The Bet - Nova versão escrita por Anandika


Capítulo 3
Isabella: O problema




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Era noite de sábado e a mansão dos Swan estava lindamente decorada para mais uma grande festa. Garçons serviam o que havia de mais sofisticado em matéria de comida e bebidas aos jovens convidados que se divertiam e conversavam animadamente espalhados nos salões e jardins da casa.

Era chegado o dia do aniversário de 21 anos de Isabella Swan, evento muito esperado e anunciado pelas colunas sociais dos mais diversos jornais de Londres.

Enquanto Charlie Swan fazia as vezes de anfitrião perfeito, circulando pelo salão com um sorriso aberto no rosto, sua filha Isabella estava trancada em seu quarto, no segundo pavimento da casa, junto com a prima Rosalie Hale, ainda decidindo o que usar nesta noite.

— Está lindo Bella. – Rosalie abriu um sorriso ao ver Isabella sair do seu closet vestida em um vestido preto e bege de renda,  de um ombro só e de comprimento médio.

— Não sei Rose... – ela fez muxoxo – Estou achando muito curto, muito apertado, muito chamativo – ela deu uma voltinha, se olhando no espelho em todos os ângulos possíveis.

Este era o terceiro vestido que experimentava e definitivamente, ainda não tinha achado nada que a agradasse em seu vasto acervo de vestidos. 

— Curto nada Bella, está ótimo! – Rosalie levantou-se da poltrona e pegou a prima pela mão – Eu só arremataria com este cinto aqui - a loirinha pegou um cinto vermelho no closet, e colocou na cintura da prima - Perfeita!

— Voce tem razão… - Bella se olhou mais uma vez no espelho e um sorrisinho brotou em seus lábios - Até que não ficou ruim...

— Vamos, vou fazer uma maquiagem bem bonita e vamos descer antes que seu pai mande nos buscar!

Sem protestar, Bella deu um longo suspiro e seguiu Rosalie até o banheiro.

Rose fez uma maquiagem leve, apenas marcando os lábios de Bella em batom bem vermelho, enquanto ele olhava tudo e achava um exagero toda aquela arrumação, enquanto estava tão triste. 

— Pronto, está linda! – Rose se afastou com um sorriso satisfeito e pegou seus sapatos para que elas os colocassem.

— Eu mereço... – Bella suspirou e fez uma cara feia.

— Ânimo Bellinha! –ela se sentou na poltrona para calçar os sapatos – Tire esta carranca do rosto e vamos curtir a linda festa que seu pai preparou para você.

— Linda festa... Só para isto que ele serve, fazer festas e exibir a família feliz que não existe – Bella murmurou.

— Bella... – Rose murmurou, mas sabia que no fundo a prima tinha razão.

Aquela felicidade toda era uma grande farsa que só as pessoas mais íntimas sabiam. A vida feliz de Bella e Charlie não existia mais, desde a morte da sua mãe, anos atrás.

— Eu vou me comportar, Rose... Nem se preocupe. – Bella abriu um sorriso amarelo – Vamos terminar logo isto aqui e descer para tentar nos divertir!

Enquanto as duas primas davam os últimos retoques em seus visuais, uma voz autoritária ecoou pelo corredor.

Era Consuelo, a terrível governanta da família Swan.

— Isabella, o Sr Swan está mandando a senhorita descer agora porque seus convidados já chegaram e a imprensa está aqui para fotografá-la. 

— Avise a ele que eu já estou indo! – Bella gritou irritada para a mulher que ela sempre detestou.

Consuelo foi contratada por Charlie Swan  para tomar conta de Bella após o terrível acidente que destruiu a sua família.

Antes, Isabella era uma garotinha saltitante, alegre e expansiva, única e amada filha de Charlie e Renée Swan, até que, a dez anos, um acidente de carro na estrada entre Liverpool e Londres, matou a sua mãe e seu irmão, quando eles voltavam das férias de meio de ano.

Após aquele dia a sua vida se transformou completamente. A garota alegre e cheia de vida, se tornou cada vez mais retraída. Seu pai, que antes era amoroso e sorridente, caiu em uma profunda tristeza, se dedicando cada dia mais ao trabalho e a deixando nas mãos das babás e da terrível governanta, que não fazia a mínima questão de ser simpática com ela.

