The Bet - Nova versão escrita por Anandika


Capítulo 2
O Acordo X A Aposta




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Edward Cullen tinha acabado de chegar à sua sala na Diamond Mineração e estava sentado à sua mesa, analisando e assinando alguns papéis importantes quando o telefone começou a tocar insistentemente. 

Eram 7 horas da manhã de uma segunda-feira e depois de um final de semana agitado, onde ele se divertiu com alguns amigos e muitas mulheres pelos pubs e boates da cidade, ele resolveu chegar cedo à empresa para adiantar seu trabalho sem ser incomodado, mas isto era impossível, sendo seu sócio quem era.

Nem precisou olhar o visor do telefone para saber quem o incomodava tão cedo.

— Que coisa! – falou, deixando sua caneta cair no chão – Não se pode trabalhar em paz quando este velho esta aqui na empresa, não?

O velho em questão era Charlie Swan, principal acionista e presidente do conselho da empresa da qual ele tinha comprados boa parte das ações a alguns anos atrás e onde, agora, era diretor de finanças, alem de membro do conselho.

— Pode falar, Sr. Swan – Edward atendeu o telefone já sem paciência.

— Quero que você venha a minha sala o mais rápido possível – o velho esbravejou no outro lado da linha irritado.

Edward revirou os olhos e olhou para a pilha de papéis à sua frente. O dia de trabalho seria longo...

Ele tinha uma reunião importante à tarde e não queria perder seu tempo com as implicâncias baratas de Charlie Swan.

Não hoje, que ele estava tão relaxado.

— Estou terminando de analisar alguns documentos importantes para a reunião de logo mais. – Edward falou mecanicamente – E em meia hora estou na sala do senhor.

— É bom mesmo Cullen, tenho um assunto muito importante para tratar com você. Não se atrase. – Charlie falou e desligou o telefone.

Era só o que me faltava para a manhã de uma segunda-feira. Este velho rabujento em meu pé—  Edward pensou alto, pegando a caneta no chão e a colocando ao lado dos papéis.

Charlie Swan, além de sócio de Edward, era o seu inferno particular. 

O velho não perdia uma oportunidade de enquadrá-lo na frente de quem fosse. Seja na frente dos outros acionistas, seja na frente de seus subordinados. Tinha prazer em fazer com que ele fique em reuniões até tarde, o impedindo de sair e curtir como os jovens solteiros da sua idade. Ligava no meio do final de semana e o convocava para reuniões, dentre outras coisas irritantes.

Edward odiava o sócio de verdade. Não só por ele não o deixar em paz um só momento, mas também porque ele sempre fez questão de lembrar que manda na empresa nos momentos mais inoportunos.

Edward Cullen sempre foi empreendedor, tanto que aos 10 anos de idade já dava palpites nos negócios da família, uma pequena mercearia em uma cidadezinha no interior da Inglaterra. Quando completou 20 anos, começou a investir a quantia que guardava de seus trabalhos como vendedor, na bolsa de valores e foi assim que começou a ganhar dinheiro de verdade. 

Há cinco anos atrás, em um passo muito audacioso da sua parte, comprou 20% da empresa de mineração de Charlie Swan, que passava por dificuldades, e graças a seu grande talento para os negócios, em pouco tempo conseguiu torná-la rentável outra vez. 

E ele tinha certeza que era por esta razão que o velho Swan o odiava tanto e fazia da sua vida um inferno. Inclusive, o sócio já tinha dito algumas vezes que não aceitava que um jovem tivesse tanto sucesso e que mandasse na empresa que tinha construído com tanto esforço.

Edward se remexeu um pouco em sua cadeira e muito curioso com o assunto que seria tratado, decidiu que os papéis ficariam para depois, pois era melhor enfrentar a fera logo e acabar com o seu tormento.

Ele seguiu a passos largos pelo corredor quase vazio da empresa, até a sala de Sr. Swan e como a fiel secretária  ainda não estava em seu posto, bateu diretamente na porta.

— Pode entrar Edward – Charlie falou e Edward abriu a porta.

— Bom dia Sr, Swan – o cumprimentou respeitosamente - Ao que devo o chamado em plena manhã de segunda-feira?  

Respeito. Era isto que Edward sempre esperou do seu sócio, mas nunca teve. 

Isto era o mínimo que poderia ser feito. Serem respeitosos e cordiais, mas isto nunca aconteceu.

Não pela parte do intragável Charlie Swan.

— Sente-se, não tenho muito tempo – ele falou em tom de desdém e levanto os olhos dos papeis que se encontravam em sua mesa – Tenho uma coisa muito importante a te falar.

Edward puxou uma cadeira em frente da mesa de Swan e se sentou fazendo uma cara de tédio. Ele já sabia que o velho não tinha nada de importante para tratar com ele, apenas queria importuná-lo, mais uma vez.

