Um Sangue Doce escrita por Thay Nascimento


Capítulo 10
Capítulo 10




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Marx Kaelson:

Desde o dia que Ellie foi levada com o Grande Mal, não consigo parar de pensar em outra coisa senão em ir buscá-la. Seria tolice, eu sei, mas não consigo me perdoar por todas as vezes que a magoei, e eu não posso simplesmente deixá-la. Todos os dias ela é a minha razão para não arrancar meu próprio coração e morrer. Eu a amo muito para não lutar por ela.

Thomas está igualmente louco, afinal se trata da irmã dele, a pessoa que ele mais ama no mundo, todos os dias ele reúne algumas bruxas e vampiros e pensa na melhor forma de entrar no palácio e trazer Elouise de volta, mas quando percebe que isso é a coisa mais idiota a se fazer, e que não vale a pena comprar um briga com o Lorde das Trevas, ele apenas põe as mãos na cabeça e manda o pessoal esquecer o assunto. E a coisa não fica melhor com Lisa Watson na cola dele, ter uma vampira aos seus pés não é algo que todos nós desejamos, principalmente se a garota for a vilã da história.

— Iremos entrar hoje á noite. Danem-se as consequências! — Thomas grita repentinamente assustando a todos presentes na reunião que ele fez.

— Calma, Thomas. A gente não pode fazer isso, você sabe que pode causar uma guerra. — eu tento dizer sem que ele se altere mais.

O que aconteceu.

— ESTAMOS FALANDO DA MINHA IRMÃ.É CLARO QUE PODE E VAI CAUSAR UMA GUERRA! — ele mostra as presas em forma de ataque e sai em velocidade sobrenatural como se fosse matar alguém.

Todos na sala começam a murmurar e Mellody olha para mim e me chama telepaticamente para conversarmos no canto da sala.

— Não podemos deixar que ele faça alguma besteira. — Ela vai logo dizendo ao nos distanciar dos outros ali presentes.

— Eu sei, mas você o conhece, não podemos fazer muito sobre isso.

— Marx, se ele for teremos que ir. E, já que não podemos fazer muito sobre isso. Vamos tentar conversar com ele e dizer que iremos o ajudar. Como amiga de Ellie, eu sei que essa é uma péssima ideia, mas não há nada que possamos fazer quando se trata de Thomas. Ele acabou de voltar, não quer correr o risco de perder a irmã.



Depois de conversar com Thomas, ele decide que iríamos quando o sol se pôr, e faltam apenas alguns minutos para isso acontecer, então já estamos a caminho.

O cheiro da floresta está cada vez mais forte e sabemos que estamos quase no Palácio de Sangue. Espero que Ellie não surte.

Quando chegamos em frente do edifício, Thomas olha para mim e assentindo escala o muro subindo em uma das grandes janelas, e Mellody falou telepaticamente:

"Não fique nervoso, você é um forte vampiro mas seu sentimento por Elouise pode estragar nossos planos, mantenha a calma."

E por sua vez faz o mesmo que Thomas e sumiu na escuridão.

Logo depois de seguir o exemplo dos dois me vi dentro do covil das trevas e fui até meus companheiros que me esperavam perto da janela por onde entrei. Saíram sem dizer nada, e eu apenas os segui também em silêncio. Estava tudo escuro e sem sinal de vida. Estranho.

Andando um pouco ás cegas eu vejo uma luz que sai pelas frestas de uma porta no corredor, mas Thomas e Mel já haviam sumido de vista e eu não conseguiria rastreá-los por causa do forte cheiro das árvores verdes lá fora. Então empurro a porta e entro na sala.

Dentro da sala havia várias prateleiras cheias de livros que pareciam ser muito importantes e raros, pois tinham adornos muito bonitos, porém estavam com teias de aranha e cobertos de poeira. Ao contrário da beleza dos livros, a sala estava em péssimas condições, e só depois de andar e examinar alguns exemplares me dei conta de uma poltrona preta que estava perto de uma lareira, a qual iluminou o lugar em que passei, me chamando a atenção. Como que sabendo que eu tinha percebido a sua presença, alguém girou a poltrona e ficou de frente para mim, me fazendo dar um passo para trás ao revelar a sua identidade.



