Enluarado escrita por Camí Sander


Capítulo 2
Capítulo 1 - Nadya?


Notas iniciais do capítulo

Eu ainda não comecei a fazer postagens regulares, e quero muito que vocês leiam a história do Xavier e da Megára antes de me matarem, mas aqui está o primeiro capítulo de Enluarado! Espero que gostem!!!



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Eu estava em mais uma de minhas viagens “relaxantes” aos Denali, quando o impossível aconteceu. Aquele sussurro desconhecido tomou minha mente de lembranças dos últimos anos.

Embora vivêssemos com uma constante alegria, uma névoa escura sempre parecia pairar as emoções de Alice. Por vezes, vi-me perguntando à minha irmã se havia algo de errado, no entanto, não havia resposta.

Até o dia em que Alice desapareceu.

Então tudo virou um quebra-cabeça de pistas que nos levaram à Itália. Passamos meses lá para resgatar minha irmã e deixamos nossa filha com Carlisle e Esme para que pudéssemos ter uma razão para voltar. Infelizmente, Aro encontrou uma brecha em nosso plano e conseguiu que Bella decidisse partir em uma aventura com nossa filha e seu namorado.

Vi-me impossibilitado quando minha esposa usou das minhas palavras para garantir que eu não a seguiria.

“Você disse que ficaria comigo até quando eu te quisesse” ela me lembrou de forma incisiva. “E eu não te quero mais.”

Tudo isso ardia em meu coração naquele exato momento, mas eu não quebraria mais promessas, disso tinha certeza, pois, no meio de toda essa confusão, descobri que um vampiro pode sim ter um anjo da guarda, uma estrela-guia, uma voz da consciência, bem viva que me obrigava a manter essa promessa.

“O destino prepara surpresas para aqueles que conseguem se manter na linha, mas para quem tenta ultrapassá-lo, ele guarda rancor.” dizia ela e eu tinha esperanças.

Como sempre, quem quisesse me encontrar, teria que bater na porta do quarto de Kate. Era estranho ficar lá porque Kate havia conhecido um nômade que, absurdamente, se apaixonou e ficou por ali mesmo.

Geralmente, eu iria para o quarto de Tanya, mas o tom roxo das paredes me entristecia ainda mais. Então, fiquei no quarto amarelo — o de Kate — porque a prioridade de minhas primas era fazer-me esquecer Isabella. Mesmo sendo uma coisa tremendamente impossível, deixei que tentassem.

O quarto era de um tom amarelado muito fraco, quase confundia-se com o creme, e as cortinas eram amarelo-canário, deixando o quarto numa cor de gema de ovo. Os móveis eram de uma ornamentação indiana na cor do pinheiro.

Deitado na cama de lençóis floridos de girassóis, ouvi um pensamento estranho e sem voz que se aproximava.

“Corre, vamos! Ah, onde essas casas se meteram? Odeio isso! Essa floresta branca que não acaba mais! Minha amiga precisando de ajuda e nenhuma alma com celular que preste!” a mente se amontoava entre xingamentos raivosos, desesperos e imagens. “Cadê essas CASAS?!” gritou mais perto. “Aleluia!” suspirou quando encontrou essa casa há cerca de 30 quilômetros.

Sua velocidade era desumana. Em 10 segundos exatos, a pessoa estranha chegou e tocou a campainha, mesmo que não fosse necessário, era uma maneira de camuflagem. Agora era mais fácil ler sua mente conturbada, todavia, não entendi uma imagem borrada que fosse. Kate foi abrir a porta e temi pela garota. Comecei a descer vagarosamente, depois de ter quase me jogado da cama até as escadas, eu ainda tinha que parecer humano.

— Por favor — ofegou a moça. — eu... preciso... — E respirou fundo. — Minha amiga... está... grávida e...

Kate começou a se irritar com a menina e estava prestes a dar-lhe uma descarga elétrica quando gritei:

— Quem é, Kate?

Respondendo à minha pergunta, minha prima focou na garota. Era alta, morena, os cabelos compridos caíam em cachos até o meio das costas e os olhos azuis eram profundamente intensos. Meu queixo quase foi ao chão, mas, antes, disparei escada abaixo.

