Na Tempestade escrita por isasa_


Capítulo 10
Vou te proteger mamãe.




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 Já faz um mês que eu o vi no parque, não o vi mais desde então, e a cada segundo que eu saio na rua tenho medo de encontrá-lo. Pensei em me mudar da cidade, mas o estrangeiro aqui é ele e não eu. Às vezes me pergunto porque me incomodo, não é como se de uma hora para a outra ele fosse apareces e levar o meu filho de mim.

Este filho não é dele, Aiko não tem pai este filho é só meu e de mais ninguém, o homem que eu amei o Naruto que é pai do meu filho está morto. Morreu no dia em que ele foi embora com alguém que eu considerava uma de minhas melhores amigas.

Quantas vezes eu me peguei pensando no passado, sonhando com um tempo que não voltara mais. Revivendo cada momento para descobrir onde eu errei, até eu perceber que não houve erro, não há nada que eu queira mudar, nenhum detalhe que seja questionado. Eu lhe dediquei cada minuto na minha vida, o amei tanto que chegava a doer.

Há quem eu quero enganar falando no passado, ainda o amo com a mesma intensidade do que antes, talvez até mais. Pensei que o tinha esquecido mas ao vê-lo na praça daquela maneira despreocupa como antigamente percebi que o sentimento estava apenas escondido. Eu tento, tento de verdade, mas quanto mais eu penso no passado menos entendo o que aconteceu, como alguém diz que ama em um momento e no outro vai embora, talvez seja somente o destino agido e botando os trilhos nos eixos.

Aiko chegou muito triste da escola ontem, mas não tenho como ajudá-lo, ele trouxe o presente do dia dos pais, todo ano é a mesma coisa. Ele chega da escola, me entrega o presente e eu escondida guardo em caixa que fica em baixo da minha cama.

 Desde que começou a Aiko escreve cartas para o pai que acredita estar morto, diz que queria que o mesmo pudesse vê-lo crescer, o ensinar a jogar futebol, e coisa que julga serem feitas entre pai e filho.

As vezes me pergunto se é errado esconder de uma criança o paradeiro do pai, mas se eu contasse, ele ficaria com raiva de mim e procuraria pelo pai, mas o que iria dizer? “Oi, você é o Naruto? Eu sou Aiko seu filho.” Não parece um bom jeito de se começar uma relação pai e filho, e no mínimo o Naruto fecharia a porta em sua cara rindo.

Não vou esconder para o resto da vida que eu tive um filho com o Naruto. Mas já neguei tanto para as pessoas que eu mesma já acredito que não seja ele. Passei por maus momentos quando estava grávida, os olhares sobre mim, as caras de acusações que enfrentei. As senhoras me olhavam indignadas, os homens me olhavam torto, afinal estou em uma cidade do interior, e as pessoas comentam tudo. Existem ainda olhares tortos, mas estou acostumada com eles, não me afeta mais, porque Aiko é a minha luz e salvação.

Se algum dia a o meu segredo for revela e de alguma maneira o Naruto quiser ver o filho e assumir  sua paternidade, eu não poderei negar, e quando este dia chegar entregarei a caixa a ele, mostrando que mesmo sem saber de sua existência o filho o amava e pensava nele. Não quero que este dia chegue, mas também sei que em algum momento os dois vão descobrir que tem um ao outro.

Está chovendo. E como em todas as vezes que isto ocorre Aiko esta com o nosso vizinho, sempre que o tempo fica assim me sinto perdida e não sou capaz de cuidar nem de mim mesma. Kiba sempre me ajudou quando precisei, o conheço desde que me mudei para este apartamento quando Aiko nasceu, e o mesmo o vê como um pai.

Sai para a chuva como sempre faço, sentindo as gotas em meu cabelo escorrendo pelo meu corpo, me trazem aquela sensação de paz, mas ao mesmo tempo me faz lembra que foi assim que o conheci. Questiono os céus nestes dias, como algo tão belo e perfeito como a chuva pode me levar até Naruto, eu estava bem sem ele, estava triste e quase sem vida, mas superaria este momento como superei as minhas outras perdas.