— Sou todo ouvidos, senhor – Edward revidou no mesmo tom. 

Charlie se ajeitou na cadeira e curvou o corpo para frente, tirando os óculos do rosto.

— O que tenho para te falar aqui hoje é muito sério, então preciso que você ouça cuidadosamente todas as minhas palavras, estamos entendidos? – ele discursou com uma expressão imparcial do rosto.

Edward se limitou a assentir, imaginado o que o maluco e destemperado do Charlie Swan estava tramando desta vez.

— Tenho um acordo a te propor e é do tipo pegar ou largar. – o rosto de Charlie passou de imparcial para um sorrisinho leve, o que deixou Edward receoso.

— Estou aqui para ouvir – ele falou sem emoção e então o sócio disparou o seu discurso.

— O que tenho a te propor é o seguinte: Se você conseguir conquistar e manter uma relação estável com a minha única filha, Isabella, por um período de no mínimo um ano, eu o nomearei presidente do conselho administrativo da mineradora e você terá total controle das atividades da empresa. Mas, se você não conseguir conquistá-la ou se vocês vierem a se separar antes deste prazo, o controle da empresa voltará a ser meu, sem chances de conquistar esta posição algum dia.

Edward estava em choque. O velho só podia estar louco. Que tipo de proposta indecorosa era esta?

— O que? – foi o que conseguiu falar.

— Eu sei que se tornar presidente do conselho é o seu sonho e eu posso realizá-lo em um piscar de olhos – Charlie voltou a falar com um sorrisinho nos lábios, diante da cara chocada de Edward. – É só você me dizer sim.

— Por que? – Edward perguntou se sentindo totalmente perdido com mais esta loucura do velho Swan – E o que o senhor ganhará em troca?

— O por que e o que eu ganharei não importa neste momento. Estou te oferecendo os meus bens mais preciosos por um propósito que, se você aceitar, um dia você saberá – ele sorriu um pouco mais – Então o que me diz? Aceita a minha Isabella como namorada ou até esposa, e o conselho da empresa como uma maneira de ser justo com você, pelo menos uma vez?

Edward nem conseguia pensar direito, mas mesmo meio tonto com toda aquela conversa, ele sabia que tinha princípios e educação, então levantou-se da cadeira em um pulo e então verbalizou toda a sua indignação.

— De jeito nenhum! – ele gritou – Não sou do tipo de homem que aceita qualquer coisa para alcançar seus objetivos. Não me envolverei com a sua filha por nada neste mundo, então a minha resposta é não. Estou em minha sala se precisar de algo.

Edward andou a passos pesados até a porta da sala. 

O velho estava ficando maluco. Só podia ser isto...

Onde já se viu oferecer a própria filha assim a um estranho?

— Tem certeza Edward Cullen? - Charlie soltou uma gargalhada – Esta é uma proposta muito boa.

Edward parou no meio do caminho e soltou um suspiro. Ele não se deixaria atingir pelas loucuras do sócio.

— Tenho sim, senhor Swan, passar bem.

O velho soltou outra gargalhada antes de voltar a falar, em um tom rude.

— Está com medo Cullen? Com medo de uma jovem mulher?– velho Charlie o provocou – Aposto que você não é capaz de domar a minha filha.

Edward parou com a mão na maçaneta da porta e olhou firmemente para o senhor de bigodes e cabelos meticulosamente esticado para trás, que agora sorria menos disfarçadamente.

Ele não deixaria que o Swan vencesse. Ele jogaria aquele jogo até onde fosse seguro para ele e para Isabella.

Fingiria que estava aceitando a proposta para ver até onde Charlie iria.

— E o que mais o senhor se propõe a me oferecer se isto acontecer? Conquistar Isabella será um grande sacrifício da minha parte, então quero algo a mais que a presidência do conselho.– Edward estreitou os olhos para Charlie e ele soltou mais uma gargalhada.

— Se você conseguir fazer da minha filha uma pessoa mais amável e principalmente, se fizer ela confiar em você ao ponto de se casar, além da presidência da empresa, eu te venderei todas as minhas ações, fazendo com que você se torne o maior acionista desta empresa. Mas se não conseguir... – ele pausou e deu um riso perverso – Você me venderá a sua parte e sairá da minha vida de uma vez por todas. O prazo que eu te dou para ter uma relação sólida e pública com minha querida filha é de seis meses – ele se levantou da cadeira e parou em frente ao sócio - É pegar ou largar – estendeu a mão para um Edward estático e pensativo.

A proposta era realmente tentadora, mas ele não estava entendendo o porquê de Charlie Swan abrir mão da sua empresa, a qual ele gostava tanto, apenas para ver a sua filha casada. 