Charlie nunca deixou nada lhe faltar, sempre enchendo-a de mimos e presentes caros, mas nunca demonstrou se importar com ela, nem lhe deu amor e carinho, fazendo com que ela se sentisse muito solitária e revoltada.

Bella tinha certeza que seu pai não a amava, pois ele era incapaz de demonstrar qualquer tipo de emoção para ela, sendo sempre frio e distante quanto estavam sozinhos. O que vinha piorando ao decorrer do tempo. Charlie estava sempre muito ocupado, muito atarefado, muito cansado para que pudesse dar atenção a filha.

A relação se tornava mais fria e distante a cada ano que se passava e os únicos momentos em que ele se esforçava em parecer amoroso eram momentos como estes, onde muitas pessoas os observavam e ele tinha a obrigação de parecer o pai perfeito e devotado.

Depois da morte da sua mãe, só restou à pequena Isabella o amor da sua tia Elisabeth Hale e de seus dois primos Rosalie e Jasper.

Bella sempre foi muito ligada a eles desde a infância, quando todos passavam as férias juntos no haras do falecido marido da sua tia ou na casa de praia da família Swan, e após a morte da sua mãe, este laço só estreitou-se. Logo após o acidente, Elizabeth tentou levar a pequena Bella para morar com ela, mas Charlie a impediu, dizendo que não queria ser separado do único pedaço de Renée que o restou, mas isto não a impediu de dar muito amor e atenção à querida sobrinha.

A relação de Bella com Jasper e Rose também era muito estreita, sendo eles seus mais leais confidentes. Os primos eram o seu porto seguro, aquelas pessoas com quem ela podia contar a qualquer dia, a qualquer hora.

Bella pegou a mão de Rosalie e abrindo ainda mais o seu sorriso falso no rosto, que de tão treinado já saía naturalmente, deixou seu quarto e se dirigiu a grande escada que o ligava  à sala principal da casa.

Ela segurou no corrimão e começou a descer degrau a degrau, seguida por Rosalie, enquanto os convidados as olhavam encantados e os flashs dos fotógrafos pipocava em seu rosto.

Charlie veio até ela e pegou a sua mão, dando-lhe um beijo na bochecha.

— Está linda, minha filha – ele deu um sorriso e a levou para frente da mesa do bolo.

— Obrigada – ela deu um sorrisinho sem graça e os flashs foram disparados em sua direção, outra vez.

Depois de pousar para muitas e muitas fotos ao lado do seu pai, sempre com o seu sorriso forçado, Bella resolveu sair à procura Rose e Jasper para com eles, cumprimentar seus muitos convidados.

— Como você está bonita, Bella! – Jasper Hale, seu primo a cumprimentou dando-lhe um beijo na testa e piscando o olho para ela.

Bella desconfiava que seu primo tinha uma pequena paixão por ela, mas o único sentimento que ela nutria por ele era a amizade irrestrita entre dois primos que se apoiavam muito. Ela tentava deixar a sua posição bem clara a cada momento que passavam juntos, pois além dele ser apenas seu primo querido, ela também não se sentia pronta para um novo relacionamento amoroso.

— Obrigada Jazz! – Bella o abraçou – Você também está lindo.

Jasper riu e lhe deu mais um beijo.

— Venha Bellinha – Rose a abraçou pelo outro lado – Seus convidados querem te ver.

Apesar de ser muito tímida e reservada, Bella sempre teve muitos amigos, seja os que ela fez na famosa St. Patrick School, onde estudou por toda a sua vida, sejam os amigos da Chelsea College, onde ela cursa Design, então a sua festa estava cheia de jovens que ao vê-la, saíram ao seu encontro para parabenizá-la.

Bella circulou pelos salões cumprimentados a todos seus colegas, amigos e amigos de seu pai, sempre tentando ser o mais simpática possível.

Ela não estava feliz com aquela festa mas as pessoas que ali estavam não tinham culpa da sua infelicidade, então fingir era o melhor que ela podia fazer.

Terminada a sua obrigação, ela logo foi ao encontro da sua tia, que estava sentada em uma das mesas do jardim, acompanhada de alguns conhecidos.

— Minha princesa, parabéns – Elizabeth, se levantou e abraçou a sobrinha apertado – Até parece que foi ontem que eu estava no hospital com a minha querida irmã esperando a hora de você nascer e hoje aqui está você tão linda, uma mulher forte e determinada, como sua mãe sempre quis que você fosse.

