos vão para a caixa de pizza nas minhas mãos. – Está entregando pizzas?

— Não, o entregador deve estar te odiando... Está paga, então vim te presentear com mais uma pizza.

— Espera eu já te paguei uma. – Ele abre espaço para que eu entre, como se ele abrir a porta do nada já não me tivesse feito eu andar dois passos pra dentro. E é o que eu faço o apartamento não está como eu me lembrava. Está uma zona roupas espalhadas por todos os cantos, garrafas de cerveja vazia por todos os lados, um típico apartamento de solteiro. – Não repare a bagunça.

— Como se fosse possível não reparar. – Brinco.

— Muito engraçado. – Diz ele passando por mim e pegando a pizza. – Você está ensopada, me dá seu casaco coloco na secadora.

Meu coração acelera ainda mais com a ideia de ficar sem o casaco, estou com uma blusa folgada por baixo, minha barriga também não está tão grande, ele não vai notar. Querendo ou não vai ficar sabendo em breve. Tiro meu casaco, e as chaves e coloco no pequeno espaço vazio na mesinha de centro e o entrego, Edward vai pra pequena máquina de lavar e secar na cozinha e coloca o casaco dentro e a liga.

— Agora tenho uma lava e seca. – Diz ele com um riso um pouco nervoso.

Me sento no sofá, e logo ele está de volta com duas cervejas me oferecendo uma e se sentando ao meu lado.

— Nem acredito que está aqui. – Comenta ele. – Sei que a última vez que nos vimos foi uma merda, e eu lhe...

— Não vim fala do passado. – Digo colocando a minha garrafa de cerveja na mesinha, como queria um gole, mais não posso.

— Não tivemos um bom final... – Isso me faz rir, ele me olha confuso, aquilo não foi nem um pouco um final foi começo de tudo e nem ao menos sabíamos disso. – Qual foi a graça? – Ele continua me olhando confuso e da um gole em sua cerveja esperando minha resposta, apenas paro de rir e confirmo com a cabeça lhe dando sinal de continuar. – Você tinha razão sobre tudo que disse, eu fui um babaca e se não fosse por você...

— Você teve suas razões pra desconfiar. – Afinal não fazia sentido eu saber de tudo, ele deveria ter me ouvido mais faria mesmo diferença? – Eu não voltei pra falar de nós...não exatamente.

— Veio aqui só porque Alice não estava em casa? – Pergunta ele, posso ver seu desapontamento na sua voz, mais não consigo olha-lo não agora que estou prestes a vomitar de tanta ansiedade. – Ela está no bar pra mim essa noite. – Continua ele. – Ela vai adorar te ver se quiser ir encontra-la podemos ir lá...

Eu estou gravida.

Eu estou gravida.

E o filho é seu caso se pergunte. Afinal é obvio, já que estou aqui, só pra falar isso já é afirmativo que é seu, afinal se não fosse porque eu teria vindo?

Minha cabeça diz o que devo dizer mais minha boa não se abre, meus olhos vão até ele e logo desvia, ele ainda está falando mais não consigo ouvi-lo. Sua mão toca meu ombro e eu abro a boca mais invés de sair qualquer coisa, sai apenas um longo arfar de ar como se eu estivesse sem ar, será que estou? Porque eu não consigo respirar? Estou suando, desde quando aqui fico tão quente?

— Bella? – sinto ele me sacudir de leve. – Você tá legal?

— Está quente aqui. – Digo um pouco ofegante o ar está de volta, enquanto me abano com a mão. – Tá parecendo uma sauna aqui.

— Tá uns 12 graus hoje, vou diminuir o aquecedor.

Ele some da sala por uns instantes, e é o tempo suficiente de eu me mover e ir direto pro banheiro fechando a porta atrás de mim, ligo a torneira e molho as mãos, braços, testa, lavo o rosto duas vezes.

— Bella está tudo bem? – Escuto ele através da porta.

— Não consigo. – E pelo tom da minha voz percebo que estou chorando. Mais que merda. – Eu não consigo, eu achei que conseguiria.

— Conseguir o que? – Pergunta ele. – Peguei água pra você, diminui o aquecedor... Quer que eu ligue para Alice.

— Alice?

— Sim... caso não esteja à vontade comigo... eu não sei o que está acontecendo. – Sua voz mostra sua preocupação.

— Eu não estou com medo de você. – Mais que merda de conclusão é essa? Eu pareço assustada? – Ai meu Deus.

— O que foi? – Ele tenta abrir a porta, mas está trancada. Desligo a torneira e me sento no chão com a toalha de secar as mãos no rosto.

— Eu não devia ter vindo.

— Você não devia ter ido embora.

Sorrio com a resposta dele.

— Ter ficado teria feito diferença?

— Bom. – Ouço seu corpo encostar na porta do lado de fora, ele também se sentou no chão ouço barulho do copo sendo posto no chão. – Eu prefiro acreditar que sim, afinal viver com memórias é uma merda.

— Presencialmente tudo fica mais difícil.

— E esquisito, você está trancada no meu banheiro.

Rimos juntos por um instante.

— Voltou pra Forks? – Pergunta ele. – Pensei em ir até lá tentar te ver... mais algo me dizia que você não estava lá.

— Vancouver, estou revisando um livro. – Sorrio. – Vai ser lançado mês que vem.

—  Você conseguiu, sabia que você não precisava de uma editora pra brilhar.

É engraçado pensar assim, eu espero que novos trabalhos como revisora apareça, faz meses que não procuro uma editora a procura de trabalho, afinal mesmo ganhando pouco era algo que eu amei fazer e que dediquei totalmente a isso.

— Espero. – Respiro fundo e fecho os olhos enquanto acaricio minha barriga, em busca de coragem. – Eu levei uma parte sua quando fui embora... – Respiro fundo novamente. – Eu não sabia que estava levando comigo e quando eu soube eu tive que voltar. Não que eu espere que você queira algo... porque não tem como você pegar de volta...

— Você levou meus fones? – A pergunta dele me faz perder tudo que estava falando. – Eu não sei onde está desde a ultima vez que nos vimos, mais tudo bem.

Caio na gargalhada com a explicação dele.

— Fones? Porque eu estaria com seus fones?

— “Eu levei uma parte sua quando fui embora” – Ele repete o que eu disse. – E você não espera que eu queira de volta, fones são todos iguais, só não esperava que viesse de Vancouver até aqui por conta disso, pensei que sentisse minha falta, ou sei lá, quisesse um papo... Mais do que você tanto ri? Está bêbada ou chapada?

Rio ainda mais a ponto de tossir de tanto rir, mais que merda de conclusão foi essa?

— Tem pizza aqui fora quando resolver parar de zombar de mim.

— Você está comendo?

— Você está chapada trancada no meu banheiro. Isso é estranho pra caralho. – Ele tem razão é estranho.

— Não estou chapada.

— Aham... – Diz ele mastigando e rindo sarcasticamente. – Não está chapada é a confirmação que está bêbada então?

— Não estou bêbada, estou gravida. – Ponho a mão na boca quando a palavra gravida saí dos meus lábios sem nem ao menos notar e o silencio tomou conta de tudo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí o que acharam? Gostaram desse formato narrado pelo Edward?
Espero que tenham gostado, não deixe de comentar um grande beijo e até breve.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Entre nós dois" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.