Será que Isabella é pior do que ele pensava?

Não podia ser! Não era possível!

Pelo que se lembrava dela, Isabella Swan era apenas uma menina mimada, que, certamente, com um pouquinho de jeito e com sua boa lábia, cairia em suas garras facilmente.

Lembrou-se de alguns encontros que tivera com a filha do seu sócio, em festas da empresa, ao longo dos últimos anos. Isabella sempre comparecia às festas emburrada, mal humorada e sempre com uma garota loira. Ela sempre ficava sempre pelos cantos, não conversando com ninguém e sempre se retirando na primeira oportunidade.

Ele nunca parou para conversar com ela e as poucas pessoas que se aventuraram a tentar tirar umas poucas palavras da garota, tinham uma opinião em comum: Ela era mal humorada e bastante temperamental. 

Resumindo, uma pequena megera. Esta era a sua fama na empresa do pai.

Também lembrou-se da primeira vez que a viu, quando ela entrou marchando na sala de espera de Charlie no dia da sua primeira reunião com o velho, e como ela parecia uma menina ainda mais jovem do que seus 16 anos de idade.

Uma menina linda e que, certamente, vinha se transformando em uma mulher bastante interessante nos últimos tempos.

Apesar do histórico desfavorável, ele confiava em seu poder de convencimento, então não seria muito difícil ter que conquistá-la. Era só tratá-la bem, lhe dar bons presentes. Ser atencioso e romântico alguma vezes. Isto não seria muito complicado.

Sempre era assim… As mulheres acreditavam em cada palavra que ele dizia. Se derretiam a cada gesto seu… A filha de Charlie não poderia ser diferente.

Além disto, se ele bem se lembrava, Isabella adorava observá-lo nos eventos. Ficava com a loirinha, pelos cantos, de cochicho e risadinhas. 

Deviam achá-lo, no mínimo, interessante.

Edward suspirou e deu um meio sorriso.

Esta, provavelmente, seria a maior loucura que faria em sua vida, mas iria apostar nesta relação de mentirinha.

— Ok! Então se eu conseguir fazer com a jovem Isabella confie em mim ao ponto de aceitar até casar-se comigo , a maior parte da empresa será minha, não terei que aturar o senhor na minha cola o dia inteiro e ainda serei o presidente do conselho? – Edward perguntou atônito.

— Sim Cullen, é isto mesmo que você ouviu – Charlie voltou a estender a mão arrogante – A minha condição para que você consiga tudo o que você sonhou é que você se case com minha filha Isabella e se mantenha casado pelo tempo determinado. Simples assim. Você tem a minha palavra.

Edward se aproximou dele e apertou a sua mão firmemente, selando tanto aquela mistura de acordo e aposta.

— Eu aceito! – sorriu vitorioso - E se eu não conseguir, eu vendo todas as minhas ações e saio da vida do senhor para sempre. Também tem a minha palavra!

Charlie sorriu largo, assim como Edward.

Estava sendo muito fácil para eles conseguirem o que queriam.

— Já que firmamos o nosso acordo, que tal começar a tentar conquistá-la?- Charlie bateu amigavelmente no ombro de Edward - No sábado darei uma festa pelos 21 anos dela –continuou, se afastando e sentando outra vez em sua poltrona – E você é nosso convidado especial... - ele tirou um pequeno convite da gaveta e estendeu a Edward - A partir das 22 horas, nos jardins da minha casa. Espero que você compareça. 

— Irei sim Sr. Swan, pode me esperar.  – Edward falou pegando o pequeno envelope - Um bom dia para o senhor Até o sábado. -  sorrindo cinicamente, saiu da sala do sócio a passos largos e confiantes,

Enquanto caminhava de volta para a sua sala, um plano para conquistar a pequena megera começou a se formar em sua cabeça.

E era nesta festa, que ele começaria a colocá-lo em prática.


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Notas finais do capítulo

Senta que lá vem história rsrsrsrs

A versão anterior de The Bet é de mais 10 anos atrás, no auge do fandom Twilght!
Sempre quis escrever uma coisinha bonitinha pro casalzinho e com a ajuda de umas amiga, que davam muitas sugestões, saiu a minha fanfic preferida de todos os tempos. A mais ou menos 2 anos atrás, abri meu google drive e dei de cara com os capitulos da fanfic. Comecei a ler e fui me apaixonando mais uma vez pela rebeldezinha e o empresario todo poderoso... Comecei a mexer em uma coisinha aqui, outra ali sempre que tinha um tempinho... E o que era de um jeitinho, foi tomando outra forma... Outra versão melhorada e mais madura rsrsrs

Hoje começo a republicar esta versão e espero que vcs gostem!