— Obrigada por ter vindo, tia... - Bella sorriu largo apertou ainda mais Elizabeth em seus braços, grata pela presença especial da tia em sua vida.

Elizabeth Hale é irmã da mãe de Bella e assim como ela, sempre tinha um jeitinho especial de tratar a sobrinha, sempre a animando nos momentos certos, a confortando na dor e a apoiando sempre. Era para seu colo que Bella corria em seus muitos momentos de carência.

— Vá se divertir com a garotada... Vá aproveitar a sua festa. – Elizabeth se soltou dos braços de Bella e lhe deu um beijo na bochecha – Estou aqui para o que você precisar.

Bella se afastou da mesa da tia e junto com os inseparáveis primos, foi conversar um pouco com seus colegas e amigos que estavam no bar montado junto da piscina.

Após alguns minutos de conversa, ela viu uma pequena movimentação e a voz do seu pai soou pela casa.

Era hora de mais um espetáculo de Charlie Swan.

— Vamos todos pessoal! Vamos cantar os parabéns da minha linda filha, Isabella – Charlie anunciou ao microfone e todos se dirigiram a mesa redonda onde descansava um enorme bolo em tons de rosa e verde.

— Venha Bella! – Rose a chamou, já a puxando para o local dos parabéns.

No mesmo momento Edward Cullen adentrou a mansão dos Swan com uma caixinha nas mãos e um sorriso nos lábios, dando de cara com a linda aniversariante.

Isabella estava ainda mais bonita do que da última vez que ele lembrava de tê-la visto. 

A pele branquinha, os olhos azuis brilhantes, os cabelos escuros espessos e a boca carnuda, desenhada em um batom vermelho sangue. 

Pequenina, mas encorpada. A cintura fina, as pernas longas e torneadas expostas naquele vestido curto, os seios e bumbum do tamanho certo. 

Não era exatamente o tipo em que ele se interessaria, mas não podia negar que a menina magricela de anos atrás e que ele vinha assistindo crescer, tinha mesmo se transformado em uma linda mulher e  isto era, realmente, inesperado.

Inesperadamente bom, para que ele fosse sincero.

Ao vê-la tão diferente e crescida, Edward teve a certeza que a sua missão seria bem mais agradável do que ele pensava. 

Ter que conquistar e vir a namorar Isabella Swan não seria nenhum sacrifício, já que a sua beleza compensaria o seu tão comentado mau humor.

Se o preço que ele teria que pagar para ter tudo o que desejava era conviver com aquela bela mulher, então valeria a pena tentar.

Edward foi tirado dos seus pensamentos com o barulho das palmas e gritinhos. Agora todos os convidados estavam em volta da mesa cantando, animados, os parabéns para Isabella.

Bella observava tudo, parada, ao lado do seu pai, seus primos e tia, lembrando do tempo em que ela era mais feliz, quando ela ainda tinha sua mãe para ampará-la.

Ela tinha algumas boas lembranças da sua mãe e as mais fortes delas eram o seu sorriso cativante, seus olhos azuis sempre tão doces e a sua voz suave cantando para ela dormir.

E como Bella sentia falta da sua mãe. Como ela queria compartilhar seus momentos com Renée Swan.

Uma lágrima se formou em seus olhos bem no tempo que as palmas e gritos cessaram e seu pai veio abraçá-la, sussurrando em seu ouvido ‘feliz aniversário, minha filha.’, logo seguido por Jasper, que a tirou do chão e lhe deu um beijo estalado na bochecha, arrancando aplausos dos presentes.

Quando Bella foi cortar o bolo, suas colegas começaram a brincar, dizendo que o primeiro pedaço tinha que ser de Jasper, o que fez Bella corar em um vermelho vivo e oferecer o pedaço de bolo a sua tia Elizabeth.

Depois vocês me pagam...— Bella falou entre dentes para as meninas que ainda riam perto dela.

Enquanto ela andava indignada pelo meio da festa, buscando suas amigas para lhes dar uma bronca, alguns rapazes, amigos de seus amigos, vieram falar com ela, tentando chamar sua atenção, mas ela apenas dava um sorrisinho sem graça e se afastava rapidamente.