Mellody Denvers:

Estava quase insuportável a presença de Tommy pois a quase cada minuto ele praguejava e repetia "Onde aquele maldito colocou a minha irmã?". Mas o que ficou pior foi quando nos demos conta de que Marx não estava atrás de nós.

— Ah, ele deve ter se perdido por aí, azar o dele se O Lorde das Trevas o encontrar. Não podemos voltar. Tenho quase certeza que estamos perto de encontrá-la.

Fico calada e continuo seguindo-o, pensando se não seria melhor eu procurar por Marx, afinal estávamos juntos quanto a evitar que Thomas fizesse algo estúpido e não sei se eu darei conta sozinha. Mas apesar disso, não posso sair de perto dele. Não com ele sob adrenalina do ódio.

Andamos durante alguns minutos e ouvimos murmúrios vindo de um dos corredores ao redor e nos encostamos na parede e evitamos até resmungar. Porém, logo as vozes se distanciam e vamos para perto de onde tinham vindo os sons para ver o que estava acontecendo e ao chegar lá, damos de frente com alguém que arregala os olhos em uma mistura de surpresa e de raiva por nos ver ali.

 




             

Marx Kaelson:

Eu fico em choque, mas uma grande fúria sobe em meus nervos quando Lisa gargalhou, supostamente da minha cara.

—Bem que eu poderia fazer isso mais vezes. —E novamente explodiu em gargalhadas.

— Idiota imortal. O que está fazendo aqui? —pergunto ainda com raiva, mas sem entender o que diabos Lisa Watson estavam fazendo no Palácio do Grande Mal.

— Não importa a você saber, meu caro Marx, já que você também está aqui.

— Sabe onde Elouise está ?

— Eu poderia saber.

— Sem joguinhos, Lisa, vamos. Onde ela está?

— Calma, querido. Vamos com calma. Eu posso te dizer onde ela está sim. Mas apenas se você fizer uma coisinha pra mim.

— Não. Nada pra você.

— Que pena então, eu adoraria ajudar. —A vampira do mal diz fazendo biquinho.

A observo por um momento.

Ela era pior que uma víbora.

— Okay. Se eu puder fazer eu o farei. O que você quer?

— Quero que você faça o que ninguém nunca teve coragem: Revele o Lorde das Trevas.

— Você está louca, não é? —quase me engasgo com o ar presente na atmosfera.

— É pegar ou largar, querido Marx. — Lisa disse e se levantou saindo da sala, como se eu soubesse o que fazer.



Elouise Blackrun:

Eu não acreditei quando vi Thomas e Mellody em minha frente. Eu só podia estar delirando. Claro, vampiros delirando. Deve ser falta de sangue.

— O que droga vocês estão fazendo aqui? — eu sussurro para evitar gritar muito alto.

— Viemos buscar você. — Eles respondem em uníssono.

— Vocês só podem estar loucos, eu não posso ir. E mesmo se pudesse eu não iria, preciso descobrir algo.

— Você precisa ir, além disso estar acabando conosco, temos a guerra com os Alfws que ainda são um problema, e Marx também está com muitas saudades. — Mel diz olhando em meus olhos.

— Espera. Cadê Marx? Como ele está? — só então eu me dou conta que ele não tinha vindo.

— Ele veio, mas algumas coisas deram errado e não sabemos onde ele está, perdemos ele de vista.

Percebo Tommy trocar o peso de uma perna para a outra e olhar para nós com fúria como se ainda esperasse que eu fosse embora com ele, mas agora eu estava preocupada com Marx. Onde ele estaria?

 



Marx Kaelson:

Depois de sair da Biblioteca sigo pelo corredor mesmo sem saber pra onde iria. Está tudo escuro, mas eu consigo ver mesmo assim. Eu estou confuso e precisando muito encontrar Elouise, mas quem eu encontro estava bem longe de se parecer com ela.

— Eu disse para ficarem longe daqui vampiro. — a voz do Lorde das Trevas me faz parar e estremecer, quando soa autoritária ao falar comigo.

Apenas me viro e espero que viria a seguir.


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