— Nadya, não é? — arregalei os olhos comprovando, eu mesmo, a híbrida dos pensamentos de Demetri há cerca de dois anos e meio.

Ela assentiu um pouco confusa, afinal, não devia ser conhecida por aqui. O vento passou pela porta e a morena ficou arrepiada. Nadya não usava casaco nenhum, mas um simples vestido preto com flores coloridas miúdas até os joelhos e uma bota, que cobria as canelas, caramelo.

— Quem é você? — sua voz tremeu e ela cruzou os braços, embora estivesse um pouco irritada.

— Agora não é importante — falei rapidamente e olhei para Kate. — Por favor, trate-a bem, leve-a para dentro, e vista um casaco nela... ou vários, e ligue para meu pai. Diga para ele que precisamos de ajuda. Explique o que aconteceu e peça para ele vir imediatamente! — depois passei por Nadya e corri.

“Mas... o que aconteceu?” pensou Kate.

— Nadya sabe! — gritei e ecoou até elas.

A menina era uma das amigas desaparecidas da noiva de Alec que, supostamente, morreu. Ela, Áquila, Megára e Aris — a noiva de Alec —, formavam um clã só delas. O clã Equinócio.

Depois de correr por sete minutos, seguindo o cheiro da híbrida, encontrei-os.

Àquela altura, eu já entendia o desespero de Nadya. Eu queria muito ajudá-las porque, em parte, Alec merecia contato e, em parte, eu tinha esperanças de que Bella as encontrasse, um dia, e soubesse que ajudei.

Vi quatro vampiros, apenas um era homem, de cócoras ao redor de uma vampira que tremia deitada no chão, embora fosse a única que possuía casacos. Eles estavam sobre um grande monte de neve. Cheguei mais perto para ter certeza de que era mesmo ali.

“Aris, por favor, não morra!” reconheci a mente de Jane.

Jane estava ali? Não, espera um pouco. Ela disse Aris?! Minha surpresa me paralisou por um momento. Então estávamos certos. Bella estava certa quando sugeriu que Aris não tivesse morrido. Eu estava certo de acreditar na intuição da minha esposa... ex... ESPOSA, SIM! Eu ainda possuía a aliança em meu dedo. Não havia assinado nada de papelada de divórcio. Isabella continuava sendo minha esposa!

De fato, era uma garota morena que tremia e uma baixinha do cabelo claro se segurava para não chorar. Eles a levantaram e pude ver quem pegou Aris no colo: Alec, o único homem dali.

Segui-os pelas copas das árvores até o hotel mais próximo. Fiquei do lado de fora, esperando a oportunidade. Então, quando ouvi mencionar o nome dos Cullen, lembrei-me de que Nadya não sabia onde estávamos. Saquei o celular e disquei para Carlisle, mas estava ocupado. Liguei para a baixinha.

— Já estamos a caminho — foi como ela atendeu ao telefone na primeira chamada. — Estou bem atrás de Carlisle e vamos passar na casa de Tanya para pegar Nadya. Dê-me o caminho quando puder. Quem se acidentou?

Alice seria sempre Alice. Respondendo antes mesmo de ser perguntada. Em toda essa conversa, quase um monólogo, só precisei dizer uma palavra:

— Aris — respondi.

Ela desligou o telefone, mas, antes disso, ouvi-a acelerar o motor e passar por Carlisle, pouco se importando com a fiscalização eletrônica. Resolvi entrar no prédio, decididamente. Assim Alice veria o caminho para onde deveria seguir. No entanto, quando cruzei as portas de vidro e vi a recepcionista me olhando como se eu fosse um pedaço de carne, dei meia volta e saí enojado.


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Notas finais do capítulo

Tcham tchararaaaaammmm... e então? Já começamos com a Bella desaparecida! O que será que o Aro falou para que a vampira decidisse partir?? Quem aqui já odeia os patronos Volturi desde sempre??
O que acharam do capítulos?? COMEEENTEEEEM!!!



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