Edward observava seu objeto de desejo de longe, esperando o momento certo de entrar em cena e começar a colocar seu plano em prática.

E sua hora chegou quando Isabella parou sozinha no meio do salão, com as mãos na cintura, parecendo procurar por alguém.

— Isabella... – Edward se aproximou do alvo da sua conquista com um sorriso torto nos lábios – Não sei se você se lembra de mim, sou Edward Cullen, sócio do seu pai na mineradora, tudo bem?  – estendeu a mão para ela.

Bella apertou a mão dele rapidamente e mirou a figura do homem alto e extremamente bonito à sua frente, atônita. 

Edward Cullen.

Claro que ela se lembrava dele.

E como ela não lembraria do lindo sócio de seu pai?

Aquele que a fez suspirar anos a fio, desde a primeira vez que o viu, sentado na recepção da sala de Charlie, a  anos atrás.

Toda vez que o encontrava nas festas da mineradora, Bella ficava pelos cantos, sempre o observando e comentando com Rosalie como ele era bonito e charmoso. Como seria interessante se elas pudessem se aproximar dele, se pudessem conversar.

Mesmo sempre usando aquelas roupas sóbrias, notava-se que Edward era um homem lindo. Mais ou menos 1.90 de altura, corpo musculoso, olhos verdes cheios de mistérios, cabelos acobreados meio bagunçados e o principal: o mais lindo sorriso da face da terra.

Um sorriso que estava nos lábios naquele momento e que fez seu coração perder uma batida.

Mas, o que ele estava fazendo na festa dela?

Será que Charlie o tinha convidado?

Não, pouco provável já que Charlie odiava o sócio e não escondia isto de ninguém.

Então qual era a intenção dele ao vir a sua festa?

Bella não conseguia falar e perdida em pensamentos, ficou apenas o observado atentamente. 

Diante do seu silêncio, Edward voltou a falar, com um sorriso no rosto, tentando tirar alguma reação dela.

— Para você, feliz aniversário - estendeu o presente que ele tinha escolhido com muito gosto para ela.

Bella piscou os olhos, quase enfeitiçada pelo sócio do seu pai, a quem que ela observou por muito tempo e que nunca teve oportunidade de se aproximar.

— Obrigada – finalmente murmurou, pegando o pacotinho nas mãos firmes de Edward e o abrindo delicadamente.

Dentro da caixinha de veludo, repousava uma delicada pulseira de ouro branco com um pingente em forma de coração salpicado por pequenas pedrinhas brilhantes.

— É muito bonita... - Bella pegou a pulseira entre os dedos e sorrindo, olhou para Edward, que a observava atentamente. 

Olhando-a assim, tão vulnerável, Edward achou que seria fácil dobrá-la e que ele tinha acertado na escolha do presente, já que uma das coisas que derretia as mulheres eram jóias. E pelo olhar que Bella lançou para ele ao ver o pacote, ela tinha adorado a pulseira.

Ainda analisando as reações da bela mulher, ele concluiu que ou acusações sobre o gênio difícil de Isabella eram infundadas, ou ele tinha dado muita sorte em pegá-la em um dia de paz.

Continuando seu meticuloso ritual, Edward sorriu para ela e pegou a pequena jóia em suas mãos, virando seu pulso delicadamente e fechando a pulseira em sua volta.

— Perfeito – ele sorriu para uma Bella sem reação, admirando a jóia, que agora reluzia na pele clara do seu objeto de conquista – Quase tão linda quanto a dona.

Charlie Swan, que, de um canto do salão, observava todo o ritual de conquista de Edward com um sorriso misterioso no rosto, apenas esperava por mais um dos ataques de mau humor da sua linda Isabella, o que não demorou a acontecer, pois ao ouvir as palavras galanteadoras, Bella se deu conta do que acontecia. 

Provavelmente a presença do bonito homem em sua festa, não se devia a ela e sim a algo que ele queria resolver com seu pai, como já havia acontecido algumas vezes antes.

As pessoas tinham a estranha mania de cortejá-la tentando obter alguma vantagem com Charlie Swan.

O leve sorriso que existia no rosto da garota desapareceu na mesma hora e a sua famosa carranca se formou.

— Pronto! – ela falou puxando seu braço e encarando o homem à sua frente – Se já terminou o seu papel de puxa saco, se divirta na festa... De preferência, bem longe de mim!