A cada segundo a chuva fica mais forte, e com sua a força a minha também aumenta, minhas lagrimas se misturam a suas gotas, e neste momento estamos unidas, me sinto mais leve e limpa. Neste momento eu sou capaz de fazer qualquer coisa, estou tão bem que vou ver Kiba e pegar o Aiko.

Queria mergulhar em seu olhos azuis, o que diria meu pais se os vissem, sempre se orgulhou de nossos olhos únicos que sempre eram passados de geração para geração, mas parece que os genes dele são mais forte, pois nem isto ele herdara de mim. É tão hiperativo, entusiasmado, e possui o mesmo sorriso, e com ele eu também me sinto melhor, e com mais vida.

- Parece que por mais que os tempos passem algumas atitudes não mudam. – eu entrei em choque, pude sentir o meu coração acelerado e minhas pernas tremendo ao senti-lo tão perto de mim, eu me virei, e esta foi a pior coisa que eu poderia ter feito, não era um sonho, ele estava la, me encarava sério como me lembro ter visto somente uma vez, e foi quando ele me deu o adeus que tanto me matou. – Você pode pegar um resfriado Hina-chan.   

E dizendo estas palavras ele sorriu, e naquele momento eu vi o meu Naruto, aquele por quem me apaixonei, queria abraça-lo e não me separar mais de seu corpo, a imagem de Aiko veio em minha cabeça me dando as forças de que eu preciso para enfrentá-lo.

-  O que faz aqui Uzumaki? – ele pode sentir a frieza em minha voz, tanto que se afastou de mim um passo. – De tantas cidades por que tinha que vir justo para esta? – ele nada respondeu, e cada minuto do seu silêncio eu me sentia mais forte, continuava chovendo, as suas gotas e a imagem de Aiko estavam me tornado mais forte do que jamais fui. – Você não tem nada para fazer aqui, não é bem vindo, pegue suas coisa e vá para outro lugar, volte para onde estava todos estes anos.

Ele me encarava com espanto, não pude decifrá-lo como eu fazia antes, mas sabia que ele não esperava ouvir isto de mim.

- Não se preocupe, estou aqui somente para realizar o meu casamento com Sakura, por algum motivo ela queria que fosse realizado aqui, vou vender a casa de Tsunade e Jiraya, e a que eu morava também, fique tranqüila, que depois disto nunca mais eu volto para esta cidade.

Senti mais uma vez o meu mundo desabar, ele iria se casar aqui, eu sabia onde, só existe uma igreja na cidade, mas porque aqui, nem é uma igreja tão bonita, ele realmente iria embora depois disto, para sempre.

Dentro de mim, uma parte que estava muito bem escondida chorava, e esta pequena parte sempre teve esperanças que ele voltava, as vezes quando chovia e eu saia andando na chuva, sem perceber estava em frente a sua casa, aliviada por não vê-la habitada por outras pessoas que não ele, e quando despertava tratava de sumir dali.

- Espero que seja muito feliz Uzumaki Naruto, e que consiga o que sempre quis, afinal vai casar com quem sempre amou dedes criança. – e dizendo esta palavras eu fui embora, ele se virou para falar algo, mas ou desistiu ou viu que eu já estava longe demais para escutá-lo.

Eu fui para casa, tomei um banho peguei Aiko que a esta hora já dormia e agradeci ao Kiba por ficar com ele. Assim que me deitei em meu quarto eu desabei, e chorei tudo que eu sabia que choraria quando falasse com ele novamente, mas dez vezes pior do que eu imaginava. Senti pequenas mão me abraçarem.

- Não chora mamãe, me diga onde dói,  eu dou um beijinho para sarar, e você vai poder sorrir de novo, você fica muito mais bonita quando sorri. – eu o abracei, tão forte quanto eu podia.

- Não se preocupe filho, não vou mais chorar. -  lhe dei um beijo na testa e assim dormimos, eu ainda chorava, e sempre que Aiko ouvia me abraçava mais forte.


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Notas finais do capítulo

Bom gente, espero que tenham gostado

do capítulo, e mais uma vez eu peço

desculpa pela demora.

agradeço a você que leu.

xoxo

até o próximo