— O que foi? – o rapaz perguntou, sem entender o que estava acontecendo.

Como tudo podia ter mudado em poucos segundos?

Isabella não o estava olhando encantada a pouco tempo atrás?

— Você não é burro, Edward Cullen. Tenho certeza que entendeu direitinho o que acabei de falar – ela revirou os olhos – Mas de qualquer forma, vou repetir: Agora que já fez o papel ridículo de me cortejar em troca de uma recepção mais amistosa por parte do seu sócio, pode ir ao encontro do meu pai e resolver seus problemas! - Ele está bem ali.

Ela apontou para onde seu pai estava e virou-se de costas, saindo quase marchando em direção à Jasper, que descansava sentado em um sofá. 

— Venha Jazz... Vamos dançar! - pegando o primo pelo braço, seguiu para a pista de dança abraçada a ele.

Edward permaneceu parado por um momento, tentando absorver o que tinha acabado de acontecer. 

Ele nunca tinha levado um fora de nenhuma mulher em sua vida e não seria Isabella Swan, uma garota, fria, mal educada e principalmente muito temperamental, que mudaria isto.

Isabella se arrependeria do que tinha acabado de fazer... Ele tinha certeza que sim!

Ele deu uma última olhada em direção à pista de dança e viu a megerinha, dançando animada com o mesmo rapaz alto e forte, da hora dos parabéns, que sorria sem parar, para depois se dirigir em direção da saída da festa.

Isto não ficaria assim. 

Não mesmo.

Ela ainda cairia na sua tão treinada lábia, isto era certeza!

Conquistar Isabella seria um pouco mais difícil do que ele imaginava, e para colocar seu plano em ação, primeiro ele precisaria de respostas para algumas perguntas que surgiram naquela noite.

A primeira e mais importante delas:  Qual era a relação de Isabella com o único rapaz que a fez sorrir, aquele que beijou a sua bochecha no final dos parabéns?

Aquele rapaz que agora dançava animado com seu objeto de cobiça, arrancando risinhos dela.

Descobrindo isto, ele saberia com que tipo de pessoa estaria lidando e como tirá-lo de vez da sua vida.

Percebendo que estava sendo observada, Bella abraçou Jasper ainda mais forte e deu um sorrisinho para Edward, que tanto a irritava quanto a intrigava naquele momento.

Qual seria o interesse do lindo homem nela? 

Porque era certeza de que havia algum interesse envolvido, já todos que se aproximavam eram por isso... 

Algum interesse. Ou em se aproximar do seu pai, ou de usufruir do que ela tinha a proporcionar.

Ela já vivia atenta aos falsos galanteios e palavras bonitas, que no fim não queriam dizer nada. 

Eram mais uma ilusão. Mais uma decepção.

Olhando para o rapaz com indiferença, voltou a se concentrar na dança e rodopiou para fora do olhar inquisidor de Edward Cullen.

Apesar de sempre o achar lindo, ele era somente mais um... 

Mais um enganador, mais um que, provavelmente, só queria se aproveitar dela.

Enquanto Edward caminhava pelo jardim, indo para o seu carro perdido em pensamentos e teorias, Charlie Swan o puxou pelo braço e sorriu irônico.

— Cullen, se eu fosse você, seria um pouco menos confiante. – falou e deu uma gargalhada – Eu já tinha te avisado que a Isabella é uma pessoa difícil...

A raiva ferveu dentro de Edward, mas ele não aceitaria mais esta provocação do seu maldito sócio. 

Não, ele não daria o gosto ao velho de vê-lo discutir, então apenas soltou seu braço e sem dar uma única palavra, se virou e seguiu o seu caminho irritado.

Edward andou para o estacionamento, se sentou no banco do seu carro e abaixou a cabeça entre as mãos, amaldiçoando o Sr. Swan. 

Ele tinha certeza que aquele velho queria a sua ruína, mas se o Sr. Swan achava que ele desistiria assim tão fácil, estava enganado.

Muito enganado.

Isabella ainda seria dele. A empresa ainda seria dele. Ele ainda iria conquistar tudo o que queria, por que nunca aceitava perder sem pelo menos lutar.

Ele daria um tempo para se recompor, mas não desistiria do seu objetivo final.

Desafios: Este era o combustível da vida de Edward Cullen.

E ele iria até o final para conseguir o que queria!


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